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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
A costa algarvia tem escondidos nas profundezas dos seus mares alguns dos maiores tesouros, em termos de património cultural. Segundo relatórios do CNANS (Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática) - entretanto extinto e substituído pelo DANS (Divisão Nacional de Arqueologia Subaquática) -, existem nos mares algarvios cerca de 400 registos de embarcações submersas.
O estuário do rio Arade é rico em achados arqueológicos que, ao longo dos anos, têm vindo a ser recolhidos por arqueólogos credenciados, que têm reunido um espólio muito valioso. Para muitos especialistas, o Algarve é mesmo considerado actualmente “um dos campos mais interessantes e privilegiados da arqueologia subaquática”.
De acordo com estes dados, foi criado em 2001 o projecto ProArade (programa para o Rio Arade), cujas campanhas arqueológicas eram realizadas todos os verões, com base em descrições bibliográficas elaboradas a partir de conhecimentos transmitidos por anteriores mergulhadores.
Durante os anos de realização do ProArade, que durou entre 2001 e 2004, o GEO (Grupo de Estudos Oceânicos) trouxe à tona da água centenas de artefactos deixados por outros povos, uma verdadeira relíquia cultural. Mas arqueólogos e mergulhadores viram-se forçados a abandonar as suas buscas, quando foram cortados os apoios financeiros.
Fonte (10 Set 2009). Jornal do Algarve: http://jornaldoalgarve.pt/artigos.aspx?i
O Núcleo Museológico da Rua do Sembrano – onde o visitante pode observar estruturas arqueológicas de diversas épocas, com particular destaque para a Idade do Ferro e Época Romana, vai, a partir da próxima sexta-feira, 11 de Setembro, pelas 18.30h, passar a contar com duas exposições. A partir desta data, o Núcleo funcionará como um espaço expositivo dedicado à Arqueologia, aí ficando instalada uma mostra permanente que integra uma selecção dos principais materiais arqueológicos recolhidos durante as escavações do local.
Parte da área expositiva passará, também, a funcionar como galeria de exposições temporárias, destinada a dar a conhecer os resultados das múltiplas intervenções de Arqueologia que nos últimos anos têm vindo a ser efectuadas no concelho de Beja, decorrentes, na sua maioria, de acompanhamentos arqueológicos de obras públicas nas zonas urbana e rural. A primeira exposição é dedicada aos resultados dos trabalhos de acompanhamento arqueológico efectuados durante a renovação da rede de água da cidade, que forneceram dados valiosos sobre a ocupação de Beja, sobretudo no que se reporta ao Período islâmico.
Na cerimónia inaugural estarão presentes o Presidente da Câmara Municipal de Beja e o Director Regional de Cultura do Alentejo – uma vez que a montagem da Exposição Permanente resulta de um trabalho de parceria entre estas duas instituições – e um representante do Conselho de Administração da EMAS, EEM, empresa que financiou os trabalhos de acompanhamento arqueológico que deram origem à Exposição Temporária. Do programa consta uma visita guiada a estas duas exposições.
Fonte:(10 Set 2009).Diário doSul: http://diariodosul.com.pt/index.php/not
Obras em escola revelam necrópole.
Uma necrópole da época romana com quase dois mil anos foi encontrada durante as obras de requalificação da Escola Secundária Gabriel Pereira, em Évora. Dos achados do séc. II fazem também parte um conjunto de 14 campas, urnas e moedas, entre outros objectos.

"É um achado muito importante em termos arqueológicos, porque até à data não se conhecia onde estariam implementadas as necrópoles da cidade romana de Évora", explicaram ao CM os arqueólogos e Conceição Vitoriano Maia e Gerardo Gonçalves, da empresa Arkeohabilis, que desde Janeiro acompanham as obras da empresa Parque Escolar. A necrópole foi descoberta já durante o mês de Agosto, embora ao longo de todo o acompanhamento fossem detectados alguns objectos históricos no local.
"É provável que quando a escola foi construída [na década de 1960] tenha sido destruída parte desta necrópole", acrescentou a equipa.
As 14 campas continham, na generalidade, vasos utilizados como urnas onde eram depositadas as cinzas, visto tratar-se de uma necrópole crematória. A tradição mandava também que os mortos fossem enterrados com alguns objectos pessoais. Lucernas, contas de colar, osso e ganchos de cabelo foram alguns dos artefactos encontrados. Este material, segundo os arqueólogos, está agora a ser estudado, tratado e marcado, para uma futura musealização.
