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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...



Sábado, 29.12.07

A exploração de caulinos em Milhazes e Vila Seca ameaça vestígios arqueológicos.

A concessão de caulino prevista para Vila Seca e Milhazes pode ser bloqueada se a Câmara Municipal de Barcelos e as Junta de Freguesia de Vila Seca e Milhazes pedirem ao Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) a classificação do conjunto de vestígios arqueológicos existentes nos terrenos da exploração.
Um estudo realizado pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara encontrou dois dólmenes e diversos elementos arquitectónicos que integram o património pré-industrial (relacionado com sistemas de rega para a agricultura e para a moagem), que, caso a exploração avançasse seriam destruídos. 
Alguns destes elementos estão semi-destruídos, mas podem ser recuperados. A Junta de Vila Seca está disposta, em conjunto com a Câmara, a requerer a classificação e, caso o IPPAR venha a dar provimento a essa pretensão, os terrenos onde os vestígios estão situados e um perímetro de 50 metros ou mais, conforme o valor dos vestígios encontrados, fica a salvo de qualquer intervenção, o que inviabilizaria quase todos os terrenos para a extracção de caulino prevista. Aliás,  Vila Seca, Milhazes e Gilmonde são zonas de alguma abundância de vestígios das sociedade megalítica - com mais de 5 mil anos - como é o caso dos dólmenes (monumentos funerários) encontrados, e, que, na opinião dos especialistas, urge escavar e preservar. Para isso é fundamental que os projectos de concessão ou licenciamentos de construção estejam obrigados a investigações arqueológicas prévias.
“Pela nossa parte, e em conjunto com a Câmara, vamos tentar que se consiga a classificação dos vestígios arqueológicos ali existentes. Está em causa um património importante para a história da freguesia e do concelho e deve ser salvaguardo”, disse ao Barcelos Popular (BP), José Faria, presidente da Junta de Freguesia de Vila Seca. O autarca aproveita o momento para recordar que a existência de tais vestígios “mostra a falta de rigor com que foram feitos os estudos da exploração”. E garante que “se não fosse a nossa insistência e oposição à exploração, bem como os estudos feitos no terreno pela Câmara, a Mibal destruía tudo que se conhece e o que está por escavar”.
   


Fonte: (27 Dez 2007). Barcelos Popular: http://www.barcelos-popular.pt/index.php?zona=ntc&tema=3&lng=pt&id=883

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por noticiasdearqueologia às 12:42

Sábado, 29.12.07

Mais de 30 arqueólogos avençados do Estado cessam funções, em risco investigação e escavações

Mais de 30 arqueólogos avençados do Estado, incluindo cinco do Parque do Vale do Côa, cessam funções na segunda-feira, pondo em risco a continuidade de escavações e investigações da arte rupestre, disseram hoje responsáveis do sector.


Os arqueólogos trabalham, há vários anos, em regime de avença para o agora denominado Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, criado por decreto em Março deste ano e que funde os antigos Instituto Português do Património Arquitectónico e Instituto Português de Arqueologia.



Cinco exercem funções no Parque Arqueológico do Vale do Côa, onde investigam a pintura rupestre, coordenam as actividades pedagógicas das visitas escolares e preparam os conteúdos expositivos do Museu do Côa, com data de abertura prevista para 2008.



Os restantes trabalham nas extensões do Instituto em Silves, Castro Verde, Torres Novas, Lisboa, Pombal, Viseu, Covilhã, Vila do Conde e Macedo de Cavaleiros, onde asseguram a realização das escavações preventivas em caso de obras públicas ou particulares em sítios de interesse arqueológico.



O vice-director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, João Ribeiro, manifestou-se, em declarações à Agência Lusa, "obviamente preocupado" com as consequências do termo do vínculo laboral dos arqueólogos, embora revelando-se "esperançado" de que "a descontinuidade possa criar, de futuro, os procedimentos necessários e possíveis para a substituição dos regimes de avença por contratos individuais de trabalho".



O responsável, que tutela na direcção do Instituto a área da arqueologia, referiu que, "em tempo", foi apresentada uma proposta para a renovação das avenças, que teve a "concordância" da ministra da Cultura, que a remeteu para o Ministério das Finanças, do qual aguarda resposta.



