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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
Processo de avaliação Herity encontra-se na fase final e os resultados são divulgados em Abril.
Será já no próximo mês de Abril que se ficam a saber os resultados finais do processo de avaliação Herity, junção das palavras Heritage (património) e Quality (qualidade). Trata-se de um sistema criado pelo Comité Internacional para a Gestão de Qualidade do Património Cultural que visa “combater a falta de informação relativa ao património cultural” e ajudar o público a decidir se deve ou não visitar um local que é património cultural.
Aplica-se, por exemplo, a museus, monumentos, edifícios religiosos, castelos, parques arqueológicos, bibliotecas e arquivos. Neste âmbito, encontram-se em fase de certificação cinco sítios localizados na zona norte do distrito (Alto Ribatejo), nomeadamente a Biblioteca António Botto e o Castelo (Abrantes), o Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado no Vale do Tejo (Mação) e o Centro Cultural e o Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo (Barquinha).
De acordo com os avaliadores do processo, que durante cinco dias visitaram os locais referidos, falta agora a avaliação do público para que o Herity, iniciado em 2006, tenha o seu desfecho. Após a divulgação dos resultados, estes locais serão devidamente identificados com o símbolo da organização, que indica o nível atribuído ao local, reconhecimento que é válido por um período de três anos.
Os concelhos de Mação, Abrantes e Vila Nova da Barquinha foram os primeiros no nosso país a aderir a esta iniciativa que já correu países como Itália, França e Brasil. No dia 19, o processo foi explicado no Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado no Vale do Tejo, em Mação, durante uma conferência de imprensa. A iniciativa partiu dos municípios e teve início num congresso em Lisboa dedicado a esta temática.
De acordo com Jorge Rodrigues, coordenador nacional do programa Herity Portugal, o processo inclui uma análise rigorosa da gestão patrimonial e do valor cultural dos sítios, da conservação destes, das informações transmitidas ao público e da qualidade dos serviços prestados, considerados como “os quatro aspectos-chave da gestão patrimonial”.
Para isso, a organização não-governamental internacional, que tem sede em Roma, “não só conta com a qualificação de especialistas na área, mas também com a opinião do público desses sítios patrimoniais, formando um completo sistema de avaliação, que integra todos os aspectos-chave da gestão patrimonial”.
“Atrair mais visitantes
de qualidade”
Para além dos três avaliadores da Herity, marcaram presença na sessão Saldanha Rocha, presidente da Câmara Municipal de Mação, Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes e Fernando Freire, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha. Na mesa, para além de Jorge Rodrigues, coordenador do Herity em Portugal, destacou-se ainda a presença de Eugénio de Almeida, vice-presidente do Instituto Politécnico de Tomar e Sofia Rodrigues da Nersant.
“Abrantes, Barquinha e Mação dão ênfase a um processo que é um exemplo para o país. Um processo dinâmico de cooperação, de trabalho em rede para podermos validar os bens patrimoniais que estão a ser avaliados pela comissão Herity”, apontou Saldanha Rocha, para quem este processo contribuiu para “o benefício da economia da região”.
Já para Maria do Céu Albuquerque, autarca de Abrantes, “estamos diante de um novo paradigma de gestão autárquico dado que três câmaras, em boa hora decidiram que juntas podem fazer mais”. A autarca é a opinião de que estas “redes entre autarquias” permitem uma promoção mais efectiva do turismo cultural da região. “Ao fazermos esta partilha de recursos vamos atrair turistas diferenciados aos equipamentos culturais dos três concelhos, fazendo a promoção da nossa economia local”, considera.
Também Fernando Freire, vice-presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha, considera que este um passo significativo no âmbito do que se vê nas autarquias locais. “Um processo arrojado e onde devemos caminhar juntos”, apontou.
Fonte: (28 Jan 2010). O Mirante: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idE
Detectados, na região do Minho, diversos núcleos destruídos ou em risco de destruição.
Scientists claim to have the first persuasive evidence that Neanderthals wore "body paint" 50,000 years ago.
The team report in Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) that shells containing pigment residues were Neanderthal make-up containers.
Scientists unearthed the shells at two archaeological sites in the Murcia province of southern Spain.
The team says its find buries "the view of Neanderthals as half-wits" and shows they were capable of symbolic thinking.
