Sábado, 10.10.09
Los trabajos de sustitución del alcantarillado han puesto al descubierto en el Pla de Palau un silo probablemente de época romana y una canalización moderna o medieval excavada en la roca.

Imma Teixell, arqueóloga del Museu d'Història de Tarragona, ha manifestado que en el interior del silo «había gran cantidad de material de época romana». El receptáculo «presentaba diversas alteraciones».
El origen del silo «parece ser romano» y se construyó a partir de recortes en la roca, dijo Teixell, quien está pendiente de que se documenten los restos.
La mejora del alcantarillado también puso al descubierto parte del antiguo pavimento del Carrer de la Guitarra, a la altura de un convento, cuyos muros, hace años, estaban retranqueados.
En cuanto al sector de acueducto, Teixell informó que se trata de «canalizaciones de época moderna o medieval», que previsiblemente tenía su origen en el Palau Arquebisbal y tomaba la dirección del Carrer de la Guitarra.
Mejoras en la muralla
La teniente de alcalde de Patrimoni, Rosa Rossell, ha anunciado que antes de que finalice 2009 se iniciarán los trabajos de consolidación de los tramos de la muralla romana correspondientes a la Baixada del Roser y a L'Hort de l'Arquebisbe, previstos por el Pla Director.
La decisión del Gobierno del Estado de finiquitar el Plan Murallas ha supuesto un inconveniente para el desarrollo del Pla Director, presupuestado en 14 millones de euros. La única fórmula posible de recibir la colaboración estatal será vía subvención, una opción que plantea interrogantes ante la actual situación de crisis económica.
Rossell declaró que la supresión del Plan de Murallas se hizo hace unos meses y que el Plan Catedrales seguirá los mismos pasos. El Estado dijo que «participaría con subvenciones que se pudieran dar desde la Dirección General del Patrimonio Histórico o mediante el 1 por ciento cultural».
La responsable del área de Patrimoni recordó que cuando Tarragona presentó el Pla Director a inicios de 2008, desde el Gobierno del Estado se informó que «debían hacerse unas jornadas para estudiar sobre el terreno las murallas. Propusieron hacerlas pasado el verano de ese año, momento en que se empezó a hablar de cambios en el ministerio de Cultura». El Plan Murallas fue suprimido «antes de que se nos adjudicara alguna partida económica».
Rossell explicó que, en previsión a la aportación del Estado en el marco del Plan Murallas, «pusimos en el presupuesto una partida complementaria de 200.000 euros».
Las intervenciones en la Baixada del Roser y L'Hort de l'Arquebisbe -tramo que se desplomó en 2005- están presupuestadas y la financiación correrá a cargo del Ayuntamiento y de la empresa pública Incasòl. Rossell no descarta una aportación por parte del Estado, aunque «aún no se ha convocado el período de solicitud de subvenciones».
La concejal de Patrimoni advirtió que «el Ayuntamiento no puede asumir toda la inversión, pero intentaremos conseguir subvenciones para mantener el ritmo de actuaciones previsto».
Pese a todo, expresó su satisfacción por las actuaciones que se llevan a cabo en el Portal dels Socors y en otros monumentos romanos de la ciudad.
Fonte: CARLES GOSÁLBEZ (29 Set 2009). Diario de Tarragona.com: http://www.diaridetarragona.com/tarragona/034931/localizan/silo/abundante/material/romano/pla/palau
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por noticiasdearqueologia às 23:14
Sábado, 10.10.09
Em uma descoberta "inesperada", um homem de elite empunhando um chocalho foi encontrado enterrado entre sacerdotisas poderosas da sociedade pré-inca moche no Peru, anunciaram arqueólogos.
Cercado por primitivas "máquinas de fumaça", assim como ossos humanos e de lhamas, o corpo estava entre vários outros enterrados em uma tumba de duas câmaras que data de 850 a.C., disse o arqueólogo Luis Jaime Castillo Butters, da Universidade Católica do Peru, em Lima.
A tumba continha um caixão de madeira decorado com cobre e uma máscara dourada sobre uma plataforma elevada. Dentro do caixão "foi onde encontramos o objeto principal do enterro, e esse sujeito era um homem", disse Castillo.
