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Os alunos da Escola Profissional de Arqueologia (EPA) vão manifestar-se quinta-feira no Marco de Canaveses, em protesto contra os atrasos no pagamento de subsídios, que está a afectar o funcionamento desta escola única no país.
"A nossa escola encontra-se numa situação muito delicada. Os professores contratados estão sem receber subsídios desde Setembro de 2008 e os alunos não recebem desde Janeiro", denunciou Cristiana Lopes, aluna da EPA, num documento enviado à Lusa.
Em causa, está a transferência para a escola de verbas do Programa Operacional de Potencial Humano (POPH), que visa ultrapassar o défice de qualificações da população portuguesa.
Este programa concentra 8,8 mil milhões de euros de investimento públicos, dos quais 6,1 mil milhões são comparticipados pelo Fundo Social Europeu.
No ano passado, o POPH concedeu à Escola Profissional de Arqueologia um apoio de cerca de um milhão de euros para cursos profissionais.
Relativamente à situação dos alunos, Cristiana Lopes salientou a importância dos subsídios, atendendo a que a maior parte dos estudantes não é do Marco de Canaveses e necessitam deste apoio para pagar a renda de casa e assegurar as suas despesas pessoais.
"Há muitos alunos que dependem deste subsídio e alguns já estão a ser ameaçados de despejo pelos senhorios", alertou Cristiana Lopes.
"Os alunos não suportam mais esta situação e querem mostrar ao país o que se está a passar", acrescentou a aluna, numa alusão à manifestação que terá lugar quinta-feira, a partir das 09:00, frente aos Paços do Concelho de Marco de Canaveses.
Contactada pela Lusa, uma fonte da direcção da EPA confirmou a existência de "atrasos" no pagamento de subsídios aos alunos.
"Os subsídios não estão a ser pagos desde Janeiro", frisou a fonte, escusando-se a adiantar mais comentários sobre o assunto, nomeadamente sobre as consequências desta situação para o funcionamento da escola.
A Escola Profissional de Arqueologia, instituição pública criada em 1990 pelos ministérios da Educação e da Cultura, é a única escola profissional nesta área em Portugal.
Actualmente conta com cerca de uma centena de alunos, incluindo duas dezenas de estudantes provenientes de Cabo Verde.
A escola situa-se junto à Estação Arqueológica do Freixo, nos arredores de Marco de Canaveses, na antiga cidade romana de Tongobriga, uma das últimas construídas no território que actualmente é Portugal.
O problema do financiamento das escolas profissionais foi levantado terça-feira pela Federação Nacional dos Professores (FENPROF), que o considerou "insuficiente".
Esta estrutura sindical denunciou ainda os atrasos existentes, referindo que há estabelecimentos de ensino que não recebem há seis meses.
Na resposta, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, considerou "lamentável e vergonhoso" que a FENPROF impute ao governo responsabilidades nas regras de financiamento das escolas profissionais.
Em declarações à Lusa, Valter Lemos reconheceu, no entanto, que as regras de financiamento impostas às escolas profissionais pelos fundos europeus "são um problema".
Fonte: (25 Mar 2009). RTP / LUSA: http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t=A
Tem apenas 33 anos e há uma década que trabalha ao serviço da Câmara de Santarém. António Matias integra a equipa de arqueologia da autarquia composta por dois técnicos de arqueologia, um desenhador e três operários. Há 10 anos, António Matias trocou um lugar como oficial da Marinha pelo estágio na autarquia escalabitana. Natural da Figueira da Foz, onde tem casa, mulher e filho, passa a semana em Santarém.
Foi na faculdade que cresceu o entusiasmo e fantasias ligados às aventuras de Indiana Jones e às suas descobertas. Licenciou-se em Arqueologia na Universidade de Coimbra, esteve ano e meio em França num mestrado em antropologia biológica. Actualmente, está prestes a concluir a tese de mestrado em Evolução Humana recuperando a descoberta da maior necrópole islâmica do país no Largo Cândido dos Reis, em Santarém. A cidade, reconhece, é um “el dorado” para investigadores de arqueologia.
Enquanto uma colega fiscaliza os trabalhos no jardim das Portas do Sol, António Matias está neste momento encarregue da fiscalização dos trabalhos arqueológicos das obras do Jardim da República e do futuro Jardim da Liberdade. Desenvolve mais um trabalho de orientação e direcção do que de campo. Como diz, faz mais uma arqueologia de urgência, decorrente dos achados que são encontrados no decorrer de obras, do que uma arqueologia de investigação. “Tentamos identificar, avaliar e preservar as descobertas e prejudicar o menos possível o decurso das obras”, acrescenta.
