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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Sexta-feira, 21.12.07

China resgata navio afundado na rota da seda há 800 anos com carregamento de porcelana


O Governo chinês vai recuperar um navio mercante que se afundou há 800 anos quando transportava um carregamento de porcelana pela rota da seda, no mar do Sul da China, anunciou hoje a agência oficial chinesa.

"É uma operação sem precedentes no campo da arqueologia subaquática tanto na China como no estrangeiro", afirmou à agência Nova China, Zhang Wei, director do Centro de Arqueologia Subaquática do Museu Nacional.


Zhang referiu que, tradicionalmente, os arqueológos realizariam um trabalho de escavação das relíquias no barco afundado e só depois tentariam resgatar o navio para a superfície.


No caso do "Nanhai Número 1", o nome que foi dado ao navio, que significa "Mar do Sul da China Número 1", os arqueólogos lançaram uma operação no início de Maio para arrancar os destroços do barco do lodo envolvente num enorme cesto de aço, para proteger as relíquias e o navio, especificou a imprensa.


A recuperação deverá começar no sábado "se o tempo colaborar", afirmou Wu Jiancheng, responsável pelo projecto de recuperação, citado pela Nova China, a agência noticiosa chinesa.


Wu referiu que serão necessárias cerca de duas horas para elevar o navio até à superfície. O responsável estima que estariam entre 50 mil a 70 mil peças quando o navio se afundou devido a uma forte tempestade.


O barco de 30 metros data da época da dinastia Song (1127-1279), originária do Sul da China. Foi descoberto em 1987, a mais de 20 metros de profundidade, na costa chinesa, perto de Yangjiang, na província de Guangdong, no sudoeste do país.


Pratos de porcelana de esmalte verde e outras peças de porcelana de sombra azul foram algumas das raras antiguidades encontradas nas primeiras explorações do navio.


Segundo o jornal China Daily, a mercadoria do navio também incluía ouro e jóias.


Uma oficial do gabinete de resgate de Guangzhou, que está encarregado da recuperação do navio e das raridades, sob tutela do Ministério das Comunicações, confirmou a existência desses artigos no barco, pedindo anonimato, de acordo com a política do gabinete.


No sábado, uma grua vai levantar o enorme cesto para trazer o navio à superfície e conduzi-lo para um porto onde será colocado numa piscina de vidro instalada num museu criado especialmente para este trabalho.


A piscina tem as mesmas condições ambientais (temperatura e pressão) do local onde o navio se encontrava até então e "vai ser selada depois da inserção do navio e do lodo no local", afirmou à Nova China Feng Shaowen, responsável pelo gabinete cultural da cidade de Yangjiang.


Feng acrescentou que os visitantes poderão acompanhar os trabalhos de recuperação do navio através da superfície da piscina.


Até agora, os arqueólogos chineses identificaram mais de dez locais onde podem existir navios submersos ao longo da antiga rota da seda por via marítima.


A escavação do Nanhai Número 1 vai ser um trabalho de pesquisa fundamental para entender a história da rota marítima da seda, do comércio internacional chinês, do intercâmbio cultural, da porcelana, da construção naval e dos métodos de navegação, explicou o director do Centro de Arqueologia Subaquática do Museu Nacional.


Há 2.000 anos, os comerciantes chineses começaram a transportar loiça chinesa, seda, outros têxteis e produtos chineses para fora da China através de uma rota com partida nos portos de Guangdong e Fujian, no Sul da China, para outros países do Sudoeste asiático, da África e da Europa.


Tanto a rota marítima como a rota continental da seda, que estabelecia a ligação terrestre entre a Ásia e a Europa, foram as pontes que ligaram as antigas civilizações do Oriente e do Ocidente.


In: (21 Dez 2007). Lusa / VZP: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/r4jN4t9hyBMmgpMiKcAeDA.html


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por noticiasdearqueologia às 22:02

Sexta-feira, 21.12.07

Marvão descobre 275 sítios arqueológicos, mais 200 do que há 60 anos

Marvão, Portalegre, 17 Dez (Lusa) - A nova carta arqueológica do concelho alentejano de Marvão apresenta 275 sítios arqueológicos identificados, mais 200 do que os apurados há 60 anos, segundo um estudo da Universidade de Évora (UE), realizado durante seis meses.

Jorge Oliveira, coordenador da área de arqueologia da UE, disse hoje à agência Lusa que o resultado de 275 sítios arqueológicos identificados foi obtido após uma "prospecção sistemática" no terreno por parte da equipa de trabalho.

A nova carta arqueológica de Marvão foi, agora, divulgada em livro, numa edição especial da "Ibn Maruam", publicação dirigida pelo município local.


O documento, com 198 páginas, é assinado pelos docentes da Universidade de Évora Jorge Oliveira, Sérgio Pereira e João Parreira.



O concelho de Marvão foi o primeiro do país, há 60 anos, a possuir uma carta arqueológica, documento que identificava na época 78 locais.


"Esse trabalho, desenvolvido, na altura, por Afonso do Paço, foi efectuado de forma sumária, numa prospecção em passeio, mas mesmo assim identificou 78 sítios arqueológicos", explicou Jorge Oliveira.


A partir da nova carta arqueológica, segundo o mesmo especialista, a autarquia de Marvão, entidade que pediu o levantamento, fica munida de um documento "precioso para o planeamento e gestão autárquica".


Na opinião de Jorge Oliveira, o levantamento arqueológico efectuado "servirá, seguramente, como ponto de partida para novas investigações, que conduzirão a um mais aprofundado conhecimento do passado desta região".


O responsável manifestou-se também convicto de que a nova carta arqueológica vai permitir "evitar a destruição patrimonial que, muitas vezes, acontece por acidente ou por uma outra causa desconhecida".