"Após 18 anos de escavação em San José de Moro, estávamos esperando outra mulher", acrescentou. "Mas isso tende a acontecer (na arqueologia) - espere o inesperado". "Máquinas de fumaça", sacrifícios de lhama? Os Moche eram uma sociedade fragmentada de agricultores que ocuparam as costas áridas do Peru entre 100 a.C. e 1000 d.C.
Desde 1991, Castillo lidera escavações em San José de Moro, um centro cerimonial regional e cemitério da elite moche na costa norte do Vale Jequetepeque. O sítio já revelou sete nobres sacerdotisas enterradas, uma indicação do forte papel da mulher na sociedade moche, afirma Castillo.
Este ano, a equipe de Castillo iniciou as escavações na primeira tumba moche de câmara dupla conhecida. O trabalho foi parcialmente financiado pelo Comitê de Pesquisa e Exploração da National Geographic Society.
Pinturas em cerâmicas moche já conhecidas normalmente descrevem uma cerimônia ritualística em que um caixão é baixado até uma tumba como a que mantinha o homem com o chocalho.
Os funerais, observou Castillo, eram motivo de celebração e permitiam a transição ininterrupta do poder de um governante para outro. Sacerdotisas vivas provavelmente realizavam tais enterros em festivais anuais ocorridos em San José de Moro.
Na nova tumba, a equipe descobriu uma rampa que levava à primeira câmara, que continha os ossos de um jovem de um lado e de uma lhama em um canto. O humano e as lhamas "podem ter sido sacrificados para o propósito do enterro", disse Castillo.
Vasilhas de cerâmica de cerca de 38 centímetros de diâmetro se amontoavam no chão ao longo das paredes e cobriam vãos. As vasilhas grandes estavam cheias de garrafas pequenas e grossas de cerâmica. Essas garrafas deviam ser aquecidas e jogadas nas vasilhas cheias de líquido para criar um efeito de névoa e vapor enquanto os corpos eram descidos para a tumba durante o funeral, disse Castillo.
Uma porta lacrada fechava a entrada da segunda câmara. Dentro do segundo quarto, pintado de vermelho e amarelo, os arqueólogos encontraram os restos mortais de duas mulheres e um homem em mortalhas simples. O trio podia ser um sacrifício, mas por enquanto a equipe não tem certeza de seus papéis exatos.
Outro jovem não-identificado estava sentado de pernas cruzadas, enquanto uma máscara estava lá para qualquer um ver. A máscara é semelhante à encontrada no caixão do homem de elite, fazendo Castillo suspeitar que ela talvez tenha sido deixada para trás de outro caixão que havia sido misteriosamente removido.
Dentro do caixão do homem, seus ossos, uma máscara e um longo bastão com sinos pendurados, além de outros objetos de metal, estavam desarranjados. A desordem sugere que o caixão passou por uma jornada longa e sacolejante antes de chegar ao complexo de tumbas, acrescentou Castillo.
O Chocalho da Face Enrugada
A surpresa de descobrir um enterro masculino de elite entre as sacerdotisas fez Castillo e seus colegas vasculhar a arte moche em busca de explicação. De princípio, o longo bastão com sinos parecia notavelmente similar ao chocalho empunhado por um arquétipo bem conhecido da arte moche. "Acho que o cara com o chocalho é esse aí", disse Castillo.
O arquétipo é conhecido como Aia Paec, ou 'Face Enrugada', uma figura central em cenas de enterro. Ele é normalmente mostrado descendo o caixão na tumba ao lado de outro personagem humano chamado Iguana.
Ao lado de Iguana e uma mulher, provavelmente uma das sacerdotisas, Aia Paec também é mostrado em algumas cenas presenteando um líder com uma concha decorativa. De acordo com Castillo, Aia Paec e Iguana eram funções herdadas. Quando a pessoa que desempenhava a função morria, ele ou ela deveria ser enterrado e uma nova pessoa no mundo dos vivos assumiria o seu papel.
"Parece que todas essas figuras estavam relacionadas e ligadas", disse Castillo.
Transição de Poder?
Foram descobertos tantos enterros de elite femininos que alguns arqueólogos acreditam que as mulheres dominavam a estrutura de poder dos Moche.
Mas como governantes masculinos e femininos estão representados na arte moche, fica difícil acreditar que a civilização tenha sido 'estritamente dominada por mulheres', disse Castillo.
