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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...



Domingo, 29.11.09

Encontrados restos mortais de monarca da Coroa de Aragão



O mosteiro onde foram encontrados os restos mortais do monarca, em Tarragona






Os restos de Pere o Grande, monarca da Coroa de Aragão, cujos despojos são os únicos da dinastia nunca profanados, foram localizados intactos num túmulo no mosteiro de Santa Maria de Santes Creus, Tarragona, noticia hoje El Pais online.


A descoberta é da responsabilidade de uma equipa de arqueólogos da Generalitat (governo da Catalunha) e coincide com a celebração do 850.º aniversário do complexo cisterciense.


Segundo o jornal, os restos do monarca, filho de Jaume I e figura-chave na história da Coroa, encontram-se num sarcófago de pedra, aparentemente embalsamados, envolvidos num tecido, estando o o crânio coberto por uma espécie de capacete.


Pere o Grande, III de Aragão, I de Valência e II de Barcelona, foi também rei da Sicília durante um mandato decisivo na história da Coroa (1276-1285).


O achado permitirá esclarecer as causas da morte do rei e bem assim a autenticidade dos restos de Jaume I o Conquistador (1208-1276), seu pai, enterrado no mosteiro de Poblet com dois crânios de características similares no mesmo sarcófago.


A Generalitat - informa o jornal madrileno - analisará o ADN de Pere o Grande para determinar as suas características físicas e genéticas, a dieta alimentar, e reconstruirá o seu rosto.


Os técnicos acederam ao sarcófago real introduzindo neste uma câmara, um sistema não intrusivo que captou as primeiras imagens do crânio do rei.


Pere o Grande foi o primeiro monarca da Coroa a ser sepultado no mosteiro de Santes Creus, e pelo rito europeu, o que implicou embalsamar o corpo.


Os trabalhos confirmaram também que o corpo foi sepultado com abundantes substâncias aromáticas florais, como era costume na época.

 



Fonte: (27 Nov 2009). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/Interior.aspx?content_id=1432354




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por noticiasdearqueologia às 00:17

Domingo, 29.11.09

Guarda: Centro de Acolhimento e Torre de Menagem abertos ao público no Dia da Cidade

 


foto




A Torre de Menagem vai ser reaberta ao público no Dia da Cidade. A partir de sexta-feira, a Guarda vai contar com uma nova área de atracção, onde, para além do lazer que é possível apreciar, existirá também uma componente cultural e de dinamização do turismo pelo concelho, com o Centro de Acolhimento, onde é dado a conhecer o vasto património cultural, arquitectónico e paisagístico do concelho da Guarda.


 


O investimento foi de cerca de 650 mil euros. Os edifícios foram equipados com tecnologia de ponta.


 


Um dos pontos altos que vão assinalar as comemorações do Dia da Cidade da Guarda passam pela zona da Torre de Menagem, onde este espaço será reaberto aos visitantes, e onde é inaugurado um Centro de Acolhimento para quem procura conhecer melhor a Guarda.


O Centro de Acolhimento conta com um pequeno espaço onde estão expostos artefactos arqueológicos de várias escavações que decorrem em algumas zonas do concelho, ficando a conhecer-se a história desses lugares através dos achados, mas também será ali disponibilizada informação turística que melhor dá a conhecer os patrimónios arquitectónicos e paisagísticos do Concelho.


Joaquim Valente, que no início desta semana visitou o novo equipamento, explicou que no Centro de Acolhimento foram instaladas vitrinas interactivas “onde se pode ler o objecto que lhes diz respeito, com uma breve introdução do mesmo, como as características e a sua idade”.


O autarca referiu que o trabalho foi realizado pelo departamento de arqueologia da autarquia, permitindo que, a partir do Centro de Acolhimento se tenha acesso ao património “quer dos Castros que existem, do Tintinolho, da Póvoa do Mileu e do Jarmelo, mas também o património edificado que existe nas diversas freguesias do concelho”.


