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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Sábado, 06.06.09

Centro Interpretativo no Castro de Palheiros foi inaugurado pelo Ministro da Cultura

Monumento do Calcolítico com cinco mil anos foi inaugurado na passada semana

O Centro Interpretativo do Castro de Palheiros, em Murça, foi inaugurado na passada terça-feira, numa cerimónia que foi presidida pelo Ministro da Cultura, Dr. José António Pinto Ribeiro.



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Segundo os estudiosos o Crasto de Palheiros, ou Fragada do Castro, é uma estação arqueológica monumental ocupada no período Calcolítico (terceiro milénio antes de Cristo) e na Idade do Ferro, sendo habitada desde o Século IV antes de Cristo.

Trata-se de uma imponente fragada natural que ao longo de vários anos foi sendo ocupada por populações pré-históricas com grande importância a nível político, social, económico e religioso. Mais tarde seria colonizada pelo império romano.

Para além da intervenção científica de reconstrução de algumas zonas do Castro, coordenada pela arqueóloga Maria de Jesus Sanches, foi edificado nas imediações deste monumento um edifício que vai albergar um Centro Interpretativo. Já tem instalado todo o equipamento audiovisual e multimédia, que vai proporcionar aos visitantes descobrir este espaço e a sua história através das novas tecnologias.

Foram investidos cerca de 650 mil euros no Centro Interpretativo, no restauro de troços de muralhas e taludes, na desmatação da zona e na criação de circuitos de visita interna, assinalados por painéis explicativos e brochuras informativas, para que o visitante possa ser melhor elucidado. No asfaltamento do caminho de acesso e de zonas envolventes gastaram-se 200 mil euros. A comparticipação comunitária para as diversas obras foi de 75%.

João Teixeira, presidente da Câmara Municipal de Murça está convencido que o “Castro de Palheiros vai tornar-se num factor de atracção de turistas ao concelho, pois é um dos cinco mais importantes no roteiro dos castros ibéricos”.

Nos trabalhos de estudo e musealização do local, que decorreram nos primeiros anos desta década, estiveram envolvidos estudantes universitários de arqueologia portugueses e espanhóis. Também participou uma dezena de habitantes locais, nomeadamente da Freguesia de palheiros, que assim puderem desenvolver alguma familiaridade e respeito pelo seu património e, desta forma, zelar também pela sua preservação.

Fonte: (4 Jun 2009). Notícias do Douro: http://www.dodouro.com/noticia.asp?idEdicao=266&id=16256&idSeccao=2970&Action=noticia

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por noticiasdearqueologia às 23:46

Sábado, 06.06.09

Descoberta importante necrópole em Évora com 80 sepulturas e quase 3000 anos

 Uma necrópole do segundo período da Idade do Ferro, com cerca de 80 sepulturas, e uma estrada romana foram descobertas próximo do aeródromo de Évora, na periferia da cidade, constituindo-se como um "importante achado" arqueológico, foi ontem divulgado.

"Face à movimentação de terras, descobrimos estas fossas [sepulturas] escavadas no substrato rochoso", explicou à agência Lusa o arqueólogo Telmo Pinheiro, responsável pelos trabalhos. Os achados arqueológicos foram descobertos há cerca de duas semanas, na sequência das obras do futuro Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, junto ao aeródromo da cidade.

"São aproximadamente 80 fossas, círculos escavados nas rochas, onde enterravam as cinzas juntamente com algum espólio, depois de cremarem os corpos", relatou o arqueólogo, indicando que a poucos metros do local foi também encontrada "uma mancha" onde era feita a cremação dos corpos.

Segundo o responsável pelo acompanhamento arqueológico das obras, os achados remontam ao segundo período da Idade do Ferro, 800 anos antes de Cristo (a.C.), quando os romanos chegaram a esta zona da Europa. "Algumas delas [sepulturas] foram remexidas e novamente tapadas. O próprio espaço, por ser sagrado, foi reaproveitado pelos romanos, tendo perdurado pela época romana", revelou, explicando que o espaço era habitado por comunidades autóctones que depois foram "romanizadas".

Lembrando que "na tradição romana as necrópoles estão sempre associadas a uma via", Telmo Pinheiro adiantou que foi descoberta uma estrada romana a cerca de 100 metros das sepulturas. "Este sítio vem ajudar a perceber como foi o processo de transição das comunidades locais com a vinda dos romanos e como é que desenvolveram a sua cultura e tradições", afirmou o responsável.

Para Telmo Pinheiro, trata-se de um "importante achado" arqueológico, já que "muitos dos estudos que estão feitos são baseados em fontes escritas e, neste caso, são vestígios". A estrada romana, provavelmente, vai ser reintegrada no projecto da obra e não será destruída e as fossas também vão ficar preservadas", precisou o arqueólogo.

Segundo o arqueólogo responsável pelos trabalhos, os importantes achados remontam ao ano 800 a.C.


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por noticiasdearqueologia às 23:40


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