Quarta-feira, 07.04.10
Uma equipa da Licenciatura e do Mestrado de Arqueologia da Universidade de Évora (UE) descobriu um conjunto de pinturas rupestres numa gruta situada sob o altar de uma Igreja na vila de Alegrete, no concelho de Portalegre.
"Do ponto de vista patrimonial (igreja, gruta e pinturas rupestres) é de uma importância extrema este achado", disse hoje à agência Lusa Jorge Oliveira, professor responsável pelos trabalhos de arqueologia da UE.
"Este achado é importante porque traz consigo uma memória de cinco mil anos de história e de devoção naquele espaço", sublinhou.
Fonte: (26 Mar 2010). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/Inicio/interior.aspx?content_id=1529225
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por noticiasdearqueologia às 22:20
Quarta-feira, 07.04.10
Uma equipa de arqueólogos da província oriental de Jiangxi encontrou os restos de uma antiga cidade pertencente à dinastia Han datada de há 2000 anos, avança a EFE.
As ruínas ocupam 18 mil metros quadrados e estão rodeadas por um fosso que se crê que protegia o recinto, situado colina próxima da localidade de Fujiacun.
Os arqueólogos encontraram também cerca de 30 metros de muralha original na parte oeste da cidade assim como restos de ladrilhos e azulejos nas zonas próximas.
A descoberta permitirá ampliar o conhecimento sobre a dinastia oriental Han, que governou o leste da China entre os anos 24 e 220 d.C.
Fonte: (24 Mar 2010). IOL.pt: http://diario.iol.pt/internacional/china-ruinas-cidade-perdida-tvi24/1149728-4073.html
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por noticiasdearqueologia às 22:11
Quarta-feira, 07.04.10
A Comissão Nacional Portuguesa do Conselho Internacional dos Museus (ICOM) defende a realização de sondagens na zona da Cordoaria para avaliar riscos sísmicos e lançou uma petição «Em defesa do Museu Nacional de Arqueologia» (MNA).
Na sequência de uma assembleia geral, a entidade lançou online, na segunda feira, uma petição que tem como primeira signatária a historiadora de arte e ex-diretora do antigo Instituto Português de Museus Raquel Henriques da Silva.
Em causa está a transferência do MNA do Mosteiro dos Jerónimos - espaço que deverá ser entregue ao Museu da Marinha - para o edifício da Cordoaria, perto do local onde será construído o novo Museu dos Coches, e que tem sido alvo de contestação pelos arqueólogos.
Fonte: (30 Mar 2010). Diário Digital / Lusa: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=442866
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por noticiasdearqueologia às 22:07
Quarta-feira, 07.04.10
Dizem que o sol e o tempo são os melhores desinfetantes. Ambos teriam o poder de esclarecer, revelar o que está obscuro. A crença parece ainda mais sólida quando se pensa na atual situação dos sítios arqueológicos do Rio Grande do Norte. Relegados ao obscurantismo, por conta da política equivocada dos órgãos públicos, os tesouros arqueológicos do Estado sofreram com a depredação e o total desinteresse da população em geral, sendo salvos, quando muito, pela ação abnegada de arqueólogos e amantes da arqueologia. Hoje, o recente interesse pelo assunto dá os primeiros passos para uma mudança de rumo na área.Alex Régis
O guia Antônio Cesar mostra preservação do Lajedo Soledade
O RN tem 178 sítios arqueológicos cadastrados e tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O número oficial nem de longe reflete a riqueza do “real patrimônio” do Estado. Apenas em Santana do Matos, município da região do Seridó, onde existem dois sítios cadastrados, foram encontrados mais de 80 áreas com vestígios dos grupos pré-históricos que habitaram o que hoje corresponde ao território potiguar. As pesquisas no município foram lideradas pelo arqueólogo Valdeci dos Santos Jr., em parceria com o pesquisador Gilson Luiz da Silva. Santana do Matos não é a única cidade com um tesouro debaixo do chão. Carnaúba dos Dantas, Apodi e praticamente toda a região do Seridó, são férteis em vestígios, como ossos humanos, ferramentas, cerâmica, armas e pinturas rupestres. As datações mais antigas são de 10 mil anos atrás.
Embora não tenham atraído a atenção do poder público e da iniciativa privada, os artefatos vêm sendo objeto de interesse de alguns poucos pesquisadores e “comerciantes” do mercado clandestino desde a década de 70. Quando não caem nas graças desse seleto público, as peças arqueológicas são furtadas ou mesmo depredadas. Em Santana do Matos, na Serra do Urubu, e em outras localidades, há rochas com pinturas de grupos pré-históricos literalmente pichadas. Pessoas da própria comunidade fizeram outros desenhos na pedra e chegaram inclusive a grafar seus nomes, com a data da inscrição e até telefones. Em outros casos, aventureiros coletam artefatos como ossos e ferramentas para coleções particulares e venda no mercado clandestino. Há ainda um tipo de depredação mais cruel. Empresas de mineração e realizadoras de obras de grande porte já foram responsáveis por destruir sítios inteiros. Segundo o Iphan, há 10 anos, uma mineradora explodiu um conjunto de rochas com inscrições em Parelhas.
De acordo com especialistas, o que mais contribui para a dificuldade em preservar e divulgar as riquezas arqueológicas no Estado é a falta de investimento. Até bem pouco tempo a política do Iphan era manter os sítios “intactos”, longe da interação com o público comum. Uma vez descobertos e estudados, os vestígios pré-históricos eram “deixados lá”, segundo o que relata a atual superintendente da regional do Instituto no RN, Jeanne Nesi. Havia a ilusão de que mantidos longe dos leigos, eles permaneceriam no mesmo estado em que haviam sido encontrados. Na prática, observou-se o contrário. Sem o envolvimento da comunidade e de estudiosos, os sítios foram descaracterizados, até mesmo quando encravados nas regiões mais distantes. É o caso das pinturas da Serra do Urubu, um dos locais de maior dificuldade de acesso, no topo de uma serra. Paradoxalmente, é lá que o estrago é maior e impossível de ser sanado.
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por noticiasdearqueologia às 22:01