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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...



Terça-feira, 18.08.09

Peniche teve primeira olaria da Lusitânia a fabricar recipientes para o peixe

Os arqueólogos confirmaram este ano que os achados dos fornos do Morraçal da Ajuda, em Peniche, correspondem à primeira olaria da Lusitânia, donde saíram as ânforas usadas como recipientes do peixe que era consumido no império romano.


"Trata-se da primeira olaria identificada onde foram fabricadas ânforas que envasavam derivados de peixe para todo o império romano à época do imperador Augusto", afirmou à Lusa o arqueólogo Guilherme Cardoso.


A hipótese já tinha sido colocada em 1998, logo que foram descobertos os primeiros achados arqueológicos e à medida que foram sendo descobertas "uma grande quantidade de fragmentos de ânforas".


Contudo, só agora as hipóteses levantadas pelos arqueólogos foram confirmadas através da análise laboratorial do espólio encontrado.


"Antes da descoberta sabia-se que os romanos tinham passado por Peniche, mas não se sabia para quê e agora sabemos que era para pescar e produzir conservas de peixe, que enviavam para todo o império", explicou.


Apesar de não haver vestígios da prática da pesca ou de indústrias de derivados de peixe, os arqueólogos acreditam que a tradição piscatória e de conservas de peixe em Peniche remonta a essa altura, há mais de dois mil anos.


Só assim se justifica a existência de uma importante olaria para produção de ânforas, que serviam para depositar peixe e seus derivados.


Os fornos romanos do Morraçal da Ajuda foram descobertos em 1998, durante os trabalhos de terraplanagens para campos de ténis.


Fonte: FYC (18 Ago 2009). Expresso: http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/531472

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por noticiasdearqueologia às 22:56

Domingo, 16.08.09

Fundão: Descoberto menir com 3.500 anos

Um golpe de vista de agricultores do Fundão permitiu descobrir um menir que pode ajudar a redefinir relações culturais ibéricas na Idade do Bronze, há 3500 anos atrás, adiantaram à Agência Lusa os arqueólogos que estudam o achado.


O bloco de granito com tonelada e meia, três metros de altura e meio metro de largura está esculpido de forma a parecer-se com um homem, com uma espada e uma espécie de machado duplo (chamado bi-ancoriforme) em relevo.


São decorações típicas de peças arqueológicas conhecidas do Alentejo à Andaluzia (Espanha), prova de que houve formas culturais «que viajaram mais para Norte. É uma peça que vem problematizar vários períodos cronológicos» explicou à Lusa, João Rosa, arqueólogo e director do Museu Arqueológico Municipal José Monteiro, onde está exposta.


«A tipologia dos atributos remete para as estelas da Idade do Bronze, ditas ‘alentejanas’, em que o paralelo mais próximo que temos é a estela da Tapada da Moita, Castelo de Vide», acrescentou.

Fonte: (29 Jul 2009). Diário Digital: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=401593

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por noticiasdearqueologia às 00:14

Domingo, 16.08.09

No Parque Arqueológico do Vale do Côa: Painel de pinturas rupestres com cinco mil anos destruído em Almeida

Um dos painéis de granito com pinturas rupestres, com cerca de cinco mil anos, encontrado há sete anos na área da freguesia de Malhada Sorda, concelho de Almeida, foi destruído. O Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) lamenta o sucedido, considerando que existiu a “clara intenção” de fazer desaparecer aquele achado arqueológico.

A figura pré-histórica "foi completamente destruída, tendo sido lavada e repicada com a clara intenção de a fazer desaparecer, o que de facto foi conseguido", lamentou António Martinho Baptista, arqueólogo e pré-historiador de arte do PAVC, considerando que se trata de um "crime de lesa-arqueologia". "Apagaram mais de cinco mil anos de História", sublinhou em declarações à Lusa.

Segundo o arqueólogo, o sítio onde se encontra o achado era constituído por dois painéis verticais em granito, "ambos decorados com pinturas pós-glaciares em tons de vermelho". "A mais interessante figura" do conjunto era "uma figura zoomórfica em estilo seminaturalista, a fazer lembrar algumas das representações do Côa e até do Tejo", acrescentou.

Martinho Baptista explica que na figura destruída era visível "uma pequena cabeça perfilada em V, o pescoço fino e o corpo ovalado" de um animal, características que remetem "para a forma tipológica de um cervídeo fêmea".

