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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...



Sexta-feira, 29.01.10

Mação, Abrantes e Barquinha pioneiros na certificação do património cultural

Processo de avaliação Herity encontra-se na fase final e os resultados são divulgados em Abril.

fotoSerá já no próximo mês de Abril que se ficam a saber os resultados finais do processo de avaliação Herity, junção das palavras Heritage (património) e Quality (qualidade). Trata-se de um sistema criado pelo Comité Internacional para a Gestão de Qualidade do Património Cultural que visa “combater a falta de informação relativa ao património cultural” e ajudar o público a decidir se deve ou não visitar um local que é património cultural.


Aplica-se, por exemplo, a museus, monumentos, edifícios religiosos, castelos, parques arqueológicos, bibliotecas e arquivos. Neste âmbito, encontram-se em fase de certificação cinco sítios localizados na zona norte do distrito (Alto Ribatejo), nomeadamente a Biblioteca António Botto e o Castelo (Abrantes), o Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado no Vale do Tejo (Mação) e o Centro Cultural e o Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo (Barquinha).


De acordo com os avaliadores do processo, que durante cinco dias visitaram os locais referidos, falta agora a avaliação do público para que o Herity, iniciado em 2006, tenha o seu desfecho. Após a divulgação dos resultados, estes locais serão devidamente identificados com o símbolo da organização, que indica o nível atribuído ao local, reconhecimento que é válido por um período de três anos.


Os concelhos de Mação, Abrantes e Vila  Nova da Barquinha foram os primeiros no nosso país a aderir a esta iniciativa que já correu países como Itália, França e Brasil. No dia 19, o processo foi explicado no Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado no Vale do Tejo, em Mação, durante uma conferência de imprensa. A iniciativa partiu dos municípios e teve início num congresso em Lisboa dedicado a esta temática.


De acordo com Jorge Rodrigues, coordenador nacional do programa Herity Portugal, o processo inclui uma análise rigorosa da gestão patrimonial e do valor cultural dos sítios, da conservação destes, das informações transmitidas ao público e da qualidade dos serviços prestados, considerados como “os quatro aspectos-chave da gestão patrimonial”.


Para isso, a organização não-governamental internacional, que tem sede em Roma, “não só conta com a qualificação de especialistas na área, mas também com a opinião do público desses sítios patrimoniais, formando um completo sistema de avaliação, que integra todos os aspectos-chave da gestão patrimonial”.


 


“Atrair mais visitantes


de qualidade”


Para além dos três avaliadores da Herity, marcaram presença na sessão Saldanha Rocha, presidente da Câmara Municipal de Mação, Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes e Fernando Freire, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha. Na mesa, para além de Jorge Rodrigues, coordenador do Herity em Portugal, destacou-se ainda a presença de Eugénio de Almeida, vice-presidente do Instituto Politécnico de Tomar e Sofia Rodrigues da Nersant.


“Abrantes, Barquinha e Mação dão ênfase a um processo que é um exemplo para o país. Um processo dinâmico de cooperação, de trabalho em rede para podermos validar os bens patrimoniais que estão a ser avaliados pela comissão Herity”, apontou Saldanha Rocha, para quem este processo contribuiu para “o benefício da economia da região”.  


Já para Maria do Céu Albuquerque, autarca de Abrantes, “estamos diante de um novo paradigma de gestão autárquico dado que três câmaras, em boa hora decidiram que juntas podem fazer mais”. A autarca é a opinião de que estas “redes entre autarquias” permitem uma promoção mais efectiva do turismo cultural da região. “Ao fazermos esta partilha de recursos vamos atrair turistas diferenciados aos equipamentos culturais dos três concelhos, fazendo a promoção da nossa economia local”, considera.


Também Fernando Freire, vice-presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha, considera que este um passo significativo no âmbito do que se vê nas autarquias locais. “Um processo arrojado e onde devemos caminhar juntos”, apontou.


Fonte: (28 Jan 2010). O Mirante: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=428&id=61463&idSeccao=6632&Action=noticia

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por noticiasdearqueologia às 23:43

Sexta-feira, 29.01.10

Arte rupestre em perigo

Detectados, na região do Minho, diversos núcleos destruídos ou em risco de destruição.


No Minho, há vários tipos de património arqueológico que estão ameaçados pela intervenção humana e que preocupam os arqueólogos que mais de perto lidam com os achados da região. Guimarães, Braga e Fafe são áreas já sinalizadas.

Dois painéis de gravuras rupestres localizados no jardim de uma moradia em Donim, concelho de Guimarães, foram totalmente destruídos. A denúncia é feita pela Sociedade Martins Sarmento (SMS), instituição cultural da cidade fundada em 1881.

