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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...



Quinta-feira, 31.07.08

Lugar de culto pré-histórico semelhante a Stonehenge descoberto na Alemanha




Uma equipa de arqueólogos descobriu em Pömmelte (leste da Alemanha) um novo local de culto pré-histórico, semelhante ao que se encontra em Stonhenge (Inglaterra), mas composto por estruturas de madeira de há 4.250 anos


Segundo a edição digital do semanário «Der Spiegel», trata-se do primeiro local de culto com estas características e da Idade do Bronze até agora descoberto na Europa Continental.


Esta espécie de santuário, com 115 metros de diâmetro, está em piores condições de conservação do que o inglês, pelo facto de ter sido construído com madeira, explicou um dos arqueólogos, André Saptzier, da Universidade Marthin-Lutter de Halle-Wittenberg.


 


O director das escavações, François Bertemes, considera que se trata de uma «descoberta-chave» para estudar o terceiro milénio antes de Cristo.


O santuário, de estrutura circular, tem um primeiro círculo concêntrico composto de postes de madeira de 30 centímetros de diâmetro cada e um círculo exterior, no qual foram descobertas numerosas tumbas funerárias.


Os investigadores partem do princípio de que o local - descoberto, pela primeira vez, em 1991, durante trabalhos de reconhecimento aéreo - foi utilizado para a prática de sacrifícios e culto religioso durante cerca de 250 anos.


As escavações em Pömmelte realizam-se no quadro de um projecto de investiga ç ão da Idade do Bronze no estado federado de Saxónia-Anhalt, que procura dar a conhecer em profundidade os vestígios dessa época ainda existentes na região.


Graças a este programa foi descoberto o disco estelar de Nebra, a representação mais antiga do firmamento.


O disco solar, de 3.600 anos de antiguidade, faz parte da exposição permanente do Museu Regional de Pré-história Saxónia-Anhalt e foi encontrado em 1999 perto da localidade de Nebra.


Com 32 centímetros de diâmetro e dois quilos de peso, é a representação mais antiga, e a primeira portátil, do firmamento e sobre a sua superfície metálica verde-azulada aparecem o sol, a lua e 32 estrelas, em lâminas de ouro.


Fonte: (29 Jul 2008). Lusa/SOL:  http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=103416


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por noticiasdearqueologia às 23:16

Quinta-feira, 31.07.08

Necrópole romana descoberta em pleno centro de Braga


Obras do túnel colidem com preservação dos achados



 


A Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho descobriu uma grande necrópole romana em plena Avenida da Liberdade, em Braga. Várias dezenas de sepulturas, algumas delas com esqueletos quase inteiros, foram já colocadas a salvo. As escavações em curso, que decorrem no quarteirão dos antigos Correios, deixam claro que o prolongamento do túnel da Avenida vai entrar no "coração" da necrópole, assim como o hotel para idosos, anunciado recentemente para a Rua do Raio.


Fonte: Fernandes, Joaquim Martins (28 Jul 2008). Diário do Minho: http://www.diariodominho.pt/noticia.php?codigo=33176



 

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por noticiasdearqueologia às 23:06

Quinta-feira, 31.07.08

IPA: Unidades de arqueologia sediadas no futuro espaço do Museu dos Coches sem futuras instalações

As unidades de arqueologia que estão nas antigas Oficinas Gerais de Material do Exército onde vai ficar o novo Museu dos Coches, ainda não têm futuras instalações.

O Centro de Investigação Paleo-Ecologia Humana e Arqueo-Ciências (CIPA) e a Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática (DANSA) são duas destas unidades.

O CIPA é dirigido pela especialista em Ana Cristina Araújo. O centro está naquelas instalações desde a década passada. "Começou do zero e é hoje uma referência na investigação, pelas suas colecções únicas na Península Ibérica e até europeias", salientou a especialista em arqueozoologia Marta Moreno que trabalha ali como cientista convidada. Para a cientista, o desaparecimento deste centro representaria um retrocesso na arqueologia portuguesa.