"Há a promessa de que, no mais curto prazo, a situação seja resolvida", afirmou, sem precisar datas.



João Ribeiro adiantou que a cessação das avenças insere-se no Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE).



A Lusa procurou saber, sem sucesso, junto dos assessores de imprensa do ministro das Finanças quando é que será dada uma resposta à proposta de renovação dos vínculos laborais dos arqueólogos.



"Foi uma forma cobarde de tratar as pessoas", lamentou à Lusa José Pedro Branco, membro da Comissão de Trabalhadores do Vale do Côa, sublinhando que os arqueólogos receberam hoje, por telefone, a notícia de que cessavam o seu trabalho no Parque Arqueológico.



O vice-director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico João Ribeiro esclareceu que, depois de ter tomado conhecimento esta semana de que os contratos de avença dos arqueólogos não seriam renovados até ao fim do ano, reuniu-se na quinta-feira com alguns dos visados para lhes transmitir a notícia, tendo esta sido comunicada, por telefone e correio electrónico, aos que não compareceram à reunião.



"Eram absolutamente indispensáveis. Estou preocupadíssima", comentou, por sua vez, a directora do Parque Arqueológico do Vale do Côa, Alexandra Cerveira Lima, frisando que a saída de cinco arqueólogos do parque, no qual trabalhavam há dez anos, representa um "golpe grande" no "trabalho de campo na arte rupestre, na preparação de conteúdos para o novo museu e no serviço educativo".



"Com dois arqueólogos efectivos vai ser manifestamente impossível assegurar algumas funções vitais do Parque", sustentou.



Segundo a responsável, a cessação do vínculo laboral dos arqueólogos que trabalhavam para o Estado noutras regiões do país põe em causa a continuidade das "escavações prévias", uma "obrigação legal do Estado" em caso de realização de obras públicas ou particulares e estudos de impacte ambiental em sítios de interesse arqueológico.




Fonte: E.R. (28 Dez 2007). Expresso / Lusa: http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/203734

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por noticiasdearqueologia às 12:07

Domingo, 23.12.07

Boas Festas

A todos os legionários


que partilharam comigo algumas notícias de arqueologia (e não só)


o meu muito obrigado pela vossa visita e amizade.


Desejo a todos vocês


Um Santo Natal e um Bom Ano Novo




PS: Encontro-me temporariamente de férias, mas fica a promessa de regressar no próximo ano ainda com mais determinação.

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por noticiasdearqueologia às 10:58

Sexta-feira, 21.12.07

China resgata navio afundado na rota da seda há 800 anos com carregamento de porcelana


O Governo chinês vai recuperar um navio mercante que se afundou há 800 anos quando transportava um carregamento de porcelana pela rota da seda, no mar do Sul da China, anunciou hoje a agência oficial chinesa.

"É uma operação sem precedentes no campo da arqueologia subaquática tanto na China como no estrangeiro", afirmou à agência Nova China, Zhang Wei, director do Centro de Arqueologia Subaquática do Museu Nacional.


Zhang referiu que, tradicionalmente, os arqueológos realizariam um trabalho de escavação das relíquias no barco afundado e só depois tentariam resgatar o navio para a superfície.


No caso do "Nanhai Número 1", o nome que foi dado ao navio, que significa "Mar do Sul da China Número 1", os arqueólogos lançaram uma operação no início de Maio para arrancar os destroços do barco do lodo envolvente num enorme cesto de aço, para proteger as relíquias e o navio, especificou a imprensa.


A recuperação deverá começar no sábado "se o tempo colaborar", afirmou Wu Jiancheng, responsável pelo projecto de recuperação, citado pela Nova China, a agência noticiosa chinesa.


Wu referiu que serão necessárias cerca de duas horas para elevar o navio até à superfície. O responsável estima que estariam entre 50 mil a 70 mil peças quando o navio se afundou devido a uma forte tempestade.


O barco de 30 metros data da época da dinastia Song (1127-1279), originária do Sul da China. Foi descoberto em 1987, a mais de 20 metros de profundidade, na costa chinesa, perto de Yangjiang, na província de Guangdong, no sudoeste do país.