"Acho que seria mais possível ter sociedades em que o poder feminino estivesse ao lado do poder masculino", acrescentou. "Portanto, a descoberta de um enterro de elite masculino provavelmente vai nessa direção."
Mas o antropólogo Steve Bourget, especialista em arte moche da Universidade do Texas, em Austin, suspeita que o homem no caixão não tenha sido o primeiro residente da tumba.
Ele cita o fato de o caixão ter sido encontrado encostado numa parede do que pode ser considerada uma câmara excepcionalmente vazia. De acordo com Bourget, é possível que alguns habitantes das tumbas tenham sido removidos na época moche.
"Talvez o que você tivesse lá fosse uma dessas chamadas sacerdotisas ao lado de outras pessoas e acabaram não removendo aquele sujeito", disse. A ideia do recém-descoberto homem como uma figura de apoio no enterro de uma mulher importante se encaixaria melhor na noção de Bourget de que a sociedade moche tardia passava por uma transição em direção a uma estrutura de poder dominada por reis cercados de mulheres influentes. "Vejo isso na iconografia, mas também observo isso no sítio de San José de Moro", disse.
A disposição do complexo de tumbas, afirmou, sugere a tumba de um rei, ou reis, cercada por tumbas-satélites de sacerdotisas. Essa estrutura de poder prevaleceu em sucessivas culturas da costa peruana, os Chimu e mais tarde os Labayeque, observou ele.
No entanto, Castillo, o líder da escavação, disse que o novo homem pode, ao invés disso, ser parte de uma disposição complexa de enterros que colocaria o homem moche em posição de igualdade em relação às sacerdotisas.
A nova descoberta, acrescentou, pode não ser a primeira que sustenta sua perspectiva de partilha de poder entre homens e mulheres. Em 2008, sua equipe encontrou uma sacerdotisa numa tumba ao lado da que contém o homem de elite. "Eles pareciam ser uma imagem espelhada, com o homem de um lado e a mulher do outro."
Fonte: Tradução: Amy Traduções (2 Out 2009). Terra.com: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4017697-EI238,00-Homem+e+descoberto+em+meio+a+sacerdotisas+em+tumbas+preincas.html
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por noticiasdearqueologia às 23:09
Sábado, 10.10.09
O departamento de antiguidades do Egito anunciou hoje que rompeu laços
com o museu francês do Louvre, pois a entidade se recusou a devolver
artefatos que, segundo os egípcios, foram roubados. A decisão
significa que não será permitida a realização de expedições
arqueológicas ligadas ao museu francês no Egito. Uma palestra no país
de uma ex-curadora do Louvre também foi cancelada.
"O Museu do Louvre se recusou a devolver ao Egito quatro artefatos
arqueológicos roubados durante os anos 1980 da tumba do nobre Tetaki",
perto do famoso templo de Luxor, afirma o comunicado, citando o chefe
do setor de antiguidades do país, Zahi Hawass. A ex-diretora do
departamento de Egiptologia do Louvre Christiane Ziegler adquiriu as
quatro peças no ano passado e as colocou em exibição, segundo o
comunicado. A palestra dela no Egito foi cancelada.
Desde que assumiu o cargo, Hawass tem feito da recuperação de peças
roubadas uma prioridade. Ele pretende reaver o busto de Nefertite -
mulher do faraó Akhenaton - e a Pedra de Roseta, fundamental para a
descoberta dos significados dos hieróglifos. O busto está no Museu
Egípcio, em Berlim, e a Pedra de Roseta, no British Museum de Londres.
Recentemente, Hawass conseguiu trazer de volta para o Egito fios de
cabelo roubados da múmia de Ramsés II.
Fonte: (7 Out 2009). Cruzeiro do Sul.
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por noticiasdearqueologia às 23:05
Sábado, 10.10.09
Já falta pouco para Lagos passar a ter dois novos parques de
estacionamento prontos a estrear, com um total de 900 lugares, num
investimento de 15,5 milhões de euros.
Enquanto o parque do anel verde já leva uns pontos de avanço, pois tem
12 meses de prazo de conclusão face aos 14 do da zona ribeirinha,
ambos vão respeitar o tempo de obra previsto, garantiu ao «barlavento»
Carlos Albuquerque, presidente da empresa municipal Futurlagos.
