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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...



Sábado, 26.06.10

O carbono e os faraós

Chegaram-nos esta semana notícias sobre a cronologia do antigo Egipto. As datas que se encontraram não foram estabelecidas com base em documentos nem em monumentos. Foram obtidas através de restos de objectos muito mais prosaicos: plantas.


Num artigo publicado na "Science" desta semana (328, p. 1554), um grupo de investigadores de Inglaterra, França, Áustria e Israel obteve datações de sementes, têxteis e frutos associados a diversos reinados do antigo Egipto. No total, foram analisadas 211 amostras provenientes de vários museus. Os resultados confirmaram algumas hipóteses estabelecidas pelos historiadores e questionaram outras. As maiores novidades referem-se ao chamado Reino Antigo, em que se encontraram datas anteriores às anteriormente assumidas. Sendo assim, o Novo Reino, que anteriormente se pensava ter começado cerca de 1500 anos a.C., tem agora data estimada de início entre 1720 e 1640 a.C.


A leitura do artigo da "Science" e do comentário que aparece na mesma revista (p. 1489), impressiona por mostrar o papel que a física e a geologia têm para a arqueologia moderna. As datas são discutidas relacionando os vestígios da erupção de Santorini (c. 1600 a.C.), cronologias diversas de artefactos em Creta e datações de restos orgânicos através do carbono 14.


Esta última técnica foi desenvolvida pelo químico norte-americano Willard Libby, que a propôs em 1949. Como se sabe, o carbono tem vários isótopos. Este elemento, que tem sempre seis protões no seu núcleo e portanto seis electrões em órbita, pode ter um número diverso de neutrões. Recebe um número conforme o total de protões e neutrões que possui. Existem dois isótopos estáveis, o carbono 12 e o 13, e um instável, o carbono 14. Este último desintegra-se constantemente, gerando azoto, um electrão e um antineutrino.


Os isótopos estáveis são muito abundantes, enquanto do radioactivo se registam apenas vestígios. No entanto, apesar de o carbono 14 ser instável, a fracção deste isótopo na atmosfera tem permanecido relativamente constante, dada a sua criação permanente por acção de raios cósmicos.


Os seres vivos incorporam constantemente o carbono e, portanto, têm uma fracção de carbono 14 derivada da que se encontra na atmosfera. Quando morrem, contudo, o ciclo interrompe-se e o isótopo radioactivo vai decaindo a uma taxa constante. É um fenómeno físico muito curioso. Cada átomo radioactivo tem, em cada intervalo de tempo, uma probabilidade determinada de se desintegrar. Nunca se sabe o que vai acontecer a cada átomo em particular. Mas, tomando um número elevado de átomos, como o que existe em qualquer resto visível de planta, mesmo que diminuto, o decaimento segue uma lei muito regular. Em cada 5730 anos, metade dos átomos de carbono 14 desintegra-se. De onde resulta que, medindo a percentagem desse isótopo radioactivo que existe em cada amostra de carbono, pode-se estimar há quantos anos o animal ou a planta deixou de absorver carbono da atmosfera, ou seja, há quantos anos morreu.


Segundo o que agora se descobriu, as plantas dos faraós do antigo reino morreram há mais anos do que anteriormente se pensava.


Fonte: Nuno Crato (23 Jun 2010). Expresso: http://aeiou.expresso.pt/o-carbono-e-os-faraos=f589622

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por noticiasdearqueologia às 18:01

Sábado, 26.06.10

Festa da Arqueologia

 


design by Carla Viegas |carladuarteviegas@gmail.com|

 Nos próximos dias 3 e 4 de Julho, no icónico espaço das ruínas da Igreja do Carmo, terá lugar a primeira Festa da Arqueologia.


Através de inúmeras actividades, os visitantes irão descobrir o que é Arqueologia, como se faz e o que se descobre em cada período histórico.


Poderão participar numa escavação a brincar, fazer perguntas aos arqueólogos, saber como se vivia numa comunidade pré-histórica, participar numa oficina de restauro de ânforas romanas, ver o tratamento de materiais arqueológicos ao vivo, descobrir múmias no museu, assistir a vídeos e sessões temáticas que lhes mostrarão interessantes sítios e trabalhos nacionais em Arqueologia, e muito mais.


  Organizado pela centenária Associação dos Arqueólogos Portugueses e pelo Museu Arqueológico do Carmo, convidamos as famílias, e não só, a vir descobrir o fantástico mundo da Arqueologia, no fim-de-semana de 3 e 4 de Julho, a partir das 10h00. A entrada é livre.


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por noticiasdearqueologia às 17:50

Sábado, 26.06.10

Arqueólogos descobrem pinturas mais antigas dos Apóstolos

Novas tecnologias permitiram revelar frescos do século IV nas catacumbas de Santa Tecla, em Roma



 




Arqueólogos e restauradores de arte descobriram o que acreditam ser as pinturas mais antigas dos rostos dos apóstolos Pedro, Paulo, André e João, usando uma nova tecnologia a laser.


A revelação, feita ontem no Vaticano, ocupa boa parte da edição de hoje do jornal “Osservatore Romano”.


As imagens encontradas num ramal das catacumbas de Santa Tecla, perto da Basílica de São Paulo fora de muros, foram pintadas no fim do século IV ou inícios do século V.