"Este documento evita essas situações, porque a informação está geo-referênciada e, com facilidade, qualquer técnico ou projectista poderá adquirir estes dados, evitando a destruição de certos e determinados sítios", concluiu.


In: (17 Dez 2007). RTP / Lusa: http://www.rtp.pt/index.php?article=314526&visual=26

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por noticiasdearqueologia às 08:19

Sexta-feira, 21.12.07

Investigadores americanos inauguram Centro de Interpretação do Lapedo

A explicação das características morfológicas do esqueleto que impulsionou a tese da miscigenação entre o homem de Neandertal e o homem anatomicamente moderno é uma das várias curiosidades que poderão ser conhecidas publicamente a partir de 5 de Janeiro, data em que abre o Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho - Lapedo, na freguesia de Santa Eufémia, Leiria.
A descoberta de uma sepultura infantil com 24,5 mil anos, no final dos anos 90, transformou o local num lugar de reconhecido interesse arqueológico e científico, onde se deslocaram dezenas de arqueólogos e investigadores de vários países.
Assim volta a acontecer no início de 2008, com a presença dos antropólogos norte-americanos Erik Trinkaus (da Universidade de Washington) e Brian Pierson. O primeiro - especializado em paleontologia humana, arqueologia paleolítica, anatomia funcional e biologia do esqueleto - é considerado por muitos como o maior estudioso mundial da área da biologia e evolução Neandertal, enquanto Brian Pierson, para além da sua actividade académica na Universidade de Tulane, é especialista em reconstituições fa- ciais forenses, tendo estado ligado à criação de efeitos especiais na indústria cinematográfica, como foram exemplo os filmes 'Titanic', 'Alien - o regresso' ou 'Star Trek: insurreição'. A sua experiência levou-o a participar na reconstituição da cabeça do esqueleto descoberto no Abrigo do Lagar Velho, também conhecido como 'Menino do Lapedo'.
Ambos os investigadores participarão na sessão de conferências que decorrerá a 5 de Janeiro, a partir da 15h00, no auditório 1 da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, onde, no âmbito da inauguração daquele Centro de Interpretação, intervirão também os arqueólogos nacionais João Zilhão (professor na Universidade de Bristol, no Reino Unido), Francisco Almeida (arqueólogo do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico e comissário científico na criação do Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho).


Notícia continua in: (18 Dez 2007). Diário de Leiria: http://www.diarioleiria.pt/12911.htm

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por noticiasdearqueologia às 08:14

Sexta-feira, 21.12.07

Arqueólogos acusam «caçadores de tesouro» de violar sítios

Os principais sítios arqueológicos de Trás-os-Montes, região nordeste de Portugal, estão sendo danificados por «Indianas Jones à portuguesa» que perseguem supostos tesouros, denunciou nesta terça-feira à Lusa o arqueólogo Luís Pereira, pesquisador do Instituto de Gestão do Patrimônio Arquitetônico e Arqueológico (Igespar).
Segundo o arqueólogo, neste afã aventureiro, os "caçadores de tesouros", munidos de detectores de metais e pás, partem à procura de riqueza deixando para trás vestígios de destruição que começam a causar muitas preocupações.
O responsável pela extensão do Igespar em Trás-os-Montes garante já ter encontrado sinais desta prática em locais onde o único valor existente é o testemunho histórico.
Um dos pontos mais atacados nos últimos tempos é uma gruta conhecida como Lorga de Dine, no Parque Natural de Montesinho, um dos locais mais representativos do Período Calcolítico e da Idade do Bronze em Portugal. Segundo o arqueólogo, as salas e galerias da gruta têm sido vandalizadas à procura de tesouros.
A Câmara de Vinhais, onde se encontra a gruta, está desenvolvendo um projeto de valorização do local, mas sua proteção é complicada. Ali habita uma colônia de morcegos protegidos, que precisam sair à noite, o que não permite que o acesso ao local seja fechado.
O comando da polícia da região garantiu à Lusa não ter registrado nenhuma queixa sobre esta atividade de roubo arqueológico, embora seja do conhecimento geral que algumas pessoas procurem e encontrem objetos antigos. O problema, segundo admitem as autoridades, é que estes sítios e descobertas são encarados como "propriedade de ninguém".
Luís Pereira garante ter encontrado vários sítios escavados no trabalho de levantamento e inventário do patrimônio arqueológico de Trás-os-Montes, que coordena há dez anos.
Para ele, as peças que são encontradas por leigos nestes locais não têm qualquer valor econômico, mas fariam os arqueólogos "dar pulos de alegria" por conterem vestígios do modo de vida, dos hábitos e de outras características de sociedades antigas.
Na região, predominam os povoados abandonados ao longo da história pelas mutações demográficas.
Os estudos prévios e de impacto de grandes obras, como barragens, têm contribuído para novas descobertas, a mais recente delas no vale do rio Sabor. No local, já foram detectados mais de cem sítios arqueológicos no trecho que será afetado por uma represa.
Muitos dos sítios descobertos ficarão submersos, o que, segundo Luís Pereira, não quer dizer destruídos. O arqueólogo garante ser esta a forma de preservá-los durante alguns séculos, desde que tomadas medidas necessárias para a minimização do impacto.
Em conjunto com outro pesquisador da Igespar, o arqueólogo já identificou 3.600 sítios em toda a região de Trás-os-Montes. Destes, mais de 2 mil já estão devidamente identificados, caracterizados e disponíveis ao público, na internet.
A região trasmontana representa mais de 10% dos sítios registrados neste levantamento em Portugal.


In: (19 Dez 2007). Espigueiro / Lusa: http://www.espigueiro.pt/noticias/30d454f09b771b9f65e3eaf6e00fa7bd.html

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por noticiasdearqueologia às 08:09


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