O parque do anel verde, junto ao centro histórico, abrirá ao público
no «início do próximo ano». É que, naquele local, «os trabalhos
arqueológicos já terminaram e os de construção da estrutura estão a
correr como programado, uma vez que foi possível afectar mais meios
humanos e mecânicos» para cumprir os prazos, justificou.
«Um quarto da laje de cobertura já está betonado e agora entrámos na
fase de armar ferro para depois fazer as ancoragens e betonar os
outros três quartos», assegurou.
Em Novembro e Dezembro começam as fases de arquitectura e de
especialidade, como o ar condicionado e a ventilação.
Neste caso, a relevância arqueológica condicionou as obras, mas
acabará por ser uma mais-valia para o resultado final.
«Para preservar a memória histórica do antigo hospital da gafaria,
encontrado durante os trabalhos arqueológicos, foi feita uma alteração
ao projecto de arranjos exteriores no sentido de manter algumas das
suas estruturas», revelou ao «barlavento» Carlos Albuquerque.
No futuro, os utilizadores vão poder ainda encontrar uma placa com
informações sobre o antigo hospital para leprosos do século XV, então
situado na periferia da cidade.
A importância dos achados «obrigou a que tivéssemos equipas de
arqueologia, antropologia, medicina, sociologia, economia e história
para contextualizar o conjunto, que vem enriquecer o património
histórico», sublinhou ainda.
Isto mostra que nem sempre a arqueologia é um entrave, desde que o
planeamento da obra seja rigoroso e que haja uma boa relação entre os
arqueólogos e o empreiteiro.
No outro ponto da cidade, o parque de estacionamento na frente
ribeirinha tem, por sua vez, uma complexidade e visibilidade
diferentes, devido à sua localização.
«Primeiro, porque está paredes meias com o casco urbano do centro
histórico, em segundo lugar, porque vai servir mais os visitantes da
cidade», salientou. Por isso, antes do Verão, o espaço tem que estar a
postos para receber os turistas e facilitar a vida aos residentes.
«Os trabalhos têm o acompanhamento de uma equipa de arqueologia e têm
sido desenvolvidos trabalhos inovadores, para compatibilizar a
engenharia, arquitectura e construção civil, com a arqueologia»,
afirmou.
Uma das inovações serve para acautelar que o pano da muralha é
preservado. «A geoarqueologia, na Rua da Barroca, permitiu validar uma
solução de construção do parque, que consiste em fazer perfurações de
micro-estacas, abaixo da base da muralha para assegurar a sua
sustentação», explicou o responsável pela empresa municipal.
Entretanto, a obra já entrou na fase da impermeabilização, visto que a
contenção periférica está feita.
«Agora é fase de adaptação do plano de trabalhos da arqueologia com a
obra, o que diminui o ritmo de construção. Há ainda o acompanhamento
da arqueologia subaquática, por isso temos a equipa em permanência no
local para ver se há algum contexto que seja relevante, o que até aqui
não aconteceu. Tanto que já estamos a trabalhar para fazer a laje de
fundo», avançou.
Numa fase posterior, há que conciliar os arranjos exteriores e
infra-estruturas comuns à obra de requalificação do Polis de Lagos,
como saneamento, pluviais, telecomunicações, electricidades.
«As obras não estão atrasadas. Houve um condicionamento arqueológico
que influencia o ritmo, mas que pode ser recuperado, desde que haja
articulação entre os intervenientes com visões, responsabilidades e
objectivos diferentes: empreiteiro e arqueologia», considerou.
Fonte: Ana Sofia Varela (7 Out 2009). O Barlavento.
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por noticiasdearqueologia às 23:01
Sábado, 10.10.09
El arqueólogo del Consell Joan Ramon reconoce que ahora «no es urgente», pero que se ha de intervenir - Dice que ya se ha perdido una tercera parte y que es difícil actuar porque parte es de propiedad privada.
El arqueólogo del Consell de Ibiza, Joan Ramon, advirtió ayer del
riesgo de erosión que sufre la península donde se halla el poblado
fenicio de sa Caleta, uno de los más importantes del Mediterráneo
Occidental. Lo hizo durante la primera jornada del encuentro de
gestores de los lugares declarados Patrimonio de la Humanidad que se
celebra entre ayer y hoy en el Polvorín de Dalt Vila y en el que
participan casi un centenar de personas.
