Sábado, 02.08.08

São mais de mil os esqueletos que já foram descobertos na zona entra a igreja de Santa Maria dos Olivais, o lar N.ª Sra. da Graça e o Centro de Emprego de Tomar. É já considerada pelos arqueólogos como a maior necrópole da Península Ibérica escavada até ao momento.
Fonte: (31 Jul 2008). O Templário: http://www.otemplario.pt/por/conteudosdetalhe.asp?idConteudo=8927
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por noticiasdearqueologia às 12:24
Sábado, 02.08.08
Proposta do historiador Ernesto Jana

Com a preservação de túmulos descobertos
O historiador Ernesto Jana apresentou-se, na reunião de câmara, onde propôs ao executivo a preservação do património descoberto junto à Igreja de Santa Maria do Olival, no decorrer das obras de construção da nova ponte. Segundo o mesmo, as recentes descobertas junto à Torre, revelam “túmulos de cista, alguns com forma antropomórfica”. De entre os mais de 600 esqueletos descobertos, devem ser preservados cerca de 14 túmulos, precisamente localizados entre a torre sineira e a igreja.
Fonte: (01 Ago 2008) Cidade de Tomar: http://www.cidadetomar.pt/noticia.php?id=4829
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por noticiasdearqueologia às 12:03
Sábado, 02.08.08
Nos arredores do bairro de São João do Estoril existem vestígios
romanos e de outras épocas mais remotas que a Câmara de Cascais
promete vir a salvaguardar.
Para acautelar a preservação de eventuais vestígios de outras eras na
Quinta da Carreira, em São João do Estoril, todos os trabalhos que
impliquem deslocações de terras naquela zona deverão ter
acompanhamento arqueológico, garantiu o director do Departamento de
Cultura da Câmara de Cascais, António Carvalho.
Esta foi uma das medidas decididas pela autarquia na sequência de um
repto lançado por um dirigente da Associação de Moradores da Quinta da
Carreira (AMQC) para que fosse investigada a possibilidade de o lugar
ter uma história romana e preservados os seus eventuais vestígios.
Há pouco mais de um ano que o antigo presidente da associação, José
Casquilho, investigador em ecologia da paisagem, decidiu procurar o
que poderia haver de verdadeiro numa informação que apontava para
marcas romanas no bairro onde também está situada a Escola Secundária
de São João do Estoril. A iniciativa, já noticiada pelo PÚBLICO em
Abril passado, prossegue e está contada no blogue da AMQC
(amqcarreira.blogspot.com).
Apesar de os arqueólogos que estudaram a quinta não confirmarem essa
possibilidade, a câmara optou por acautelá-la, até porque nas
proximidades existem vestígios que apontam muito para trás, como
explicou António Carvalho: "A existência na envolvente de alguns
sítios arqueológicos (a norte a necrópole pré-histórica de Alapraia e
os achados epigráficos romanos do Casal de Santa Teresinha, Casal das
Grutas e Quinta da Boavista; a sul o achado isolado de um artefacto
datado do Paleolítico nas arribas do forte de Santo António) leva à
necessidade de ter em conta medidas de arqueologia preventiva,
nomeadamente a permanência a tempo integral de um arqueólogo na obra
enquanto decorrerem mobilizações de terreno".
Depois de uma visita ao local do presidente da autarquia, António
Capucho, e de uma reunião, realizada no final de Maio, com
representantes da AMQC, o Departamento de Cultura da Câmarade Cascais
elaborou "uma informação detalhada com o inventário dos bens
patrimoniais, bem como as medidas de salvaguarda" do património que,
na Quinta da Carreira, sobreviveu à construção da urbanização ali
existente, cuja primeira fase foi edificada em meados do século
passado.
O inventário da câmara, bem como as medidas para a "diminuição de
impactos sobre o património arqueológico", destina-se a integrar o
Plano de Pormenor para a área. A elaboração desse plano foi aprovada
em 2005, mas, segundo a autarquia, os trabalhos encontram-se ainda
numa fase "muito embrionária".
