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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Quarta-feira, 15.08.07

Complexo romano mineiro de Tresminas: escavações.

Uma equipa de arqueólogos vai escavar a partir do dia 20 o complexo romano mineiro de Tresminas, em Vila Pouca de Aguiar, que a autarquia local quer candidatar a património mundial da UNESCO.


O projecto de investigação "Complexo Mineiro de Tresminas", imóvel classificado como de Interesse Público em 1997, pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), tem início este ano e vai decorrer em todos os Verão dos próximos três anos.


O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Domingos Dias, disse hoje à Agência Lusa que este projecto "é mais um passo para a candidatura das minas romanas a património mundial da UNESCO".


A equipa liderada por Carlos Batata, especialista em arqueologia romana, vai para o terreno a 20 de Agosto onde, até meados de Setembro, efectuará sondagens em locais referenciados como acampamentos de soldados romanos e habitação para os trabalhadores, onde estes seriam enterrados.


O arqueólogo disse à Lusa que o auge da exploração de ouro em Tresminas (freguesia de Tresminas) terá ocorrido durante os séculos I e II d.C, mas, segundo frisou, pretende-se ainda através destas escavações comprovar se a exploração mineira já era anterior à chegada dos romanos.


Segundo um investigador espanhol, neste território eram explorados metais nos fins do período Neolítico e sobretudo nas idades do bronze e do ferro.


Carlos Batata referiu que vai ser também estudado um castro da idade do ferro, o que permitirá saber qual "a influência dos povos galaicos e o seu papel na exploração mineira".


A exploração mineira em Tresminas realizava-se essencialmente pelo desmonte a céu aberto, sendo disso resultado os desfiladeiros que são as cortas (ou lagos) de Covas e Ribeirinha.


Um engenheiro de minas inglês calculou que 2000 trabalhadores operando diariamente levariam 200 anos a fazer estes desmontes, sendo necessário remover pelo menos 5.800.000 metros cúbicos.


Estas minas seriam uma das "mais importantes" do Império Romano, segundo Carlos Batata, que destacou a descoberta de uma quantidade enorme de inscrições e de artefactos ligados à actividade mineira.


Depois de algumas prospecções efectuadas, pressupõe-se a existência de determinadas construções, nomeadamente edifícios administrativos, casernas, balneários, complexos industriais, armazéns, silos, mercados, lojas, casas de habitação, templos e santuários.


O estacionamento de militares em Tresminas, onde, para além de soldados da sétima legião, está também comprovada a estadia de secções da cohors I Gallica equitata civium romanorum, reflecte a importância destas minas para o Império Romano.


O arqueólogo considera que a existência na Península Ibérica de metais como o ouro, prata e cobre, foi um factor de atracção diversos povos.


Paralelamente, a autarquia vai avançar com a recuperação de monumentos (capela, pelourinho) e fachadas nas aldeias envolventes às minas romanas, designadamente Vales, Ribeirinha, Alfarela de Jales, Covas, Tresminas, Tinhela de Baixo e Tinhela de Cima.


No âmbito do projecto, que conta com um apoio financeiro de 500 mil euros de fundos comunitários, vai ainda ser construído um centro interpretativo.


Carlos Batata está ainda a efectuar a carta arqueológica de Vila Pouca de Aguiar a qual, segundo Domingos Dias, deverá estar concluída até ao final do ano.


O objectivo é, de acordo com o autarca, fazer um "levantamento exaustivo dos locais arqueológicos" para potenciar turisticamente o concelho.


(15 Ago 2007). Lusa: http://www.rtp.pt/index.php?article=294454&visual=16

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por noticiasdearqueologia às 23:29

Quarta-feira, 15.08.07

TÚMULOS ESTRUSCOS, com mais de 2000 anos, descobertos em Itália

Um túmulo etrusco quase intacto e em bom estado de conservação, com mais de 2000 anos, foi descoberto numa escavação na localidade italiana de Civitella Paganico, na província de Grosseto (Leste). Segundo a agência noticiosa Ansa, para proteger o achado de possíveis roubos estão a ser organizados no local turnos nocturnos de vigilância.


"Pela minha experiência, é raro encontrar túmulos tão intactos e tão bem conservados", assinalou o arqueólogo Andrea Marcocci, referindo que as escavações prosseguem para pôr a descoberto um segundo túmulo.