Joan Ramon explicó en su ponencia, en la que abordó los bienes
arqueológicos de la declaración de Patrimonio de la Humanidad de Ibiza
(sa Caleta y Puig des Molins), que «la erosión se está comiendo la
península» y que si ahora mismo «no es una cuestión urgente», no podía
determinar en qué estado se encontrará la zona cuando pasen dos
generaciones si no se interviene.
Este especialista en la cultura púnica explicó que no sólo el terreno
es «vulnerable» al efecto de la erosión, sino también «la estructura»
del yacimiento arqueológico.
De hecho, Ramon explicó que por los estudios geológicos que se han
realizado se sabe que se ha perdido por el efecto de la erosión una
tercera parte del yacimiento, que data del siglo VII A.C. El técnico
indicó que el Consell es propietario de la parte sur del poblado y que
todavía «un porcentaje bastante grande» del terreno está en manos de
propietarios particulares, que, según dijo, «no pueden asumir
inversiones muy altas» para tratar de reducir los efectos del viento y
el oleaje de la costa.
A principios de año el Consell anunció que había iniciado contactos
con los seis propietarios de los terrenos colindantes al antiguo
poblado fenicio para tratar de adquirirlos. También se informó de que
se había encargado un peritaje sobre el valor de esta zona, que ocupa
una superficie de 23.000 metros cuadrados y donde también se
encuentran restos arqueológicos aún sin excavar.
En este sentido, Joan Ramon recalcó en su ponencia que el yacimiento
de sa Caleta «no es sólo lo que se ve, sino mucho más» e indicó que al
tratarse de una propiedad privada en su día se tuvo que «enterrar»
parte de los hallazgos.
Expropiación beneficiosa
La institución también pretende conservar las antiguas instalaciones
militares, construidas en los años 40, y reconvertir la edificación
existente en un centro de interpretación del poblado y de la cultura
púnica en general.
Precisamente, Ramon señaló en su intervención que se debe recuperar
esta batería de defensa en la costa y los pasos subterráneos porque
«forman parte de nuestra historia». «Es reversible», dijo Ramon en
relación a la recuperación de estos elementos, y destacó, en contra de
lo que en principio cualquiera podría pensar, que la construcción de
las instalaciones militares fue «positivo» para conservar el poblado
fenicio, ya que el Ministerio de Defensa expropió los terrenos, lo
cual evitó que «la incipiente urbanización que empezaba a devastar el
territorio» afectase a esta área, hoy en día «totalmente protegida».
El arqueólogo del Consell reconoció que el vallado metálico que rodea
al yacimiento es «antiestético» y crea problemas. «No se da abasto
restituyendo trozos de la valla corroídos por la erosión marina», dijo
Joan Ramon, que informó de que se está «a punto» de arreglar el último
tramo que se vino abajo (ver imagen). Señaló que la valla metálica
deberá ser sustituida, aunque reconoció que la aplicación de cualquier
otro sistema para proteger el poblado fenicio sería «más complejo».
Joan Ramon cerró su intervención hablando de la zona de Puig des
Molins, fundamentalmente de la necrópolis. Dijo que se trata de un
bien muy extenso y en un buen estado de conservación, aunque lamentó
que cada vez esté «más estrangulado» por el desarrollo urbanístico de
la ciudad.
Por su parte, el profesor de la Universidad de Barcelona Joan
Santacana explicó en otra ponencia el proyecto de museización de Dalt
Vila. En su intervención, Santacana reconoció que «la gente no viaja a
Ibiza para ver las murallas, pero se las encuentra». Destacó que un
bien patrimonial sólo es «imbatible» a la acción del hombre cuando
adquiere «un valor importante de contemporaneidad», y que eso se
consigue a través de «la educación».
Fonte: E. Rodríguez (8 Out 2009). Diario de Ibiza.
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por noticiasdearqueologia às 10:54
Sábado, 10.10.09
O i acompanhou quatro arqueólogos responsáveis pela descoberta de um templo romano em Beja...
Alguma vez lhe ocorreu a hipótese de estar a dormir sobre um cemitério? E ter debaixo de sua casa um tesouro com mais de mil anos? É pouco provável que isto lhe tenha passado pela cabeça mas, acredite, o chão que pisamos esconde histórias insondáveis. Que o digam os arqueólogos com quem o i conversou, em plena escavação de Beja, onde recentemente foi descoberto um dos maiores templos romanos da Península Ibérica.