As colecções são constituídas por esqueletos inteiros de várias espécies de animais. Mas também tem herbários, pólens e carvões (materiais calcinados) que servem de comparação aos achados arqueológicos.

Na unidade DANSA é possível impregnar madeiras antigas em soluções aquosas de cera solúvel. A "jóia da coroa" desta divisão, instalada numa antiga oficina de viaturas do exército, são duas pirogas encontradas nas margens do rio Lima, com cerca de 2.300 anos.

"Nós funcionamos como os bombeiros, temos de, às vezes, rapidamente intervir para salvaguardar peças", assinalou Francisco Alves que dirige a DANSA. O arqueólogo afirmou à Lusa que cabe à tutela encontrar um espaço novo, explicando que este "tem de ter as condições mínimas, nomeadamente tanques com certas dimensões".

O espaço tem também uma biblioteca especializada, com 50.000 volumes correspondentes a cerca de 35.000 títulos e que segundo a responsável Fernanda Torquato, uma consulta anual de cerca de 2000 utentes.

O "espólio tem sido aumentado graças às permutas promovida pela revista Arqueologia" e, devido à sua especificidade, não pode ser integrada na Rede de Bibliotecas Públicas "nem absorvida por outra biblioteca", acrescenta a responsável.

A Cordoaria Nacional, na Junqueira, e o Quartel do Conde de Lippe, na calçada da Ajuda, são dois dos espaços que têm sido apontados para albergar estes centros de investigação. Não houve até ao momento confirmação oficial.


Fonte: (31 Jul 2007). Público/Lusa:http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1337164&idCanal=59

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por noticiasdearqueologia às 22:58

Quinta-feira, 31.07.08

Brasileiros de 56 000 anos

Testes de termoluminescência realizados na Universidade Nacional Australiana dataram em 56 000 anos os restos de fogueiras encontrados no controverso sítio arqueológico do Boqueirão da Pedra Furada, localizado no Parque Nacional da Serra da Capivara, no sul do Piauí, Brasil. É, sem dúvidas, o mais importante sítio arqueológico das Américas.

A datação, obtida através de novas técnicas desenvolvidas por Michael Bird, recuou em 40 000 anos o tempo normalmente aceito pelos especialistas para as primeiras ocupações humanas nas Américas. O procedimento, denominado ABOX (acid-base-wet-oxidation) descontamina quimicamente os objetos testados e oferece resultados mais confiáveis que o tradicional teste de carbono-14. Foi possível demonstrar que as pedras das fogueiras não foram queimadas por causas naturais. 

A conclusão foi publicada na revista Quaternary Science Reviews, da editora Elsevier.

O parque, declarado pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade em 1991, possui mais de 345 sítios, muitos dos quais com paredões de arenito adornados com pinturas rupestres. Na área foram encontradas ferramentas de pedra e antiquíssimas ossadas. Peças magníficas do sítio estão expostas no Museu do Homem Americano, em São Raimundo Nonato, dirigido pela renomada Dra. Niède Guidon.


Fonte: (26 Jul 2008): http://www.fumdham.org.br/

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por noticiasdearqueologia às 22:09

Quinta-feira, 31.07.08

Paleolítico revela-se em Vila do Bispo

Equipas constituídas por alunos da Universidade do

Algarve e estudiosos de arqueologia estão a escavar em Vale do Boi, em

plena serra algarvia, onde esperam vir a encontrar importantes

vestígios pré-históricos

Os arqueólogos tentam desvendar hoje os segredos escondidos em Vale de

Boi, Algarve, o maior sítio arqueológico do Paleolítico Superior em

Portugal. Perdido na serra, entre Lagos e Vila do Bispo, paredes meias

com uma pacata aldeia, o sítio arqueológico passa despercebido.