Pratos de porcelana de esmalte verde e outras peças de porcelana de sombra azul foram algumas das raras antiguidades encontradas nas primeiras explorações do navio.


Segundo o jornal China Daily, a mercadoria do navio também incluía ouro e jóias.


Uma oficial do gabinete de resgate de Guangzhou, que está encarregado da recuperação do navio e das raridades, sob tutela do Ministério das Comunicações, confirmou a existência desses artigos no barco, pedindo anonimato, de acordo com a política do gabinete.


No sábado, uma grua vai levantar o enorme cesto para trazer o navio à superfície e conduzi-lo para um porto onde será colocado numa piscina de vidro instalada num museu criado especialmente para este trabalho.


A piscina tem as mesmas condições ambientais (temperatura e pressão) do local onde o navio se encontrava até então e "vai ser selada depois da inserção do navio e do lodo no local", afirmou à Nova China Feng Shaowen, responsável pelo gabinete cultural da cidade de Yangjiang.


Feng acrescentou que os visitantes poderão acompanhar os trabalhos de recuperação do navio através da superfície da piscina.


Até agora, os arqueólogos chineses identificaram mais de dez locais onde podem existir navios submersos ao longo da antiga rota da seda por via marítima.


A escavação do Nanhai Número 1 vai ser um trabalho de pesquisa fundamental para entender a história da rota marítima da seda, do comércio internacional chinês, do intercâmbio cultural, da porcelana, da construção naval e dos métodos de navegação, explicou o director do Centro de Arqueologia Subaquática do Museu Nacional.


Há 2.000 anos, os comerciantes chineses começaram a transportar loiça chinesa, seda, outros têxteis e produtos chineses para fora da China através de uma rota com partida nos portos de Guangdong e Fujian, no Sul da China, para outros países do Sudoeste asiático, da África e da Europa.


Tanto a rota marítima como a rota continental da seda, que estabelecia a ligação terrestre entre a Ásia e a Europa, foram as pontes que ligaram as antigas civilizações do Oriente e do Ocidente.


In: (21 Dez 2007). Lusa / VZP: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/r4jN4t9hyBMmgpMiKcAeDA.html


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por noticiasdearqueologia às 22:02

Sexta-feira, 21.12.07

Marvão descobre 275 sítios arqueológicos, mais 200 do que há 60 anos

Marvão, Portalegre, 17 Dez (Lusa) - A nova carta arqueológica do concelho alentejano de Marvão apresenta 275 sítios arqueológicos identificados, mais 200 do que os apurados há 60 anos, segundo um estudo da Universidade de Évora (UE), realizado durante seis meses.

Jorge Oliveira, coordenador da área de arqueologia da UE, disse hoje à agência Lusa que o resultado de 275 sítios arqueológicos identificados foi obtido após uma "prospecção sistemática" no terreno por parte da equipa de trabalho.

A nova carta arqueológica de Marvão foi, agora, divulgada em livro, numa edição especial da "Ibn Maruam", publicação dirigida pelo município local.


O documento, com 198 páginas, é assinado pelos docentes da Universidade de Évora Jorge Oliveira, Sérgio Pereira e João Parreira.



O concelho de Marvão foi o primeiro do país, há 60 anos, a possuir uma carta arqueológica, documento que identificava na época 78 locais.


"Esse trabalho, desenvolvido, na altura, por Afonso do Paço, foi efectuado de forma sumária, numa prospecção em passeio, mas mesmo assim identificou 78 sítios arqueológicos", explicou Jorge Oliveira.


A partir da nova carta arqueológica, segundo o mesmo especialista, a autarquia de Marvão, entidade que pediu o levantamento, fica munida de um documento "precioso para o planeamento e gestão autárquica".


Na opinião de Jorge Oliveira, o levantamento arqueológico efectuado "servirá, seguramente, como ponto de partida para novas investigações, que conduzirão a um mais aprofundado conhecimento do passado desta região".


O responsável manifestou-se também convicto de que a nova carta arqueológica vai permitir "evitar a destruição patrimonial que, muitas vezes, acontece por acidente ou por uma outra causa desconhecida".


"Este documento evita essas situações, porque a informação está geo-referênciada e, com facilidade, qualquer técnico ou projectista poderá adquirir estes dados, evitando a destruição de certos e determinados sítios", concluiu.