Para o arqueólogo Victor Pereira, através dos materiais expostos, que têm uma sequência cronológica, “acabamos por ter os materiais utilizados no dia-a-dia pelas populações que passaram pelo nosso território, a começar logo com materiais do Castro do Tintinolho, com datação do primeiro milénio antes de Cristo, passando depois para o sítio romano da Póvoa do Mileu, século I ou II depois de Cristo, e depois a sequência da Idade Média, terminando na vitrina do Castro do Jarmelo, com uma ocupação do século XVII ou XVIII, pelos dados das escavações”, referindo que o objectivo é que os visitantes possam “compreender a ocupação humana ao longo destes três milénios no território da Guarda”.


As intervenções arqueológicas, algumas que já levam alguns anos, permitem “conhecer estes povos que ocuparam o território da Guarda, não só no Centro Histórico, mas também de todo o concelho da Guarda. Conseguimos compreender a sequência de ocupação que houve do território”, apontou, sublinhando que “é a primeira vez que se coloca à disposição do público a informação que se tem tirado destes objectos”.


 


Torre de Menagem conta a história da Guarda


Quer para miúdos ou graúdos, a história da Guarda é contada na Torre de Menagem. Ali, com a reabertura do espaço, os visitantes vão poder encontrar algumas novidades. À entrada, os visitantes são acolhidos num mini-auditório onde é exibido um vídeo sobre a Guarda, em 3D, e num piso superior, para os mais novos, é projectada a história da Guarda em banda desenhada.


O espaço da Torre de Menagem conta ainda com um parque de estacionamento para os visitantes.


 


Investimento na cultura


O presidente da Câmara da Guarda adiantou que o investimento realizado na zona da Torre de Menagem, com a requalificação e valorização realizada, rondou os 650 mil euros, destacando o facto de o projecto ter sido feito “pelos técnicos da Câmara”, envolvendo arquitectos, engenheiros e arqueólogos, com apoio do sector do restauro.


“Esta intervenção complementa, de alguma forma, toda a estratégia que tem sido desenvolvida para a cultura e para o turismo, no seguimento da construção do Teatro Municipal, do Centro de Estudos Ibéricos, da Biblioteca Eduardo Lourenço, e agora com este espaço aumentamos e criamos uma rede mais sólida de um circuito de âmbito cultural”, referiu o autarca.


A Torre de Menagem passa, assim, a ser a “primeira sala de visitas de quem vem à Guarda e quer passar na Guarda bons momentos”, convidando as pessoas “a deambular pela Cidade, mas sem esquecerem o património que existe também nas nossas 55 freguesias”.


 


Fonte: José Paiva (25 Nov 2009). Nova Guarda: http://www.novaguarda.pt/noticia.asp?idEdicao=208&id=14549&idSeccao=2954&Action=noticia

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por noticiasdearqueologia às 00:00

Sábado, 28.11.09

Figuras de marfil, altares y flechas, en el dolmen de Montelirio

"Es la mayor colección de figuras zoomorfas de la península", asegura el arqueólogo Vicente Aycart, coordinador de las excavaciones en el dolmen de Montelirio, declarado Bien de Interés Cultural, en Castilleja de Guzmán (Sevilla). Su equipo ha sacado a la superficie un conjunto de 17 figuras zoomorfas y de marfil, dos altares circulares y 114 puntas de flecha.







"También acabamos de descubrir que las pruebas de Carbono 14 practicadas a dos de los cadáveres de mujer hallados en la primera fase de estudio del dolmen, que fue en 2007, han elevado la antigüedad de los restos al periodo comprendido entre el 2800 y el 2900 antes de Cristo", asegura. "Además es la primera datación que tenemos con fiabilidad y con valor absoluto de esta zona", detalla.


Entre las figuras que han encontrado en esta segunda fase de estudio, que comenzó en julio, hay diez figuras zoomorfas que representan cerdos, una en forma de ave, objetos de marfil que representan bellotas y un otra aún indefinida. El arqueólogo intuye que estas figuras representan la riqueza de producción que había en la época. "Esta zona debió ser una gran dehesa". Y añade: "Las figuras están en una segunda cámara en la que creemos hay un único individuo varón, que sería como un jefe. Por eso deben de ser simbólicas o de un ritual", considera Aycart.