Professor Joao Zilhao, the archaeologist from Bristol University in the UK, who led the study, said that he and his team had examined shells that were used as containers to mix and store pigments.
Black sticks of the pigment manganese, which may have been used as body paint by Neanderthals, have previously been discovered in Africa.
"[But] this is the first secure evidence for their use of cosmetics," he told BBC News. "The use of these complex recipes is new. It's more than body painting."
The scientists found lumps of a yellow pigment, that they say was possibly used as a foundation.
They also found red powder mixed up with flecks of a reflective brilliant black mineral.
The shells were coated with residues of mixed pigments |
Some of the sculpted, brightly coloured shells may also have been worn by Neanderthals as jewellery.
Until now it had been thought by many researchers that only modern humans wore make-up for decoration and ritual purposes.
There was a time in the Upper Palaeolithic period when Neanderthals and humans may have co-existed. But Professor Zilhao explained that the findings were dated at 10,000 years before this "contact".
"To me, it's the smoking gun that kills the argument once and for all," he told BBC News.
"The association of these findings with Neanderthals is rock-solid and people have to draw the associations and bury this view of Neanderthals as half-wits."
Professor Chris Stringer, a palaeontologist from the Natural History Museum in London, UK, said: "I agree that these findings help to disprove the view that Neanderthals were dim-witted.
But, he added that evidence to that effect had been growing for at least the last decade.
"It's very difficult to dislodge the brutish image from popular thinking," Professor Stringer told BBC News. "When football fans behave badly, or politicians advocate reactionary views, they are invariably called 'Neanderthal', and I can't see the tabloids changing their headlines any time soon."
Fonte: (09 Jan 2010). BBC News: http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/natur
Hand axes excavated on Crete suggest hominids made sea crossings to go 'out of Africa'.
Fonte: Bruce Bower (08 Jan 2010). Science News.
Nem há 28 mil, nem há 34 mil anos. Os neandertais desapareceram da face da terra há 37 mil anos.
A nova datação foi feita por uma equipa de investigadores liderada pelo arqueólogo e investigador português João Zilhão, da Universidade britânica de Bristol, com base em achados do lugar de Pego do Diabo, em Loures, perto de Lisboa.
A novidade, que é publicada hoje na revista científica PloS ONE, clarifica de uma vez por todas uma questão que estava em aberto - a da altura em que os neandertais deixaram de existir - e traz uma nova luz à compreensão das características morfológicas mistas (de neandertal e homem moderno) apresentadas pelo menino do Lapedo, descoberto há uma década no Lagar Velho, perto de Leiria.
Já se sabia que foi aqui, na Península Ibérica, a sul da fronteira natural traçada pelo vale do Ebro, que persistiram os últimos neandertais. A tese foi aliás proposta pelo próprio arqueólogo português há cerca de 20 anos e desde então aceite pela comunidade científica. Até agora, no entanto, não se sabia exactamente até quando duraram aqueles últimos resistentes nestas paragens.
A datação por radiocarbono de restos de fauna e de dentes que foram encontrados no Pego do Diabo, realizada por investigadores da Universidade de Viena, em colaboração com a equipa de João Zilhão, permitiram concluir que a data-limite para a persistência dos neandertais não pode ter sido mais recente do que 37 mil anos.
"Desde que se tornou claro, há cerca de 20 anos, a persistência tardia [dos neandertais a sul dos Pirenéus], a opinião da generalidade dos investigadores era que essa persistência não teria ultrapassado um intervalo de tempo impreciso, entre 34 mil e 38 mil antes do presente", adiantou ao DN o arqueólogo português. "Os novos resultados vêm, por um lado, trazer maior precisão a estas estimativas, colocando o limite em cerca de 37 mil, e, por outro, demonstrar de forma concludente o carácter infundado das especulações à volta de uma possível sobrevivência dos neandertais em Gibraltar até há cerca de 24 mil ou 28 mil anos", adiantou ainda João Zilhão. Esta descoberta vem contribuir também para compreender melhor a criança do Lapedo, da qual o arqueólogo português foi também um dos descobridores, em 1998.
O estudo do esqueleto e dentes da criança, que tinha cinco anos na altura da sua morte, ocorrida há 30 mil anos, revelou que o menino tinha características do homem moderno, mas também de neandertal, o que abalou o mundo da arqueologia e tem, desde então, sido motivo de debate por parte da comunidade científica.