A Secundária Gabriel Pereira já mostrou interesse em expor os objectos. "Gostaríamos que o material encontrado ficasse na escola, colocado num local próprio, onde os alunos possam ter acesso", disse o director Ananias Quintano.
Fonte: (3 Set 2009). Correio da Manhã: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?c
Uma placa de madeira do século XII a apelar à "guerra santa" foi um dos achados arqueológicos no trabalho realizado por cerca de uma centena de pessoas para elaboração da Carta Arqueológica de Sesimbra, apresentada hoje e sexta-feira, na Fortaleza de Santiago.
"Enquanto fazíamos a prospecção de uma gruta descobrimos uma placa em madeira, datada do século XII, com um texto em árabe, onde se apelava à 'guerra santa', que será apresentada amanhã (sexta-feira)", disse um dos coordenadores do projecto, Luís Jorge Gonçalves, director da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Luís Jorge Gonçalves falava à agência Lusa sobre o trabalho desenvolvido nos últimos dois anos e meio por dezenas de especialistas, incluindo arqueólogos, espeleólogos e geólogos, associações locais e outras entidades, para tentar perceber o que foi a ocupação humana da região.
Fonte: (3 Set 2009). LUSA/Jornal de Notícias: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.a
Chama-se 'Casa dos Pintores', encontra-se localizada em pleno 'coração' da cidade de Leiria, e acolhe uma oficina de arqueologia que irá permitir divulgar o património arqueológico junto da população leiriense, ao mesmo tempo que pretende servir como espaço de investigação e restauro de peças.
Os trabalhos de requalificação, num investimento de cerca de 200 mil euros, suportados pelo Programa Operacional da Cultura, permitiram manter a fachada de um dos edifícios mais antigos e degradados do Centro Histórico, funcionando, no seu interior, um núcleo de trabalho especializado em arqueologia, onde o público também poderá participar, nomeadamente através de workshops e informações documentais, explicou Vítor Lourenço, vereador do pelouro da Cultura.
À margem da inauguração da 'Casa dos Pintores', o vereador disse ainda que o novo espaço irá acolher, para já, quatro técnicos e auxiliares da Divisão de Museus e Património da autarquia.
A 'Casa dos Pintores' é composta por três divisões. No piso térreo, encontra-se instalado um laboratório de tratamento e restauro de materiais arqueológicos da cidade, além de uma pequena zona de mostras de peças provenientes de lotes de espólio recuperado através de trabalhos arqueológicos realizados na zona de Leiria. Aqui, os técnicos poderão executar diariamente trabalhos de tratamento de espólio, fazer análises ao material, restaurar, entre outras tarefas de conservação.
Esta área permitirá ainda dar formação pedagógica, podendo as crianças e jovens em idade escolar ficar a conhecer as etapas que compõem o trabalho arqueológico.
Aliás, a própria fisionomia da 'Casa dos Pintores' prevê que seja possível ao público observar os arqueólogos e técnicos no seu trabalho diário.
Subindo as escadas, o primeiro andar apresenta uma zona administrativa, onde são privilegiados estudos de espólio armazenado ou a musealizar. Poderão ainda ser organizados e elaborados textos e cartas arqueológicas. Também neste piso, encontram-se peças arqueológicas, recuperadas aquando dos trabalhos de escavação e que datam desde o Século XV ao Século XX, nomeadamente faiança de época moderna, bem como cerâmica de uso doméstico e de construção, metal, moedas, escória e fauna.
O último piso acolhe uma base de dados de gestão arqueológica e um núcleo documental, permitindo criar um conjunto de arquivos, que poderá ser consultado pelo público.
A autarquia prevê ainda a publicação de uma brochura informativa das actividades arqueológicas de gabinete e de campo.
Cursos de formação e ateliês pedagógicos direccionados aos alunos são algumas das actividades que irão decorrer na oficina de arqueologia.
Até ao final do ano, as entradas na 'Casa dos Pintores' são gratuitas. O espaço vai estar aberto de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 12h30 e entre as 14h00 e as 17h30.
Fonte; (8 Set 2009). Diário de Leiria: http://www.diarioleiria.pt/20113.htm
Os arqueólogos e autores do livro “A Villa Romana da Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo – Vila Franca de Xira – trabalhos arqueológicos efectuados no âmbito de uma obra da EPAL”, defendem a continuidade e a expansão das escavações no local onde foram encontrados consideráveis vestígios arqueológicos, que estiveram na origem do livro agora publicado. De acordo com os arqueólogos, as estruturas e o vasto espólio descoberto é apenas uma parte daquilo que está ainda por descobrir e que poderá ter estado na génese da Castanheira do Ribatejo. O problema é que o terreno a ser explorado é privado e está licenciado para a construção de oito blocos habitacionais.
