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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...



Sábado, 22.08.09

Templo foi recuperado para receber acervo: Capela guarda património de Bemposta

A aldeia mais pequena do concelho de Penamacor, distrito de Castelo Branco, abriu o seu núcleo museológico que reúne vestígios da época romana.


A capela de S. Sebastião em Bemposta é o novo local de culto do património desta aldeia do concelho de Penamacor.


As peças estavam no lavadouro da aldeia e algumas desapareceram.

O espaço foi remodelado e reabriu como núcleo museológico, reunido um acervo constituído essencialmente por aras com inscrições romanas e estelas funerárias.


Os objectos estavam há muito nos lavadouros da freguesia, junto à igreja matriz, o que acabou por levar ao desaparecimento de alguns deles.   


"Infelizmente foram furtadas algumas pedras com valor", conta Luís Tomé, o presidente da Junta de Freguesia de Bemposta.


A autarquia chegou a apresentar queixa na Polícia Judiciária mas diz que o processo foi arquivado.


As peças que não foi possível integrar no museu deverão ser colocadas junto ao castelo, quando este for alvo da tão esperada remodelação.


A recuperação da capela de S. Sebastião é vista como uma oportunidade para chamar visitantes à aldeia mais pequena de Penamacor, mas que entre 1510 e 1836 foi sede de concelho.


"São estas pequenas obras que podem servir de pólos de atracção para que mais pessoas nos visitem", diz o presidente da junta de freguesia.


A reconversão da pequena capela em núcleo museológico é o resultado de um protocolo entre a Diocese da Guarda, a Câmara Municipal de Penamacor e a Fábrica da Igreja de Bemposta.


Domingos Torrão, o presidente da Câmara Municipal de Penamacor, realça a abertura que houve da parte do Bispo D. Manuel Felício para que esta solução fosse possível.


Para a autarquia o investimento no património de Bemposta é para continuar.


A aldeia, diz Torrão, "tem um património arqueológico que neste momento está a começar a ser desbravado".


Além das estelas e das inscrições romanas presentes na exposição salta ainda à vista um monólito que remonta à época dos Templários e que de acordo com os investigadores servia de marco de separação de território entre o concelho de Penamacor e o senhorio da Bemposta, que pertencia à Ordem dos Cavaleiros Templários.


Neste aparece o crescente lunar, que ainda hoje consta no brasão de Penamacor.


O núcleo museológico não estará de portas abertas em permanência, mas quem estiver interessado em visitar o espaço pode pedir na junta de freguesia - que fica a poucos metros da capela - para o fazer.


A aldeia que no próximo ano comemora os 500 anos do Foral tem há muito a promessa de requalificação.


Questionado sobre o processo, Domingos Torrão diz que a requalificação da aldeia só vai avançar depois dos estudos arqueológicos, que estão a  ser feitos pela associação Arqueonova, responsável pelos  trabalhos de arqueologia na zona histórica de Penamacor e em Meimoa.


A autarquia pretende ainda recorrer ao Programa de Desenvolvimento Rural Proder para recuperar habitações de particulares, diz o presidente da câmara penamacorense.


Fonte: José Furtado (21 Ago 2009). Reconquista: http://aeiou.expresso.pt/capela-guarda-patrimonio-de-bemposta=f531999

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por noticiasdearqueologia às 23:48

Sábado, 22.08.09

Cientistas em missão arqueológica em Santa Maria


Uma equipa reforçada do Centro de Estudos de Arqueologia Moderna e Contemporânea (CEAM) vai promover uma nova campanha no Castelo da Praia, em Santa Maria, de 3 a 11 de Setembro.




A operação envolve investigadores internacionais e nacionais e insere-se no Estudo da Arqueologia Moderna do Arquipélago dos Açores (EAMA).

Pretende-se “conhecer, do ponto de vista da arquitectura militar, a tipologia e os ambientes quotidianos daquela construção singular dos Açores”.


Na primeira fase do projecto, os trabalhos cingiram-se à intervenção no interior do Castelo e a equipa foi mais reduzida em termos técnicos e humanos.

Élvio Sousa, coordenador do projecto, adianta que, para já, é possível salvaguardar que a fortificação “é mais remota no tempo do que a data que lhe é atribuída”.