Nunca antes do achado do menino do Lapedo tinha sido encontrada uma prova material de miscenização entre homens modernos e neandertais. Para João Zilhão, ao confirmar-se agora que deixaram de existir neandertais há 37 mil anos, "confirma-se também que o mosaico de características neandertais e modernas que caracteriza a criança do Lapedo, que data de há 30 mil anos, não pode ser interpretado como resultado de um evento de hibridação anedótico entre progenitores de espécies distintas (um neandertal, o outro moderno)". Como sublinhou ao DN, essa mistura de características "reflecte, assim, necessariamente um processo de miscigenação extensiva dos dois tipos de populações à época do contacto".
A permanência tardia dos neandertais nesta região deverá ter estado relacionada com factores climáticos.
Fonte: (27 Jan 2010). Diário de Notícias. http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/Interio
Este colóquio que terá quatro sessões, decorrerá em torno do Plano de Rega, entre 2002 e a actualidade.
As quatro sessões deste colóquio terão os seguintes motes, A Pré-História Recente, a Proto-História, a Época Romana e a Tardo Romano/Medieval.
Recorde-se que o último colóquio realizado, em 2001, girou em torno da divulgação de resultados dos trabalhos arqueológicos decorrentes da execução do Projecto de Alqueva, debruçando-se igualmente sobre a minimização de impactes na área a submergir pela albufeira.
Fonte: (28 Jan 2010). Rádio Planície: http://www.radioplanicie.com/gestao/noti
O presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses (AAP) defendeu esta segunda-feira a necessidade de “chamar à razão” o Governo Regional dos Açores relativamente à construção do Cais de Cruzeiros na Baía de Angra do Heroísmo, com sítios de interesse arqueológico.
“Estou perplexo por o governo alterar a sua posição em quatro anos. Em 2006 criou legislação para classificar a baía como reserva arqueológica subaquática nacional e agora muda tudo sem qualquer estudo”, afirmou o presidente da AAP, José Morais Arnaud, em declarações à Lusa.
O Governo Regional dos Açores reafirmou esta semana a intenção de construir o Cais de Cruzeiros de Angra do Heroísmo, considerando que se trata de um empreendimento que “integra a estratégia de futuro” definida para o transporte marítimo de passageiros e para o turismo de cruzeiros nos Açores.
Para o presidente da AAP, “é preciso um estudo exaustivo, nomeadamente de viabilidade económica e do impacte ambiental que as obras poderão causar”, defendendo ainda a necessidade de “apurar se o projecto é mesmo imprescindível e uma reivindicação das populações locais”.
Por outro lado, salientou que “os estudos determinarão se o projecto pode ser reajustado, deve ser colocado de lado ou feito num local alternativo, que não prejudique o património subaquático”.
José Morais Arnaud garantiu, por isso, que a AAP vai aguardar uma resposta do governo regional antes de tomar qualquer iniciativa, “nomeadamente uma queixa formal à UNESCO”.
“Temos que esperar para saber se o governo vai repensar o projecto ou insistir dando uma explicação racional”, acrescentou.
O presidente da AAP salientou que a Baía de Angra do Heroísmo “tem um valor excepcional”, considerando que “é um tesouro na área do património náutico e subaquático, possuindo condições para criar uma escola de arqueologia náutica destinada a formar técnicos de que o pais tanto precisa”.
Na Baía de Angra estão sinalizados vestígios de cerca de 90 naufrágios históricos, tendo sido já identificados cerca de duas dezenas de sítios com interesse arqueológico, dos quais dois são parques arqueológicos abertos ao turismo subaquático desde 2006.
Um dos parques refere-se ao naufrágio do vapor ‘Lidador’, um navio brasileiro de transporte de passageiros e mercadorias que afundou em 1878 e se encontra a sete metros de profundidade, a 10 metros da costa.
O ‘Lidador’ foi movido do local original onde foi encontrado para uma nova localização dentro da baía para permitir a construção do Porto de Recreio de Angra do Heroísmo.
O segundo parque é um ‘cemitério de âncoras’, a uma profundidade entre 16 e 40 metros, a cerca de 500 metros da costa, na zona onde ancoravam as naus e galeões dos séculos XVI e XVII.
