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Arqueólogos de vários países identificaram no sítio arqueológico da Ribeira da Atalaia, Vila Nova da Barquinha, o que podem ser os mais antigos vestígios de ocupações do Paleolítico Inferior datados até hoje em Portugal.
Na escavação, realizada este ano pela equipa internacional envolvida, desde 1999, no projecto Tempoar, Território, Mobilidade e Povoamento do Alto Ribatejo, foram pela primeira vez confirmados sinais de presença humana de há 300 mil anos, disse à agência Lusa Sara Cura, do Museu de Arte Pré-Histórica de Mação.
O sítio da Ribeira da Atalaia, ainda pouco conhecido em Portugal, tem vindo a ser escavado no âmbito do Tempoar, projecto que visa estudar o comportamento dos seres humanos que ocuparam o vale do Tejo na Pré-História e compreender como ocuparam o território, bem como a sua capacidade em gerir os seus recursos e a tecnologia utilizada, afirmou.
Sara Cura disse à Lusa que se pode afirmar com segurança que este é o sítio arqueológico em Portugal com uma datação absoluta mais antiga. Para a arqueóloga, constitui caso raro o facto de, num local ao ar livre, se encontrarem vestígios que vão do homem de Neandertal (300 mil anos) ao homem Moderno (24 mil anos), numa continuidade de presença difícil de encontrar. Além da datação segura da presença humana no local, conseguida graças ao estudo dos depósitos do rio Tejo, que permitiu saber a idade das indústrias, e a equipamentos sofisticados do Instituto Nuclear, os investigadores conseguiram identificar uma estrutura de combustão, uma fogueira, o que, disse, "é extremamente raro". O projecto tem dado uma atenção especial à transição de uma economia baseada na caça e recolecção para a agricultura e pastorícia, processo iniciado há cerca de 7.500 anos, adiantou. Este projecto de investigação interdisciplinar tem juntado dezenas de investigadores de diversas nacionalidades, bem como estudantes do Mestrado de Arqueologia que o Instituto Politécnico de Tomar (IPT) desenvolve em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e de outras instituições.
Para Sara Cura, o potencial arqueológico deste sítio está longe de estar esgotado, uma vez que os testemunhos associados ao homem de Neandertal só começaram a ser estudados em 2006. Por outro lado, o local tem servido como "escavação-escola", acolhendo todos os anos estudantes de toda a Europa, em particular da Universidade de Trento (Itália), com a qual está estabelecido um protocolo de estágio, bem como dos investigadores de vários países que frequentam o Mestrado do IPT/UTAD em Mação. O projecto é coordenado por Luiz Oosterbeek em colaboração com Pierluigi Rosina, docentes do IPT, Sara Cura, do Museu de Arte Pré-Histórica de Mação, José Gomes, do Centro de Arqueologia de Vila Nova da Barquinha e do IPT, e Stefano Grimaldi, professor da Universidade de Trento.
N: (3 Set 2007). Jornal de Notícias:
http://jn.sapo.pt/2007/09/03/ultimas/Sin
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/ZZ2V
Desde o passado dia 20 de Agosto encontra-se a decorrer a segunda campanha de escavações arqueológicas, no sítio arqueológico da Soida, que se estenderá até ao dia 9 de Setembro sob a direcção da Professora Catarina Tente da Universidade Nova de Lisboa.
Os trabalhos que se encontram a decorrer pretendem dar continuidade aos trabalhos realizados no ano transacto quando foi identificado o risco de destruição do sítio arqueológico por veículos de todo terreno que por ali costumam circular.
Em 2006 o agora extinto IPA (Instituto Português de Arqueologia) procedeu a realização das primeiras sondagens arqueológicas com o objectivo de preservar e salvaguardar o registo arqueológico do local, os primeiros resultados evidenciaram a presença de um Povoado da Alta Idade Média (sécs. VI a X).