Nesta segunda fase do projecto,  pretende-se alargar o horizonte dos trabalhos arqueológicos, nomeadamente a escavação para o exterior do forte e da sua torre central.

“Há indicadores muito importantes que revelam que estaremos eventualmente numa das mais antigas fortificações dos Açores”, declara Élvio Sousa.

Explica que o castelo é composto por um conjunto complexo de estruturas  defensivas, algumas das quais não são cânones da Renascença, assumindo uma configuração tardio-medieval.

“Chegámos, na altura, a conclusões bastante promissoras com a análise dos materiais que foram encontrados, desde metais a cerâmicas, botões e fragmentos de armas de fogo”, refere o coordenador do projecto arqueológico.

A segunda campanha  que vai ter lugar em Setembro vai contemplar a escavação da esplanada exterior do Castelo, visando obter mais informação da cultura material.Trata-se de objectos que faziam parte do dia- a- dia daquela estrutura.

Pretende-se que possam dar “maiores garantias” da história daquele espaço, uma vez que a documentação existente “é muito escassa”. Élvio Duarte explica que muitos dos documentos foram destruídos pelos corsários que atacaram Santa Maria no século XVII e alguns eventualmente perderam-se.

Aquela área de Santa Maria era uma zona de interesse estratégico para eventuais inimigos que vinham do mar, que na altura eram os corsários.

Para além das construções, existe uma presença de cerâmica que data desde o século XVI.

“Nós encontrámos elementos cerâmicos, alguns dos quais fragmentos que podem ter conteúdo museológico futuro” , revela.

O coordenador do projecto especifica ter encontrado “elementos de utensílios relacionados com armas de fogo, neste momento pouco precisos para a identificação das armas, tais como botões de farda e em osso”.

 Santa Maria, que volta agora a receber uma expedição arqueológica, é a mais antiga ilha dos Açores.


Fonte: (12 Ago 2009). Açoreano Oriental: http://www.acorianooriental.pt/noticias/view/190427

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por noticiasdearqueologia às 23:39

Sábado, 22.08.09

Achados arqueológicos questionam origem da civilização chinesa


A descoberta de restos arqueológicos no vale do rio Yangtzé, que seriam pertencentes ao reino de Liangzhu (Neolítico), questionam a ideia de que a civilização chinesa tenha se formado nas planícies centrais do rio Amarelo e de que a Xia tenha sido a primeira dinastia, publicou hoje o jornal "China Daily".




Em 2007, arqueólogos chineses encontraram vestígios de um núcleo urbano que poderia ser a cidade perdida do reino de Lianghzu, que tem entre 4.000 e 5.300 anos de idade e que seria, portanto, anterior à dinastia Xia, de entre 2100 e 1600 a.C. atrás.


Os novos estudos são feitos pelo Instituto de Arqueologia da Academia Chinesa de Ciências Sociais e liderados por seu diretor, Wang Wei. Segundo ele, agora estão sendo usados métodos mais empíricos, em vez de se basear no que textos antigos revelam.


Desde 2004, o instituto está tentado determinar a cronologia pré-histórica da civilização chinesa através de métodos multidisciplinares.


"Tínhamos aceitado que a cultura chinesa se originou na bacia do rio Amarelo, mas à medida que avançamos em nossos estudos descobrimos que a evolução de núcleos regionais também contribuiu no desenvolvimento da civilização chinesa", explicou Wang.


Em 2001, foram achadas as ruínas da cidade de Jinsha, perto de Chengdu, capital da província de Sichuan, que se estima ter três mil anos de idade.


O novo achado se encontra a mais de 1 mil quilômetros de distância da bacia do rio Amarelo.


Para o pesquisador Andrew Lawler, as descobertas recentes são uma oportunidade para questionar a origem da China, um assunto confuso e complicado nos círculos acadêmicos do país.


Embora o estudo ainda não esteja finalizado, parece que revelará que, ao contrário do que até agora se pensava, a cultura chinesa se formou através da união de diferentes culturas milenares.


Fonte: (21 Ago 2009). EFE/Globo.com: http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL1275222-7084,00-ACHADOS+ARQUEOLOGICOS+QUESTIONAM+ORIGEM+DA+CIVILIZACAO+CHINESA.html


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por noticiasdearqueologia às 23:35


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