Descoberto há dez anos por uma equipa integrada por Nuno Bicho, da

Universidade do Algarve, o local tem sido objecto de campanhas

arqueológicas que visam reconstituir o sítio tal como era há 20 mil

anos. Nessa altura, o arqueólogo não imaginava que dedicaria a década

seguinte a estudar Vale de Boi.

Com ocupações regulares entre 25 mil e 6 mil anos atrás, o sítio era

composto por um abrigo rochoso, perto do qual se supõe que existisse

uma lagoa de ligação ao mar, onde os animais bebiam água. Do abrigo,

num ponto mais alto, viam--se as manadas, facilitando a caça, o que, a

par do acesso facilitado à água, pode explicar porque o local foi

sendo sucessivamente ocupado por comunidades humanas.

As populações que ali habitavam alimentavam-se de marisco - lapa,

berbigão, amêijoa e mexilhão -, dieta pouco frequente neste período e

que está relacionada com a proximidade do mar, a apenas a dois

quilómetros. Também caçavam animais, como o veado, cavalo, auroque

(boi-gigante já extinto) e cabra- -montesa, tendo sido encontrados

vestígios de lince, urso e lobo, que poderiam não ser para

alimentação.

Foram encontrados em Vale de Boi milhares de vestígios, sobretudo

material de pedra talhada, parte do qual seriam pontas de flecha, mas

há uma descoberta que se destaca: trata-se de uma placa de xisto com

três gravuras de animais - que se supõe serem auroques -, com mais de

20 mil anos, descoberta intacta, o que é invulgar, refere Nuno Bicho.

Foram igualmente encontradas peças de adorno feitas com pequenas

conchas e o único vestígio "verdadeiramente" humano: um dente com sete

mil anos. Mas a equipa sonha encontrar mais.

Fonte: Duarte, Marta (28 Jul 2008). Diário de Notícias.

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por noticiasdearqueologia às 00:19

Quarta-feira, 23.07.08

Pirogas milenares aguardam há anos por recuperação

Há vários anos que cinco pirogas milenares, consideradas como um dos mais importantes achados arqueológicos em Viana do Castelo, aguardam, em água, por um delicado tratamento que permita a recuperação e consequente exposição pública. Um processo cada vez mais moroso e que a própria autarquia admite que não se concretize a curto prazo. “O tratamento será feito num País nórdico, o problema é que surgiram outros achados de outras partes que precisam de tratamento e as pirogas vão ter que aguardar uns anos na fila”, afirmou Defensor Moura, presidente da autarquia. Tratam-se de pirogas monóxilas – construídas a partir de um único tronco de madeira -, que variam entre 3,85 e 6,61 metros de comprimentos, encontradas em vários pontos do leito do rio Lima nos últimos vinte anos. A mais antiga destas, segundo a datação feita por técnicos e a conhecer em breve com a publicação do estudo, terá mais de 2000 anos e as restantes cerca de metade desse tempo. As duas mais recentes “apareceram” entre 2002 e 2003. A maioria das pirogas foram achadas na envolvente das freguesias de Lanheses e Moreira de Geraz do Lima, exactamente no ainda hoje conhecido como Lugar da Passagem, inserido no roteiro medieval dos caminhos de Santiago (de Compostela, Galiza). Há vários anos que a conservação destas pirogas está a cargo do Instituto Português de Arqueologia Subaquática envolvendo ainda o Ministério da Cultura. “Estão protegidas, em água com um produtos próprios, para assegurar que não se deterioram. Mas o processo para conservação definitiva não tem sido fácil”, admite a autarquia, uma das entidades impulsionadoras da reabilitação destas pirogas. O objectivo da Câmara de Viana do Castelo é que, depois de reabilitadas, as pirogas fiquem em exposição no município num novo espaço museológico. “Quando forem tratadas virão para Viana do Castelo para serem expostas. É uma garantia”, sustentou Defensor Moura, presidente da autarquia. As canoas ou pirogas talhadas num só tronco de árvore constituem, segundo os especialistas, o tipo de embarcação mais antigo de vários continentes.


