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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
No estuário do Cávado, mesmo em frente a Esposende, jaz o que resta de uma caravela do tempo dos Descobrimentos. Carbono 14 datou-a de 1548. Parte do navio foi encontrado em dragagens, realizadas há já duas décadas.
Uma caravela de 13 metros de comprimento e com capacidade para transportar até 40 toneladas de carga naufragou no estuário do Cávado em meados do século XVI. Transportaria uma elevada quantidade de cerâmica, ao que tudo indica proveniente de Barcelos. Os motivos do naufrágio são, ainda, desconhecidos da comunidade científica.
Há duas décadas, uma dragagem no estuário poria a descoberto um conjunto de madeiras e de peças de cerâmica - muitas delas inteiras. Porém, as peças trazidas à superfície não despertariam, então, a curiosidade do achador, que julgou tratar-se do local de naufrágio de barco que comercializasse na feira de Barcelos. Só uma década depois é que os achados seriam comunicados à Capitania e ao então Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS). Porém, a proximidade a que os vestígios se encontravam da superfície (apesar de cobertos por metros de sedimentos) motivaria alguma reserva da informação, "para que se salvaguardasse o achado", revela João Baptista, presidente da associação Barcos do Norte, entidade que há muito acompanha o processo.
Segundo o responsável, o CNANS promoveria, em 2000 e 2002, duas campanhas no local. Contudo, não viria a ser possível a localização exacta do sítio do naufrágio. As missões incidiriam na zona do Varadouro, a juzante da ponte de Fão, local do estuário do Cávado onde, noutros tempos, as embarcações fundeavam e onde se crê que a caravela tenha naufragado. Um fragmento dos madeiramentos trazidos à superfície e pertencentes à parte da ré do navio (o cadaste, ver foto) viria a ser datado, através de carbono 14, do ano de 1548, testes estes realizados em universidade dos Estados Unidos. Quanto às cerâmicas ali descobertas, João Baptista assinala que, dadas as suas formas e características, seriam provenientes de Barcelos, asseverando, a propósito, que "são em tudo semelhantes a peças descobertas em Aveiro, no local onde foi encontrado o astrolábio em ouro".
Defendendo a valorização e musealização do achado arqueológico, considerou que um estudo aprofundado permitiria "reescrever" uma parte da história: "Trata-se de reavivar uma importante parte da nossa herança e, no nosso entender, não há dinheiro que pague isso", vaticinou.
Fonte: LUÍS HENRIQUE OLIVEIRA (2 Nov 2009). Jornal de Notícias: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/pais/con
No futuro, vai permitir não só o intercâmbio de alunos de ambas as universidades, mas também intensificar o estudo e investigação deste verdadeiro espaço de história viva.
Foi na presença do presidente da Câmara Municipal de Marvão, Vítor Frutuoso, do presidente da Fundação Cidade de Ammaia, Carlos Melancia, e de muitas outras individualidades que, na tarde de quinta-feira, Jorge Araújo, reitor da Universidade de Évora, e Luc Moens, vice-reitor da Universidade de Gent (Bélgica) assinaram o esperado protocolo de colaboração entre as duas instituições de ensino.
Na verdade, este acordo assinalado no Museu da Cidade Romana de Ammaia tem como objectivo fortalecer os laços existentes entre as duas instituições que, nos últimos anos, têm desenvolvido esforços em torno da dinamização do projecto cientifico na Cidade Romana de Ammaia e no qual se insere o projecto da Universidade de Évora, denominado "Radio-Past" que, recentemente, conseguiu um importante financiamento europeu através das "Marie-Curie Actions".
A verdade é que, desde Abril, equipas de toda a Europa estão envolvidas nas novas actividades de investigação no local da antiga cidade que, em pouco tempo, se começou a transformar num centro para a formação e treino de estudantes. Em simultâneo, a Universidade de Évora requisitou os serviços de dois especialistas estrangeiros, Cristina Corsi, da Universidade de Casino e Frank Vermeulen, da Universidade de Gent para que, no futuro, o Centro de Ammaia se torne um local de excelência para testar essas novas tecnologias aplicadas à arqueologia. E foi mesmo Frank Vermeulen que, momentos antes da assinatura do protocolo, promoveu, no auditório do Museu, uma apresentação subordinada aos projectos que já estão a ser desenvolvidos e outros que podem vir a surgir no futuro.