Martinho Baptista, antigo director do extinto Centro Nacional de Arte Rupestre, relatou que o achado estava em "duas pequenas rochas" que constituam uma espécie de "abrigo" e foi encontrado por um casal residente em Malhada Sorda.

O presidente da Câmara Municipal de Almeida, António Baptista Ribeiro, disse que teve conhecimento do sucedido através do casal de Malhada Sorda que fez a descoberta e que "de imediato" comunicou o caso ao PAVC. "Da parte da autarquia nada mais havia a fazer, a não ser denunciar a situação às autoridades competentes, neste caso o PAVC", referiu.

O autarca assumiu tratar-se de uma ocorrência que o "preocupa" e disse que "o acto criminoso significa uma perda irreparável" para o património histórico concelhio.



Fonte: (11 Ago 2009). Público: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1395591&idCanal=59

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por noticiasdearqueologia às 00:04

Sábado, 15.08.09

Arqueólogo defende teoria da migração em linha reta, para o norte ou para o sul


Povoados se fixavam ao longo do mesmo meridiano, diz Steve Lekson.

Deslocamentos, em reação a crises, sempre seguiam linha de referência





Visto do céu, o Monte da Cruz de Paquimé, cidade arqueológica do século 14 situada no Estado mexicano de Chihuahua, parece uma rosa-dos-ventos – a figura que indica os pontos cardeais em mapas.





 





Foto: George Johnson/The New York Times

 



“Daqui até o Chaco é uma caminhada e tanto”, diz Steve Lekson, arqueólogo da Universidade do Colorado, observando o eixo norte-sul da cruz. Cerca de 640 km ao norte fica o Parque Nacional Histórico da Cultura Chaco – um grande centro cultural, ocupado de 900 d.C. a 1150 d.C. pelo povo conhecido como anasazi.


Continuando por cerca de 96 km ao norte, ao longo da mesma linha reta, chega-se a outro centro anasazi, conhecido como Ruínas Astecas. Para Lekson, esse alinhamento é mais que uma simples coincidência: os locais são ligados por um antigo padrão de migração.


A reação cultural a algo que não estava dando certo era ir para o norte, e quando isso não funcionava, para o sul. Depois ia-se para o norte de novo, e para o sul outra vez"


 


Meridiano 108


Uma década atrás, no livro "The Chaco Meridian: centers of political power in the ancient southwest", Lekson argumentava que, durante séculos, os líderes Anasazi, guiados pelas estrelas, alinharam seus principais assentamentos nesse eixo norte-sul – o meridiano de longitude 108.


Cada povoamento, em seu próprio tempo, era o foco regional de poder econômico e político, e todos ficavam ao longo do mesmo meridiano. Quando um lugar era abandonado por causa da seca, violência ou degradação ambiental – os motivos são obscuros –, os líderes conduziam um êxodo a uma nova localização: algumas vezes ao norte, outras ao sul, mas sempre mantendo-se o mais perto possível do meridiano 108.


“Eu acho que o motivo é ideológico”, explica Lekson. “A reação cultural a algo que não estava dando certo era ir para o norte, e quando isso não funcionava, para o sul. Depois ia-se para o norte de novo, e para o sul mais uma vez." 


 


Fanáticos por pontos cardeais


Existem muitas evidências de que os antigos americanos eram fanáticos pelas direções cardeais. Observe o céu da noite por tempo suficiente. Ficará claro que uma estrela não se move, enquanto as outras a circulam: a estrela do norte, ou Polaris. Motivadas talvez por esse conhecimento, algumas estruturas do Chaco são alinhadas em eixos norte-sul, e as paredes de terra de Paquimé fazem ziguezague – embora, segundo Lekson, tenham sido “projetadas em papel quadriculado gigante”.


Ao longo do sudoeste, religiões modernas de povoados geralmente incluem quatro montanhas sagradas, uma em cada direção, e seu povo conta histórias de ancestrais se mudando para o sul graças às coisas ruins que aconteciam ao norte.


Se essas pessoas eram “compulsivas pelo meridiano”, como postula Lekson, 


elas detinham o conhecimento astronômico para planejar e seguir uma longa linha reta. 


 


Exagerado


Mas para muitos colegas, Lekson exagera em suas extrapolações na constante tentativa de fazer ligações entre ilhas de pensamento isoladas.


