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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
Cerca de 40 arqueólogos defenderam, ontem, em Coimbra, a criação de uma ordem ou sindicato mais representativo do sector. Quantos arqueólogos trabalham e como trabalham, foram as questões sobre as quais reflectiram os profissionais da arqueologia num debate organizado pela Secção de Arqueologia do Ateneu de Coimbra.
Representados apenas pela Associação Portuguesa de Arqueólogos (APA) e pelos sindicatos da Função Pública, os arqueólogos consideram ter chegado o momento de se mobilizarem e unirem, enquanto classe, para em conjunto poderem encontrar soluções perante a precariedade que enfrentam na vida activa.
Durante o debate ficou claro que actualmente existem dificuldades para desenhar o retrato robot de um arqueólogo em Portugal. Maria José Almeida, presidente da APA, procurou esclarecer os presentes que a situação de precariedade que enfrentam os arqueólogos que trabalham a recibos verdes como falsos empresários, avençados ou com contratos a termo que se prolongam por anos, tem feito com que estes profissionais se remetam ao silêncio e não reivindiquem direitos e deveres inerentes à profissão.
O universo de pessoas inscritas na associação, acima de 350, está longe de representar o sector de actividade que nos últimos anos, dizem, tem sofrido um enorme revés com o facto de o Estado e o Poder Local não apostarem numa política coerente relacionada com a preservação do património.
Mesmo com um cenário pouco animador, ainda existem no país 47 empresas ligadas à arqueologia que também atravessam momentos difíceis dada a falta de investimento e projectos públicos.
Os arqueólogos reconhecem, como referiu ao JN Miguel Serra, empresário do ramo, que "ao longo dos anos os arqueólogos viveram demasiado voltados para si".
Fonte: (13 Abr 2008). Jornal de Notícias: http://jn.sapo.pt/2008/04/13/sociedade_e
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