In: (17 Dez 2007). RTP / Lusa: http://www.rtp.pt/index.php?article=314526&visual=26

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por noticiasdearqueologia às 08:19

Sexta-feira, 21.12.07

Investigadores americanos inauguram Centro de Interpretação do Lapedo

A explicação das características morfológicas do esqueleto que impulsionou a tese da miscigenação entre o homem de Neandertal e o homem anatomicamente moderno é uma das várias curiosidades que poderão ser conhecidas publicamente a partir de 5 de Janeiro, data em que abre o Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho - Lapedo, na freguesia de Santa Eufémia, Leiria.
A descoberta de uma sepultura infantil com 24,5 mil anos, no final dos anos 90, transformou o local num lugar de reconhecido interesse arqueológico e científico, onde se deslocaram dezenas de arqueólogos e investigadores de vários países.
Assim volta a acontecer no início de 2008, com a presença dos antropólogos norte-americanos Erik Trinkaus (da Universidade de Washington) e Brian Pierson. O primeiro - especializado em paleontologia humana, arqueologia paleolítica, anatomia funcional e biologia do esqueleto - é considerado por muitos como o maior estudioso mundial da área da biologia e evolução Neandertal, enquanto Brian Pierson, para além da sua actividade académica na Universidade de Tulane, é especialista em reconstituições fa- ciais forenses, tendo estado ligado à criação de efeitos especiais na indústria cinematográfica, como foram exemplo os filmes 'Titanic', 'Alien - o regresso' ou 'Star Trek: insurreição'. A sua experiência levou-o a participar na reconstituição da cabeça do esqueleto descoberto no Abrigo do Lagar Velho, também conhecido como 'Menino do Lapedo'.
Ambos os investigadores participarão na sessão de conferências que decorrerá a 5 de Janeiro, a partir da 15h00, no auditório 1 da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, onde, no âmbito da inauguração daquele Centro de Interpretação, intervirão também os arqueólogos nacionais João Zilhão (professor na Universidade de Bristol, no Reino Unido), Francisco Almeida (arqueólogo do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico e comissário científico na criação do Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho).


Notícia continua in: (18 Dez 2007). Diário de Leiria: http://www.diarioleiria.pt/12911.htm

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por noticiasdearqueologia às 08:14

Sexta-feira, 21.12.07

Arqueólogos acusam «caçadores de tesouro» de violar sítios

Os principais sítios arqueológicos de Trás-os-Montes, região nordeste de Portugal, estão sendo danificados por «Indianas Jones à portuguesa» que perseguem supostos tesouros, denunciou nesta terça-feira à Lusa o arqueólogo Luís Pereira, pesquisador do Instituto de Gestão do Patrimônio Arquitetônico e Arqueológico (Igespar).
Segundo o arqueólogo, neste afã aventureiro, os "caçadores de tesouros", munidos de detectores de metais e pás, partem à procura de riqueza deixando para trás vestígios de destruição que começam a causar muitas preocupações.
O responsável pela extensão do Igespar em Trás-os-Montes garante já ter encontrado sinais desta prática em locais onde o único valor existente é o testemunho histórico.
Um dos pontos mais atacados nos últimos tempos é uma gruta conhecida como Lorga de Dine, no Parque Natural de Montesinho, um dos locais mais representativos do Período Calcolítico e da Idade do Bronze em Portugal. Segundo o arqueólogo, as salas e galerias da gruta têm sido vandalizadas à procura de tesouros.
A Câmara de Vinhais, onde se encontra a gruta, está desenvolvendo um projeto de valorização do local, mas sua proteção é complicada. Ali habita uma colônia de morcegos protegidos, que precisam sair à noite, o que não permite que o acesso ao local seja fechado.
O comando da polícia da região garantiu à Lusa não ter registrado nenhuma queixa sobre esta atividade de roubo arqueológico, embora seja do conhecimento geral que algumas pessoas procurem e encontrem objetos antigos. O problema, segundo admitem as autoridades, é que estes sítios e descobertas são encarados como "propriedade de ninguém".
Luís Pereira garante ter encontrado vários sítios escavados no trabalho de levantamento e inventário do patrimônio arqueológico de Trás-os-Montes, que coordena há dez anos.
Para ele, as peças que são encontradas por leigos nestes locais não têm qualquer valor econômico, mas fariam os arqueólogos "dar pulos de alegria" por conterem vestígios do modo de vida, dos hábitos e de outras características de sociedades antigas.
Na região, predominam os povoados abandonados ao longo da história pelas mutações demográficas.
Os estudos prévios e de impacto de grandes obras, como barragens, têm contribuído para novas descobertas, a mais recente delas no vale do rio Sabor. No local, já foram detectados mais de cem sítios arqueológicos no trecho que será afetado por uma represa.
Muitos dos sítios descobertos ficarão submersos, o que, segundo Luís Pereira, não quer dizer destruídos. O arqueólogo garante ser esta a forma de preservá-los durante alguns séculos, desde que tomadas medidas necessárias para a minimização do impacto.
Em conjunto com outro pesquisador da Igespar, o arqueólogo já identificou 3.600 sítios em toda a região de Trás-os-Montes. Destes, mais de 2 mil já estão devidamente identificados, caracterizados e disponíveis ao público, na internet.
A região trasmontana representa mais de 10% dos sítios registrados neste levantamento em Portugal.