Em todo o caso, o plano de pormenor deverá contemplar a implantação de
um ecoparque e de uma nova via rodoviária junto à ribeira de Bicesse -
uma das áreas que figuram entre os lugares a preservar -, que finalize
a ligação entre a Auto-Estrada Lisboa-Cascais e a Estrada Marginal. O
documento consagrará também novas construções com uma área total de
19.500 metros quadrados.
As informações escritas mais remotas que se conhecem sobre a Quinta da
Carreira datam do século XIX e dão conta da sua aquisição pelo
comerciante Marques Leal, que a transformou numa próspera exploração
agrícola, com uma grande casa e de onde saía um "magnífico vinho".
No local subsistem ainda um tanque de rega (estava condenado no
projecto aprovado pelo anterior presidente da Câmara e que foi anulado
pela actual gestão), junto ao qual existe um dragoeiro. Este já se
encontra classificado como sendo de "interesse público".
Tanque e dragoeiro figuram no inventário agora feito pela autarquia,
onde se incluem também, entre outros, como elementos a preservar e
valorizar na Quinta da Carreira um poço e uma nora actualmente em
ruínas, um bosque de pinheiros mansos e um alinhamento de oliveiras,
estes últimos já identificados pela Direcção-Geral dos Recursos
Florestais como passíveis de classificação de Interesse Público,
informou a autarquia.
Todos estes elementos estão na zona para onde se encontra prevista
parte da nova construção. As oliveiras referidas situam-se ao longo do
que poderá ter sido a "carreira", que terá dado nome ao lugar.
Fonte: Viana, Clara (29 Jul 2008). Público.
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por noticiasdearqueologia às 11:55
Sábado, 02.08.08
Equipas constituídas por alunos da Universidade do
Algarve e estudiosos de arqueologia estão a escavar em Vale do Boi, em
plena serra algarvia, onde esperam vir a encontrar importantes
vestígios pré-históricos
Os arqueólogos tentam desvendar hoje os segredos escondidos em Vale de
Boi, Algarve, o maior sítio arqueológico do Paleolítico Superior em
Portugal. Perdido na serra, entre Lagos e Vila do Bispo, paredes meias
com uma pacata aldeia, o sítio arqueológico passa despercebido.
Descoberto há dez anos por uma equipa integrada por Nuno Bicho, da
Universidade do Algarve, o local tem sido objecto de campanhas
arqueológicas que visam reconstituir o sítio tal como era há 20 mil
anos. Nessa altura, o arqueólogo não imaginava que dedicaria a década
seguinte a estudar Vale de Boi.
Com ocupações regulares entre 25 mil e 6 mil anos atrás, o sítio era
composto por um abrigo rochoso, perto do qual se supõe que existisse
uma lagoa de ligação ao mar, onde os animais bebiam água. Do abrigo,
num ponto mais alto, viam--se as manadas, facilitando a caça, o que, a
par do acesso facilitado à água, pode explicar porque o local foi
sendo sucessivamente ocupado por comunidades humanas.
As populações que ali habitavam alimentavam-se de marisco - lapa,
berbigão, amêijoa e mexilhão -, dieta pouco frequente neste período e
que está relacionada com a proximidade do mar, a apenas a dois
quilómetros. Também caçavam animais, como o veado, cavalo, auroque
(boi-gigante já extinto) e cabra- -montesa, tendo sido encontrados
vestígios de lince, urso e lobo, que poderiam não ser para
alimentação.
Foram encontrados em Vale de Boi milhares de vestígios, sobretudo
material de pedra talhada, parte do qual seriam pontas de flecha, mas
há uma descoberta que se destaca: trata-se de uma placa de xisto com
três gravuras de animais - que se supõe serem auroques -, com mais de
20 mil anos, descoberta intacta, o que é invulgar, refere Nuno Bicho.
Foram igualmente encontradas peças de adorno feitas com pequenas
conchas e o único vestígio "verdadeiramente" humano: um dente com sete
mil anos. Mas a equipa sonha encontrar mais.
Fonte: Duarte, Maria (28 Jul 2008). Diário de Notícias.
