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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
Um golpe de vista de agricultores do Fundão permitiu descobrir um menir que pode ajudar a redefinir relações culturais ibéricas na Idade do Bronze, há 3500 anos atrás, adiantaram à Agência Lusa os arqueólogos que estudam o achado.
O bloco de granito com tonelada e meia, três metros de altura e meio metro de largura está esculpido de forma a parecer-se com um homem, com uma espada e uma espécie de machado duplo (chamado bi-ancoriforme) em relevo.
São decorações típicas de peças arqueológicas conhecidas do Alentejo à Andaluzia (Espanha), prova de que houve formas culturais «que viajaram mais para Norte. É uma peça que vem problematizar vários períodos cronológicos» explicou à Lusa, João Rosa, arqueólogo e director do Museu Arqueológico Municipal José Monteiro, onde está exposta.
«A tipologia dos atributos remete para as estelas da Idade do Bronze, ditas ‘alentejanas’, em que o paralelo mais próximo que temos é a estela da Tapada da Moita, Castelo de Vide», acrescentou.
Fonte: (29 Jul 2009). Diário Digital: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?se
Um dos painéis de granito com pinturas rupestres, com cerca de cinco mil anos, encontrado há sete anos na área da freguesia de Malhada Sorda, concelho de Almeida, foi destruído. O Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) lamenta o sucedido, considerando que existiu a “clara intenção” de fazer desaparecer aquele achado arqueológico.
A figura pré-histórica "foi completamente destruída, tendo sido lavada e repicada com a clara intenção de a fazer desaparecer, o que de facto foi conseguido", lamentou António Martinho Baptista, arqueólogo e pré-historiador de arte do PAVC, considerando que se trata de um "crime de lesa-arqueologia". "Apagaram mais de cinco mil anos de História", sublinhou em declarações à Lusa.
Segundo o arqueólogo, o sítio onde se encontra o achado era constituído por dois painéis verticais em granito, "ambos decorados com pinturas pós-glaciares em tons de vermelho". "A mais interessante figura" do conjunto era "uma figura zoomórfica em estilo seminaturalista, a fazer lembrar algumas das representações do Côa e até do Tejo", acrescentou.
Martinho Baptista explica que na figura destruída era visível "uma pequena cabeça perfilada em V, o pescoço fino e o corpo ovalado" de um animal, características que remetem "para a forma tipológica de um cervídeo fêmea".
Martinho Baptista, antigo director do extinto Centro Nacional de Arte Rupestre, relatou que o achado estava em "duas pequenas rochas" que constituam uma espécie de "abrigo" e foi encontrado por um casal residente em Malhada Sorda.
O presidente da Câmara Municipal de Almeida, António Baptista Ribeiro, disse que teve conhecimento do sucedido através do casal de Malhada Sorda que fez a descoberta e que "de imediato" comunicou o caso ao PAVC. "Da parte da autarquia nada mais havia a fazer, a não ser denunciar a situação às autoridades competentes, neste caso o PAVC", referiu.
O autarca assumiu tratar-se de uma ocorrência que o "preocupa" e disse que "o acto criminoso significa uma perda irreparável" para o património histórico concelhio.
Fonte: (11 Ago 2009). Público: http://ultimahora.publico.clix.pt/notici
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