In: (19 Dez 2007). Espigueiro / Lusa: http://www.espigueiro.pt/noticias/30d454f09b771b9f65e3eaf6e00fa7bd.html

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por noticiasdearqueologia às 08:09

Sábado, 15.12.07

China diz que guerreiros expostos na Alemanha são falsificações



A China confirmou na quinta-feira que os guerreiros de terracota chineses expostos num museu alemão são falsificações e condenou os organizadores da exposição por ludibriar o público

Enquanto a polícia investiga a autenticidade das figuras de terracota, o Museu de Etnologia de Hamburgo ofereceu a devolução do valor dos bilhetes a cerca de 10 mil visitantes que já viram a exposição «Poder na Morte» desde a sua abertura, a 25 de Novembro.


A exposição de oito figuras de guerreiros, dois cavalos e 60 objectos menores continua aberta, mas ostenta um aviso dizendo que a autenticidade dos artefactos está em dúvida.


A administração do património cultural da província chinesa de Shaanxi, origem do exército de terracota de 2.000 anos, afirmou-se «ultrajada» porque não enviou guerreiros de terracota originais à Alemanha recentemente.


»Todos os objetos expostos em Hamburgo são reproduções», disse o órgão no seu site (www.wenwu.gov.cn ), num comunicado formulado em linguagem contundente.


«Não tínhamos qualquer conhecimento da exposição. Trata-se de um acto muito grave de logro do público», disse o comunicado, desmentindo relatos segundo os quais o órgão teria sido um dos responsáveis pela exposição.


Descoberto há 30 anos por um lavrador quando escavava um poço, o exército de terracota guardava o túmulo do primeiro imperador da China, Qin Shihuangdi, que unificou o país em 221 a.C.


In: (14 Dez 2007). Reuters/SOL: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=71181


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por noticiasdearqueologia às 17:30

Sábado, 15.12.07

O Castro de Chibanes

Quando em 1998 o Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal iniciou, com a colaboração da Câmara Municipal de Palmela, Parque Natural da Arrábida e Instituto Português de Arqueologia, o projecto de investigação arqueológica, plurianual, centrado no Povoamento e Arqueologia da Paisagem na Pré-história Recente e na Proto-história do Sector Oriental da Arrábida, as vertentes patrimonial e sociocultural estavam subjacentes às intervenções a desenvolver no castro pré e proto-histórico de Chibanes. Porém, não se vislumbravam então as reais potencialidades patrimoniais desta jazida arqueológica que se revelou, no decurso das escavações, uma das mais importantes da Pré-Arrábida. A sua evidente correlação com a necrópole de hipogeus da Quinta do Anjo cria condições para implantar no terreno um percurso arqueológico pedestre de carácter educativo, desportivo e lúdico, que poderá ser igualmente um produto turístico de índole cultural e ambiental de grande qualidade.