Os túmulos, admitiu Marcocci, poderão datar do período romano-helenístico, entre o primeiro e o terceiro séculos a.C, e, como se depreende das inscrições encontradas, estão etruscos enterrados neles.


Do primeiro dos túmulos foi já descoberto o "dromos", passagem de acesso à câmara funerária, que tem 1,20 metros de largura e 3,5 de comprimento.


Na parte acessível da câmara funerária encontraram-se ânforas, urnas de cerâmica e espelhos de bronze, num total de 30 objectos.


(13 Ago 2007). Lusa: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/CS5hQ7Wk6ReqMSBjOfypAQ.html

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por noticiasdearqueologia às 23:21

Quarta-feira, 15.08.07

Descoberto canhão de fragata portuguesa no Uruguai


 Um pequeno canhão oitocentista, em bronze, que pertenceu à fragata portuguesa Keen Mann IV foi descoberto no Rio da Prata, no Uruguai, e recuperado por especialistas hidrográficos, informou ontem a imprensa espanhola.


Datada de 1818, a peça, de 84 centímetros de altura e 27 de diâmetro e 300 quilos de peso, tem várias inscrições, um desenho de uma coroa e encontra-se em bom estado de conservação, segundo o diário El País, que reproduz uma imagem do canhão.


A descoberta foi feita por funcionários da Direcção Nacional de Hidrografia do Uruguai, quando dragavam o rio, no porto desportivo da cidade de Colonia do Sacramento, a 180 quilómetros de Montevideu.


A cidade de Colonia do Sacramento, que esteve sob domínio português, mantém intacto seu centro histórico, declarado há vários anos Património da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).


(14 Ago 2007). Lusa:



http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/EdiZvBPYq%2Bvvoa1seCTaZA.html


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por noticiasdearqueologia às 23:04

Quarta-feira, 15.08.07

Descoberta POVOAÇÃO NEOLÍTICA nas ilhas de Orkney (Escócia)

 Uma equipa de arqueólogos descobriu restos de uma grande povoação da época neolítica nas ilhas Orkney, situadas no norte da Escócia. Segundo os arqueólogos, a descoberta poderá ser tão importante como a da aldeia pré-histórica de Skara Brae, feita em 1850.


O sítio arqueológico, que data de há 5.000 anos, encontra-se em Ness of Brodgar, no coração do Orkney neolítico, entre o chamado Anel de Brodgar e as Pedras de Stenness.


Os arqueólogos de Orkney College só escavaram uma parte do lugar e encontraram grandes edifícios de pedra de tipo oval, subdivididos em pequenas câmaras.


"Os edifícios que descobrimos são de um tipo nunca visto antes. Algumas das estruturas parecem ser de natureza doméstica, mas a principal é muito mais complexa e tem uma arquitectura muito simétrica", declarou o chefe dos arqueólogos, Nick Card, à estação televisiva britânica BBC.


A sua colega Julie Gibson salientou, por sua vez, que a povoação pode trazer muitos esclarecimentos sobre como viviam as pessoas "dentro dos círculos de pedra" supostamente utilizados para determinadas cerimónias.


Nas ilhas Orkney situam-se alguns dos lugares arqueológicos mais bem conservados da Europa, incluindo povoações neolíticas, túmulos e impressionantes círculos de pedra, o que foi já reconhecido pela própria UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), ao declarar, em 1999, as suas aldeias neolíticas Património da Humanidade.


Do conjunto, destaca-se o magnífico Anel de Brodgar, originalmente composto por 60 pedras, de que restam apenas 27 e que formavam um enorme círculo entre as chamadas Pedras de Stenness e Harray Lochs.


Nas proximidades, situam-se ainda a aldeia de Barnhouse e o túmulo pré-histórico de Maeshowe, que os vikings visitaram no século XII, ali deixando uma das maiores colecções de runas em norse (antigo idioma escandinavo) conhecidas.


As ilhas Orkney estiveram sob administração escandinava até 1468, antes de passarem a pertencer à Escócia.


Um claro testemunho da influência escocesa é a catedral de San Magnus, na principal cidade de Orkney, Kirkwall, um espectacular edifício viking mandado construir em 1137 pelo conde Rognavald.


(14 Ago 2007). Lusa:

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por noticiasdearqueologia às 23:04


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