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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
Estruturado de acordo com o espírito de Bolonha, o novo curso de 1º ciclo em Arqueologia, que a Universidade do Algarve (UAlg) oferece no ano lectivo de 2008/2009, dá a cada estudante a possibilidade de “desenhar” o seu próprio currículo com o apoio de um tutor. O curso inova também ao apostar na área da Arqueologia Empresarial, sector onde até agora não existia oferta formativa em Portugal. Seis cadeiras obrigatórias, 20 opcionais Fonte: (4 Jun2008). O Barlavento.on line: http://www.barlavento.online.pt/index.ph |
O retrato de Joana e o órgão positivo do coro alto da Igreja de Jesus, duas peças do Museu de Aveiro, foram classificados como bens de interesse nacional, que corresponde à forma de protecção mais elevada dos bens culturais móveis.
Na passada semana o Conselho de Ministros aprovou um Decreto que procedeu à classificação como bens de interesse nacional de um conjunto de bens culturais móveis integrados nos museus dependentes do Instituto Português de Museus.
A lista que abrange cerca de 1.200 bens, dos domínios das artes plásticas e artes decorativas e da arqueologia, inclui o retrato de Santa Joana, uma pintura da segunda metade do século XV que se pretende da escola de Nuno Gonçalves, bem como o órgão de tubos do coro alto datado de 1739.
O Decreto, agora aprovado, visa acautelar especiais medidas em matéria de salvaguarda de bens cuja protecção e valorização represente um incontestável valor para Portugal, designadamente no que se refere à sua protecção, conservação e divulgação em contexto nacional e internacional.
A lista de bens classificados como de interesse nacional resulta do trabalho desenvolvido ao longo de um ano pelo Instituto Português de Museus.
Fonte: Duarte Neves (5 Jun 2008). oaveiro.pt: http://www.oaveiro.pt/index.php?lop=cont
Durante 600 anos pelo menos, ao longo do terceiro milénio a.C,
Stonehenge, o monumento megalítico mais misterioso de Inglaterra foi
utilizado como cemitério. Mas isso não é tudo. Os restos mortais ali
enterrados pertencem provavelmente a uma única família de chefes, ou
reis, que governaram ao longo de toda essa época.
Esta é principal conclusão das escavações feitas no local, em Agosto e
Setembro do ano passado, por arqueólogos liderados por Mike Parker
Pearson, da universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, e apoiada pela
National Geographic Society. A descoberta só foi possível graças à
datação por radiocarbono, realizada pela primeira vez em restos
mortais encontrados junto ao monumento.
"É claro para nós agora que Stonehenge teve carácter funerário em
todas as suas etapas", explicou ontem Parker Pearson em Washington, na
conferência em que foram divulgados os resultados das escavações
realizadas no Verão. O arqueólogo inglês sublinhou ainda que
"Stonehenge foi utilizado como cemitério desde a sua construção até ao
seu abandono final, por volta de meados do terceiro milénio a.C.".
Supunha-se até agora que essa prática teria ocorrido apenas entre 2700
e 2600 a.C.
Os restos das cremações, que datam da época em que Stonehenge foi
construído, em 2500 a.C., são no entanto parte apenas do que foi
encontrado e pertencem a um período tardio, "demonstrando que o local
foi reservado ao enterro dos mortos durante muito mais tempo do que
pensávamos", como notou Parker Pearson.
Os restos mortais mais antigos, e datados por radiocarbono pela
equipa, datam de 3030 e 2880 a.C.. Os mais recentes, que correspondem
a uma mulher de 25 anos, que foi cremada e enterrada entre 2570 e 2340
a.C, por volta da época em que se calcula que tenham sido erigidas as
pedras gigantes na planície de Salisbury.
Os restos mortais analisados, constituídos por ossos carbonizados e
dentes, foram encontrados na chamada vala de Audrey, um fosso circular
que rodeia o monumento com o mesmo formato. O seu estudo permitiu
levantar a hipótese de que eles pertencem a uma única família,
"provavelmente a uma linhagem real da época na região", como explicou
ontem o arqueólogo Parker Pearson.
Um dos indícios que sustenta esta tese avançada por Andrew
Chamberlain, arqueólogo na universidade de Sheffield também, e
co-autor do trabalho em Stonehenge, é que o número de sepulturas vai
aumentando à medida que os séculos avançam. De acordo com a equipa,
isso significaria o aumento natural da descendência, de geração em
geração.
Outra característica que apoia a tese da linhagem real das pessoas que
ali foram sepultadas tem a ver com o próprio carácter monumental da
jazida. "É muito difícil pensar que pessoas comuns fossem enterradas
em Stonehenge. Os chefes de uma tribo do Neolítico terão assim sido
responsáveis por erigir o monumento e foram enterrados ali", explicou
o líder da equipa.
E se estes enigmas parecem agora resolvidos, outros permanecem. Porque
razão foi Stonehenge erigido naquela região, onde há outros monumentos
megalíticos, embora de menor dimensão? Esse mistério permanece
insolúvel, por enquanto. Novas pesquisas poderão no futuro lançar uma
luz sobre ele.
Fonte: Filomena Naves (30 Mai 2008). Diário de Notícias
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