En la primera cámara fue donde hallaron en 2007 cuerpos de 10 mujeres con edades comprendidas entre los 16 y los 35 años. "Podría ser un sacrificio ritual, o incluso el harén de varón de la segunda cámara", dice. Todavía quedan por contrastar los datos de otros seis cuerpos, "que probablemente también sean femeninos". En esa cámara también encontraron 4.000 cuentas de collar y otros restos de ajuar entre los que figuraban piezas de ámbar


En el corredor del dolmen, los arqueólogos han descubierto dos altares con puntas de flecha y cenizas. "Hemos hallado 114 puntas de flechas que debieron de ser de una ofrenda", explica Aycart.


A este equipo, en el que también trabaja José Luis Escacena y dirige Álvaro Fernández, se le suman otros arqueólogos técnicos, asesores de universidades y científicos que todavía tienen que seguir estudiando las cámaras del dolmen en busca de más vestigios históricos.





Fonte: ÁngelesLucas- Sevilla (18 Nov 2009). El país.com:  http://www.elpais.com/articulo/cultura/Figuras/marfil/altares/flechas/dolmen/Montelirio/elpepuespand/20091118elpepucul_14/Tes

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por noticiasdearqueologia às 23:53

Quarta-feira, 25.11.09

Gonçalo Couceiro novo director do IGESPAR


O anúncio foi já feito pelo Ministério da Cultura que não adianta a data da tomada de posse.

Gonçalo Vasconcelos dos Santos Couceiro ocupava até agora as funções de director Regional de Cultura do Algarve, nas quais será substituído por Dália Paulo.

Licenciado em História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa e mestre pela École Pratique des Hautes Études (Sorbonne), engenheiro electrotécnico pelo Instituto Militar dos Pupilos do Exército, Gonçalo Couceiro foi de 1996 a 2005 consultor para os Assuntos Culturais da Casa Civil da Presidência da República.

Do seu currículo consta ainda ter sido técnico superior da Direcção Regional de Cultura do Algarve, e assessor sénior de Intervenção Urbana na Lisboa’94 - Capital Europeia da Cultura.

O indigitado director do IGESPAR é membro das associações de Estudos Portugueses, e Portuguesa de Historiadores de Arte, bem como do Conselho Geral da Fundação Alter Real.

Para o lugar que Gonçalo Couceiro ocupava no Algarve foi designada Dália Paulo, que desde 2002 era a chefe da Divisão de Museus da Câmara Municipal de Faro.

Dália Paulo é licenciada em História (variante de Arqueologia) pela Universidade de Coimbra, mestre em História da Arte pela Universidade do Algarve, com uma pós-graduação em Arqueologia Romana pela Universidade de Coimbra.

Actualmente, Dália Paulo prepara o doutoramento em Museologia pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

A futura directora Regional de Cultura do Algarve é membro da Associação Portuguesa de Museologia, do ICOM Portugal, da AGECAL - Associação de Gestores Culturais do Algarve e da Associação Profissional de Arqueologia.

Fonte: (13 Nov 2009). Jornal Hardmúsica: http://hardmusica.pt/noticia_detalhe.php?cd_noticia=3550

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por noticiasdearqueologia às 22:04

Quarta-feira, 25.11.09

Cientistas encontram o mais antigo artefato americano

O arqueólogo Dennis Jenkins, da Universidade do Oregon, na caverna onde foram encontrados os artefatos  Foto: Nature 





Arqueólogos alegam ter encontrado o mais antigo artefato das Américas, uma ferramenta de escavação em uma caverna do Oregon datada de 14.230 anos atrás. A ferramenta mostra que havia seres humanos vivendo na América do Norte bem antes da conhecida cultura Clovis, que se desenvolveu entre 12,9 mil e 12,4 mil anos atrás, diz o arqueólogo Dennis Jenkins, da Universidade do Oregon em Eugene.




Estudos de sedimentos e datação por radiocarbono mostraram a idade dos ossos. Jenkins apresentou suas conclusões no final do mês passado, em palestra na Universidade do Oregon.


Kevin Smith, o membro da equipe que encontrou o artefato, recorda o momento: "Nós havíamos identificado muitos ossos de cavalos, bisões e camelos extintos, e de repente ouvi o ruído característico da espátula ao bater em um osso", conta Smith, hoje aluno de mestrado na Universidade Estadual da Califórnia em Los Angeles. "Troquei a espátula por uma escova. Logo emergiu um grande osso e, quando vi a extremidade serrilhada, parei e chamei a atenção dos colegas, porque sabia que havíamos encontrado alguma coisa".