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por noticiasdearqueologia às 11:52
Sábado, 02.08.08
A existência de um aglomerado daquele período está praticamente
confirmada. Os especialistas procuram agora confirmar se esses
vestígios são de uma importante cidade
Dois arqueólogos e dez estudantes de arqueologia de universidades
portuguesas e inglesas confirmaram nas últimas semanas a existência,
junto a Évora Monte, concelho de Estremoz, de vestígios de uma
povoação que poderá ter sido a maior cidade pré-romana de todo o
Sudoeste da Península Ibérica, conhecida pelo nome de Dipo.
As escavações em curso visam confirmar a tese, sustentada por alguns
arqueólogos, de que Dipo se situaria naquele local, uma vez que, de
acordo com fontes clássicas, esta urbe estaria localizada algures
entre a cidade romana de Évora e Mérida, mas mais perto da cidade
portuguesa. Ao fim de quase um mês de trabalho, o arqueólogo
responsável pela investigação, Rui Mataloto, do Centro de Arqueologia
da Faculdade de Letras de Lisboa, disse ao PÚBLICO que "parece quase
inegável" a existência de um grande aglomerado populacional da Idade
do Ferro, do período pré-romano, nas proximidades das muralhas
medievais do Castelo de Évora Monte. A afirmação é sustentada,
sobretudo, pelos fragmentos de diferentes objectos que já haviam sido
encontrados por um outro arqueólogo, há cerca de dois anos.
"Ao longo deste mês de escavações surgiram indícios de estruturas,
construções e materiais que confirmam a existência de uma povoação,
durante o século primeiro a.C, isto é, em plena época pré-romana",
afirmou o arqueólogo responsável pelo projecto. O investigador
referiu-se igualmente a outros achados que apontam nesse sentido, tais
como cerâmicas do quotidiano - vasos de cozinha, potes de grandes
dimensões utilizados para armazenagem de cereais, água e frutos secos
-, e alguma cerâmica de importação itálica que, por norma, "está
associada ao início da presença romana".
Entre os vestígios descobertos, Rui Mataloto realçou a presença de
pedaços de asas de ânforas, que "eram grandes contentores onde se
transportava o vinho nos barcos", bem como alguns elementos de
decoração, incluindo contas de vidro "que as mulheres utilizavam nos
seus colares".
Embora este arqueólogo saliente a relevância dos achados, reconhece
que ainda falta confirmar se no cerro de Évora Monte - onde em 1834
foi assinado o tratado de que pôs fim à guerra entre liberais e
absolutistas - se localizou mesmo a cidade de Dipo. Entre os seus
projectos para os próximos anos, acrescentou, encontra-se a
continuação do trabalho no local, de modo a conseguir esclarecer se a
cidade romana existiu mesmo ali. "Se tal fosse conseguido, isso seria
muito benéfico para dar maior valor à História de Portugal e a todo o
concelho de Estremoz, ficando a vila de Évora Monte a ganhar com novos
pontos de interesse, atraindo assim mais visitantes", sublinhou. Rui
Mataloto defendeu a criação no local de uma pequena área musealizada,
passível de ser visitada pelos turistas, os quais receberiam as
devidas explicações sobre o significado dos vestígios.
O investigador assegurou ainda que, depois de concluída esta fase das
escavações, irá efectuar, juntamente com a arqueóloga Catarina Alves,
que tem estado também a participar nos trabalhos, uma análise mais
aprofundada sobre tudo o que foi encontrado. Os resultados
preliminares desse estudo serão apresentados no dia 7 de Setembro no
Castelo de Évora Monte.
As escavações que estão a ser realizadas perto da Ermida de Santa
Margarida e terminam no fim deste mês resultam de um protocolo
estabelecido entre a Câmara de Estremoz e a Associação PortAnta, que
teve por base uma proposta da Liga dos Amigos do Castelo de Évora
Monte. Os trabalhos contam ainda com o apoio logístico da Junta de
Freguesia de Évora Monte e da Misericórdia local.
Fonte: Zacarias, Maria Antónia (26 Jul 2008). Público.
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por noticiasdearqueologia às 11:45