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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...



Sábado, 07.06.08

Universidade do Algarve oferece primeira licenciatura do Sul do país em Arqueologia


 
 

Foto 


Arqueologia


 

Estruturado de acordo com o espírito de Bolonha, o novo curso de 1º ciclo em Arqueologia, que a Universidade do Algarve (UAlg) oferece no ano lectivo de 2008/2009, dá a cada estudante a possibilidade de “desenhar” o seu próprio currículo com o apoio de um tutor.


O curso inova também ao apostar na área da Arqueologia Empresarial, sector onde até agora não existia oferta formativa em Portugal.

Trata-se da primeira licenciatura em Arqueologia no Sul do país (onde até agora só existiam especializações na área), oferecedno um ramo de Arqueologia Empresarial totalmente inovador à escala nacional e dá liberdade individual ao estudante para traçar o seu próprio percurso académico de acordo com os seus interesses, sempre com o apoio de um tutor.

São estas a principais características do novo curso de 1º ciclo que a UAlg, através da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS), disponibiliza no próximo ano lectivo (2008/2009).

O curso foi pensado de forma abrangente até no que toca às provas de acesso: História da Arte e Património ou Português ou Geologia e Biologia.

“Queremos abrir a porta a alunos com bagagens académicas diversas, desde a área das Humanidades à Científica, já que o curso em si aposta fortemente na interdisciplinaridade como forma de conferir competências diferenciadoras aos técnicos que vamos formar”, refere Nuno Bicho, docente da FCHS e dinamizador da licenciatura em Arqueologia.

O curso de Arqueologia é oferecido, no 1º ano, em conjunto com o curso de Património Cultural, igualmente sob a alçada da FCHS.

 


Seis cadeiras obrigatórias, 20 opcionais

No primeiro semestre do 1º ano, os alunos terão de fazer seis cadeiras obrigatórias comuns. Depois terão à escolha uma panóplia de 20 cadeiras opcionais, cuja selecção lhes permitirá trilhar um percurso mais de acordo com as respectivas motivações.

“As disciplinas opcionais distribuem-se por três áreas fundamentais, que são a área Histórico-Geográfica, Teoria e Métodos de Trabalho de Campo, sendo que cada aluno terá de completar um número mínimo de créditos em cada uma destas vertentes”, refere o arqueólogo Nuno Bicho.

Para escolher, os alunos poderão recorrer à figura de um tutor e receberão orientação quanto às opções a tomar. “Garantimos que o aluno nunca se sentirá perdido, na medida em que tem todo o apoio da instituição ao longo da sua formação.”

Outra inovação que o curso de Arqueologia comporta prende-se com a possibilidade de o aluno poder, em qualquer parte do seu curso, após o 1º semestre, fazer trabalho de campo com qualquer arqueólogo do país, em qualquer zona, desde que com aprovação prévia por parte da direcção do curso.

“Entendemos que esta é uma forma de sensibilizar o estudante não só para o correcto desempenho da profissão, mas também para as vantagens de estabelecer parcerias e criar uma rede de contactos que lhe permita evoluir profissionalmente”, refere Nuno Bicho.

Quanto à formação pós-graduada, será dada a possibilidade aos estudantes de avançar tanto para o 2º ciclo – onde se mantém a oferta que já existia em anos anteriores na UAlg, através do Centro de Estudos do Património da FCHS –, como para o 3º ciclo, na medida em que já está actualmente em preparação um programa de doutoramento em parceria com a Unidade de Arqueologia da Universidade Clássica de Lisboa (UNIARQ).



Ramo empresarial com elevados índices de empregabilidade

O graduado do curso de Arqueologia da UAlg encontrará um mercado diversificado de trabalho, não só ao nível do Estado, tanto em organismos centrais, como em organismos autárquicos, mas também em instituições privadas e, finalmente, como empresário e técnico especialista.

“O sector da Arqueologia Empresarial é o que tem empregado a maior parte dos licenciados em Portugal, chegando mesmo a absorver profissionais oriundos do mercado espanhol”, explica Nuno Bicho, sublinhando que “isto acontece mesmo não existindo em Portugal formação específica no sector da Arqueologia Empresarial”, um dos dois ramos de especialização propostos pela UAlg no novo curso de 1º ciclo (a par com o ramo de Investigação).

A Arqueologia Empresarial consiste em verificar os recursos arqueológicos, propor e preparar a respectiva protecção no âmbito de qualquer obra.

Neste contexto, avança Nuno Bicho, “o sector das obras públicas é, naturalmente, o que mais profissionais absorve, na medida em que é muito dinâmico e opera em cenários, muitas vezes, de larga escala, como é o caso da construção de auto-estradas, aeroportos, vias ferroviárias, entre outros”.