Controvérsia sobre coprólitos

Determinar se os moradores das cavernas pertenciam à cultura Clovis ou a uma cultura anterior é um processo incerto. Não foram encontrados artefatos característicos dos Clovis na caverna. "Não se pode descartar ainda que os moradores da caverna de Paisley fossem Clovis", diz Jon Erlandson, arqueólogo da Universidade do Oregon que não participou da pesquisa.


O único outro sítio arqueológico americano mais antigo que na cultura Clovis fica em Monte Verde, Chile, com fósseis datados de 13,9 mil anos atrás. No ano passado, Jenkins e seus colegas reportaram coprólitos, ou excrementos humanos fossilizados, com datação de 14 mil a 14.270 anos no passado. O relatório estabeleceu a caverna Paisley como um sítio primário da arqueologia nas Américas.


Análises do DNA das amostras determinou que os coprólitos eram humanos. Mas em julho, outro grupo de pesquisadores argumentou que os coprólitos poderiam ter datação anterior à dos sedimentos que continham. A equipe, comandada por Hendrik Poinar, da Universidade McMaster, em Hamilton, Ontário, também questionou o relatório de 2008, porque não foram encontrados artefatos nos sedimentos cruciais. A equipe do Oregon refuta fortemente essas críticas.


O fim da questão?

A datação da ferramenta feita de osso e a identificação de que os sedimentos que a envolviam tinham datações de entre 11.930 e 14.480 anos atrás podem encerrar a disputa. "Não se poderia solicitar uma estratigrafia melhor", disse Jenkins durante a reunião no Oregon. "Eles definitivamente reforçaram ainda mais o seu argumento", diz Todd Surovell, arqueólogo da Universidade do Wyoming em Laramie que não esteve envolvido na pesquisa.


Outros pesquisadores questionaram se os moradores da caverna seriam primordialmente vegetarianos, como sugerem os coprólitos. Em sua recente palestra, Jenkins apontou para outros indícios de uma dieta com baixo teor de carne mas incluindo plantas edíveis como a Lomatium dissectum. No final de setembro, um grupo de arqueólogos que estava estudando a difusão populacional nas Américas se reuniu com representantes do governo federal e de uma tribo local, os klamath, para estudar os indícios obtidos na caverna Paisley. Os especialistas passaram dois dias examinando sedimentos, estudando a ferramenta e avaliando outros indícios sobre plantas e animais.


"Foi uma apresentação impressionante", disse David Meltzer, arqueólogo da Universidade Metodista do Sul, em Dallas, Texas, que compareceu ao evento. "Trata-se claramente de um sítio importante, mas existem alguns testes a realizar para chegar a uma conclusão final". Uma consideração importante, ele diz, seria compreender melhor como os espécimes chegaram à caverna.




Fonte: (24 Nov 2009). Terra.com.





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por noticiasdearqueologia às 22:01

Terça-feira, 24.11.09

Concelho possui 140 locais com potencial arqueológico – Oliveira de Azeméis

O município de Oliveira de Azeméis tem actualmente identificados cerca de 140 locais com potencial arqueológico, revelou hoje a vereadora da cultura, Gracinda Leal.  

De um número inicial de 21 locais reconhecidos, o município passou, com o arranque do projecto da Carta Arqueológica em 2008, para quase uma centena e meia de sítios com interesse. 

«Os trabalhos de preparação do projecto da carta arqueológica já nos permitiu multiplicar por sete o número de locais com potencial arqueológico», afirmou Gracinda Leal na abertura do workshop «Prospecção Geofísica e Arqueologia – A fábrica de vidro do Covo» que reúne, durante dois dias, meia centena de profissionais e alunos ligados à arqueologia.  

Em cima da mesa está a análise das técnicas de prospecção do subsolo aplicáveis à arqueologia e a importância da indústria vidreira, incluindo o caso específico da investigação efectuada na Quinta do Covo. 

Os resultados da prospecção nesta antiga unidade vidreira são apresentados este sábado e visaram identificar estruturas associáveis ao fabrico do vidro naquele local, numa parceria que envolveu o Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. 


