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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
A Baía de Angra do Heroísmo continua a revelar-se uma «arca» de vestígios arqueológicos do século XVI ao XX, com o aparecimento de três novos «sítios» descobertos por uma equipa de nove investigadores de arqueologia marítima.
José António Bettencourt, responsável pelos trabalhos arqueológicos, revelou à Lusa que foram localizados um novo naufrágio, denominado «Angra J», um túmulo de lastro de embarcação e um terceiro com uma densidade de vestígios que vão do século XVI ao século XX.
«Junto do naufrágio, que mantém grande parte da sua estrutura de madeira e que é um local com elevado potencial de investigação, foi também localizado um canhão em ferro e um apito em bronze [século XVI], que se supõe fosse usado para chamar a tripulação e que já foi enviado para o Centro de Conservação e Restauro», adiantou o arqueólogo.
No mesmo local, foi ainda recolhida uma «concreção» (solidificação) que os técnicos pensam «corresponder a uma espada», bem como outros objectos em metal e cerâmicas. Os investigadores localizaram, também, junto do túmulo de lastro, uma «anforeta» e outras cerâmicas mais comuns.
O terceiro sítio agora sinalizado, onde existe uma densidade de vestígios que vão do século XVI ao século XX, deverá estar relacionado com a sua utilização como fundeador - zona de ancoragem e actividades portuárias.
Dez locais de naufrágios assinalados
O trabalho dos arqueólogos estende-se a uma intervenção num outro naufrágio, denominado «Angra B» - um navio do século XVI ou princípio do século XVII -, no sentido de ser finalizado «o seu registo, de forma exaustiva, em termos de planta, fotografia e análise descritiva».
Na Baía de Angra, ilha Terceira, estão sinalizados, a partir de agora, dez locais de naufrágios denominados de «Angra», numerados de «A» a «J», e cerca de duas dezenas de sítios com interesse arqueológico. Dois deles são parques arqueológicos e abertos ao turismo subaquático desde 2006.
O primeiro parque, «Naufrágio do vapor Lidador», navio brasileiro de transporte de passageiros e mercadorias, que afundou em 1878, está localizado a dez metros da costa da baía e a sete metros de profundidade.
O segundo, um «Cemitérios de Âncoras», onde ancoravam as naus e galeões dos séculos XVI e XVII, localiza-se a 500 metros da costa e a uma profundidade variável entre os 16 e 40 metros.
Para além destas reservas, o Governo Regional pretende abrir mais duas nas ilhas do Pico e Flores, onde se encontram afundados os navios «Caroline» (1901), que controlava o mercado europeu de adubos, e o «Slavónia» (1909), um navio inglês de passageiros.
Paralelamente, as autoridades regionais estão a elaborar a Carta Arqueológica Subaquática dos Açores (CASA) que visa criar um banco de dados informatizado, constituído por informações das mais diversas fontes. A CASA vai permitir ainda a criação de um roteiro específico de turismo de parques arqueológicos subaquáticos na região.
Fonte: (25 Ago 2008). Portugal Diário: http://diario.iol.pt/sociedade/acores-ba
Segundo Wealkens, o busto tem 80 centímetros de altura e pesa cerca de 30 quilos. Ficará em exposição no museu arqueológico da localidade de Burdur.
César Marco Aurélio Antonino Augusto, conhecido como Marco Aurélio, nasceu no ano 121 d.C. e foi imperador desde o ano 161 até ao ano 180.
Um dos mais cultos imperadores da história de Roma, deixou expressa a sua visão do mundo, modelada na filosofia estóica, na obra "Pensamentos".
Fonte: (22 Ago 2008). Lusa/RTP: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?art
Construída há cerca de 1800 anos, segundo os peritos, a "villa" tem o tamanho de uma piscina olímpica - mede 15 metros de largura e 45 de comprimento - e a forma de uma igreja, com uma nave central e duas laterais.
"É um edifício impressionante, absolutamente magnífico. Devia ser visível várias milhas em redor", descreve hoje no diário "The Times" Barry Cunliff, professor de arqueologia em Oxford encarregado das escavações.
O edifício teria mais de seis metros de altura e estaria apoiado em colunas de madeira, precisou Cunliff, segundo o qual poderia comparar-se a um grande salão medieval.
