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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...



Quinta-feira, 27.03.08

Chaves: Escavações no Balneário Romano

 Foto: J.R.


Água termais continuam a nascer no local que poderá ser transformado num museu


As escavações arqueológicas do Arrabalde, na cidade de Chaves, decorrem há largos meses, mas, tendo em conta os vestígios que apareceram e o facto de nascer água quente, a possibilidade de que fossem os balneários públicos da cidade romana ganhou forma. Agora o Arrabalde pode transformar-se num museu, de características únicas, em toda a Península Ibérica. Nas escavações arqueológicas, segundo explicou o Arqueólogo Sérgio Carneiro, as camadas são removidas pela ordem inversa à da sua reposição, de forma a podermos reconstituir toda a ocupação do sítio, desde as épocas mais remotas até ao presente. “Do lado exterior da Muralha da restauração já temos praticamente todas as estruturas à vista e aquilo que podemos perceber neste momento é que o complexo balneário se organiza em torno de uma grande piscina central, à semelhança do que acontece noutros balneários de tipo terapêutico, como em Inglaterra ou nas ruínas romanas de São Pedro do Sul. Não é o tipo de organização de um balneário normal, mas sim um balneário especificamente concebido para tratamentos termais. A grande piscina já esta delimitada, depois temos uma conduta de escoamento das águas que deve contornar todo o complexo e temos uma outra sala exterior que certamente servia para outro tipo de tratamentos,” salientou o arqueólogo. A musealização hoje é uma certeza e já está definido. “Esta intervenção já foi concebida para musealização, mas não tínhamos a certeza do valor e do estado de preservação das estruturas. Neste momento temos já bem visível que, aquando da reconstrução da Muralha, ouve um reaproveitamento de algumas pedras da elevação dos muros. No entanto, tudo o que é pavimento está conservadíssimo. Tivemos uma grande sorte em que nas condutas exteriores do balneário, as camadas que estavam por debaixo dos derrubes de telhas, devido ao facto de terem ficado sempre inundados e com a água estagnada, o que faz que não existisse oxigénio, todos os materiais orgânicos, que normalmente nos sítios arqueológicos nunca aparecem, encontravam-se num estado de conservação perfeito”, referiu. Ao que apurámos, tem aparecido um elevado número de peças, únicas, que também serão integradas na exposição que no local vai ficar patente e serão uma mais valia, muito importante, para o futuro museu. “Pelo seu estado de conservação e pela tipologia, que é rara, pois termas há em todas as cidades Romanas, mas, termas com uma função terapêutica há muito poucas conservadas e estas, pelo menos na Península Ibérica, são as que estão mais bem conservadas. Esse facto, aliado a musealização, podem tornar-se numa mais valia para a cidade de Chaves,” salientou o Arqueólogo. A ideia de fazer naquele lugar o parque de estacionamento subterrâneo foi posta definitivamente de parte e já se trabalha no sentido da musealização dos vestígios encontrados, com o projecto a ser estudado pelos técnicos e a merecer o devido apoio por parte da autarquia, que vê esta situação como uma mais valia turística para a cidade.


Fonte: JR (20 Mar 2008). Mensageiro Notíciashttp://www.mensageironoticias.pt/noticia/87

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por noticiasdearqueologia às 18:59

Quinta-feira, 27.03.08

Europeus antigos recuam no tempo



 



 