O concelho de Oliveira de Azeméis está ligado à história vidreira nacional pela razão dali terem nascido as primeiras fábricas de vidro do país. O Centro Vidreiro do Norte de Portugal foi a última unidade a laborar desde que, em meados do século XV, começou a laborar, em Oliveira de Azeméis, a primeira indústria de vidro do país – a Fábrica do Covo. 

«A necessidade de avaliar o potencial arqueológico de um espaço que foi ocupado pela conhecida fábrica de vidro que mais tempo esteve em laboração no território nacional mostrou-se prioritária no quadro da manutenção da memória vidreira no nosso concelho», afirmou a vereadora.


«A integração, em 2008, de um técnico do sector do Museu e Arqueologia marcou o arranque da actividade nesta área e foi decisiva para iniciarmos um percurso de criação de condições necessárias ao desenvolvimento de projectos de investigação arqueológica», disse Gracinda Leal. 

«A actividade do sector em 2008 permitiu a celebração de protocolos de colaboração com entidades capazes de nos garantirem o acesso a conhecimentos e a técnicas que, de outra forma, não estariam acessíveis ao município», explicou. 

O workshop – uma parceria entre a autarquia de Oliveira de Azeméis, a Associação Profissional de Arqueólogos e as universidades de Aveiro e Porto – termina amanhã com a abordagem ao tema «Dos produtos tradicionais às novas aplicações, o futuro do vidro».  


Fonte: (24 Nov 2009).  Metronews: http://www.metronews.com.pt/2009/11/23/concelho-possui-140-locais-com-potencial-arqueologico-oliveira-de-azemeis/

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por noticiasdearqueologia às 20:50

Domingo, 22.11.09

Descoberta de exército persa envolta em polémica



Descoberta de exército persa envolta em polémica






Italianos dizem ter encontrado tropas de Cambises II, sepultadas no deserto do Sara há 25 séculos. Egipto diz que o achado é falso


O anúncio da descoberta de um exército composto por 50 mil homens que foram engolidos vivos por uma tempestade de areia, no deserto do Sara do Egipto, há 25 séculos, está a gerar polémica. De um lado, os arqueólogos italianos anunciaram que encontraram pontas de flecha, braceletes e pendentes que pertenceriam ao exército do rei persa Cambises II. Mas Zahi Hawass, chefe da arqueologia egípcia, qualificou esta descoberta de "infundada e enganosa", acrescentando que os italianos não tinham tido permissão para escavar.


Os indícios são poucos e questionáveis e a descoberta dos objectos persas - se for realmente este o caso - não prova por si só que tenham pertencido ao exército perdido: os persas dominaram o Egipto durante mais de século, realizando diversas expedições até à zona onde foram encontradas as peças.


Mas os irmãos Angelo e Alfredo Cartiglioni, que lideram a expedição, argumentam com o facto de estas peças terem sido descobertas num refúgio natural na rota indicada pelo historiador Heródoto, que o exército teria seguido: partiram de Tebas pelos oásis em direcção ao Norte. Depois viraram para Oeste, para surpreender os Amónios, até à meseta de Gilf Kebir, onde teriam sido enterrados por uma tempestade de areia.


Os arqueólogos juntam a isto o facto de também terem encontrado restos de barcos que foram datados por termoluminescência como originários do ano 500 a.C. Além disso, depois de ouvirem antigas histórias beduínas, terão descoberto um "vale de ossos" repleto de esqueletos branqueados pelo Sol, entre os quais acharam pontas de flecha e restos de cavalos.


Para os egípcios, os ossos podem ser atribuídos a um tragédia recente, como a repressão italiana dos senousi nos anos 30, que fez com que populações inteiras tivessem morrido de sede depois de terem sido empurradas para o deserto. Isso sem contar com a experiência que as tropas de Cambises teriam ao atravessar desertos.




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por noticiasdearqueologia às 17:20

Sábado, 07.11.09

Caravela seiscentista jaz no estuário do Cávado

No estuário do Cávado, mesmo em frente a Esposende, jaz o que resta de uma caravela do tempo dos Descobrimentos. Carbono 14 datou-a de 1548. Parte do navio foi encontrado em dragagens, realizadas há já duas décadas.