Fonte: (4 Jun2008). O Barlavento.on line: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=24548

 



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por noticiasdearqueologia às 17:04

Sábado, 07.06.08

Retrato de Santa Joana e órgão são tesouros nacionais

O retrato de Joana e o órgão positivo do coro alto da Igreja de Jesus, duas peças do Museu de Aveiro, foram classificados como bens de interesse nacional, que corresponde à forma de protecção mais elevada dos bens culturais móveis.


 Na passada semana o Conselho de Ministros aprovou um Decreto que procedeu à classificação como bens de interesse nacional de um conjunto de bens culturais móveis integrados nos museus dependentes do Instituto Português de Museus.


A lista que abrange cerca de 1.200 bens, dos domínios das artes plásticas e artes decorativas e da arqueologia, inclui o retrato de Santa Joana, uma pintura da segunda metade do século XV que se pretende da escola de Nuno Gonçalves, bem como o órgão de tubos do coro alto datado de 1739.


O Decreto, agora aprovado, visa acautelar especiais medidas em matéria de salvaguarda de bens cuja protecção e valorização represente um incontestável valor para Portugal, designadamente no que se refere à sua protecção, conservação e divulgação em contexto nacional e internacional.


A lista de bens classificados como de interesse nacional resulta do trabalho desenvolvido ao longo de um ano pelo Instituto Português de Museus.


Fonte:  Duarte Neves (5 Jun 2008). oaveiro.pt: http://www.oaveiro.pt/index.php?lop=conteudo&op=142949df56ea8ae0be8b5306971900a4&id=810dfbbebb17302018ae903e9cb7a483 

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por noticiasdearqueologia às 17:00

Sábado, 07.06.08

Stonehenge foi cemitério de reis


Durante 600 anos pelo menos, ao longo do terceiro milénio a.C,

Stonehenge, o monumento megalítico mais misterioso de Inglaterra foi

utilizado como cemitério. Mas isso não é tudo. Os restos mortais ali

enterrados pertencem provavelmente a uma única família de chefes, ou

reis, que governaram ao longo de toda essa época.


Esta é principal conclusão das escavações feitas no local, em Agosto e

Setembro do ano passado, por arqueólogos liderados por Mike Parker

Pearson, da universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, e apoiada pela

National Geographic Society. A descoberta só foi possível graças à

datação por radiocarbono, realizada pela primeira vez em restos

mortais encontrados junto ao monumento.

"É claro para nós agora que Stonehenge teve carácter funerário em

todas as suas etapas", explicou ontem Parker Pearson em Washington, na

conferência em que foram divulgados os resultados das escavações

realizadas no Verão. O arqueólogo inglês sublinhou ainda que

"Stonehenge foi utilizado como cemitério desde a sua construção até ao

seu abandono final, por volta de meados do terceiro milénio a.C.".

Supunha-se até agora que essa prática teria ocorrido apenas entre 2700

e 2600 a.C.

Os restos das cremações, que datam da época em que Stonehenge foi

construído, em 2500 a.C., são no entanto parte apenas do que foi

encontrado e pertencem a um período tardio, "demonstrando que o local

foi reservado ao enterro dos mortos durante muito mais tempo do que

pensávamos", como notou Parker Pearson.

Os restos mortais mais antigos, e datados por radiocarbono pela

equipa, datam de 3030 e 2880 a.C.. Os mais recentes, que correspondem

a uma mulher de 25 anos, que foi cremada e enterrada entre 2570 e 2340

a.C, por volta da época em que se calcula que tenham sido erigidas as

pedras gigantes na planície de Salisbury.

Os restos mortais analisados, constituídos por ossos carbonizados e

dentes, foram encontrados na chamada vala de Audrey, um fosso circular

que rodeia o monumento com o mesmo formato. O seu estudo permitiu

levantar a hipótese de que eles pertencem a uma única família,

"provavelmente a uma linhagem real da época na região", como explicou

ontem o arqueólogo Parker Pearson.

Um dos indícios que sustenta esta tese avançada por Andrew

Chamberlain, arqueólogo na universidade de Sheffield também, e

co-autor do trabalho em Stonehenge, é que o número de sepulturas vai

aumentando à medida que os séculos avançam. De acordo com a equipa,

isso significaria o aumento natural da descendência, de geração em

geração.

Outra característica que apoia a tese da linhagem real das pessoas que

ali foram sepultadas tem a ver com o próprio carácter monumental da

jazida. "É muito difícil pensar que pessoas comuns fossem enterradas

em Stonehenge. Os chefes de uma tribo do Neolítico terão assim sido

responsáveis por erigir o monumento e foram enterrados ali", explicou

o líder da equipa.

E se estes enigmas parecem agora resolvidos, outros permanecem. Porque

razão foi Stonehenge erigido naquela região, onde há outros monumentos

megalíticos, embora de menor dimensão? Esse mistério permanece

insolúvel, por enquanto. Novas pesquisas poderão no futuro lançar uma

luz sobre ele.


Fonte: Filomena Naves (30 Mai 2008). Diário de Notícias

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por noticiasdearqueologia às 16:30


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