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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Terça-feira, 18.08.09

Águas do Algarve deu um vizinho do século XXI ao Castelo de Aljezur

O Castelo de Aljezur, que já carrega séculos de história, tem agora um novo vizinho, construído pela empresa Águas do Algarve, numa obra que causou o descontentamento da Associação de Defesa do Património de Aljezur.


«É uma obra do século XXI, feita no perímetro de influência do Castelo, que nada tem a ver com o monumento», explicou ao «barlavento» José Marreiros, presidente da associação.

Este responsável garante mesmo que, durante a obra, foi aberta uma vala com uma máquina, «onde ficaram à vista vestígios arqueológicos», aos quais não foi dada a devida importância.


Foto


«Para evitar mais prejuízos, pedimos para deslocar essas terras para junto da Escola em Aljezur, onde funciona o Clube de Arqueologia», revelou ainda.

Acabou por ser o presidente da Câmara Manuel Marreiros a enviar um camião para transportar as terras. Quando as aulas abrirem, pelo menos os alunos membros do Clube de Arqueologia terão com que se entreter.

Os vestígios que terão sido encontrados durante a abertura da vala são «provavelmente da Idade do Ferro» e há também «cerâmicas islâmicas, segundo um arqueólogo a quem nós pedimos a opinião», explicou ainda o presidente da Associação de Defesa do Património.

Contactada pelo «barlavento», a porta-voz da Águas do Algarve rejeitou que tivessem sido encontrados quaisquer vestígios. «Tivemos uma equipa da empresa Nova Arqueologia a acompanhar a obra e nunca foi encontrado nada. Se tivesse sido encontrado algum vestígio, teríamos parado a obra de imediato», garantiu.

Por outro lado, quanto ao pequeno edifício construído para albergar um ponto de entrega do sistema multimunicipal de abastecimento de água a Aljezur, ainda pode haver soluções para atenuar a descaracterização do local, evidente aos olhos de quem visita e passa pelo Castelo.

«Já tivemos conhecimento das opiniões das associações», mas a obra está «aprovada pela Câmara e pelo Igespar». A única solução «para atenuar o impacto visual é revestir a construção a pedra», disse a porta-voz das Águas do Algarve.

É que o pequeno edifício fica situado a pouco mais de dez metros das muralhas do castelo, numa zona que servia de estacionamento.

No entanto, José Marreiros acredita que a melhor opção é «construir, em frente à nova casa, um mural que esteja enquadrado com o Castelo. Seria o ideal, porque taparia uma obra feia e que é do século XXI».

O mural, defendeu, teria de ser feito por «artistas plásticos, mas teria também que estar em concordância com a história do Castelo, podendo vir até a atrair mais visitantes», acrescentou.

O «barlavento» tentou, até ao fecho desta edição, na terça-feira, contactar a Direcção Regional da Cultura do Algarve, mas tal não foi possível.

Este é o organismo responsável pelo Castelo, enquanto monumento nacional, mas, segundo José Marreiros, desde que começaram as obras das Águas do Algarve, e apesar dos insistentes pedidos da associação, nunca nenhum técnico daquela entidade se deslocou até Aljezur.


Fonte: ana sofia varela (16 Ago 2009). O Barlavento, on line: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=35378

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por noticiasdearqueologia às 23:07

Terça-feira, 18.08.09

Peniche teve primeira olaria da Lusitânia a fabricar recipientes para o peixe

Os arqueólogos confirmaram este ano que os achados dos fornos do Morraçal da Ajuda, em Peniche, correspondem à primeira olaria da Lusitânia, donde saíram as ânforas usadas como recipientes do peixe que era consumido no império romano.


"Trata-se da primeira olaria identificada onde foram fabricadas ânforas que envasavam derivados de peixe para todo o império romano à época do imperador Augusto", afirmou à Lusa o arqueólogo Guilherme Cardoso.


A hipótese já tinha sido colocada em 1998, logo que foram descobertos os primeiros achados arqueológicos e à medida que foram sendo descobertas "uma grande quantidade de fragmentos de ânforas".


Contudo, só agora as hipóteses levantadas pelos arqueólogos foram confirmadas através da análise laboratorial do espólio encontrado.


"Antes da descoberta sabia-se que os romanos tinham passado por Peniche, mas não se sabia para quê e agora sabemos que era para pescar e produzir conservas de peixe, que enviavam para todo o império", explicou.


Apesar de não haver vestígios da prática da pesca ou de indústrias de derivados de peixe, os arqueólogos acreditam que a tradição piscatória e de conservas de peixe em Peniche remonta a essa altura, há mais de dois mil anos.


Só assim se justifica a existência de uma importante olaria para produção de ânforas, que serviam para depositar peixe e seus derivados.


Os fornos romanos do Morraçal da Ajuda foram descobertos em 1998, durante os trabalhos de terraplanagens para campos de ténis.


Fonte: FYC (18 Ago 2009). Expresso: http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/531472

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por noticiasdearqueologia às 22:56


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