Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
Uma passagem pedonal romana, junto ao rio Dinha, em Mosteiro de Fráguas, Tondela, foi destruída, no decorrer da construção de uma nova estrada, que liga a aldeia a Vilar de Besteiros. A obra surge na sequência da edificação da Barragem do Paul.
O presidente da Junta de Freguesia de Mosteiro de Fráguas, António Rodrigues, não nega a destruição “parcial” da via romana e afirma que “tudo foi estudado previamente”.
Com a construção da nova estrada, parte da passagem secular ficou soterrada sobre um paredão de penedos, propositadamente colocado para desviar o curso do rio, e algumas das pedras históricas foram retiradas à via. As lajes retiradas à formação inicial foram depositadas num descampado junto à Estação de Tratamento de Águas (ETA) de Mosteiro de Fráguas. Segundo António Rodrigues, “as pedras estão de reserva” e “quando o tempo estiver bom, mais seco, a passagem vai ser reposta”. A tentativa de recuperação não permitirá refazer o traçado original. Para que as pessoas possam aceder à via pedonal, o presidente da junta de freguesia prevê a construção de “uns degraus em cimento”.
Em épocas passadas, a passagem pedonal, ligava o interior até ao litoral, através da Serra do Caramulo. O arqueólogo, e especialista em vias romanas, Inês Vaz assegura que “várias localidades se desenvolveram à beira deste percurso”.
Visto que os caminhos romanos da região não se encontram classificados como património histórico, em termos legais, as autoridades não serão responsabilizadas pela situação.
“Infelizmente, muitas vezes, as autoridades não se preocupam com a preservação das vias romanas. E como a via não está classificada, nada pode ser feito”, confirma Inês Vaz.
A estrada romana de Alqueidão da Serra, ex-libris desta freguesia de Porto de Mós, está cada vez mais degradada. Desde as cheias registadas há cerca de três anos que o monumento tem vindo a desmoronar-se. Sem verbas para a sua recuperação, a Câmara de Porto de Mós tem recorrido à colocação de tapumes para evitar o aumento da degradação. João Neto, vereador da Cultura, frisa que se trata de uma solução provisória, feita com acompanhamento de um arqueólogo. “Temos apostado na salvaguarda e consolidação das margens da estrada para evitar que, com a água das chuvas, as pedras sejam arrastadas”, explica o autarca. A intervenção consiste na reposição das partes da estrada que vão caindo, segurando-as depois com tapumes. O presidente da Junta, Fernando Sarmento, conta que já foi interpelado várias vezes por turistas e moradores da freguesia, contestando a colocação dos tapumes. O autarca reconhece que a solução “é um pouco inestética”, mas frisa que se trata da “única hipótese de parar a degradação” do monumento. “Se estivéssemos à espera de financiamento para intervir, corríamos o risco da estrada se desmoronar por completo”, afirma aquele responsável, que realça ainda o facto da intervenção ter sido aprovada pelo IPPAR-Instituto Português do Património Arquitectónico. Segundo João Neto, a Câmara irá este ano insistir na procura de financiamento e apoio técnico para o projecto, que “custa quase tanto ou mais do que a recuperação da estrada”, por se tratar de um trabalho “extremamente específico”. Fernando Sarmento frisa a necessidade de preservar o monumento, marca da presença dos romanos na região, e “o maior símbolo histórico” da freguesia. In: (21 Set 2007). Jornal de Leiria: http://www.jornaldeleiria.pt/index.php?a |
Arqueólogas do IPPAR aconselharam que os achados ficassem enterrados.
As ossadas humanas encontradas nos últimos meses no subsolo durante as obras de requalificação do núcleo central de Azambuja indiciam a existência de um antigo cemitério na envolvente da Igreja Matriz da vila.
Quem o confirma é o próprio director do Museu Nacional de Arqueologia, Luís Raposo, que lembra que os enterramentos eram feitos nos templos até à revolta da Maria da Fonte. “Quando já não havia espaço dentro da igreja era enterrados perto do local”, explica o arqueólogo que lembra que é comum existirem pequenos cemitérios perto das igrejas. Uma das causas da revolução de 1846 contra o governo de Costa Cabral foi a proibição dos enterramentos feitos dentro das igrejas, em que desempenhou um papel irrequieto e activo uma mulher, conhecida por Maria da Fonte.
