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Os arqueólogos que acompanharam a construção de um parque eólico em Torres Vedras encontraram meia centena de contas de colar, da idade do ferro, um espólio considerado valioso porque prova que a zona era bastante povoada naquele período.
«Encontrámos à superfície um valioso espólio em contas de colares, mais de meia centena, o que nos leva a acreditar que ali existia uma grande necrópole porque os indivíduos eram sepultados com um pequeno espólio», afirmou hoje à Lusa Mário Monteiro, arqueólogo que coordenou a campanha.
Os achados foram descobertos em 2006 e 2007 durante o acompanhamento arqueológico da construção do parque eólico da Serra do Socorro e após terem sido estudados foram agora doados ao Museu Municipal Leonel Trindade, de Torres Vedras.
Os arqueólogos já tinham anteriormente descoberto o povoado muralhado da Serra do Socorro, também da Idade do Ferro, e acreditam que estes adornos pertencem a habitantes de um outro povoado que existia na mesma zona (cabeço do moinho da Mariquitas).
«É um achado valioso porque podemos estar a falar de um conjunto de dois povoados (um já era conhecido anteriormente) e de uma necrópole»,
O facto dos achados estarem à superfície é explicado pelo arqueólogo por aquela área já sido sujeita a trabalhos de extracção de inertes.
Fonte: (6 Out 2008). Diário Digital / Lusa: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?se
O significado das inscrições na lápide funerária encontrada em Almodôvar ainda não foi decifrado pelos arqueólogos, mas a descoberta é considerada um “grande contributo” para desvendar os mistérios da Escrita do Sudoeste.
Na peça – denominada Estela das Mesas de Castelinho -, encontrada no início de Setembro durante a campanha arqueológica que decorreu na estação com o mesmo nome, em Almodôvar (Beja), reside a maior inscrição daquele tipo de escrita até agora encontrada na Península Ibérica.
Supõe-se que a lápide tumular, característica de algumas regiões do Sul de Portugal e Espanha e encontrada praticamente intacta por uma equipa de arqueólogos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, date de há cerca de 2.500 anos, altura que coincide com a primeira Idade do Ferro.
“Nós conseguimos ler os textos, o problema reside em saber o seu significado concreto”, afirmou o arqueólogo Amílcar Guerra, coordenador das escavações levadas a cabo na estação situada na freguesia de Santa Clara-a-Nova, onde foi localizada a peça.
É que apesar da área gravada ser muito extensa – ao contrário de peças achadas anteriormente, que estavam muito fragmentadas -, uma das dificuldades na descodificação do significado do texto deve-se ao facto deste ser contínuo e de não haver separadores entre as palavras.
Segundo aquele investigador, não é com este achado que se vai encontrar a solução para o problema da interpretação dos textos em si, embora a extensão das inscrições seja considerada um “grande contributo” para se poder ir “mais além”.
Amílcar Guerra falava no Museu da Escrita do Sudoeste, na vila alentejana de Almodôvar, durante a apresentação pública da lápide, cujas inscrições estão gravadas naquela que é considerada a mais antiga escrita da Península Ibérica.
Pensa-se que as estelas funerárias fossem colocadas nos túmulos de pessoas mais abastadas, já que na Idade do Ferro eram escassos aqueles que sabiam ler e escrever, pelo que seria necessária disponibilidade financeira para mandar fazer as inscrições, explicou o investigador.
Segundo Amílcar Guerra, a equipa de arqueólogos que se tem dedicado a desvendar os mistérios da Escrita do Sudoeste já conseguiu identificar nas inscrições gravadas em diferentes peças, cerca de uma dezena de nomes de pessoas.
A utilização deste tipo de escrita abrangeu os povos que habitaram durante a primeira Idade do Ferro as regiões do Baixo Alentejo, Algarve, Andaluzia Ocidental e Sul da Estremadura.
No museu dedicado à Escrita do Sudoeste, inaugurado há um ano em Almodôvar, estão expostas cerca de um quarto (vinte) das estelas encontradas em Portugal e uma boa parte das mais significativas, segundo o arqueólogo que lidera as escavações.
Os investigadores já conseguiram descodificar em vários exemplares uma sequência repetida com frequência, que se pensa ser uma fórmula funerária equivalente a “Aqui Jaz” ou “Aqui está Sepultado”.
Na peça encontrada há um mês estão presentes cerca de noventa caracteres, sendo que apenas dois ou três são difíceis de identificar, acrescenta o arqueólogo, que realça as semelhanças entre esta escrita e a Fenícia.
Fonte: (10 Out 2008). Lusa / Algarve Press: http://www.algarvepress.net/conteudo.php?m
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