Técnicos da SMS dirigiram-se recentemente ao local, no âmbito da elaboração de uma publicação científica, e encontraram também, parcialmente destruído, um terceiro painel, de maiores dimensões. Foi afectado pela construção de um muro de cimento, enquanto os dois primeiros foram destruídos recorrendo ao balde de uma máquina escavadora. "Construiu-se um muro sobre um dos painéis, mas os outros dois, onde estava o cavalo, foram destruídos. Destruíram-nos com uma retroescavadora", constatou Gonçalo Cruz, arqueólogo da sociedade.


Queixa no Ministério Público

As gravuras mais expressivas, nomeadamente uma representação de um zoomorfo (cavalo), foram destruídas. A referida figura era, até agora, a única conhecida na região. "No painel mais visível, estava bem nítido um cavalo, com a zona do dorso, da crina e do focinho, embora as patas estivessem um pouco apagadas", explicou, ao JN, Gonçalo Cruz.

Verdadeiramente desolador é como a estrutura classifica o cenário encontrado, revelador, de acordo com a instituição, de "um acto de destruição gratuita". Condenando "com veemência" o que considera ser "puro vandalismo", a sociedade refere que em causa estão "representações milenares de incalculável valor científico, patrimonial e simbólico".

A SMS acrescenta que a situação foi comunicada à Câmara de Guimarães e ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR). Além disso, está em equação uma queixa para o Ministério Público para se indagar da intencionalidade da destruição do núcleo rupestre.

Identificado em Novembro de 2006 (e que não constava dos registos do século XIX deixados pelo arqueólogo Francisco Martins Sarmento), o núcleo de gravuras rupestres situa-se no jardim de uma pequena moradia. Desde Fevereiro de 2007, está incluído na carta arqueológica que faz parte do Plano Director Municipal.

A Sociedade Martins Sarmento acrescenta que, das várias vezes que se deslocaram ao local, os técnicos da instituição nunca encontraram o proprietário da moradia, mas explicaram a familiares o valor arqueológico do conjunto.

Contudo, existem na região outros núcleos rupestres diferentes do agora destruído que podem igualmente estar em perigo, mas por motivos distintos. "Há muitos núcleos rupestres ameaçados, mas por factores humanos indirectos. Os incêndios provocam muito calor, que faz estalar as rochas, que, depois, juntando à erosão, as destroem por completo", garantiu o arqueólogo.

Ainda recentemente, os elementos da equipa da SMS se aperceberam de que estava quase a ser perpetrada uma destruição de outro núcleo rupestre junto ao Castro de Sabroso, em Braga, mas aí ainda foram a tempo de salvar o património. "Conseguimos evitar porque detectámos uma terraplanagem e alertámos a Câmara Municipal e o IGESPAR, que depois tomaram as devidas providências", exemplificou.

Também em Fafe paira a ameaça sobre vestígios pré-históricos, que poderão ser destruídos sucumbindo à pressão urbanística. A ATRIUM, uma associação local de defesa do património, refere a existência de um túmulo já soterrado pelo depósito de entulhos clandestinos e outro muito próximo de uma zona habitacional que também pode desaparecer.

Esta associação prepara-se para apresentar, brevemente, um plano de salvação para os monumentos arqueológicos do concelho.

Fonte: Carlos Rui Abreu e Isabel Peixoto (18 Jan 2010) Jornal de Notícias.

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por noticiasdearqueologia às 23:34

Sexta-feira, 29.01.10

Neanderthal 'make-up' containers discovered

Neanderthal (Science Photo Library)


Scientists claim to have the first persuasive evidence that Neanderthals wore "body paint" 50,000 years ago.


The team report in Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) that shells containing pigment residues were Neanderthal make-up containers.


Scientists unearthed the shells at two archaeological sites in the Murcia province of southern Spain.


The team says its find buries "the view of Neanderthals as half-wits" and shows they were capable of symbolic thinking.



Professor Joao Zilhao, the archaeologist from Bristol University in the UK, who led the study, said that he and his team had examined shells that were used as containers to mix and store pigments.


Black sticks of the pigment manganese, which may have been used as body paint by Neanderthals, have previously been discovered in Africa.


"[But] this is the first secure evidence for their use of cosmetics," he told BBC News. "The use of these complex recipes is new. It's more than body painting."


The scientists found lumps of a yellow pigment, that they say was possibly used as a foundation.


They also found red powder mixed up with flecks of a reflective brilliant black mineral.





Pigment-coated ancient shell


The shells were coated with residues of mixed pigments




Some of the sculpted, brightly coloured shells may also have been worn by Neanderthals as jewellery.


Until now it had been thought by many researchers that only modern humans wore make-up for decoration and ritual purposes.


