A aldeia mais pequena do concelho de Penamacor, distrito de Castelo Branco, abriu o seu núcleo museológico que reúne vestígios da época romana.
A capela de S. Sebastião em Bemposta é o novo local de culto do património desta aldeia do concelho de Penamacor.
O espaço foi remodelado e reabriu como núcleo museológico, reunido um acervo constituído essencialmente por aras com inscrições romanas e estelas funerárias.
Os objectos estavam há muito nos lavadouros da freguesia, junto à igreja matriz, o que acabou por levar ao desaparecimento de alguns deles.
"Infelizmente foram furtadas algumas pedras com valor", conta Luís Tomé, o presidente da Junta de Freguesia de Bemposta.
A autarquia chegou a apresentar queixa na Polícia Judiciária mas diz que o processo foi arquivado.
As peças que não foi possível integrar no museu deverão ser colocadas junto ao castelo, quando este for alvo da tão esperada remodelação.
A recuperação da capela de S. Sebastião é vista como uma oportunidade para chamar visitantes à aldeia mais pequena de Penamacor, mas que entre 1510 e 1836 foi sede de concelho.
"São estas pequenas obras que podem servir de pólos de atracção para que mais pessoas nos visitem", diz o presidente da junta de freguesia.
A reconversão da pequena capela em núcleo museológico é o resultado de um protocolo entre a Diocese da Guarda, a Câmara Municipal de Penamacor e a Fábrica da Igreja de Bemposta.
Domingos Torrão, o presidente da Câmara Municipal de Penamacor, realça a abertura que houve da parte do Bispo D. Manuel Felício para que esta solução fosse possível.
Para a autarquia o investimento no património de Bemposta é para continuar.
A aldeia, diz Torrão, "tem um património arqueológico que neste momento está a começar a ser desbravado".
Além das estelas e das inscrições romanas presentes na exposição salta ainda à vista um monólito que remonta à época dos Templários e que de acordo com os investigadores servia de marco de separação de território entre o concelho de Penamacor e o senhorio da Bemposta, que pertencia à Ordem dos Cavaleiros Templários.
Neste aparece o crescente lunar, que ainda hoje consta no brasão de Penamacor.
O núcleo museológico não estará de portas abertas em permanência, mas quem estiver interessado em visitar o espaço pode pedir na junta de freguesia - que fica a poucos metros da capela - para o fazer.
A aldeia que no próximo ano comemora os 500 anos do Foral tem há muito a promessa de requalificação.
Questionado sobre o processo, Domingos Torrão diz que a requalificação da aldeia só vai avançar depois dos estudos arqueológicos, que estão a ser feitos pela associação Arqueonova, responsável pelos trabalhos de arqueologia na zona histórica de Penamacor e em Meimoa.
A autarquia pretende ainda recorrer ao Programa de Desenvolvimento Rural Proder para recuperar habitações de particulares, diz o presidente da câmara penamacorense.
Fonte: José Furtado (21 Ago 2009). Reconquista: http://aeiou.expresso.pt/capela-guarda-patrimonio-de-bemposta=f531999
Uma equipa reforçada do Centro de Estudos de Arqueologia Moderna e Contemporânea (CEAM) vai promover uma nova campanha no Castelo da Praia, em Santa Maria, de 3 a 11 de Setembro.
A operação envolve investigadores internacionais e nacionais e insere-se no Estudo da Arqueologia Moderna do Arquipélago dos Açores (EAMA).
Pretende-se “conhecer, do ponto de vista da arquitectura militar, a tipologia e os ambientes quotidianos daquela construção singular dos Açores”.
Fonte: (12 Ago 2009). Açoreano Oriental: http://www.acorianooriental.pt/noticias/view/190427
A descoberta de restos arqueológicos no vale do rio Yangtzé, que seriam pertencentes ao reino de Liangzhu (Neolítico), questionam a ideia de que a civilização chinesa tenha se formado nas planícies centrais do rio Amarelo e de que a Xia tenha sido a primeira dinastia, publicou hoje o jornal "China Daily".
Em 2007, arqueólogos chineses encontraram vestígios de um núcleo urbano que poderia ser a cidade perdida do reino de Lianghzu, que tem entre 4.000 e 5.300 anos de idade e que seria, portanto, anterior à dinastia Xia, de entre 2100 e 1600 a.C. atrás.
Os novos estudos são feitos pelo Instituto de Arqueologia da Academia Chinesa de Ciências Sociais e liderados por seu diretor, Wang Wei. Segundo ele, agora estão sendo usados métodos mais empíricos, em vez de se basear no que textos antigos revelam.
Desde 2004, o instituto está tentado determinar a cronologia pré-histórica da civilização chinesa através de métodos multidisciplinares.
"Tínhamos aceitado que a cultura chinesa se originou na bacia do rio Amarelo, mas à medida que avançamos em nossos estudos descobrimos que a evolução de núcleos regionais também contribuiu no desenvolvimento da civilização chinesa", explicou Wang.
Em 2001, foram achadas as ruínas da cidade de Jinsha, perto de Chengdu, capital da província de Sichuan, que se estima ter três mil anos de idade.
O novo achado se encontra a mais de 1 mil quilômetros de distância da bacia do rio Amarelo.
Para o pesquisador Andrew Lawler, as descobertas recentes são uma oportunidade para questionar a origem da China, um assunto confuso e complicado nos círculos acadêmicos do país.
Embora o estudo ainda não esteja finalizado, parece que revelará que, ao contrário do que até agora se pensava, a cultura chinesa se formou através da união de diferentes culturas milenares.
Fonte: (21 Ago 2009). EFE/Globo.com: http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL1275222-7084,00-ACHADOS+ARQUEOLOGICOS+QUESTIONAM+ORIGEM+DA+CIVILIZACAO+CHINESA.html