Logo após a assinatura do protocolo de parceira, Jorge Araújo, reitor da Universidade de Évora, fez questão de agradecer o apoio de todos os envolvidos e destacar que esta procura internacional de conhecimentos e tecnologia é fundamental para consubstanciar o trabalho que tem sido desenvolvido na Cidade Romana de Ammaia.
"É extremamente difícil avaliar a complexidade deste projecto sem apoios, frisou o reitor, lembrando que os trabalhos que estão a ser efectuados em Marvão são muito mais do que um projecto científico. Na sua opinião, prende-se também com o desenvolvimento de uma região que, apesar de muito bela, "tem pouca gente, pouco tecido empresarial".
"O turismo pode ser uma resposta para esse desenvolvimento, mas também é necessário encontrar formas de atracção. O património é uma dessas formas, mas a arqueologia pode ser a chave desse sucesso", declarou Jorge Araújo, agradecendo ainda o apoio da autarquia de Marvão que, na sua opi-nião, "tem um presidente que compreende a importância deste projecto".
Já o vice-reitor da Universidade de Gent, Luc Moens, que se mostrou totalmente deliciado com a beleza da nossa região, começou por aplaudir aquilo que considera "um projecto visionário", pelo facto de "revelar o que está debaixo do solo sem ter de o escavar primeiro".
Defendendo que se trata de uma parceria importante, em que "todos vão dar o seu melhor e partilhar conhecimento", o vice-reitor observou que a Ammaia vai tornar-se não só numa "ponte" entre dois países e instituições, mas também de aprendizagem.
Fonte: (3 Nov 2009). Fonte Nova. http://www.jornalfontenova.com/main.asp?p
"A dispersão e dimensão dos achados é que ganham relevância para uma localidade como o Torrão, mas têm provavelmente a ver com a passagem muito perto da ligação a Beja, já existente na época romana e cujo traçado foi aproveitado pela actual estrada", explicou ainda a arqueóloga. Agora, é "deitar mãos à obra", porque ainda "falta muito trabalho" e há "muita escavação pela frente", concluiu.
ção do Centro Escolar do Torrão pôs a descoberto diversos achados arqueológicos do período romano, segundo avançou à agência Lusa a arqueóloga responsável pelas escavações, Catarina Cabrita. "É uma série de tanques associados a muros, numa área de dispersão de cerca de 500 metros quadrados, com um grau de conservação elevado, bem como dois enterramentos, um do sexo feminino e outro do masculino, sendo o do sexo feminino associado também a uma criança", revelou. Os vestígios, que podem ser de um complexo industrial ou de umas termas do período romano, levaram à suspensão temporária e alteração, por parte da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, do projecto de construção do Centro Escolar do Torrão para que prossigam as escavações. "Os vestígios surgiram precisamente onde seria construído o edifício do primeiro ciclo. Portanto, tivemos que pensar o que fazer, porque são vestígios até ao momento bastante importantes", explicou Catarina Cabrita, felicitando a decisão da autarquia, que salvaguarda que "nada será destruído". Estas descobertas não provocaram "grande surpresa" aos arqueólogos da Câmara de Alcácer do Sal, segundo a autarquia, pois "aquela área já estava identificada como sensível deste ponto de vista, daí o acompanhamento arqueológico desde o início".
A descoberta vem responder a questões relacionadas com a "evolução histórica", que já apontava que "deveriam aparecer mais coisas que estão de facto agora a aparecer", na zona da vila do Torrão. Além de três tanques completos, diversas estruturas, muros e degraus, a equipa de arqueologia encontrou "cerâmica doméstica e de uso industrial, moedas e cerâmica "fina" importada, mais propriamente terra sigillata (cerâmica considerada ‘de luxo’)".
Fonte: (6 Nov 2009).Diário do Sul: http://diariodosul.com.pt/index.php/not
A Câmara de Vila Velha de Ródão vai lançar no próximo ano o concurso para um centro de interpretação da arte rupestre do Rio Tejo e arqueologia do concelho, disse hoje à Lusa a presidente da autarquia.
A estrutura orçada em 1,5 milhões de euros vai ficar instalada no antigo edifício dos paços do concelho, hoje espaço cultural, onde algumas das peças já estão expostas, adiantou Maria do Carmo Sequeira
"O projecto está concluído e aguarda revisão. Contamos até final do Verão de 2010 lançar o concurso para a obra", disse a autarca.
Fonte: (6 Nov 2009). Lusa/Visão: http://aeiou.visao.pt/vila-velha-de-roda
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