Fonte: (24 Jul 2008). Falcão do Minho http://www.falcaodominho.pt/jornal/index.php?=fm_news.php?nid=4328 


 

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por noticiasdearqueologia às 23:12

Segunda-feira, 21.07.08

Sepultura do sogro de Colombo pode estar em Aljezur

Foto 


A sepultura de Bartolomeu Perestrelo, primeiro donatário de Porto Santo e sogro de Cristóvão Colombo, poderá estar em vias de ser descoberta em Aljezur.


 


As sondagens arqueológicas que têm estado a ser feitas desde finais de Maio no cemitério velho desta vila, situado perto do castelo, têm permitido encontrar estruturas relacionadas com a primitiva Igreja de Santa Maria d’Alva, a antiga matriz de Aljezur, construída após a reconquista cristã.

Dentro da igreja e à sua volta eram feitos os enterramentos, como era costume da época. A igreja ruiu com o terramoto de 1755 e o espaço foi aproveitado como cemitério da vila até ao século XIX.

José Marreiros, presidente da Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur, contou ao «barlavento» que Bartolomeu Perestrelo, antes de morrer, por volta de 1458, «pediu para ser sepultado em Aljezur», mas actualmente não há já vestígios de tal sepultura.

«Já fizemos uma pesquisa documental no Arquivo Histórico do Funchal para saber mais», revelou aquele entusiasta da arqueologia da vila algarvia.

«Se a sepultura de Bartolomeu Perestrelo tivesse sido preservada e a conseguíssemos encontrar com estes trabalhos arqueológicos, seria ouro sobre azul!», exclamou.



Vestígios da antiga igreja matriz

Que as sondagens e trabalhos de arqueologia conseguiram já descobrir estruturas relacionadas com a antiga igreja destruída pelo terramoto de 1755 parece não haver dúvidas. Uma das peças recuperadas foi um fragmento de um Cristo crucificado, em terracota, que se presume poder ter pertencido ao primitivo templo.

Foram ainda descobertos restos do pavimento da igreja, tijoleiras rectangulares que foram sendo levantadas à medida que o solo era usado para as sepulturas feitas já depois da ruína do edifício.

Foi também identificada uma parede lateral, integrando uma porta entaipada. Esta parede foi depois usada nos muros de delimitação desse antigo cemitério.

Mas outros dados curiosos surgiram destes trabalhos: nos níveis mais antigos, do século XVI, «não foram encontrados muitos esqueletos de jovens, mas sobretudo alguns bebés e até fetos e depois adultos e pessoas mais velhas».

Isso, segundo José Marreiros, indica que, naqueles tempos, quem conseguisse sobreviver às doenças da primeira infância, chegava com alguma segurança a uma idade mais avançada, isto quando a esperança de vida era bem mais baixa que nos tempos actuais.

Outro dado interessante é o facto de terem sido detectados enterramentos em camadas sucessivas, o que parece indicar que haveria falta de espaço para as inumações no solo considerado sagrado.



Raros eram os mortos enterrados com um caixão

Também se verificou que eram raros os mortos enterrados em esquife – caixão de madeira -, um sistema reservado certamente aos aljezurenses mais endinheirados.

Dos raros enterramentos deste tipo, foram recuperadas madeiras, fragmentos de tecidos de revestimento, pegas em ferro e bronze e mesmo peças de vestuário, entre as quais se destacam fivelas e calçado em couro com ilhozes em bronze.

O espaço da antiga igreja continuou a ser utilizado como cemitério até ao século XIX. Desta época mais recente, destacam-se as inumações de crianças, que apresentaram um espólio muito interessante, já que eram enterradas com um «ramo» em fio de cobre, com flores e folhas, em azul e verde, colocado sobre o torso ou à volta da cabeça.

