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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Segunda-feira, 25.01.10

Associação portuguesa de arqueólogos contra cais de cruzeiros de Angra


 


O presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses (AAP) defendeu esta segunda-feira a necessidade de “chamar à razão” o Governo Regional dos Açores relativamente à construção do Cais de Cruzeiros na Baía de Angra do Heroísmo, com sítios de interesse arqueológico.


“Estou perplexo por o governo alterar a sua posição em quatro anos. Em 2006 criou legislação para classificar a baía como reserva arqueológica subaquática nacional e agora muda tudo sem qualquer estudo”, afirmou o presidente da AAP, José Morais Arnaud, em declarações à Lusa.

O Governo Regional dos Açores reafirmou esta semana a intenção de construir o Cais de Cruzeiros de Angra do Heroísmo, considerando que se trata de um empreendimento que “integra a estratégia de futuro” definida para o transporte marítimo de passageiros e para o turismo de cruzeiros nos Açores.

Para o presidente da AAP, “é preciso um estudo exaustivo, nomeadamente de viabilidade económica e do impacte ambiental que as obras poderão causar”, defendendo ainda a necessidade de “apurar se o projecto é mesmo imprescindível e uma reivindicação das populações locais”.

Por outro lado, salientou que “os estudos determinarão se o projecto pode ser reajustado, deve ser colocado de lado ou feito num local alternativo, que não prejudique o património subaquático”.

José Morais Arnaud garantiu, por isso, que a AAP vai aguardar uma resposta do governo regional antes de tomar qualquer iniciativa, “nomeadamente uma queixa formal à UNESCO”.

“Temos que esperar para saber se o governo vai repensar o projecto ou insistir dando uma explicação racional”, acrescentou.

O presidente da AAP salientou que a Baía de Angra do Heroísmo “tem um valor excepcional”, considerando que “é um tesouro na área do património náutico e subaquático, possuindo condições para criar uma escola de arqueologia náutica destinada a formar técnicos de que o pais tanto precisa”.

Na Baía de Angra estão sinalizados vestígios de cerca de 90 naufrágios históricos, tendo sido já identificados cerca de duas dezenas de sítios com interesse arqueológico, dos quais dois são parques arqueológicos abertos ao turismo subaquático desde 2006.

Um dos parques refere-se ao naufrágio do vapor ‘Lidador’, um navio brasileiro de transporte de passageiros e mercadorias que afundou em 1878 e se encontra a sete metros de profundidade, a 10 metros da costa.

O ‘Lidador’ foi movido do local original onde foi encontrado para uma nova localização dentro da baía para permitir a construção do Porto de Recreio de Angra do Heroísmo.

O segundo parque é um ‘cemitério de âncoras’, a uma profundidade entre 16 e 40 metros, a cerca de 500 metros da costa, na zona onde ancoravam as naus e galeões dos séculos XVI e XVII.


Fonte: (25 Jan 2010). Açoreano Oriental: http://www.acorianooriental.pt/noticias/view/199368


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Segunda-feira, 25.01.10

Braga trocou parque arqueológico por parque de estacionamento


 


As escavações arqueológicas realizados no quarteirão dos antigos CTT da Avenida da Liberdade, em Braga, vão impor a criação de duas áreas museológicas no interior de um espaço comercial. A decisão tomada pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) está contemplada no relatório final da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, que dá conta dos achados possibilitados por quase dois anos de escavações. Este decisão é considerada minimalista pelo arqueólogo jubilado Francisco Sande Lemos, que considera que Braga «perdeu uma oportunidade histórica» para criar um espaço museológico natural de grandes dimensões, que podia congregar num único parque arqueológico uma grande necrópole, uma via romana única e um grande santuário indígena centrado na Fonte do Ídolo. O arqueólogo é particularmente crítico para com a autorização que foi concedida para se avançar com a construção do parque de estacionamento subterrâneo do megaprojecto comercial que está a ser criado no quarteirão dos antigos Correios.

 


Fonte: Joaquim Martins Fernandes (25 Jan 2010). Diário do Minho: http://www.diariodominho.pt/noticia.php?codigo=36538


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por noticiasdearqueologia às 23:09


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