 Localizado no Parque Natural da Arrábida, num troço culminante da Serra do Louro, de onde se avistam o Sado e o Tejo, o castro de Chibanes alia, ao seu enorme interesse cultural, um enquadramento paisagístico de rara beleza, que importa valorizar. Os trabalhos de campo efectuados neste arqueossítio permitem-nos ter, neste momento, um quadro bastante completo da diacronia e da extensão do mesmo, e uma aproximação à complexidade arquitectural da fortificação da Idade do Cobre e ao castro da Idade do Ferro, cujas plantas deverão ser recuperadas em extensão, através da escavação do sector central da jazida. Assim, importa prosseguir a investigação em curso, conservar, restaurar e musealizar os sectores já escavados de forma a disponibilizar esse património para usufruto das populações locais, e integração em circuitos de turismo cultural e ambiental. Com efeito, o castro, de Chibanes comporta-se como um significativo recurso patrimonial que pode ser mobilizado ao serviço do desenvolvimento regional.


A mais antiga ocupação humana de Chibanes iniciou-se há cerca de 4.800 anos, durante a Idade do Cobre. As boas condições naturais de defesa foram reforçadas pela construção de uma verdadeira fortificação, com espessas e altas muralhas, guarnecidas por bastiões semicirculares.


A primeira grande fase da vida deste povoado desenvolveu-se até aos inícios da Idade do Bronze (há cerca de 4.000 anos) e assentou sobre uma economia agro-pecuária florescente, muito embora a prática da caça e da recolecção de moluscos marino-estuarinos esteja igualmente documentada. A metalurgia do cobre fez parte das actividades artesanais. A população de Chibanes terá enterrado os seus mortos na vizinha necrópole de hipogeus da Quinta do Anjo.


Após um período de abandono de cerca de 1.700 anos, o sítio de Chibanes viria de novo a ser utilizado como local de residência, graças às suas boas condições geoestratégicas, em períodos de grande instabilidade sócio-po1ítíca, como foram a II Idade do Ferro (sécs. III-II a.C.) e o período romano-republicano (sécs. II-I a.C.). A estas ocupações humanas correspondem, respectivamente, a construção de uma fortificação associada à urbanização do espaço intramuros, e a sua reformulação, sob influência itálica, nomeadamente através do acréscimo de estruturas "abaluartadas", no extremo ocidental do povoado. Registaram-se, ainda, vestígios de ocupação da Época Romana imperial, embora escassos e espacialmente confinados.


Chibanes comporta-se, pois, como um notável lugar da História. Neste sítio foram erguidos os dois castros que antecederam o castelo do período islâmico e medieval cristão do morro de Palmela. Tal como este último, aquele oferece condições para vir a ser um ponto de visita obrigatória.


In: Carlos Tavares da Silva (05 Dez 2007). Setúbal, na rede: http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=9805

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por noticiasdearqueologia às 17:29

Sexta-feira, 14.12.07

Obras em Tomar revelam mais esqueletos


As obras de construção da nova ponte sobre o Nabão revelaram, só numa semana, duas dezenas de enterramentos, datados possivelmente da época medieval. As ossadas foram descobertas ao lado do edifício do Centro de Emprego. Os vestígios mostram os ossos de vários adultos, mas grande número dos esqueletos são também de crianças e até “de um feto”, facto que provocou alguma surpresa junto da arqueóloga Zélia Rodrigues, que está a acompanhar os trabalhos.


O processo de escavação está a ser executado pela empresa Geoarque, que irá ficar no local por um período mínimo de cinco meses. A retirada das ossadas encontradas “é um trabalho moroso”, justifica a responsável. Zélia Rodrigues nota ainda que os vestígios estão “muito bem preservados”. À medida que os trabalhos de arqueologia vão avançando, vão sendo descobertos mais enterramentos, dando cada vez mais certeza aos especialistas que aquela zona foi uma necrópole iniciada no tempo dos Templários e usada ao longo de vários séculos. Ainda hoje mantém-se naquela área o cemitério “velho” da cidade. As sucessivas obras que têm decorrido na zona da Igreja Santa Maria do Olival têm revelado dezenas de achados arqueológicos, sobretudo enterramentos.


In: (10 Dez 2007). O Mirante: http://www.omirante.pt/index.asp?idEdicao=51&id=19031&idSeccao=479&Action=noticia

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por noticiasdearqueologia às 18:32

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