“Definitivamente, Steve foi aquele que nos arrastou, aos gritos, para a arqueologia do quadro completo”, diz William D. Lipe, professor emérito de arqueologia da Universidade Estadual de Washington. “Em muitos aspectos, as ideias e publicações de Steve têm direcionado grande parte da agenda intelectual da arqueologia nos últimos vinte anos ou mais.” Isso não significa, segundo Lipe, que ele concorde com a ideia do meridiano do Chaco. 


Em seu novo livro, "A history of the ancient southwest", Lekson deve ir ainda mais fundo, ao oferecer um tipo de teoria unificada para os movimentos das populações nativas da América. Não há motivo para achar que o texto será menos controverso que a teoria meridional.

“O sudoeste é uma das regiões arqueológicas mais estudadas do mundo, talvez atrás somente de Atenas”, diz Lekson. “Por quilômetro quadrado, provavelmente foi investido mais dinheiro, tempo, energia e pensamento do que em qualquer outro lugar. Se não podemos fazer uma tentativa agora para colocar todas as peças juntas, devíamos simplesmente largar nossas ferramentas e desistir. 


Fonte: (09 Jul 2009). Globo.com: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1223210-5603,00-ARQUEOLOGO+DEFENDE+TEORIA+DA+MIGRACAO+EM+LINHA+RETA+PARA+O+NORTE+OU+PARA+O+.html


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por noticiasdearqueologia às 23:51

Sábado, 15.08.09

Brasil: Geoglifos no Acre estão ameaçados se não forem preservados



Os geoglifos no Acre, grandes estruturas geométricas no solo erguidas antes da chegada dos colonizadores europeus, estão ameaçados, afirmou o arqueólogo Ondemar Dias, presidente do Instituto de Arqueologia Brasileira. 


Os geoglifos do Estado Acre têm grande potencial turístico e, caso a UNESCO aprove a candidatura em curso a património da humanidade, poderão atrair visitantes e investimentos para a região, disse à Lusa Ondemar Dias.

Foi Dias quem descobriu os primeiros vestígios destes desenhos na terra, no final da década de 1970 quando esteve na Amazónia, na primeira investigação científica realizada no Acre.

"A vantagem de ser reconhecido como património é que poderá atrair visitantes e recursos. Faltam recursos para todas as pesquisas arqueológicas académicas no Brasil", disse à Lusa ao alertar que os sítios arqueológicos brasileiros estão todos ameaçados.

Segundo o especialista em cerâmica, não há um mistério que envolve os geoglifos, "há um desconhecimento", pois considera que os estudos ainda são muito incipientes.

Para Denise Schaan, presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira, estes desenhos feitos na terra podem ser "o grande atractivo da região se souberem ser explorados".

"Precisamos agora dar continuidade às pesquisas e trabalhar para a preservação", destacou para quem os geoglifos do Acre se comparam em grau e em importância aos famosos do Peru.

"Apesar das estruturas do Acre serem diferentes das de Nazca, tanto na constituição, quanto provavelmente na função, ambos são comparáveis por oferecerem um belíssimo espectáculo para quem os sobrevoa".

Schaan ainda ressalta que as agências de viagem poderiam fazer um roteiro no Acre, com visitas a partir de torres de observação, museu e sobrevoo.

Estas estruturas foram feitas provavelmente por índios falantes de língua Aruaque, explica Schaan, que colonizaram territórios das Antilhas até ao norte do Matogrosso passando pela Amazónia.

Além do Acre, há geoglifos no estado do Amazonas, oeste de Rondónia e no norte da Bolívia. Até agora já foram identificados 255 geoglifos acreanos, mas há outros 30 que precisam ser estudados.

As estruturas tinham funções distintas: alguns eram aldeias fortificadas, outros eram locais de festas e rituais.

"A simbologia por trás das figuras geométricas pode estar relacionada a algum culto e fertilidade da terra", explicou.

A grande importância dessa descoberta, disse ainda, é o facto de que "essas populações eram todas relacionadas, tinham as mesmas técnicas de engenharia, e talvez construíssem os geoglifos como modo de defesa e marcação do território". 



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por noticiasdearqueologia às 23:46

Terça-feira, 11.08.09

Complexo dos Perdigões está a ser “radiografado”

Uma prospecção geofísica, com técnicas que conseguem "ler" o que está enterrado no solo, está a permitir fazer a "radiografia" do Complexo Arqueológico dos Perdigões, alvo de escavações na Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz (Évora).