Destes trabalhos ainda preliminares integrados na primeira campanha de valorização arqueológica do cemitério velho de Aljezur, resultou muito espólio material, nomeadamente contas, anéis, botões em vidro, metal e madrepérola, alfinetes e trinta moedas, sobretudo dinheiros da primeira dinastia e ceitis cunhados entre meados do século XV e o final do reinado de D. Manuel I.

Foram também recuperados elementos construtivos pertencentes às arcarias da Igreja e identificados outros, reaproveitados nos muros do cemitério, com especial destaque para uma estela em forma de disco decorada com quadrifólio rebaixado, de extremidades rectas e estrela de oito pontas.

«Todos estes trabalhos foram acompanhados por uma antropóloga, como tem que acontecer quando se escava numa zona de cemitério».

Mais do que o espólio material, aliás muito interessante, esta intervenção e a investigação posterior vai permitir «descobrir mais sobre a vivência destes aljezurense de há séculos, sobre a sua alimentação e as doenças de que padeciam», salientou José Marreiros.

Os trabalhos resultaram da articulação entre a Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur, a Arqueonova – Associação de Arqueologia e Defesa do Património e a Câmara Municipal de Aljezur, que suportou os encargos financeiros.


Fonte: Rodrigues, Elisabete (18 Julho 2008). Barlavento. on line: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=25620

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por noticiasdearqueologia às 23:01

Segunda-feira, 21.07.08

Monte Molião volta a receber estudantes de arqueologia

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Pelo terceiro ano consecutivo, no âmbito de um protocolo entre a Câmara de Lagos e a Faculdade de Letras de Lisboa, estudantes de arqueologia juntam-se, no Monte Molião, em Lagos, para descobrir os vestígios que correspondem à antiga Lacobriga, local que marca a origem da cidade.


Ana Arruda, professora da Faculdade de Letras, explicou ao «barlavento» que «os espólios recolhidos até agora são muito abundantes e estão em excelente estado de conservação. Dominam os vasos cerâmicos, mas também há moedas, vidros, anzóis, anéis e os pesos de rede».

Está ainda prevista a divulgação dos trabalhos, mediante a realização de jornadas para apresentação dos resultados das escavações, abertas à população. No ano passado, esta iniciativa foi um sucesso.

Fonte: Varela, Ana Sofia (16 Jul 2008). O Barlavento.on linehttp://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=25433

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por noticiasdearqueologia às 22:56

Quinta-feira, 17.07.08

Mais vestígios de salgas romanas foram descobertos em Lagos

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Um estudo feito antes do início das obras do UrbCom em Lagos levou a que fossem encontradas «estruturas romanas e tardo-romanas, correspondentes a uma área industrial para preparação de peixe – as salgas -, que estiveram em uso desde meados do século II até ao século VI, sob o chão actual», ou seja, com 1400 a 1800 anos, revelou a arqueóloga Elena Morán. «Sabíamos que assim que começássemos as obras de requalificação da rede de saneamento da Rua 25 de Abril e da Rua Silva Lopes, no âmbito do projecto UrbCom, iríamos encontrar vestígios romanos», revelou ao «barlavento» Elena Móran, arqueóloga da Câmara de Lagos. «É uma zona muito sensível a nível arqueológico», justificou.

Assim, um estudo feito antes do início das obras levou a que fossem encontradas «estruturas romanas e tardo-romanas, correspondentes a uma área industrial para preparação de peixe – as salgas -, que estiveram em uso desde meados do século II até ao século VI, sob o chão actual», ou seja, com 1400 a 1800 anos, revelou a arqueóloga.

Além de duas salgas, nas ruas que sofreram as obras, foram encontrados vestígios daquilo que o departamento de arqueologia da autarquia pensa que poderá ser a lixeira de uma fábrica de cerâmica romana.