Investigadores espanhóis e americanos descobriram restos de um hominídeo com 1,1 milhões a 1,2 milhões de anos. A descoberta, ontem divulgada pela Nature, mostra que os antepassados humanos viveram na Europa Ocidental muito antes do que se pensava até agora. O problema da antiguidade dos europeus tem sido um dos mais debatidos na actual antropologia.
A equipa dirigida pelo arqueólogo Eudald Carbonell, do Instituto Catalão de Paleoecologia Humana e Evolução Social (em Tarragona) identificou uma parte de mandíbula de hominídeo e um molar do mesmo indivíduo. Os restos foram encontrados na gruta Sima del Elefante, na Serra de Atapuerca, perto de Burgos. Neste local têm sido feitos alguns dos mais sensacionais achados sobre os antigos europeus.
A menos de 200 metros de distância tinham sido descobertos em 1994 os fósseis que, pelo menos até agora, se pensava pertencerem aos mais antigos hominídeos da Europa Ocidental, datados de 800 mil anos. Essa espécie foi identificada como Homo Antecessor, também popularizado como Homem de Atapuerca, que pode ter sido um antecessor do Homem de Neanderthal e dos humanos actuais. Para se avaliar a riqueza do local, basta referir que a mil metros da gruta foram descobertos restos de outra espécie, Homo Heidelbergensis. No local estavam mais de seis mil fragmentos de fósseis destes antepassados.
A mandíbula agora descoberta estava associada a artefactos e outros restos de animais, incluindo ferramentas para cortar a carne. E a análise morfológica da mandíbula mostrou outro elemento de grande importância: numerosas semelhanças com as mandíbulas encontradas a milhares de quilómetros de distância, em Dmanisi, na Geórgia, cujos espécimes foram datados de 1,7 milhões de anos. Os cientistas afirmam igualmente que há parecenças entre este novo achado em Atapuerca e fósseis encontrados em África, datados do início do Plistocénico, e identificados por Homo Habilis e Homo Rudolfensis.
No artigo da Nature afirma-se que a descoberta "demonstra inequivocamente a presença de hominídeos na Europa do sul bastante cedo, no início do Plistocénico". Para os cientistas espanhóis, é provável que a primeira população europeia tenha vindo do Médio Oriente. Ela devia estar relacionada com a primeira expansão para fora de África, daí a ligação da Dmanisi. No Ocidente teriam surgido novas linhagens, que com o tempo evoluíram para uma nova espécie.

Fonte: Luis Naves (27 Mar 2008). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/2008/03/27/ciencia/europeus_antigos_recuam_tempo.html

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por noticiasdearqueologia às 18:49

Quinta-feira, 27.03.08

Valpaços: Descoberta na aldeia de Sanfins. Vestígio romanos

Vestígios de uma povoação romana foram encontrados num local ermo em Sanfins, Valpaços. Foi um segredo bem guardado desde 2005, pelo investigador Mário Tavares, um homem de 56 anos, residente em Lebução, que agora resolveu dar a conhecer a sua descoberta.


Mário Tavares garante que a descoberta é importante

A estrutura de uma possível vila romana viu a luz do dia, graças a uma escavação que durou cerca de mês e meio, num terreno no Lugar do Cabeço, na freguesia de Sanfins. "Podemos estar na presença de um dos achados arqueológicos mais importantes de Trás-os-Montes", assegura.
Tudo começou quando no terreno de uma vinha começaram a aparecer telhas romanas (tegulas), restos de mós, pedras com inscrições e moedas. "Tendo conhecimento disto, lancei mãos à obra e, pouco a pouco, começaram a aparecer muros de habitações", recorda Mário Tavares que reconheceu imediatamente "um património arqueológico de elevado valor".
Segundo Mário Tavares, os testemunhos agora encontrados ficam muito próximos do local de um achado valiosíssimo, o Tesouro de Lebução.
Um espólio da Idade do Bronze, constituído por pulseiras e torques de ouro batido. "Espero agora que as instituições promovam um levantamento do local, pois, dada a dimensão da área de prospecção, não posso levar a cabo este trabalho sozinho", continuouMário Tavares.


Fonte: Almeida Cardoso (24 Mar 2008). Correio da Manhã: http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=AF2C0CBA-7366-4A82-AEB4-54228F34B509&channelid=00000013-0000-0000-0000-000000000013


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por noticiasdearqueologia às 18:41


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