“Prevê-se que grande parte da villa, das restantes ocupações, que passam pelo visigótico e pelo medieval islâmico, estejam lá, ainda preservadas”, confessa Mário Monteiro, 44 anos, arqueólogo e representante da EMERITA. A empresa portuguesa de arqueologia foi contratada pela EPAL para fazer as sondagens e determinar a origem e o tipo de vestígios arqueológicos, que foram aparecendo durante a empreitada de duplicação do Adutor de Castelo do Bode, entre a Quinta da Marquesa e a Central Elevatória de Vila Franca de Xira (próximo do novo Centro de Saúde da Castanheira do Ribatejo).
Entre Setembro de 2006 e Janeiro de 2007 os arqueólogos que estiveram na Castanheira do Ribatejo encontraram numa vala de 45 metros significativas descobertas. “Ao nível de estruturas, o aqueduto que está na capa do livro, mosaicos, policromos, silos islâmicos e muros do período romano. Quanto ao espólio, encontrámos cerâmica, vidros, metais e sigilatas”, revela Luísa Batalha, 48 anos, uma das arqueólogas que esteve no terreno. O material recolhido ao longo dos quatro meses ainda está a ser estudado e provavelmente será entregue a Vila Franca de Xira.
Mas desde 2007 que os trabalhos estão parados. A zona foi devidamente selada para proteger e salvaguardar a história. Mas os arqueólogos acreditam que ainda há muito por descobrir. Talvez o mais importante. “Esta vala mostrou uma riqueza científica e patrimonial bastante elevada. É uma vala só. Imagine-se o que não haverá onde estão as outras estruturas. Encontrámos um contraforte que nos diz claramente que a construção tem continuidade para o terreno privado”, conta Mário Monteiro.
Luísa Batalha acrescenta: “É necessário abrir a área para se tentar perceber o conjunto de estruturas que, de certeza, existem ali. O aqueduto, as paredes e o piso policromo projectam-se no corte poente. É uma zona com todo o interesse de se vir a escavar pois vai revelar-nos dados importantes”, garante a arqueóloga.
Para Guilherme Cardoso, 57 anos, arqueólogo e responsável pela orientação científica da equipa que esteve no terreno, as escavações não podem ficar por aqui. “O espaço que virá a ser descoberto pode ser aproveitado, não só no aspecto cultural mas também poderá criar-se um pólo turístico da região de Vila Franca de Xira”, vaticina o membro da Assembleia Distrital de Lisboa de arqueologia.
Na sua opinião as descobertas feitas e o que ainda haverá por desvendar representa a origem da Castanheira do Ribatejo. “Terá começado na idade do ferro, período pré-romano e terá perdurado até ao século XII”, afirma o professor Guilherme Cardoso.
Os arqueólogos não estão contra a construção dos oito blocos para construção. Mas primeiro pedem que os deixem estudar o que ainda está por descobrir. “ O património cultural pertence a todos e a história local é a identidade de um povo. Há sempre o interesse científico”, garantem.
Até ao fecho de edição não obtivemos resposta da Câmara de Vila Franca de Xira sobre se vai propor a alteração do Plano Director Municipal (PDM) e classificar o terreno privado como área de interesse arqueológico. A presidente da autarquia chegou a estar no local das escavações juntamente com o presidente da EPAL durante os trabalhos exploratórios e tem conhecimento da situação. Maria da Luz Rosinha esteve também presente no lançamento do livro – escrito por nove autores – que decorreu terça-feira, 1 de Setembro, no Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira.
Fonte: (10 Set 2009). O Mirante Semanário: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idE

A Câmara Municipal de Tavira atribuiu, recentemente, uma sede à Associação Campo Arqueológico de Tavira, instituição sem fins lucrativos que se dedica ao estudo da arqueologia e da história de Tavira, do Algarve e do Sudoeste Peninsular.
A sede permite, desta forma, o armazenamento do seu imenso e importante espólio sob melhores condições.
A Associação Campo Arqueológico de Tavira tem desenvolvido, desde a década de 90 até à actualidade, importantes trabalhos de investigação, nomeadamente sobre os períodos romano, fenício, turdetano e islâmico.
Os seus arqueólogos estão ligados à descoberta de importantes estruturas e espólios fundamentais para o conhecimento da história de Tavira e do País.