As particularidades deste povoado e a sua cronologia de ocupação levaram a Dra. Catarina Tente, especialista neste período histórico a prolongar a investigação no local com o objectivo de compreender que tipo de habitat aqui se estabeleceu e qual o motivo de fixação de populações neste local. Inserido no seu projecto de doutoramento denominado “O Alto Mondego na Alta Idade Média”, os resultados das escavações podem ajudar a compreender a forma como se geriu a ocupação do território antes da fundação de Portugal nesta região.
Os trabalhos de escavação que se encontram a decorrer a bom ritmo, contam com a participação de estudantes do curso de Arqueologia da Universidade Nova de Lisboa e com o apoio algumas instituições como a Fundação de Ciência e Tecnologia, Município de Celorico da Beira e Junta de Freguesia da Rapa.
N: (04 Set 2007). Diário da Guarda:
http://www.diariodaguarda.com/modules.ph
Notícia relacionada: http://www.jornalaguarda.com/index.asp?i
As obras de saneamento na Av. Norton de Matos, frente à “Marisqueira”, podem constituir um marco na história de Tomar, caso se confirme que as duas colunas, ou marcos, em pedra, encontrados, correspondem a “marcos miliários”, com os quais era feita a sinalização das vias romanas conhecidas pelo itinerário de Antonino Pio.
Nessa eventualidade, os marcos fariam parte da sinalização da via entre Lisboa e Braga, onde, segundo os estudos disponíveis, se integravam povoações como Scalabis, (embora em Santarém não tenha sido ainda referenciada qualquer descoberta precisa nesse sentido). Consta igualmente a indicação de Sellium, identificada como Tomar, assim como Conimbriga e Coimbra. Segundo opinião credível nesta área, estes “marcos miliários” poderão ser o grande achado para identificar este itinerário romano, atendendo a que o até agora chamado “Forum” corresponderia às ruínas da igreja de St.ª Maria de Sellium, (ou Santa Maria de Selho), e à de S. Pedro Fins. Existia ainda a capela de S. Miguel, entretanto desmontada, e que se localizava junto ao antigo lavadouro e central leiteira do mercado municipal. De referir igualmente que em frente aos Bombeiros, na área da actual rotunda, foi descoberto nos anos 60 do século passado um fragmento de estátua em mármore do período romano, e que se encontra actualmente no Convento de Cristo. Junto dos hipotéticos “marcos miliários” foram igualmente encontrados artefactos e diversos vestígios do período romano.
(23 Ago 2007). Cidade de Tomar: http://www.cidadetomar.pt/noticia.php?id=4
Um grupo de paleontólogos alemães e chineses descobriu 17 fósseis de dentes de um espécime de mamífero desconhecido que habitou o noroeste da China há 160 milhões de anos, informou a agência oficial Xinhua.
Os fósseis foram encontrados na camada do Jurássico Superior (de 160 milhões de anos) na área de Liuhuanggou, ao oeste de Urumqi, capital da região autónoma de Xinjiang (extremo oeste do país).
Thomas Martin, catedrático de paleontologia da Universidade de Bonn (Alemanha), assinalou que é a primeira vez que se descobre no mundo um fóssil deste tipo.
Segundo as análises científicas feitas nos fósseis desde que foram encontrados, em 2005, chegou-se à conclusão de que este pequeno mamífero, chamado Dsungarodon zuoi, media entre cinco e sete centímetros.
De acordo com as primeiras análises, este tamanho reduzido devia-se ao facto de o seu habitat ser o mesmo dos dinossauros gigantes e, por isso, tinham de correr a uma grande velocidade e reduzir o espaço no qual se movimentavam para poder sobreviver.
Um dos molares inferiores do mamífero tinha uma forma característica que o ajudava a triturar alimentos, o que reflecte uma linha especial de evolução entre os mamíferos asiáticos, segundo Martin. O Dsungarondon zuoi alimentava-se de plantas e insectos.
O catedrático chinês Sun Ge, da Universidade de Jilin, sublinhou que a descoberta tem um grande valor para o estudo da evolução dos primeiros mamíferos e a sua distribuição.
N: (03 Set 2007). Diário Digital: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id
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