A existência de um cemitério nas imediações da igreja é também convicção dos populares residentes na zona que ainda se recordam de ouvir dizer que ali eram enterrados os mortos. Celeste Jesus, 76 anos, mora há meio século em Azambuja e lembra-se de ouvir uma antiga vizinha dizer que a mãe falava num cemitério ao lado da Igreja . “E quando fizeram as sentinas lembro-me de ver no chão formas de campas”, testemunha a anciã. Leontina Santos, 76 anos, lembra que na altura em que foi erguido o cruzeiro da vila frente à Igreja já foram encontrados ossos no local. “Na altura da pneumónica morreu muita gente e os corpos enterravam-se em qualquer lugar”, explica a idosa.
Na altura em que foram encontradas as primeiras ossadas a Câmara Municipal de Azambuja informou o IPPAR que enviou ao local duas arqueólogas. As duas técnicas entenderam que não seria necessário proceder a investigações no local, como confirma o vice-presidente da autarquia, Luís de Sousa. As ossadas humanas já apareceram em três locais das imediações da igreja, o que leva o autarca a acreditar na hipótese de um cemitério no local. “Na zona da Quinta dos Gatos e no Rossio não apareceu nada do género”, revela vice-presidente.
O director do Museu Nacional de Arqueologia compreende a opção das técnicas que estiveram no local, adiantando que a melhor forma de preservar os achados é muitas vezes deixá-los no mesmo sítio. Sobretudo quando não há meios técnicos para acompanhar a evolução das obras. “O local está assinalado e pode ser uma base de trabalho para gerações futuras”, propõe Luís Raposo.
Em Abril um esqueleto humano completo foi encontrado durante as obras do Polis na Rua Teodoro José da Silva, na zona da Praça do Município, entre a igreja matriz e o edifício da Câmara de Azambuja. O presidente da Câmara de Azambuja, Joaquim Ramos, disse na altura acreditar tratar-se de um enterramento antigo, dado que em outros tempos algumas pessoas eram sepultadas na zona do adro da igreja e o local fica próximo do templo da vila. O local fica a alguns metros da igreja, mas no livro “Santa Maria de Azambuja o historiador José Pereira aventa a hipótese do templo primitivo ter sido destruído no terramoto de 26 de Janeiro de 1531. “É possível que perante tamanha violência natural a igreja paroquial anterior se tenha transformado em ruínas. Tudo leva a crer que no mesmo local existia um templo, ele não teria resistido a esse abalo”, lê-se na obra.
O aparecimento dos vestígios fez atrasar alguns dias as obras de requalificação do núcleo central de Azambuja no âmbito do programa Polis. A Câmara de Azambuja autorizou o prorrogamento do prazo para a conclusão de obras já que foi essa uma das razões apontadas pela empresa para o atraso na intervenção. O MIRANTE contactou o IPPAR, agora IGESPAR, para saber se é este o procedimento normal nestas situações, o que não foi possível até ao fecho da edição.
Ana Santiago (20 Set 2007). O Mirante: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idE
O Museu de Sines, fechado nos últimos dois anos, reabriu ontem na Capela da Misericórdia com um espólio onde se destacam o tesouro fenício do Gaio e um conjunto raro de cantarias visigóticas. O equipamento cultural, segundo a Câmara Municipal de Sines, foi inaugurado ao final do dia de ontem, sendo a capela que agora o acolhe, construída no século XVI, ela própria, alvo da visita dos turistas. O espólio do museu integra peças provenientes do Museu Arqueológico Municipal, do Museu de História Natural e da doação de José Miguel da Costa (fundador do Museu Arqueológico e falecido em 2005). As peças "mais significativas" dessas colecções vão ser exibidas ao público, muitas delas constituindo prova da "profunda relação de Sines com o mar", tanto em termos económicos, como a pesca e a conserva do pescado, como da importância das trocas comerciais e culturais. O Tesouro do Gaio, datado do século VII A.C. e descoberto numa sepultura na Herdade do Gaio, é um desses exemplos, sendo formado por adornos de uma princesa fenícia, que o autarca considera serem "dos mais importantes" que existem no município. O conjunto de adornos femininos inclui peças em ouro, pasta de vidro, âmbar, cornalina, prata, entre outros materiais e é ainda apontado como um dos "mais significativos testemunhos portugueses do comércio fenício". O município aponta também uma das "mais vastas e ricas" colecções de cantarias lavradas da antiguidade tardia como sendo outro "conjunto fundamental" do espólio do museu. (Notícia completa In: (20 Set 2007). Diário do Sul: http://diariodosul.com.pt/index.php?opti |
A partir de hoje está aberto ao público o circuito da romanização, que engloba as Museu e as Ruínas de Conimbriga, a Mãe d´Agua de Alcabideque, o Museu e a Villa Romana do Rabaçal e o complexo museográfico de Santiago da Guarda, que integra uma Villa Romana, uma torre medieval e o solar dos Condes de Castelo Melhor, do Século XVI.