A Câmara de Lagos já tinha contratado um grupo de profissionais com experiência nos «complexos industriais de derivados de peixe, da época romana», o que contribuiu para a preservação do património e para a rapidez da conclusão do estudo.

Assim, foram realizadas «escavações de sondagens equidistantes, que permitiram identificar as estruturas arqueológicas» e as infra-estruturas existentes.

De igual modo, entre Janeiro e Fevereiro, no âmbito da requalificação da Frente Ribeirinha de Lagos, obras que ainda estão a decorrer, a Câmara de Lagos contratou uma empresa de arqueologia.

Os profissionais fizeram «sondagens de diagnóstico para a caracterização da muralha setecentista, do Castelo dos Governadores, bem como dos diferentes cais, na perspectiva de uma eventual valorização», contou a arqueóloga. As estruturas tinham sido soterradas na década de 40 do século XX para a construção da Avenida da Guiné.

Desta vez, as escavações arqueológicas tiveram lugar entre o Castelo dos Governadores, onde fica agora o Hospital, e a antiga Casa da Dízima.

Naquele local existiam duas portas que, articuladas com a muralha setecentista e funcionando como antecâmara da cidade, permitiam a circulação entre muros e o acesso ao Cais da Ribeira.

«A porta que dava acesso ao Cais da Ribeira foi entaipada e o cais foi alteado por outro numa cota superior», afirmou Elena Móran.

«Também foram efectuadas algumas sondagens para identificar o alinhamento da muralha setecentista, e uma outra para identificar o cais da Guiné», acrescentou.

Fonte: Varela, Ana Sofia (16 Jul 2008): Barlavento, on line: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=25432

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por noticiasdearqueologia às 22:09

Quinta-feira, 17.07.08

Novo museu dos Coches deverá estar concluído em Outubro do próximo ano



O novo museu dos Coches em Belém, um edifício suspenso no ar, deverá estar concluído em Outubro do próximo ano e terá bilhetes inéditos. No entanto, a polémica em torno da sua localização, nas antigas Oficinas Gerais do Exército, já começou.

O novo Museu Nacional dos Coches deverá estar concluído em Outubro do próximo ano e permitirá dar «uma nova centralidade à área» de Belém, disse esta quarta-feira o ministro da Economia, Manuel Pinho, ao apresentar o projecto.


O edifício, que ocupará 15.177 metros quadrados dos terrenos das antigas Oficinas Gerais do Exército, irá albergar a colecção do actual do Museu dos Coches, incluindo o núcleo existente em Vila Viçosa.


O novo museu, que exige um investimento de 31,5 milhões de euros - um valor que resulta das contrapartidas do Casino de Lisboa- , disporá de um auditório, de uma área de apoio à manutenção dos coches, restaurantes e apoio ao visitante.


«A grande característica do museu é que ele é suspenso no ar», disse o arquitecto Paulo Mendes da Rocha, adiantando que uma das maiores preocupações ao pensar o projecto foi harmonizar o novo museu com a zona de Belém.


O museu terá um bilhete inédito que vai permitir a cada visitante do museu um olhar personalizado, adiantou o arquitecto Nuno Sampaio, responsável pelo projecto expositivo, sublinhando que «não se explica um museu a uma criança da mesma forma que a um adulto».


No entanto, a construção do museu já começou a criar polémica, porque com a mudança para o novo espaço, uma parte do património arqueológico nacional existente no local vai ficar sem tecto, como alertou José Morais Arnaut, presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses.


O instituto que tutela o património já garantiu que está a tentar encontrar uma solução para o problema, mas entretanto começou a correr na Internet uma petição para lembrar que muito do património vai ficar «desalojado».


Entretanto, também o ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, anunciou que a Biblioteca e outras áreas de trabalho do antigo Instituto de Arqueologia serão transferidas para uma zona próxima da sua actual localização.





Fonte: (10 Jul 2008). TSF: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=966517

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por noticiasdearqueologia às 22:05

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