Quando começou a carreira, Conceição Lopes, hoje uma das principais investigadoras da Universidade de Coimbra e coordenadora deste projecto, teve um rasgo de sorte. Na Vidigueira, enquanto trabalhava num tanque da idade do bronze, a jovem arqueóloga descobriu um tesouro com mais de 200 moedas datadas do século II. Sorte de principiante? Talvez, mas também um pequeno problema em mãos.
"Eram seis da tarde e os trabalhadores estavam prestes a ir embora. Não podia simplesmente retirar as moedas e voltar no dia seguinte", recorda. Mais do que a descoberta em si, aos arqueólogos interessa o contexto do achado - através do qual se pode determinar, por exemplo, a sua cronologia. E esse implica tempo de análise. "A solução foi dormir ali ao relento, junto ao tesouro. Não podia arriscar perdê-lo."
Escavar no pico do Verão
Muitos anos depois deste episódio, a investigadora volta ao Alentejo. Desta vez traz consigo alguns dos seus alunos, que trocaram as férias na praia pela campanha arqueológica numa das cidades mais quentes do país. O objectivo? Escavar um templo do século I, dedicado a um imperador romano. A descoberta foi feita há 70 anos, mas as escavações só começaram em 1996. Quando o i visitou o "buraco", já só se fazia o trabalho de minúcia. As pás gigantes das escavadoras deram lugar ao colherim, um pequeno objecto que serve para remover a terra, e que, em conjunto com o método estratigráfico, permite interpretar os dados que a terra esconde. "É um método que nos diz que, ao longo dos tempos, tudo o que aconteceu, seja fruto da mão humana ou da natureza, se deposita em camadas", explica Conceição Lopes.
Moedas, peças de cerâmica, vestígios animais, ossos humanos, praticamente todos os objectos descobertos ao longo das diferentes camadas têm uma leitura e são quantificáveis no tempo. Mas não só: "Um osso humano, por exemplo, pode ajudar-nos a reconstituir os hábitos alimentares, a dieta, a causa de morte, as doenças da época. É informação que nunca mais acaba", explica Susana Gomez, uma investigadora espanhola radicada em Portugal há mais de 17 anos. No caso dos cemitérios, acrescenta Conceição Lopes, é possível até identificar a crença religiosa: "Depende da forma como estão dispostos, se estiveram deitados a sul, de forma lateral, podemos dizer com algum grau de certeza que são muçulmanos. Se estiverem de braços pousados sobre o peito, são católicos."
Se antigamente o trabalho do arqueólogo passava pelo uso de colheres e vassouras, hoje as novas tecnologias deram novo alento à investigação, sem as substituir. O Google Earth, por exemplo, veio simplificar muito o trabalho de prospecção de vestígios. "Antigamente, funcionava tudo na base das fotogragias aéreas", conta Tiago Costa, estudante de mestrado em Arqueologia e Território.
Além da proximidade de outras descobertas, ou do nome da terra, a própria disposição das habitações e a forma como os terrenos estão divididos são condicionados pelo que está debaixo da terra.
No Alentejo - explica a investigadora Ana Costa - quando o trigo começa a secar, "as cores são distintas consoante o que está no subsolo." E hoje, continua Conceição Lopes, "já não é necessário comprar fotografias caríssimas." Claro que isto não dispensa a investigação no terreno, nem tão pouco a parte laboratorial que lhe segue. A parte que mais os entusiasma? "Impossível, é o mesmo que dizer de que filho mais se gosta."
Provavelmente, o maior templo romano da Península Ibérica
Foi identificado em 1939 mas só começou a ser investigado há dez anos. A estrutura é semelhante ao Templo de Diana, em Évora
Por estes dias, Beja está longe de ser uma das urbes mais importantes do país. Mas no século II pode ter sido uma imensa cidade romana, sede dos conventus e administrada com uma circunscrição jurídica que ia do rio Tejo ao Algarve. Pelo menos é essa a convicção dos arqueólogos que, desde 1997, trabalham nas escavações de um templo romano, por muitos identificado com um dos maiores da Península Ibérica.
