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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Sexta-feira, 26.10.07

Convento de Jesus - Setúbal

Conhecer a organização espacial do Convento


Convento de Jesus - Setúbal<br>Conhecer a organização espacial do Convento"Convento de Jesus: Novos documentos" é o título da mostra a inaugurar no sábado, às 18h00, na Igreja de Jesus, em que estão patentes muitos dos recentes achados arqueológicos que mudaram a perspectiva histórica do monumento.


A exposição, promovida pela Câmara Municipal de Setúbal, revela objectos encontrados durante os trabalhos arqueológicos desenvolvidos recentemente no âmbito do acompanhamento das obras de recuperação de que o Convento de Jesus está a ser alvo.
Um dos principais aliciantes da mostra é que pela primeira vez o público tem oportunidade de conhecer a organização espacial do Convento de Jesus, revelando-se, assim, a função de cada uma das divisões deste monumento nacional.
Os novos dados históricos resultam da descoberta de utensílios em determinadas salas, o que permitiu entender a funcionalidade das mesmas durante o período conventual. Com base na rígida orientação arquitectónica dos conventos da Ordem das Clarissas, a que pertencia o monumento setubalense, foi possível ainda interpretar as funções dos restantes espaços do edifício.
"Convento de Jesus: Novos documentos" divide-se em quatro partes, focando o período de construção do edifício, o trabalho quotidiano das freiras, os lugares canónicos e os rituais de oração.
Além dos muitos objectos de uso pessoal das freiras encontrados durante o período de acompanhamento arqueológico, estão também patentes três quadros provenientes da Galeria Quinhentista do Museu de Setúbal, relicários e uma crónica sobre a construção do convento.
A mostra é de entrada livre e pode ser vista, das 14h00 às 19h00, de terça-feira a sábado, até 26 de Janeiro.
In: (23 Out 2007). Rostos, on line: http://www.rostos.pt/inicio2.asp?cronica=130721&mostra=2

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por noticiasdearqueologia às 21:55

Sexta-feira, 26.10.07

Ânfora romana retirada do Arade no arranque das dragagens

«Cuidado com o Óscar!», exclamou Alberto Machado, enquanto, com a ajuda de Vasco Dantas, segurava com cuidado a ânfora romana acabada de sair da água. «Olha que ele está preso!»


O Óscar, ao contrário do que se possa pensar, não é um mergulhador, que por qualquer razão tenha ficado preso durante a tarefa de trazer à luz do dia a ânfora romana que estava no fundo do estuário do Arade.


Foto


Depois de dois mil anos no fundo do rio Arade, aqui está a ânfora romana


O Óscar é um polvo aí de uns dois quilitos, que durante anos viveu descansado dentro da ânfora milenar, enterrada no leito do rio, a mais de seis metros de profundidade, frente à Praia Grande.
E, com a retirada da ânfora, o pobre do polvo perdeu a sua casa de anos e anos. Mas Alberto Machado descansou os espíritos mais inquietos: «deixámos lá no fundo uns cinco ou seis covos para ele escolher».
«Mas isso é como trocar uma mansão por um T0», alguém gracejou. O Óscar, que veio à tona da água dentro da ânfora, lá acabou por sair, soltar-se do saco de rede em que a milenar peça foi depositada, e, largando um jacto de tinta escura, lá escapou outra vez para dentro de água, desaparecendo no rio.
Com a saúde do inquilino da ânfora devidamente acautelada, Machado e Vasco puxaram a peça para dentro do barco de borracha de apoio, depositaram-na com mil cuidados numa esponja, cobriram-na com um cobertor molhado em água salgada do estuário e transportaram-na para terra.
O levantamento desta ânfora com cerca de 2000 anos foi uma operação levada a cabo pelo Grupo de Estudos Oceânicos (GEO), uma associação com sede em Portimão que há muitos anos colabora na investigação sobre a riqueza arqueológica do Rio Arade.
A operação marcou o início das dragagens no estuário do rio, na zona portuária, que começaram no sábado à tarde, mal a draga dinamarquesa chegou a Portimão, e que, em pleno domingo, continuavam a todo o vapor.
A retirada da ânfora, bem como a colocação de bóias assinalando zonas do estuário onde há importantes vestígios arqueológicos ainda por explorar, foi uma operação decidida entre o Igespar e o Instituto Portuário e dosTransportes Marítimos, responsável pelas dragagens.
A ideia é evitar que os trabalhos de aprofundamento da bacia de manobras e outros no estuário provoquem, como aconteceu em anteriores campanhas de dragagens, sérios danos no património arqueológico subaquático.
Para já, a ânfora romana de cerca de 80 centímetros, intacta, foi retirada e será agora sujeita a um processo lento de dessalinização e depois de conservação.
Tendo em conta que os trabalhos foram pagos pela Câmara de Lagoa, em cuja “metade” do estuário do Arade se situavam os vestígios arqueológicos, a ânfora deverá depois ser depositada neste concelho…ainda que, pelo menos para já, Lagoa não tenha qualquer museu ou estrutura vocacionada para receber a milenar ânfora.
In: elisabete rodrigues (22 Out 2007). O Barlavento, on line: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=19084&tnid=5

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por noticiasdearqueologia às 21:25

Sexta-feira, 26.10.07

Águas ameaçam esfinge e pirâmides de Gizé




Ainda não se sabe se a água descoberta perto da Esfinge é fruto de um problema grave que pode vir a atingir a gigantesca estátua, ou se os charcos ultimamente surgidos do solo resultam de uma fuga.
O certo é que o alarme soou no Cairo, quando há quatro meses as águas subterrâneas vieram à superfície, em redor do colosso milenário situado junto às famosas pirâmides de Gizé, desde há 4600 anos.
A apenas meia dúzia de metros dos pés da Esfinge começou a aparecer uma capa de relva, "provando a existência de água na zona", revelou o arqueólogo Bassam el Shammaa. "Vi com os meus próprios olhos grandes charcos de água, com uma profundidade de 30 a 40 centímetros, a poucos metros da Esfinge."
O objectivo do egiptólogo é que os responsáveis "se movam já" para salvar a estátua que em sua opinião "terá apenas 30 a 35 anos de vida se não se resolver o problema".
O Conselho Superior das Antiguidades reconheceu entretanto que existem problemas de que se desconhece a origem. "Pode ser uma fuga dos tubos de água potável, dos canais ou das águas de irrigação. Teremos de descobrir a causa para que não se repita", justificou um dos membros do conselho, Sabri Abdelaziz. Um comité de especialistas começou a estudar há dois meses o novo fenómeno que rodeia a Esfinge, esperando-se que cheguem a uma conclusão no próximo mês de Novembro.
"A Esfinge não corre perigo porque está a um nível mais alto do que as águas subterrâneas. Mas é preciso dar o seu tempo aos estudos que decorrem, antes de lançarmos um projecto para proteger o monumento", acrescentou o responsável.
Outros especialistas independentes estão também preocupados com o futuro da Esfinge, a que os egípcios chamam o "pai do terror". Ayman Ahmed, da Universidade de Sohag, a sul do Egipto, e o hidrogeólogo Graham Fogg, da Universidade da Califórnia, EUA, examinam o movimento das águas subterrâneas em volta da enorme estátua que parece vigiar as pirâmides de Gizé, uma das maravilhas do mundo.

In: L.F. (26 Out 2007). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/2007/10/26/artes/aguas_ameacam_esfinge_e_piramides_gi.html

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por noticiasdearqueologia às 08:11


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