"Uma das novidades deste ano é o facto de se ter feito uma prospecção geofísica, que não é muito comum em Portugal, que permite fazer uma leitura ou uma 'radiografia' daquilo que está enterrado", disse hoje à agência Lusa um responsável da ERA Arqueologia.


Miguel Lago, arqueólogo e administrador da empresa que procede a escavações e campanhas arqueológicas no Complexo dos Perdigões desde 1997, explicou que, através da prospecção geofísica, conseguem-se detectar "quais os tipos de estruturas arqueológicas" que se encontram no subsolo.


"Mediante a aplicação de várias técnicas que vêm da área da física, conseguimos fazer uma leitura do que está enterrado e ficamos a saber onde estão, por exemplo, fossos, muros ou cabanas", disse.


A prospecção geofísica, fruto de uma parceria entre a ERA Arqueologia e a Universidade de Málaga (Espanha), que este ano também começou a escavar aquele sítio arqueológico, decorreu em Julho e continuará em Setembro.


O trabalho foi desenvolvido pelo alemão Helmut Becker, "um dos maiores especialistas nesta área", e os resultados preliminares da prospecção vão ser divulgados terça-feira na Herdade do Esporão, num encontro com jornalistas.


"Este especialista considera que este é um dos sítios onde obteve melhores resultados", afiançou Miguel Lago, garantindo que a técnica possibilita uma "radiografia" apurada do complexo, que ocupa 16 hectares, dois terços na Herdade do Esporão e o restante em quatro herdades vizinhas.


"Há uma fotografia aérea dos Perdigões, já famosa, mas agora temos uma imagem muito clara da planta do complexo e esta informação trazida pela geofísica permite afinar os dados, apurar a complexidade do sítio e gerir quais as áreas mais relevantes a escavar e a investigar", acrescentou.


A campanha arqueológica deste ano nos Perdigões começou em Julho e termina no final desta semana, tendo a ERA Arqueologia começado a escavar a zona central do complexo, enquanto a Universidade de Málaga se centrou numa outra área, onde a empresa portuguesa iniciou, em 1997, as escavações.


"No centro do complexo, numa zona bastante restrita, há vários elementos que apontam para a existência de uma sequência arqueológica que abrange uns mil anos, desde o Neolítico Final até ao Calcolítico Final", revelou.


Nesse local, os arqueólogos encontraram objectos de cerâmica, restos de minérios e de ossos de animais e várias estruturas, como fossos, muros, eventuais bases de cabanas e valas de assentamento de paliçadas, assim como o que se pensa serem dois fornos.


O complexo arqueológico dos Perdigões, um conjunto pré-histórico fundado há mais de cinco mil anos, tem em curso o processo de classificação como Monumento Nacional.




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por noticiasdearqueologia às 21:45

Domingo, 09.08.09

Capraia (Livorno), Le Formiche. Mapping and Recording a Late Republican Wreck Site


The 2009 project in Capraia saw ProMare and SBAToscana involved in the mapping, recording, and excavation of a 4 x 4 m testing trench to verify the presence of the main cargo, and possible hull remains, of a second-century B.C. underwater site close to the northern tip of the island and to the rocks called Le Formiche, facing the promontory called Punta Teglia (Fig. 1).




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Fig. 1. View of the Punta Teglia promontory. Its rocky cliff is only 260 m away from the archaeological site.


(Photo: D. Bartoli, ProMare)




 




After a first season of research in 2007, when SBAToscana collected evidence of a large concentration of black-glazed pottery and Late Graeco-Italic amphoras, SBAToscana and ProMare inspected the site in October 2008. It was then confirmed that, at 18 m of depth, a large concentration of black-glazed bowls, cups, and plates was spread over an area of ca. 60 x 40 m on a seafloor characterized by a massive growth of posidonia oceanica intermixed with some sandy spots. It was therefore likely that an ancient ship was lost in the proximity (Fig. 2).




 


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Fig. 2. General view of the underwater site, seen from its eastern end. It is visible the sandy area where most of the black-glazed artifact are located; on the left the wall of posidonia which might cover the main portion of the cargo, and remains of the hull. (Photo: A. Pareti, SBAToscana).




 


It was not clear, however, if the remains of the merchantman which carried the artifacts could have survived under the thick layer of seagrass, and if a merchantman was present at all - the ship could have simply capsized, spread its cargo all over the area, and crashed on the sharp rocks of the nearby promontory. The lack of the typical "amphoras' mound" that characterizes the majority of the known Graeco-Roman shipwrecks, represented the main challenge for researchers that could not locate the main portion of the cargo, if it exists.


