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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
Pinturas descobertas no interior de uma parede numa casa, em Jaadet Al-Maghara perto do Rio Eufrates mostram figuras geométricas. As representações datam de 9.000 anos a.C. e são provenientes de uma zona do Médio Oriente considerada como o berço da civilização humana. A mensagem não é clara, mas a expressão de uma gravura com tantos séculos dá que pensar.
In: (9 Out 2007): : http://noticias.sapo.pt/foto/777036
Foto@EPA/Aleppo Archaeological Direcorate.
O Centro Português de Pré-História e Geo-História vai apresentar, em Novembro, durante um seminário de arqueologia e paleontologia, o livro “A Pré-história do Espichel – Subsídios para uma Carta Arqueológica do Cabo Espichel”. A obra apresenta 18 sítios arqueológicos, 12 dos quais identificados pelo centro ao longo de dez anos de trabalho no local. Em 1998, o CPGP candidatou ao então Instituto Português de Arqueologia o “Projecto de Investigação Arqueológica do Cabo Espichel”, englobado no Plano Nacional de Trabalhos Arqueológicos, que o IPA aprovou, mas sem financiamento.
A resposta do IPA não constitui um obstáculo e o centro avançou com o projecto, que desenvolveu até 2002, com o apoio da Câmara de Sesimbra, que cedeu as instalações da Escola da Azóia para alojamento, adianta ao “Região de Setúbal Online” Silvério Figueiredo, presidente do CPGP. Desde 2002, o centro continua a desenvolver trabalhos no Cabo Espichel, com uma forte colaboração de estudantes do Instituto Politécnico de Tomar.
A Carta Arqueológica do Concelho de Sesimbra, de Eduardo da Cunha Serrão, identificava seis estações arqueológicas no Cabo Espichel, mas a investigação permitiu descobrir outras 12, o que demonstra que «a zona precisava de equipas a trabalhar em campo». Entre os achados, encontra-se, sobretudo, restos de talhe e poucos utensílios, o que leva os investigadores a crer que o local seria «utilizado pelo homem pré-histórico como oficina de talhe, onde eram talhados materiais para construir utensílios», conta.
«Algumas rochas encontradas são daquelas zonas mas outras não, o que leva a crer que houve transporte de materiais em grupo para ali serem talhados. As comunidades não viveriam ali, mas nas proximidades».
A obra vem contrariar o que o autor da Carta Arqueológica do Concelho de Sesimbra afirma acerca das seis estações primeiramente identificadas. «Estes sítios estão atribuídos ao paleolítico, mas a maioria do material lá encontrado remonta à pré-história recente, o que nos permite deduzir que pertençam ao período posterior ao mesolítico, que começou há 10 mil anos», explica Silvério Figueiredo.
Os vestígios indicam que as estações encontradas entre o Cabo Espichel e a Praia da Foz se integram na pré-história recente. Já as arribas viradas a sul, que hoje estão a 30 e a 40 metros de altitude mas que no paleolítico eram praias, inserem-se, provavelmente, no paleolítico inferior.
In: Cristina Isabel Pereira (8 Out 2007). Região de Setubal, on line: http://www.sado2000.pt/noticia.php?codig
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