Fonte: (25 Jan 2010). Açoreano Oriental: http://www.acorianooriental.pt/noticias/v
As escavações arqueológicas realizados no quarteirão dos antigos CTT da Avenida da Liberdade, em Braga, vão impor a criação de duas áreas museológicas no interior de um espaço comercial. A decisão tomada pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) está contemplada no relatório final da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, que dá conta dos achados possibilitados por quase dois anos de escavações. Este decisão é considerada minimalista pelo arqueólogo jubilado Francisco Sande Lemos, que considera que Braga «perdeu uma oportunidade histórica» para criar um espaço museológico natural de grandes dimensões, que podia congregar num único parque arqueológico uma grande necrópole, uma via romana única e um grande santuário indígena centrado na Fonte do Ídolo. O arqueólogo é particularmente crítico para com a autorização que foi concedida para se avançar com a construção do parque de estacionamento subterrâneo do megaprojecto comercial que está a ser criado no quarteirão dos antigos Correios.
Fonte: Joaquim Martins Fernandes (25 Jan 2010). Diário do Minho: http://www.diariodominho.pt/noticia.php?c
O Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira, que em 2009 assinalou dez anos de existência, registou também no ano passado um recorde de visitas.
Os dados comparativos revelam que nos últimos dois anos a afluência de público registou um crescimento de cerca de 40 por cento.
Em 2008, o espaço foi visitado por 5457 pessoas, enquanto que em 2009 o número disparou para as 8894 visitas, entre turistas e residentes.
A maioria dos visitantes continua a ser de origem estrangeira (5502 estrangeiros e 3274 portugueses), tendo sido o mês de Maio o que registou a afluência mais elevada deste tipo de público.
Os valores mais significativos revelam que a faixa etária com maior frequência de visitas é a dos 26 aos 65 anos, representando um total de 4725 pessoas.
O sexo feminino lidera o número de visitas ao Museu, com 4453 visitantes em detrimento das 4001 entradas do sexo masculino.
Ao longo de 2009, a tendência ditou um aumento gradual do número de visitantes, que atingiu o seu pico nos meses de Maio (1027 visitas) e Agosto (1131 visitas).
O Museu de Arqueologia possui um importante espólio, albergando peças desde a Pré-história à Idade Moderna.
Além deste legado, o espaço desenvolve, ao longo do ano, diversas actividades destinadas aos variados públicos, visando uma maior aproximação entre os visitantes e o património histórico -arqueológico do concelho.
Fonte: (16 Jan 2010): O Barlavento:
http://www.barlavento.online.pt/index.ph
Arrancou, na segunda-feira, mais uma importante fase do projecto de Requalificação do Convento de S. Francisco, em Castelo de Vide, com o início de novos trabalhos arqueológicos nas traseiras da igreja do edifício.
Um projecto a cargo da Fundação Nossa Senhora da Esperança, financiado em parte pelo Fundo Comunitário, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
O Antigo Convento de S. Francisco, fundado em 1585, foi alvo de várias intervenções ao longo do tempo e, logo nos primeiros trabalhos arqueológicos realizados naquele local, ficou a certeza que a zona do Convento é arqueologicamente sensível.
Também por essa razão, nesta nova fase dos trabalhos a ajuda da Secção de Arqueologia da Câmara Municipal será crucial, uma vez que alguns dos seus elementos, que possuem valiosa experiência em trabalhos arqueológicos, estarão a ajudar nas escavações, sob direcção da arqueóloga Sandra Santos.
Segundo o Programa de Trabalhos de Escavação Arqueológica, Antropológica e Acompanhamento Arqueológico, elaborado pela Fundação Nossa Senhora da Esperança, serão três as áreas que terão intervenção directa no subsolo do espaço conventual, nomeadamente a Área do Baluarte virada a Sul, a Área do Poço Técnico e a Zona Frontal do edifício.
Ainda tendo em conta o mesmo documento, "a mais que provável detecção de vestígios osteológicos humanos no interior e no exterior dos espaços a intervencionar, permitirá também a realização de estudos mais aprofundados sobre a população que viveu no convento e a que vivendo nas suas imediações aí praticou o culto religioso cristão".
Fonte: (16 Jan 2010). Fonte Nova: http://www.jornalfontenova.com/main.asp?p
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