Uma caravela de 13 metros de comprimento e com capacidade para transportar até 40 toneladas de carga naufragou no estuário do Cávado em meados do século XVI. Transportaria uma elevada quantidade de cerâmica, ao que tudo indica proveniente de Barcelos. Os motivos do naufrágio são, ainda, desconhecidos da comunidade científica.


Há duas décadas, uma dragagem no estuário poria a descoberto um conjunto de madeiras e de peças de cerâmica - muitas delas inteiras. Porém, as peças trazidas à superfície não despertariam, então, a curiosidade do achador, que julgou tratar-se do local de naufrágio de barco que comercializasse na feira de Barcelos. Só uma década depois é que os achados seriam comunicados à Capitania e ao então Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS). Porém, a proximidade a que os vestígios se encontravam da superfície (apesar de cobertos por metros de sedimentos) motivaria alguma reserva da informação, "para que se salvaguardasse o achado", revela João Baptista, presidente da associação Barcos do Norte, entidade que há muito acompanha o processo.


Segundo o responsável, o CNANS promoveria, em 2000 e 2002, duas campanhas no local. Contudo, não viria a ser possível a localização exacta do sítio do naufrágio. As missões incidiriam na zona do Varadouro, a juzante da ponte de Fão, local do estuário do Cávado onde, noutros tempos, as embarcações fundeavam e onde se crê que a caravela tenha naufragado. Um fragmento dos madeiramentos trazidos à superfície e pertencentes à parte da ré do navio (o cadaste, ver foto) viria a ser datado, através de carbono 14, do ano de 1548, testes estes realizados em universidade dos Estados Unidos. Quanto às cerâmicas ali descobertas, João Baptista assinala que, dadas as suas formas e características, seriam provenientes de Barcelos, asseverando, a propósito, que "são em tudo semelhantes a peças descobertas em Aveiro, no local onde foi encontrado o astrolábio em ouro".


Defendendo a valorização e musealização do achado arqueológico, considerou que um estudo aprofundado permitiria "reescrever" uma parte da história: "Trata-se de reavivar uma importante parte da nossa herança e, no nosso entender, não há dinheiro que pague isso", vaticinou.


Fonte: LUÍS HENRIQUE OLIVEIRA (2 Nov 2009). Jornal de Notícias: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Braga&Concelho=Esposende&Option=Interior&content_id=1407571


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por noticiasdearqueologia às 15:57

Sábado, 07.11.09

Cidade Romana de Ammaia - Gent e Évora abraçam projecto científico

No futuro, vai permitir não só o intercâmbio de alunos de ambas as universidades, mas também intensificar o estudo e investigação deste verdadeiro espaço de história viva.







Foi na presença do presidente da Câmara Municipal de Marvão, Vítor Frutuoso, do presidente da Fundação Cidade de Ammaia, Carlos Melancia, e de muitas outras individualidades que, na tarde de quinta-feira, Jorge Araújo, reitor da Universidade de Évora, e Luc Moens, vice-reitor da Universidade de Gent (Bélgica) assinaram o esperado protocolo de colaboração entre as duas instituições de ensino.

Na verdade, este acordo assinalado no Museu da Cidade Romana de Ammaia tem como objectivo fortalecer os laços existentes entre as duas instituições que, nos últimos anos, têm desenvolvido esforços em torno da dinamização do projecto cientifico na Cidade Romana de Ammaia e no qual se insere o projecto da Universidade de Évora, denominado "Radio-Past" que, recentemente, conseguiu um importante financiamento europeu através das "Marie-Curie Actions".







A verdade é que, desde Abril, equipas de toda a Europa estão envolvidas nas novas actividades de investigação no local da antiga cidade que, em pouco tempo, se começou a transformar num centro para a formação e treino de estudantes. Em simultâneo, a Universidade de Évora requisitou os serviços de dois especialistas estrangeiros, Cristina Corsi, da Universidade de Casino e Frank Vermeulen, da Universidade de Gent para que, no futuro, o Centro de Ammaia se torne um local de excelência para testar essas novas tecnologias aplicadas à arqueologia. E foi mesmo Frank Vermeulen que, momentos antes da assinatura do protocolo, promoveu, no auditório do Museu, uma apresentação subordinada aos projectos que já estão a ser desenvolvidos e outros que podem vir a surgir no futuro.