It was necessary to verify if, next to the sandy spot with the highest concentration of artifacts, an excavation trench at the base of the posidonia could reveal further remains of the cargo - and possibly a portion of the hull itself. After selecting the area next to the highest concentration of artifacts and dividing it into four grids of 8 x 8 m (Fig. 3), the area was spike-probed at regular intervals to check if beneath the posidonia's roots harder material (possibly pottery) was present (Fig. 4). Markers were used to evidence these anomalies (Fig. 5), and the spot with the highest concentration of them was chosen and divided into a smaller, 4 x 4 m grid, where the actual excavation took place (Fig. 6).




 


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Figs. 3-6. Different phases of the work in Capraia: creating the survey grids, spike-probing, leaving markers on the seafloor, and creating the excavation grid. (Photos: A. Pareti, SBAToscana)




 


An underwater metal-detector was also used to locate metallic signals such as the copper and iron nails of the ship's hull, which were indeed found both in the excavation area and in the sand; all the artifacts were positioned and mapped using trilateration, offsets measurements, and a detailed site plan was created using Site Recorder 4® (Figs. 7-9).




 


 


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Figs. 7-8. Metal-detector operations at Capraia, and offset measurements of an artifact.


(Photo 7: D. Bartoli; Photo 8: P. Holt, ProMare)




At the end of the 2009 field work season, the small excavation trench provided new clues to prove that a ship did sink in Capraia, but its wooden remains, if present, have not been located yet. Several copper and iron nails testify to the presence of wooden planks in this spot on the seafloor (Figs. 10-11).




 


 


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Figs. 10-11. An iron and a copper nail coming from the excavation area.


(Photos: D. Murphy, D. Bartoli, ProMare)




 


Some diagnostic artefacts such as a bronze Roman coin dated to the first half of the second century B.C. (Fig. 12), one black-glazed guttus (Figs. 13-14), and a well-preserved oil-lamp (Fig. 15) were found also during the 2009 campaign.




 


 


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Fig. 12. Roman bronze assis with representation of a ship's bow..


(Photo: A. Pareti, SBAToscana)





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Figs. 13-14. The guttus as it appeared on the seafloor at the time of discovery, and on land. (Photos: D. Bartoli, ProMare; A. Pareti, SBAToscana)




 


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Figs. 15-16. The black-glazed oil-lamp. (Photos: A. Pareti, SBAToscana)




 


Two lead fishing-weights (one left on the seafloor), found close to the bronze coin and in association with a little bronze blade might represent evidence of an ancient fishing net lost on this site, with the necessary tools ready to clean the newly-caught fish (Figs. 17-18).




 


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Figs. 17-18. A lead fishing weight (to the left), found in association with a small bronze simpulum' handle (to the right). The wooden handle did not survive (Photos: D. Murphy, ProMare; A. Pareti, SBAToscana)

 




 


More artefacts such as broken roof tiles (Fig. 19), ancient blown glass3 (Fig. 20), three amphora necks (Fig. 21-23), and several black-glazed artefacts (Figs 24-25) testify to the importance of this site which needs to be studied, even in absence of the main cargo, as a quite uncommon example of an assemblage of small, light, highly-mobile artefacts, which have been distributed over a large area of the seafloor by the constant action of the sea currents which are strong in the area.


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Figs. 19-20. A roof tile from the site (to the left), and a sherd of late Roman-Medieval blown-glass (to the right)


(Photos: D. Muphy, ProMare)




 


 


 


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Figs. 21-25. Three amphora necks from the site, and a black-glazed bowl with four palmettes decorating it.

From left to right: a Dressel 20 amphora neck, a Rhodian and Dressel 1A (?) types.


(Photos: D. Bartoli, ProMare).


 


Fonte: (Jul 2009). Promare.org: http://www.promare.org/notes_from_the_field/capraia.html



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por noticiasdearqueologia às 21:43

Domingo, 09.08.09

Descobertos vestígios do que se pensa ter sido a casa de campo de Vespasiano

Arqueólogos britânicos e italianos descobriram na província de Rieti, centro de Itália, vestígios do que crêem ter sido a casa de campo em que o imperador Tito Flavio Vespasiano (9-79 d.C.) passava o Verão.


