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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
Arqueólogos alemães e peruanos descobriram em Sechin Bajo, no vale do Casma (norte do Peru), um enorme complexo monumental de aproximadamente 5.500 anos, que poderia ser considerado o mais antigo da América.
Segundo o professor de arqueologia e embaixador do Peru na Alemanha, Federico Kauffmann-Doig, "pela datação tão antiga trata-se de uma descoberta revolucionária e excepcional mas, o verdadeiro enigma é qual era a função do complexo".
E acrescenta: "esta descoberta confirma que as culturas andinas do Peru não tiveram origem nas regiões com florestas, como se pensava, mas antes no litoral norte do país, região na qual se acredita que exista mais restos arqueológicos relevantes".
De acordo com o director do projecto de e arqueólogo alemão da Universidade Livre de Berlim, Peter Fuchs, "a zona de escavações abrange uma superfície de 30 hectares com construções de várias épocas, as mais recentes seriam de 3.600 anos atrás".
A descoberta mais interessante do complexo é uma construção de pedra e adobe de 125 por 150 metros em bom estado de conservação que contém quatro pátios interiores.
Segundo o especialista, neste espaço podem ter habitado entre 8 mil e 10 mil habitantes, que viviam da agricultura nas margens dos rios próximos.
Fonte: (14 Jul 2008). TVnet.pt: http://www.tvnet.pt/noticias/detalhes.ph
"Primeiras formas de pão de açúcar cuja cronologia poderá remontar ao século XV"
Uma equipa de arqueólogos madeirenses, que incluiu Élvio Sousa, realizou no passado mês de Junho uma importante descoberta arqueológica na cidade da Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel, Açores.
De acordo com o Centro de Estudos de Arqueologia Moderna (CEAM), as investigações efectuadas no EX-Mosteiro de Jesus da Ribeira Grande permitiram identificar, pela primeira vez nos Açores, as primeiras formas de pão de açúcar cuja cronologia poderá remontar ao século XV. Trata-se, segundo o CEAM, de uma descoberta «extremamente relevante para a História dos Açores, uma vez que se descobrem os primeiros indícios materiais do fabrico do açúcar em São Miguel, informação que até então era conhecida apenas por documentos escritos».
Esta investigação, integrada num projecto de estágio, "A Cerâmica da Expansão Portuguesa", financiado pelo Programa Operacional de Valorização de Potencial Humano e Coesão Social da RAM - Eixo I, Educação e Formação (CITMA), contou com as participações de Mário Moura, responsável pelas escavações na Ribeira Grande, Pedro Gomes Barbosa, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e orientador do estágio, e Lígia Gonçalves, técnica de conservação e restauro. "
Fonte: (11 Jul 2008). Jornal da Madeira.
Um poço, que os arqueólogos do Instituto de Gestão do Património
Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) acreditam ser do século XVI,
foi descoberto e imediatamente entulhado durante os trabalhos de
fundação de uma obra particular na Lourinhã.
"Seria um poço da Idade Moderna, portanto do século XV ou XVI",
confirmou a arqueóloga Sandra Lourenço, do Igespar, cujos serviços
jurídicos estão a analisar o caso e a ponderar mover uma acção
judicial contra o dono da obra para "apuramento de responsabilidades".
Isabel e Horácio Mateus, colaboradores do Museu da Lourinhã,
aperceberam-se da importância arqueológica do poço. "Tinha uma
estrutura bastante grande e uma cobertura em ogiva, com tijolo de
burro e várias bocas de fornecimento de água e achámos que tinha
interesse", explicou Isabel Mateus.
Perante o avanço da obra e a "falta de sensibilidade" do empreiteiro
para os vestígios arqueológicos, o Museu da Lourinhã denunciou o caso
ao Igespar, cujos técnicos estiveram no local, mas já só encontraram a
cobertura do poço destruída e este entulhado de betão. O arqueólogo
Mário Varela Gomes, da Universidade Nova de Lisboa, considera também
estar-se perante "uma estrutura do século XVI ou XVII devido à
tipologia da própria construção", muito comum na Estremadura, dada a
influência islâmica, a partir de fotografias tiradas antes da
destruição dos vestígios. O empreiteiro, Armando Matias, recusou-se a
prestar declarações e apenas disse à Lusa que a construção está
licenciada.
A destruição de bens do património cultural é punível com prisão até
três anos ou multa de até 360 dias.
Fonte: (07 Jul 2008): Público.
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