O trabalho de campo começa bem antes. Há que limpar o terreno e dispor de um caderno de campo com a georeferenciação (com recurso a GPS) de toda a área e na qual são marcadas quadrículas da superfície, geralmente com dois metros quadrados cada uma. São também estimados os dados altimétricos (profundidade) para definir as diferentes cotas das escavações.
Detectado um esqueleto ou uma peça, há que trazê-los a descoberto. Em terrenos arenosos recorre-se a pincéis para afastar a areia. Em terrenos barrentos o trabalho é mais demorado e meticuloso. Curiosamente, é utilizado muito material odontológico, como reconhece António Matias. “Espátulas de aço de dentistas são perfeitas para tirar volumes de terra de ossadas e até do espaço entre vértebras. As espátulas mais achatadas adequam-se à limpeza de ossos longos e pincéis de vários tipos limpam com pormenor dentro das costelas do esqueleto. Até as tampas com pegas de alguns detergentes servem para recolher sedimentos”, descreve António Matias.
O esqueleto é limpo, faz-se o registo topográfico e fotográfico do local e das peças que, mais tarde, são analisadas em computador. O esqueleto é exumado peça a peça, que são ensacadas, identificadas e colocadas em caixotes. Estão armazenadas no edifício do antigo arquivo distrital, onde funciona parte do Departamento de Assuntos Culturais e Sociais da câmara.
Os métodos para avaliar as descobertas dependem do dinheiro de que se dispõe. Há os métodos bioquímicos, de laboratório, mais dispendiosos, onde se recorre a amostras de ADN, a informação genética de cada um. “Depois há os métodos baratos em que confiamos na experiência e conhecimentos adquiridos para avaliar a morfologia do esqueleto, a idade, sexo e a época em que viveu determinado indivíduo”, explica António Matias.
A arqueologia exige conhecimentos de uma série de áreas científicas conjugadas. Da tipografia à fotografia, passando pela geologia, petrografia (estudo das rochas), matemática, fauna, química, biologia e física.
Divulgar os objectivos e
os resultados da arqueologia
António Matias considera que há que proporcionar o conhecimento da arqueo-logia à população. “As pessoas devem saber o motivo pelo qual sofreram com o atraso nas obras do Largo Cândido dos Reis, que esteve quase cortado ao trânsito durante três meses. Têm de saber que se deveu à descoberta do maior cemitério islâmico do país, com 639 indivíduos. E que Santarém ganha importância para estudiosos e investigadores, que nos visitam, com essa descoberta”, sustenta António Matias.
O trabalho de António Matias espicaça-o a querer ir mais além e saber algumas histórias por contar. Como a de poder um dia analisar o túmulo mumificado de Pedro de Meneses, ex-governador de Ceuta, sepultado na igreja da Graça, “um dos poucos nobres do país que foi mumificado”. Ou saber a razão pela qual no esqueleto de um rapaz de Casével, entre os 20 e 25 anos, já com uns séculos, foi detectada uma corcunda, uma torção do rosto e uma série de patologias.
Fonte: (26 Mar 2009). O Mirante: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idE
Alunos americanos, um sueco e dois portugueses vão estudar vestígios encontrados nas escavações.
Estudantes nacionais e estrangeiros de arqueologia vão iniciar uma campanha de estudo dos materiais e vestígios arqueológicos que foram encontrados em escavações anteriores na Estação Arqueológica de Cabeço do Vouga, em Águeda.
Neste projecto vão realizar-se actividades como a marcação, inventariação, desenho e classificação de cerâmica e objectos metálicos, assim como fotografia, desenho e topografia de toda a área escavada e da sua envolvente. A acção decorrerá entre 3 e 23 de Abril e será dirigida pelo arqueólogo Fernando Pereira da Silva.
Os estudantes participantes são de nacionalidade americana, à excepção de um que provém da Suécia e de dois alunos de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. A Câmara de Águeda apoia a iniciativa custeando as despesas de alojamento, alimentação e transporte.