Merecem especial referência, entre outros, a descoberta de parte da estrutura portuária fenícia (Corte Reais), os poços votivos fenícios (no Palácio da Galeria), uma rede de pesca turdetana e igualmente o já famoso “vaso islâmico de Tavira “( ex-BNU).
A Associação Campo Arqueológico de Tavira, em colaboração com a autarquia, produziu também a “Carta Arqueológica de Cachopo” e participou na elaboração de artigos e conteúdos diversos, no desenvolvimento de exposições de natureza histórico-científica, casos de “Tavira - Território e Poder” (MNA, 2003) e “ Tavira, patrimónios do mar”, actualmente patente no Museu Municipal de Tavira.
A Câmara Municipal de Tavira atribuiu à ACAT em 2006 a Medalha de Mérito Municipal (grau prata), reconhecendo o meritório trabalho cultural e científico
Fonte: (3 Set 2009). Barlavento, on line: http://barlavento.online.pt/index.php/no
A Câmara de Vila Rei pretende fazer uma grande aposta no valor arqueológico, geológico e cultural das conheiras do concelho. Em 2010 vai avançar com a criação de uma rota envolvendo o principal destes depósitos de seixos existentes no concelho e provenientes da exploração de ouro na época romana, localizado próximo da aldeia de Lousa. Trata-se de um projecto-piloto que deverá ser posteriormente alargado à maioria das cerca de 50 conheiras dispersas por quase um terço do território municipal, que já foram identificadas, sinalizadas e classificadas pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar).
No passado mês de Março, realizou-se a transferência para Ourique do espólio arqueológico do Depósito Votivo da II Idade do Ferro, de Garvão, que se encontrava no Museu Monográfico de Conímbriga desde o início da passada década de 90.
Este regresso ao território de origem de um espólio arqueológico, cuja importância os especialistas têm repetidamente referido, resulta do empenhamento do Dr. Pedro do Carmo, Presidente do Município de Ourique, que, para isso, obteve o apoio da Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCALEN) e se propôs assegurar a criação das condições técnicas requeridas para a conservação e estudo dos materiais em causa.
Foi, portanto, criado o Centro de Arqueologia que, como justa homenagem, recebe o nome do director da escavação do depósito votivo, Caetano de Mello Beirão (CACMB), e se situa na Rua Gago Coutinho, nº 31, em Ourique.
O CACMB tem a direcção técnica da DRCALEN e desenvolve trabalho em parceria, para já, com o Centro HERCULES da Universidade de Évora, o CEAUCP (da Universidade de Coimbra) e o Departamento de Arte, Conservação e Restauro do Instituto Politécnico de Tomar.
Os vestígios arqueológicos descobertos esta semana na cidade meridional libanesa de Sidon, entre os quais vários templos, peças de bronze e estátuas, revelam novos dados sobre o modo de vida dos cananeus no terceiro milénio antes de Cristo.
Os achados incluem um templo de 48 metros de comprimento cheio de peças de bronze, machados e anéis, bem como cerâmicas e estátuas de pedra utilizadas pelos povos antigos para repelir os maus espíritos, explicou a chefe da delegação do Museu Britânico, Claude Doumit Serhal.
Tudo isto, segundo Serhal, em declarações ao jornal libanês Daily Star, desvenda 'o ritual religioso e o modo de vida durante o período cananeu'.
Os cananeus foram os povos semites que habitaram a Palestina, Síria, Líbano e Jordânia no terceiro milénio antes de Cristo. O seu nome deriva de Cam, um dos filhos de Noé.
O Daily Star noticiou que, este ano, a delegação do Museu Britânico, composta por 90 arqueólogos libaneses e estrangeiros que trabalham em colaboração com a Direcção-Geral de Antiguidades, descobriu 13 sepulturas, além de vários templos e objectos pessoais datados das época cananeia.
'Encontrámos o maior número de ruínas este ano e isto ajudou a completar o ciclo dos períodos históricos descobertos no lugar', referiu Serhal.
A escavação de Sidon, a 38 quilómetros ao sul do Beirute, conta também com templos datados dos anos 3000 a.C. e 1000 a.C., nove vivendas e reservas de cereais.
Os vestígios encontrados durante as escavações mostram que o sítio foi, não apenas utilizado como local de residência, mas também como templo para deuses, em diferentes e sucessivos períodos históricos.
A cidade de Sidon foi cenário de numerosas civilizações. Até à data, as escavações puseram a descoberto ruínas pertencentes às épocas dos cananeus, dos persas e dos otomanos.
Fonte: (6 Ago 2009). Lusa/Correio do Minho:http://www.correiodominho.pt/noti
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