Situado em três concelhos, o circuito, que exige uma estada de um dia e uma noite, tem um bilhete único de 5,50 euros. Estão previstos descontos para os idosos.
Com objectivos promocionais, os organizadores vão permitir que, durante hoje e este fim-de-semana, o roteiro possa ser cumprido de forma gratuita.
In: (28 Set 2007). Opção Turismo, on line: http://www.opcaoturismo.com/noticia.php?i
Las teorías sobre el orígen de los podomorfos son varias. La prehistoria de Fuerteventura está grabada en piedra y en forma de pies. Hace escasas semanas se han descubierto nuevos podomorfos en Betancuria y, por primera vez, un grabado en forma de espiral. El equipo que revisa la carta arqueológica los localizó gracias a las indicaciones de los vecinos.
Ala luz de la luna y con el sol del amanecer, es cuando mejor se aprecian los podomorfos (grabados rupestres en forma de pies) y la única espiral localizada hasta ahora en Fuerteventura. En el Parque Rural de Betancuria, el equipo encargado de la revisión y la actualización del inventario arqueológico y etnográfico de La Oliva, Puerto del Rosario y Betancuria descubrió una nueva estación.
La Dirección General de Bellas Artes y Bienes Culturales del Ministerio de Cultura y el Cabildo de Fuerteventura colaboran en la actualización de la carta arqueológica que, desde hace unas semanas, cuenta con nuevos elementos. A falta de un estudio más detallado, que deberá realizarse a partir de ahora, esta estación resulta además especialmente interesante, ya que junto a numerosos podomorfos de diversas dimensiones y con distintas orientaciones, se han identificado también por primera vez en Fuerteventura incisiones espirales, que sí habían sido previamente localizadas en otras islas del Archipiélago.
Ayuda de los vecinos. Gracias a algunas indicaciones de vecinos, los arqueólogos descubrieron una estación de grabados de podomorfos pertenecientes a la cultura aborigen de la Isla, los mahos. La estación se compone de tres paneles con grabados de pies de diferentes tipologías. En cuanto a la espiral, se localizó en un panel aislado de los podomorfos. «Los de los pies son además especialmente relevantes por su distinta orientación e incluso dimensiones», explica Nari Ruiz, consejera de Cultura del Cabildo majorero.
No se descarta la posibilidad de que en la zona existan más grabados ya que las circunstancias para localizarlos depende de diferentes factores; condiciones atmosféricas, luz, etcétera.
Fuerteventura cuenta con el mayor número de estaciones con grabados podomorfos de Canarias, de ahí la importancia en el mundo de la arqueología. Las más importantes y famosas se localizan en la cima de la montaña de Tindaya.
In: Catalina García (25 Set 2007): http://www.canarias7.es/articulo.cfm?Id=6
ou http://terraeantiqvae.blogia.com/2007/09
O Instituto Português de Arqueologia de Faro vai colaborar com várias instituições espanholas na análise de material encontrado na fronteira entre Ceuta e Marrocos que se estima possa ter mais de 250 mil anos.
Responsáveis do projecto de investigação no local conhecido como La Cabililla consideraram já as descobertas, que incluem pólen, fauna marinha e restos de peças talhadas, "de bastante significado", dada a sua idade.
O material foi enviado para vários centros de análise, entre eles o de Faro, bem como Universidades de várias cidades de Espanha e Sheffield, no Reino Unido.
No total, estarão envolvidos dezenas de especialistas em disciplinas como a geologia, a petrologia, a paleontologia e as datações absolutas.
As equipas no terreno pretendem documentar a passagem pela zona do homem de Neanderthal, o que contraria as teorias anteriores que o colocavam no continente asiático.
In: (28 Set 2007). RTP: http://www.rtp.pt/index.php?article=3000
As Jornadas Europeias do Património são um projecto anual do Conselho da Europa e da União Europeia e este ano realizam-se sob o tema “O património em diálogo”.
Para os dias 28, 29 e 30, a Câmara Municipal de Tavira preparou a exposição “Os estilos na arquitectura de Tavira”, na Casa André Pilarte. Trata-se de uma mostra temática que pretende ilustrar e caracterizar os diferentes estilos que ao longo dos tempos marcaram a arquitectura da cidade.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.