Fonte: (24 Mar 2009). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/Interi
A Câmara Municipal de Abrantes assinou um protocolo de colaboração com a Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo (DRC-LVT) para a realização de obras no troço da muralha do castelo que está em risco de ruína eminente. A Câmara será a dona da obra, e já assinou o contrato de adjudicação para a primeira fase, o escoramento do troço da muralha onde foram descobertas fissuras, uma intervenção classificada de “urgente”.
Numa segunda fase, a elaboração do projecto de reconstrução da muralha e o acompanhamento técnico dos trabalhos serão assegurados pela DRC-LVT. A cedência num troço da muralha foi detectada há cerca de dois meses pelo arqueólogo municipal. Na semana passada, e depois de uma visita ao local, os técnicos da autarquia isolaram de imediato a zona para eliminar o risco de acidentes.
A autarquia acordou com a DRC dividir as despesas de investimento inicial, que se cifram em 80 mil euros.
Fonte: (20 Mar 2009). O Ribatejo: http://www.oribatejo.pt/index.php?lop=co
Los 'Homo sapiens' modernos, una especie que apareció en África hace unos 200.000 años, se diversificaron antes de decidirse por abandonar este continente y extenderse por el resto del planeta en diferentes oleadas.
Aquellos humanos, según concluye una nueva investigación, habrían evolucionado en poblaciones que estaban aisladas geográficamente, lo que hizo que no fueran exactamente iguales en sus genes, una conclusión que ya había apuntado el año pasado el equipo del paleontólogo español Manuel Domínguez-Rodrigo.
Durante una excavación en el Lago Eyasi (Tanzania), encontraron un fragmento de cráneo de 'H. sapiens' que indicaba que no todos los humanos modernos eran idénticos.
El trabajo, que se publica esta semana en la revista 'Proceedings of National Academy of Science (PNAS)' ha ido más lejos y da otra vuelta de tuerca a la cada vez más compleja historia humana: Ni hubo una salida, ni hubo una 'Eva negra' genética, sino varias.
Para ello, los investigadores han analizado 486 señales anatómicas de 203 cráneos fosilizados para comparar, mediante métodos de geometría morfológica, las formas de cada uno de ellos, al margen de su tamaño.
En concreto, se han fijado en parte neurocraneal, dado que es la que menos deformaciones sufre a lo largo de la vida. El equipo, dirigido por Gerhard W. Weber, quería comprobar el origen de la variabilidad existente entre los seres humanos que hoy habitan en planeta, demostrada genéticamente. El problema es que no hay datos genéticos de nuestros antepasados hace entre 200.000 y 60.000 años. Tras observar la gran variabilidad dentro de los H. sapiens primitivos, mayor que entre otros homínidos e incluso mayor que hoy, han deducido que vivían en poblaciones aisladas dentro de África, por lo que se fueron diferenciando localmente en el Pleistoceno, antes de emigrar.
ESTUDIO ESPAÑOL
Para Domínguez-Rodrigo el estudio "reafirma la conclusión que expusimos en nuestro estudio, que la variabilidad del 'Homo sapiens' se remonta a su origen y que entonces era aún mayor que la actual", señala.
José María Bermúdez de Castro, director del Centro Nacional de Investigación en Evolución Humana (CENIEH), considera que las conclusiones a las que llegan Weber y su equipo (entre ellos, el experto en morfología geométrica Fred Brookstein), son "muy interesantes". "No entran en conflicto con la idea más aceptada entre los paleontólogos de que hubo un origen africano de la especie, y no multirregional, pero señalan que la salida fue mucho más compleja de lo que se suponía", argumenta.
Y añade: "Sabemos muy poco de evolución humana, y de hecho también entre los primeros europeos tenemos problemas de diversidad de fósiles similares, que se irán dilucidando a medida que se conozcan más yacimientos".
Por su parte, Domínguez-Rodrigo recuerda que "algún estudio genético reciente ya ha sugerido que hubo diversidad desde el principio".
Emiliano Bruner, también del CENIEH y experto en análisis de morfología geómétrica, añade que este articulo "nos recuerda que, a pesar de las informaciones que tenemos sobre moléculas y galaxias, todavía ignoramos muchas cosas de la variabilidad de nuestra propia anatomía básica y que hay muchos detalles del origen de nuestra propia especie que todavía hay que aclarar".
Considera, no obstante, que "todas las hipótesis que siguen [los autores] son un poco excesivas, se pasan desde luego de la información actual que este análisis puede entregar".
Fonte: (24 Mar 2009). El Mundo Digital.
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