Os arqueólogos, segundo noticia hoje o diário italiano La stampa, identificaram o perímetro da construção e descobriram materiais que decoravam e davam forma a esta antiquíssima «villa», situada a noroeste da região de Lácio e que pertencia a alguém poderoso, tendo em conta as salas de recepção, as termas e as colunatas que restam.


O esplendor da construção reflecte-se sobretudo na sala principal da «villa», na qual são visíveis incrustrações de mármore policromático proveniente do norte de África.


Foi precisamente esta sala, que antigamente teria paredes revestidas de mármore, que levou os arqueólogos a pensar que o proprietário da «villa» era Vespasiano, fundador da dinastia Flavia e imperador do Império romano desde 69 d. C. até à morte.


"Não encontrámos ainda qualquer inscrição, pelo que não há certezas. Mas a época, a qualidade dos ambientes, o local, a unidade desta 'villa' e o facto de não haver outras em redor leva-nos a pensar que era uma residência da dinastia Flávia", disse Filippo Coarelli, responsável pela descoberta, em declarações ao La stampa.


Não muito longe daquele local, já no município de Cittareale, localizou-se a casa de Falacrinae, um povoamento romano onde nasceu Vespasiano, o que sustenta ainda mais a teoria de que a «villa» pertenceria ao imperador que mandou construir o Coliseu de Roma.


Os arqueólogos pensam ser provável que Vespasiano tenha querido regressar vitorioso, já convertido em imperador, ao sítio onde nasceu e que por isso decidiu construir ali a sua casa de campo, uma residência de que o cronista Suetónio falou no livro "De vitta caesarum" (A vida dos césares).


O escritor romano (70-140 d.C.) falava de uma casa de campo em "montes próximos da cidade de Rieti" na qual Vespasiano passava o Verão.


Próximo de Cittareale, no município de Cascia, já na região da Umbria, foram igualmente descobertos restos de um antigo fórum romano, numa praça de reunião popular de 60 por 100 metros, adornada com colunas, templos e edifícios públicos.


Estes dois achados arqueológicos permitem, segundo Filippo Coarelli, entender um pouco melhor o processo de romanização de uma zona que até ao ano 209 antes de Cristo era habitada por povos que não falavam latim.


Fonte: (06 Ago 2009). Lusa/Fim-Expresso: http://aeiou.expresso.pt/arqueologia-descobertos-vestigios-do-que-se-pensa-ter-sido-a-casa-de-campo-de-vespasiano=f529562

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por noticiasdearqueologia às 21:36

Domingo, 09.08.09

Uso de ferramentas por primatas alarga limites da arqueologia



Uma equipa científica de que faz parte uma portuguesa propõe o alargamento da arqueologia ao estudo das ferramentas usadas por primatas não humanos e a criação de uma nova disciplina dedicada à evolução nessa área.






Num estudo publicado na revista Nature, os investigadores consideram que a arqueologia de primatas, a nova disciplina, é essencial para conhecer melhor as origens das tecnologias e da cultura material, e a importância do uso das ferramentas na ordem primatas, disse à Lusa a co-autora Susana Carvalho.    


A arqueóloga portuguesa está actualmente na Universidade de Cambridge (Reino Unido) a fazer um doutoramento em arqueologia de chimpanzés, tendo para isso estudado a utilização de ferramentas de pedra por estes primatas em Bossou, na República da Guiné, e comparado utensílios simples usados para partir nozes com as primeiras indústrias de pedra conhecidas de hominídeos.


"A arqueologia foi sempre vista como a ciência que estuda a cultura material em humanos", disse Susana Carvalho.


"Agora, a partir da investigação que decorre na Guiné-Conacri, com chimpanzés, e no Brasil, com macacos capuchinhos, é necessário alargar essa noção de arqueologia a todas as culturas de primatas, investigando o seu uso passado e actual de ferramentas em habitat natural", frisou.


É que estes primatas não-humanos deixam para trás um registo arqueológico que, na sua perspectiva, pode ser estudado e escavado com as técnicas arqueológicas clássicas.


Segundo o conhecimento actual, as ferramentas humanas mais antigas datam de há 2,6 milhões de anos. Mas não se sabe exactamente quem foram os seus autores devido à coexistência nesse período de vários hominídeos, sendo que o Australopithecus garhi tem vindo a surgir como o mais sério candidato, em detrimento do Homo habilis.