There was a time in the Upper Palaeolithic period when Neanderthals and humans may have co-existed. But Professor Zilhao explained that the findings were dated at 10,000 years before this "contact".


"To me, it's the smoking gun that kills the argument once and for all," he told BBC News.


"The association of these findings with Neanderthals is rock-solid and people have to draw the associations and bury this view of Neanderthals as half-wits."


Professor Chris Stringer, a palaeontologist from the Natural History Museum in London, UK, said: "I agree that these findings help to disprove the view that Neanderthals were dim-witted.


But, he added that evidence to that effect had been growing for at least the last decade.


"It's very difficult to dislodge the brutish image from popular thinking," Professor Stringer told BBC News. "When football fans behave badly, or politicians advocate reactionary views, they are invariably called 'Neanderthal', and I can't see the tabloids changing their headlines any time soon."


Fonte: (09 Jan 2010). BBC News: http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/8448660.stm

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por noticiasdearqueologia às 23:30

Sexta-feira, 29.01.10

Ancient hominids may have been seafarers

Hand axes excavated on Crete suggest hominids made sea crossings to go 'out of Africa'.


Human ancestors that left Africa hundreds of thousands of years ago to see the rest of the world were no landlubbers. Stone hand axes unearthed on the Mediterranean island of Crete indicate that an ancient Homo species — perhaps Homo erectus — had used rafts or other seagoing vessels to cross from northern Africa to Europe via at least some of the larger islands in between, says archaeologist Thomas Strasser of Providence College in Rhode Island.

Several hundred double-edged cutting implements discovered at nine sites in southwestern Crete date to at least 130,000 years ago and probably much earlier, Strasser reported January 7 at the annual meeting of the American Institute of Archaeology. Many of these finds closely resemble hand axes fashioned in Africa about 800,000 years ago by H. erectus, he says. It was around that time that H. erectus spread from Africa to parts of Asia and Europe.

Until now, the oldest known human settlements on Crete dated to around 9,000 years ago. Traditional theories hold that early farming groups in southern Europe and the Middle East first navigated vessels to Crete and other Mediterranean islands at that time.

“We’re just going to have to accept that, as soon as hominids left Africa, they were long-distance seafarers and rapidly spread all over the place,” Strasser says. The traditional view has been that hominids (specifically, H. erectus) left Africa via land routes that ran from the Middle East to Europe and Asia. Other researchers have controversially suggested that H. erectus navigated rafts across short stretches of sea in Indonesia around 800,000 years ago and that Neandertals crossed the Strait of Gibraltar perhaps 60,000 years ago.

Questions remain about whether African hominids used Crete as a stepping stone to reach Europe or, in a Stone Age Gilligan’s Island scenario, accidentally ended up on Crete from time to time when close-to-shore rafts were blown out to sea, remarks archaeologist Robert Tykot of the University of South Florida in Tampa. Only in the past decade have researchers established that people reached Crete before 6,000 years ago, Tykot says.

Strasser’s team cannot yet say precisely when or for what reason hominids traveled to Crete. Large sets of hand axes found on the island suggest a fairly substantial population size, downplaying the possibility of a Gilligan Island’s scenario, in Strasser’s view.

In excavations conducted near Crete’s southwestern coast during 2008 and 2009, Strasser’s team unearthed hand axes at caves and rock shelters. Most of these sites were situated in an area called Preveli Gorge, where a river has gouged through many layers of rocky sediment.

At Preveli Gorge, Stone Age artifacts were excavated from four terraces along a rocky outcrop that overlooks the Mediterranean Sea. Tectonic activity has pushed older sediment above younger sediment on Crete, so 130,000-year-old artifacts emerged from the uppermost terrace. Other terraces received age estimates of 110,000 years, 80,000 years and 45,000 years.

These minimum age estimates relied on comparisons of artifact-bearing sediment to sediment from sea cores with known ages. Geologists are now assessing whether absolute dating techniques can be applied to Crete’s Stone Age sites, Strasser says.

Intriguingly, he notes, hand axes found on Crete were made from local quartz but display a style typical of ancient African artifacts.

“Hominids adapted to whatever material was available on the island for tool making,” Strasser proposes. “There could be tools made from different types of stone in other parts of Crete.”

Strasser has conducted excavations on Crete for the past 20 years. He had been searching for relatively small implements that would have been made from chunks of chert no more than 11,000 years ago. But a current team member, archaeologist Curtis Runnels of Boston University, pointed out that Stone Age folk would likely have favored quartz for their larger implements. “Once we started looking for quartz tools, everything changed,” Strasser says.

Fonte: Bruce Bower (08 Jan 2010). Science News.

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por noticiasdearqueologia às 23:25


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