Logo após a assinatura do protocolo de parceira, Jorge Araújo, reitor da Universidade de Évora, fez questão de agradecer o apoio de todos os envolvidos e destacar que esta procura internacional de conhecimentos e tecnologia é fundamental para consubstanciar o trabalho que tem sido desenvolvido na Cidade Romana de Ammaia.





"É extremamente difícil avaliar a complexidade deste projecto sem apoios, frisou o reitor, lembrando que os trabalhos que estão a ser efectuados em Marvão são muito mais do que um projecto científico. Na sua opinião, prende-se também com o desenvolvimento de uma região que, apesar de muito bela, "tem pouca gente, pouco tecido empresarial".

"O turismo pode ser uma resposta para esse desenvolvimento, mas também é necessário encontrar formas de atracção. O património é uma dessas formas, mas a arqueologia pode ser a chave desse sucesso", declarou Jorge Araújo, agradecendo ainda o apoio da autarquia de Marvão que, na sua opi-nião, "tem um presidente que compreende a importância deste projecto".

Já o vice-reitor da Universidade de Gent, Luc Moens, que se mostrou totalmente deliciado com a beleza da nossa região, começou por aplaudir aquilo que considera "um projecto visionário", pelo facto de "revelar o que está debaixo do solo sem ter de o escavar primeiro".

Defendendo que se trata de uma parceria importante, em que "todos vão dar o seu melhor e partilhar conhecimento", o vice-reitor observou que a Ammaia vai tornar-se não só numa "ponte" entre dois países e instituições, mas também de aprendizagem.



Fonte: (3 Nov 2009). Fonte Nova. http://www.jornalfontenova.com/main.asp?pag=noticia.asp&artigo=4&menu=1&cod_menu=102&ss=1697



 

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por noticiasdearqueologia às 15:48

Sábado, 07.11.09

Torrão: Descobertos vestígios arqueológicos da época romana



"A dispersão e dimensão dos achados é que ganham relevância para uma localidade como o Torrão, mas têm provavelmente a ver com a passagem muito perto da ligação a Beja, já existente na época romana e cujo traçado foi aproveitado pela actual estrada", explicou ainda a arqueóloga.



Agora, é "deitar mãos à obra", porque ainda "falta muito trabalho" e há "muita escavação pela frente", concluiu.




ção do Centro Escolar do Torrão pôs a descoberto diversos achados arqueológicos do período romano, segundo avançou à agência Lusa a arqueóloga responsável pelas escavações, Catarina Cabrita.

 



uma série de tanques associados a muros, numa área de dispersão de cerca de 500 metros quadrados, com um grau de conservação elevado, bem como dois enterramentos, um do sexo feminino e outro do masculino, sendo o do sexo feminino associado também a uma criança", revelou.



Os vestígios, que podem ser de um complexo industrial ou de umas termas do período romano, levaram à suspensão temporária e alteração, por parte da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, do projecto de construção do Centro Escolar do Torrão para que prossigam as escavações.



 



"Os vestígios surgiram precisamente onde seria construído o edifício do primeiro ciclo. Portanto, tivemos que pensar o que fazer, porque são vestígios até ao momento bastante importantes", explicou Catarina Cabrita, felicitando a decisão da autarquia, que salvaguarda que "nada será destruído".


A descoberta vem responder a questões relacionadas com a "evolução histórica", que já apontava que "deveriam aparecer mais coisas que estão de facto agora a aparecer", na zona da vila do Torrão. Além de três tanques completos, diversas estruturas, muros e degraus, a equipa de arqueologia encontrou "cerâmica doméstica e de uso industrial, moedas e cerâmica "fina" importada, mais propriamente terra sigillata (cerâmica considerada de luxo)".

Estas descobertas não provocaram "grande surpresa" aos arqueólogos da Câmara de Alcácer do Sal, segundo a autarquia, pois "aquela área já estava identificada como sensível deste ponto de vista, daí o acompanhamento arqueológico desde o início".



Fonte: (6 Nov 2009).Diário do Sul: http://diariodosul.com.pt/index.php/noticias/1584


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por noticiasdearqueologia às 15:37

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