Ao estudar o uso de martelos e bigornas pelos chimpanzés, Susana Carvalho acha possível saber como terão surgido as primeiras ferramentas, em que contexto, que pressões selectivas terão levado a isso ou por que razão só algumas espécies as usam.


"Os arqueólogos terão agora que pensar em como distinguir no registo arqueológico o legado material de humanos e não-humanos", sublinha a investigadora.


Num artigo publicado em Maio do ano passado no Journal of Human Evolution, Susana Carvalho descreveu a descoberta que fez em Bossou do quebra-nozes de pedra mais complexo construído por chimpanzés.


Esse quebra-nozes era constituído por quatro elementos de pedra, um martelo, uma bigorna e dois calços, quando só eram conhecidos instrumentos com três componentes.


O estudo publicado na Nature apresenta pela primeira vez um quadro comparativo que permite compreender os contextos biológicos, ambientais e sociais da evolução do comportamento dos primatas, através de análises da produção, utilização e acumulação de ferramentas.  


Para os investigadores, a selecção de matéria-prima, a distinção das funções das ferramentas, o surgimento da posse e a reutilização preferencial das mesmas ferramentas levantam questões como saber se é possível distinguir entre registos arqueológicos humanos e não-humanos ou se é necessário rever a noção de pré-história baseada no antropocentrismo.


Nascida em Leiria em 1973, Susana Carvalho participou neste estudo integrada no Pounding Tool Working Group Research, coordenado por Jack Harris (Rutgers University, Museu Nacional do Quénia e Koobi Fora Field School). Faz também parte da equipa internacional do Primate Research Institute da Universidade de Quioto presente em Bossou e do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde da Universidade de Coimbra.




 


Fonte: (05 Ago 2009). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1326608&seccao=Biosfera

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por noticiasdearqueologia às 21:26

Terça-feira, 04.08.09

Enterramento romano descoberto em Álcacer do Sal

Um enterramento do período romano tardio, inédito no concelho de Alcácer do Sal, foi descoberto durante os trabalhos preparatórios para a construção da nova escola secundária da cidade.


Segundo a Câmara Municipal de Alcácer do Sal, estes vestígios, que serão agora datados e estudados, não vão atrasar as obras de construção do novo equipamento escolar, previstas decorrer "em simultâneo com as escavações arqueológicas".


A construção do novo estabelecimento de ensino é da responsabilidade da empresa Parque Escolar e os vestígios romanos foram encontrados durante as sondagens arqueológicas obrigatórias que antecedem o arranque dos trabalhos no terreno.


Uma das arqueólogas responsáveis pelas escavações e posterior acompanhamento das obras, Vanessa Mata, explicou hoje à agência Lusa que foi encontrado um "esqueleto inteiro de uma mulher jovem do período romano".


"Encontra-se num razoável estado de conservação e já foi escavado e levantado por uma antropóloga", acrescentou, referindo que "nada mais foi encontrado" em posteriores sondagens arqueológicas nas imediações, para detectar outros enterramentos do mesmo período.


"É estranho este esqueleto estar aqui enterrado sozinho, mas não descobrimos mais nada. Há várias hipóteses, uma delas a existência de uma necrópole, mas caso esta exista pode estar mais afastada", afirmou Vanessa Mata.


Os arqueólogos pensam que o esqueleto agora descoberto indicia que a mulher teria "alguma importância" social ou pertencia a uma "família abastada", já que foi encontrado diverso espólio associado ao enterramento do corpo.


"Tinha muito espólio associado, nomeadamente potes em cerâmica para oferendas, um anel, uma lucerna e uma moeda", para pagar ao barqueiro a passagem para a outra vida, disse.


"Não só é o primeiro enterramento desta época em Alcácer do Sal (os que encontraram até agora eram por cremação), como ganha valor pelo espólio associado", frisou a arqueóloga, citada pelo município.


Também no concelho de Alcácer do Sal, mas na localidade de Torrão, começaram esta semana outras sondagens arqueológicas prévias à construção de um novo estabelecimento de ensino, o Centro Escolar local.


A arqueóloga Catarina Cabrita, da autarquia, explicou à Lusa que as sondagens vão prolongar-se durante todo o mês, junto a achados romanos já identificados na localidade - "uma cisterna ou tanque romano", precisou -, para detectar se existem mais vestígios na zona.


Fonte: (4 Ago 2009). Diário Digital: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=402590

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por noticiasdearqueologia às 23:40



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