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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
De acordo com o historiador Amílcar D´Avila de Mello, o barco pertenceu a Thomas Frins. Ela integrava uma frota pirata composta por 900 homens, em sua maioria ingleses e franceses.
- Nossa pesquisa é amparada por fontes históricas e evidencias arqueológicas. Os piratas teriam saqueado colônias espanholas no Pacífico de 1684 a 1687 - conta Mello.
Depois de se perder da frota e ser perseguido pelos espanhóis, Frins teria tentado voltar à Inglaterra pelo Atlântico. Quando chegou a uma praia do Norte da então Vila de Nossa Senhora do Desterro, na Ilha de Santa Catarina, foi capturado pelo fundador da vila, o ex-bandeirante Francisco Dias Velho.
Cerca de 1,5 mil objetos já foram recolhidos da embarcação. A equipe pretende, ainda, elucidar mais fatos a respeito do naufrágio. A pesquisa começou em 2004 e até agora foram investidos R$ 2,4 milhões pela Fundação de Apoio á Pesquisa Científica e Tecnológica no Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Fonte: (4 Dez 2009). O Globo: http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2009/1
Prefeito Tércio Garcia apontou que a escavação mostrará aos brasileiros um pouco da arquitetura de 500 anos atrás, hoje inexistente mesmo nas cidades mais antigas do Brasil.
Escavações arqueológicas revelaram uma parede daquela que pode ser a casa mais antiga do País. A descoberta ocorreu em São Vicente, na Baixada Santista (SP), que já detém o título de cidade mais antiga do Brasil. Erguida entre 1516 e 1520, a construção é anterior à chegada do navegador português Martin Afonso de Sousa, que fundou a Vila de São Vicente em 1532.
"Acreditamos que seja a parede da casa do Bacharel Mestre Cosme Fernandes, um dos primeiros portugueses a habitar o País. Ele era um degredado que chegou em 1502, em Cananeia, na expedição de Américo Vespúcio, mas depois veio para São Vicente e montou um ponto de apoio aos navegadores, onde vendia água, comida, tradutores de língua indígena", afirmou o historiador Marcos Braga.
O historiador explicou que, à época, havia entre 10 e 12 habitações no local, apenas uma delas de pedra, local onde residia Fernandes. "Ele ganhou muito dinheiro aqui. Vendia pau-brasil e chegou a vender 800 escravos indígenas para a Espanha." Braga explicou que a descoberta é importante porque dá base real a uma história que já se conhecia, porém, da qual não se tinha muitos indícios físicos, destruídos principalmente por três grandes ataques piratas ocorridos entre 1536 e 1615.
A parede foi encontrada aos fundos de uma atração cultural já existente, a Casa Martin Afonso, na Praça 22 de Janeiro (próxima à Praia do Gonzaguinha). A prefeitura chegou até o sítio arqueológico depois de dois meses de escavações, coordenadas pelo doutor em arqueologia Manoel Gonzalez, para quem a descoberta revela costumes ainda anteriores à colonização portuguesa.
"Aqui temos tudo junto. Na parte inferior há um sambaqui (construções feitas pelos povos caçadores-coletores que viveram há 3 mil anos). Logo acima, as cerâmicas revelam a ocupação dos índios tupis, depois temos as cerâmicas de contato, desenvolvidas sob a influência da chegada de outros povos", discorreu Gonzáles, afirmando que já foram catalogados 883 fragmentos retirados de uma área de dois metros quadrados. Entre as peças, há as conchas e ossos usados nos sambaquis, peças de cerâmicas indígenas e pedaços de faiança europeia.
O prefeito de São Vicente, Tércio Garcia (PSB), apontou que a escavação mostrará aos brasileiros um pouco da arquitetura de 500 anos atrás, hoje inexistente mesmo nas cidades mais antigas do País. "Já para a próxima temporada queremos construir uma passarela sob as escavações (com dois metros de profundidade) para que as pessoas possam conhecer o sítio arqueológico mesmo durante a continuidade das escavações. Serão visitas monitoradas". Ele planeja inaugurar a nova atração em 22 janeiro, quando São Vicente completará 478 anos.
Fonte: (3 Dez 2009). Gazeta do Povo: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vi
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