“Era uma cidade com estatuto de colónia de Roma, os seus cidadãos tinham direitos idênticos aos romanos. Do ponto de vista político, os cidadãos de Pax Julia (designação de Beja na época romana) que tivessem um milhão de sestércios podiam ser senadores em Roma”, explica Conceição Lopes, adiantando que “as inscrições que existem fornecem a ideia de uma cidade grande, com muita indústria, comércio e artesanato”.
A estrutura – com 30 metros de comprimento e quase vinte de altura – foi descoberta nas traseiras da Câmara Municipal e é semelhante ao templo de Diana. À sua volta, tal como no templo de Évora, existia um tanque para abastecimento de água. “É pelos materiais que descobrimos, como cerâmicas importadas da Campânia, ânforas que transportavam vinho e alguns dados da idade do ferro que nos permitem datar a estrutura.”
O templo está integrado numa grande praça, o chamada fórum, cujos vestígios já tinham sido anteriormente identificados por Abel Viana, em 1939, aquando da construção do reservatório de água de Beja. Os vestígios foram novamente tapados e só 60 anos depois voltariam a ver a luz do dia. Nas duas primeiras campanhas, em 1999 e 2006, foram descobertos edifícios de várias épocas, mas só na campanha de 2008 foi descoberto o templo romano identificado há 69 anos.
O outro grande edifício da praça central, também identificado em 2008, “refere-se à primeira instalação romana da cidade e foi construído no final do século I a.C., no tempo de Augusto. “Eram importantes edifícios do fórum da cidade”, ou seja, da praça central onde se situavam os edifícios dos poderes político-administrativo, judicial e religioso.
Fonte: André Rito (6 Out 2009). Jornal i.
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por noticiasdearqueologia às 10:38
Sábado, 10.10.09
Não deu entrada na Câmara de Tomar qualquer proposta visando a aquisição do ex-Colégio Feminino e Convento de Santa Iria, em Tomar. O edifício, propriedade do município, tem um valor base de 1 milhão e 500 mil euros impondo-se ao comprador que transforme o espaço num hotel com uma categoria mínima de quatro estrelas. O prazo do concurso lançado pela autarquia terminou a 30 Setembro. Apesar de vários investidores terem consultado o processo, nenhum formalizou a sua proposta.
A autarquia definiu como critérios de adjudicação a experiência do concorrente (50 por cento) e o valor proposto (50 por cento). De acordo com declarações do presidente da Câmara Municipal de Tomar, Corvêlo de Sousa (PSD) à Rádio Hertz, o momento é considerado mau para investir. “As pessoas têm algum receio da arqueologia e do que poderá vir a ser imposto pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) pelo que vamos redefinir certos aspectos para que as pessoas não tenham tantas dúvidas”, disse acrescentando que daqui a cerca de um mês a autarquia lançará um novo concurso.
Fonte: (8 Out 2009). O Mirante: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=412&id=58157&idSeccao=6300&Action=noticia
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por noticiasdearqueologia às 01:17
Sábado, 10.10.09
O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) apresentou na Universidade de Cultura e Linguagem de Pequim a reconstrução tridimensional de um importante monumento chinês: o Antigo Observatório Astronómico de Pequim.
A reconstrução foi realizada no âmbito do projecto europeu Hallerstein, financiado através do programa Cultura 2000, que tem como objectivo desenvolver as relações institucionais entre o continente europeu e a China.
O tema roda em torno da figura de Frederic Augustin Hallerstein: um padre jesuíta que chegou ao importante cargo de mandarim, tornando-se também director do referido observatório.
O Gabinete de Relações Internacionais e o Departamento de Território, Arqueologia e Património do Instituto Politécnico de Tomar ficaram responsáveis pela produção de reconstruções tridimensionais de vários locais ligados ao percurso de Hallerstein, nomeadamente a Igreja de São Roque em Lisboa e o Observatório Astronómico de Pequim, na China.
Fonte: (9 Out 2009). Jornal Torrejano: http://www.jornaltorrejano.pt/edicao/noticia/?id=4617&ed=690
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por noticiasdearqueologia às 01:12
Sábado, 10.10.09
Fonte: Paula Maia (09 Out 2009). Correio do Minho:http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=15706
Abriu ontem ao público o Núcleo Museológico da ‘Domus’ da Escola Velha da Sé, integrado no edifício-sede da Junta de Freguesia da Sé, situado em pleno coração da cidade.