O achado, revelado depois de 2 anos de investigações, foi apresentado oficialmente pelo presidente da Comissão Pontifícia de Arqueologia Sacra e do Conselho Pontifício para a Cultura, D. Gianfranco Ravasi.


A tecnologia a laser conseguiu eliminar uma grossa camada que cobria estas obras.


Barbara Mizzei, responsável pelo restauro, disse que este aconteceu "num momento particular", no qual "não tínhamos nenhuma situação de urgência”.


Mizzei explicou que a concentração de cal que cobria os rostos dos apóstolos "foi levantada sem tocar a película pictórica" dado que a humidade permitia ao laser "tocar a compressão calcária", a qual "se vaporizava e provocava uma espécie de pequena explosão, que gerava o destacamento".


O cubículo que continha estas pinturas terá servido como túmulo de uma mulher aparentemente nobre da aristocracia romana, que viveu no final do século IV, quando em Roma se realizavam as últimas tentativas de defender o paganismo, na época do imperador Teodósio (345-379).


As mulheres piedosas e as virgens da aristocracia romana prometeram um culto aos mártires e aos apóstolos, na época do Papa Dâmaso I (366-384).


Segundo D. Gianfranco Ravasi, a presença dos apóstolos neste sepulcro "evoca uma espécie de devoção e de protectorado alternativo em relação ao dos mártires romanos, que, de qualquer forma, apareceram nos túmulos das famílias".


Por outro lado, D. Giovanni Carrú, secretário da Comissão Pontifícia de Arqueologia Sacra, indicou que estes trabalhos "devolveram, tanto aos especialistas como aos visitantes, um património iconográfico muito importante para reconstruir a história da comunidade cristã de Roma, que, com as pinturas que decoram os seus cemitérios, expressam a sua cultura, a sua civilização e a sua fé".


"No que diz respeito a pinturas no interior de catacumbas, estamos acostumados a ver pinturas muito pálidas, geralmente brancas, com poucas cores. No caso das catacumbas de Santa Tecla, a grande surpresa foram as cores extraordinárias. Quanto mais avançámos, mais surpresas encontrámos", disse Mazzei.


Situado num labirinto de catacumbas sob um prédio moderno, o túmulo ainda não está aberto ao público devido às obras que continuam, à dificuldade de acesso e ao espaço limitado.


A Comissão Pontifícia de Arqueologia Sacra foi instituída pelo Papa Pio IX em 1925. Trabalha na conservação das catacumbas cristãs, no restauro de obras e escavações.


Há cerca de duas décadas, vem trabalhando num projecto de recuperação do património pictórico conservado nas catacumbas.



Fonte: (23 Jun 2010). Agência Ecclesia: http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=80288  

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por noticiasdearqueologia às 17:31

Sábado, 26.06.10

‘Vita Vitri’ desvenda segredos do vidro






‘Vita vitri — O vidro antigo em Portugal’ é a exposição patente na Sala de Exposições Temporárias do Museu D. Diogo de Sousa.
Trata-se de uma exposição onde o conhecimento acerca do fabrico artesanal de vidro em Bracara Augusta está aliado à importante colecção de vidros romanos do Museu Nacional de Arqueologia, colecção esta que não está normalmente acessível ao público.
Em exposição estão elementos relacionados com a recente investigação arqueológica na cidade romana de Bracara Augusta (Braga) e o estudo do processo de produção artesanal do vidro na Antiguidade.


A mostra procura lançar sobre o vidro um novo olhar, através do seu ciclo de vida, do nascimento à sua morte e renascimento, através da reciclagem, num processo continuado, desde a Antiguidade aos nossos dias.


Na exposição figuram peças de grande valor arqueológico e estético, pouco conhecidas do grande público, provenientes de todo o País, para além dos recentes achados associados a um centro de produção de vidro romano em Braga, das escavações arqueológicas realizadas no quarteirão dos antigos CTT. Para além das peças de carácter arqueológico, expõem-se utensílios actuais de fabrico do vidro, muito semelhantes aos utilizados na época romana.


Fonte: (26 Jun 2010). Correio do Minho: http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=30893

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por noticiasdearqueologia às 17:27

Sábado, 26.06.10

Vaticano anuncia novas descobertas arqueológicas



No próximo dia 22 de Junho realiza-se uma conferência de imprensa da Santa Sé, para apresentação de novas descobertas arqueológicas no interior das catacumbas romanas de Santa Tecla.


O evento realiza-se junto à Basílica de São Paulo, pelas 11h30, e terá a participação do Monsenhor Gianfranco Ravasi, Presidente da Comissão Pontifícia para a Arqueologia Sacra e do Monsenhor Giovanni Carrú, secretário da referida Comissão. Conta também com as presenças do Professor Fabrizio Bisconti, Superintendente Arqueológico das Catacumbas de Santa Tecla e a especialista na área de restauro, Dr.ª Barbara Mazzei.


As catacumbas de Santa Tecla têm sido um local propício a descobertas – a título de exemplo, recordamos que foi ali que se encontrou o ícone mais antigo de São Paulo.


Para além de Roma, da Comissão Pontifícia para a Arqueologia Sacra tem estendido a sua acção por regiões como Nápoles, Sicília e Siracusa. 


A seguir à conferência, será possível visitar o local das descobertas.


Fonte: (18 Jun 2010). Agência Ecclesia: http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=80212



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por noticiasdearqueologia às 17:16


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