A parte destinada a residência tinha um sistema de aquecimento debaixo do solo e, na parte destinada a usos comunais, faziam-se reuniões e dirimiam-se disputas legais ou relacionadas com limites de terrenos.
A "villa", recentemente descoberta, é comparável em escala a outra situada nas imediações da localidade de Pulborough e à sala do palácio romano de Fishbourne, ambas situadas perto de Chichester, no condado de West Sussex, também no sul de Inglaterra.
Perto dela fica a "villa" de Brading, descoberta na ilha de Wight em 1879 e famosa pelos seus famosos mosaicos representando pavões reais, símbolos da vida eterna, Orfeu domando as feras e tritões transportando ninfas às costas.
Crê-se que esta última "villa" pertenceu a Allectus, que, no ano 293 d.C., assassinou Carausius, comandante das hostes romanas que se tinha proclamado imperador da província da Bretanha (Britannia em latim).
Fonte: (19 Ago 2008). Lusa/RTP: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?art
O Museu do Côa vai abrir as portas em 2009, quase 15 anos depois da polémica que suspendeu a construção da barragem sobre o Côa devido aos protestos de ambientalistas e especialistas em arte rupestre.
Segundo João Pedro Ribeiro, subdirector do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), o Museu do Côa, encontra-se "em fase adiantada de construção e a sua inauguração está prevista para uma data ainda a definir em 2009", depois de um investimento total de 17,5 milhões de euros.
Em declarações à Agência Lusa, João Pedro Ribeiro salientou ainda que "o museu será o principal ponto de acolhimento do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC)" que tem como "objectivos essenciais divulgar e contextualizar" os achados e "contribuir para a criação de uma dinâmica cultural na região".
O projecto é da autoria de uma dupla de jovens arquitectos portuenses, Tiago Pimentel e Camilo Rebelo, que ganhou o concurso público internacional para a obra ao propor um edifício com 170 metros de altura, simulando uma "gigantesca pedra" de xisto no betão através do recurso a moldes de silicone, uma técnica já usada pelo PAVC para as réplicas arqueológicas.
Segundo o arqueólogo do PAVC Martinho Batista, foram efectuadas apenas quatro réplicas entre as centenas de gravuras encontradas, duas porque estavam submersas e outras por estarem em risco de serem destruídas no próprio habitat.
Já a directora do PAVC, Alexandra Lima, justificou a construção do museu com a "evidente a necessidade de uma estrutura complementar de acolhimento para receber grandes grupos".
Agora, é tempo de concluir o projecto do parque e "promulgar o decreto da sua regulamentação", consolidando a sua estrutura funcional.
Por seu turno, Emílio Mesquita, presidente da Câmara de Foz Côa e da Associação de Municípios do Vale do Côa, defende que o museu não deve abrir enquanto não for acertada toda a orgânica envolvida, incluindo a recuperação do troço ferroviário Pocinho - Barca d'Alva.
Caso contrário, o museu corre o risco de "falhar irremediavelmente" nos seus objectivos, sustenta o autarca, que quer o envolvimento da população local no projecto.
"Não podemos confiar nas mãos do Estado uma riqueza que diz respeito a todos nós, em especial aos que vivem por cá, para que daí possa surgir desenvolvimento por si só", afirmou o autarca desta região 'entalada' entre os rios Douro e Côa, junto àquela que alguns denominam "fronteira do subdesenvolvimento".
A história deste processo é longa mas teve como ponto alto Outubro de 1995 quando o Governo de António Guterres ordenou a suspensão da construção da mega-barragem na Foz do Côa devido às pinturas rupestres encontradas, entretanto classificadas pela UNESCO como Património da Humanidade.
Com a identificação de diversos núcleos de gravuras e depois de vários protestos e debate público, nasceu o parque arqueológico que se proclamou como o maior museu do mundo ao ar livre do Paleolítico.
As gravuras são conhecidas desde sempre por pastores locais mas os holofotes nacionais da fama só lhes foram dirigidos depois dos trabalhos do agora IGESPAR, através do arqueólogo Nelson Rebanda, após ter identificado a denominada rocha da Canada do Inferno.
A construção da barragem foi interrompida e a EDP foi indemnizada em muitos milhões de euros mas o esqueleto da obra, ainda inacabada, permanece na paisagem, como marca visível da polémica.
Fonte: Daniel Gil (24 Ago 2008). Expresso-Lusa/Fim: http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=storie
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