O conjunto de ruínas foi identificado no contexto de uma intervenção arqueológica e retrata importantes momentos da evolução do tecido urbano bracarense, com particular expressão para o período romano.

De acordo com o Gabinete Municipal de Arqueologia, estamos perante várias estruturas correspondentes a um edifício privado construído no século I d.C. e cuja ocupação sobreviveu até ao século V d.C.
São também visíveis no local restos de alicerces da muralha medieval que se encontram adossadas a um pano de uma das torres que, à época, integravam esta estrutura defensiva.
Os visitantes que estiverem interessados em conhecer este núcleo museológico podem in loco, observar um pequeno vídeo onde lhes é explicada as transformações que o edifício sofreu ao longo dos séculos, bem como as várias funções que assumiu, sendo que, numa última fase, foi transformado num estabelecimento de ensino, tendo acolhido a escola primária da Sé, função assumida até 1986.
Para além de visitar estes vestígios arqueológicos, o visitante terá ainda oportunidade de observar uma exposição permanente que pretende dar a conhecer técnicas e instrumentos associados à execução de mosaicos no período romano.
Contíguo a este núcleo museológico encontra-se também um espaço de restauração.
Mais-valia
O presidente da Junta de Freguesia da Sé considera que este núcleo constitui “uma mais-valia para a freguesia”, destacando o papel da autarquia na preservação destas ruínas “que vêm engrandecer o centro histórico”.
Presente na abertura do núcleo, o edil bracarense sustentou que este património pode constituir uma componente para o futuro Parque Museológico de Braga.
A visita do Núcleo Museológico da ‘Domus’ da Escola da Sé encontra-se temporariamente limitada a grupos (4 pessoas). As visitas requerem marcação prévia através do 253 203150.
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por noticiasdearqueologia às 01:10
Domingo, 04.10.09
Afinal, o chimpanzé não é o antepassado remoto do homem. Ambos provêm de outro símio que terá habitado a Terra há seis ou sete milhões de anos.
A história da humanidade voltou a recuar no tempo agora que os cientistas concluíram o estudo de Ardi, um hominídeo que viveu há 4.4 milhões de anos numa região que actualmente faz parte da Etiópia.
Com 1,20m e 50 quilos, esta fêmea vagueou pela floresta milhões de anos antes da famosa Lucy, nome de baptismo do esqueleto de um outro hominídeo descoberto em 1974, tido até agora como o mais remoto antepassado do Homem.

Nova luz sobre a evolução
O estudo de Ardi lançou uma nova luz sobre a evolução do Homem, disse o antropólogo C. Owen Lovejoy da Universidade de Kent, EUA.
Ao contrário do que se pensava até agora o antepassado mais remoto do homem não será um grande símio semelhante a um chimpanzé. Com efeito, os cientistas garantem agora que o Homem e o chimpanzé terão seguido caminhos paralelos a partir de um antepassado comum.
"Ardi não é esse antepassado comum, mas nunca tínhamos chegado tão perto", afirmou Tim White, director do Centro de Investigação da Evolução Humana da Universidade da Califórnia em Berkeley, EUA.
White acredita que essa criatura a partir da qual Homem e macaco evoluíram, terá vivido há cerca de seis ou sete milhões de anos.
Mas Ardi tem muitos traços que actualmente não se encontram nos actuais macacos africanos, o que permite concluir que estes terão evoluído consideravelmente desde de que partilharam com o Homem o tal antepassado comum.
Das árvores para o solo
O estudo de Ardi, que começou em 1994, ano em que foram descobertos os primeiros ossos, permitiu concluir que viveria na floresta e que poderia subir às árvores usando os membros superiores e inferiores, mas o desenvolvimento dos seus braços e pernas revelou que passariam pouco tempo empoleirados. No solo, eram capazes de caminhar sobre os membros inferiores.
Sob a designação científica Ardipithecus ramidus, que significa "símio do chão", foi esta descoberta cientificamente documentada em 11 artigos ontem publicados na revista "Science".
Para David Pilbeam curador do Museu de Arqueologia e Etnologia de Harvard, "esta é uma das descobertas mais importantes no estudo da evolução da Humanidade".
Fonte: Randolph E. Schmid (2 Out 2009). Expresso/Associated Press: http://aeiou.expresso.pt/ardi-a-nova-mae-da-humanidade=f539212
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por noticiasdearqueologia às 00:09