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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
No ano 258 d.C , durante a perseguição de Valeriano, os tesouros eclesiais _ entre os quais um "cálice sagrado" _ foram entregues, pelo papa Sixto V, ao diácono Lourenço, que morreu quatro dias depois.
Esse "cálice sagrado" chamado pela tradição medieval de "Santo Graal", se perdeu e, até hoje, nada se sabe de seu paradeiro. Existem numerosas lendas em torno da sua real ou fictícia existência, e cada uma delas atribui a sua localização a diversos lugares em todo o mundo, sobretudo nos países anglo-saxões.
Pesquisas realizadas pelo arqueólogo Alfredo M. Barbagallo , presidente da associação Arte e Mistério, dão conta que o Santo Graal jamais teria saído de Roma e se encontraria na Basílica de São Lourenço "fora dos muros".
Uma longa pesquisa sobre a iconografia medieval avaliza a hipótese do estudioso. Esses ícones, que representam o "cálice sagrado" e que se encontram no interior da basílica, indicam as adjacentes catacumbas de Santa Ciríaca , localizadas nos subterrâneos da igreja e fechadas há anos, dentro das quais estaria conservado precisamente o "Santo Graal".
Escritos do frade capuchinho Fr . Giuseppe Da Bra , de 1938, falam da presença do "cálice sagrado" no subterrâneo da basílica. O "Santo Graal", segundo a lenda, seria o cálice que teria sido usado por Jesus, na Última Ceia, com os apóstolos e no qual José de Arimatéia teria recolhido o sangue de Cristo, quando ele, já na cruz, foi trespassado pela lança do centurião.
Agora, as autoridades italianas deverão dispor a abertura das catacumbas sob a Basílica de São Lourenco "fora dos muros", a fim de que os objectos e esqueletos nela contidos possam ser analisados pelos estudiosos, e se possa confirmar ou negar _ uma vez mais _ a teoria do arqueólogo.
Na verdade, teorias como a sua não são novas e, como dissemos antes, foram várias as ocasiões em que alguém, em alguma parte do mundo, afirmou ter encontrado o "cálice sagrado ou Santo Graal", do qual Jesus teria bebido, na Última Ceia. Todavia, até hoje, tudo não passou de mera lenda.
(20 Jun 2007). Rádio Vaticano.
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Alguns vestígios da antiga vila romana vão morar agora no museu concelhio de Loures |
E m Agosto do ano passado, as escavações arqueológicas realizadas em Almoinhas, no concelho de Loures, foram apresentadas publicamente como constituindo parte de um grande aglomerado agrícola romano, que abasteceria a Olisipo (actual Lisboa). Um ano depois, aquela descoberta, que alguns especialistas em arqueologia consideraram como uma das maiores da Área Metropolitana de Lisboa, desapareceu para dar lugar, nas próximas semanas, a várias estradas e a um hipermercado.
A autarquia defende-se com o antigo licenciamento do empreendimento comercial e promete que alguns dos achados arqueológicos, que foram retirados da vila romana, já identificada desde 1960, serão catalogados e expostos nos próximos meses.
É irreversível a destruição daquele património, que começou a ser colocado à luz do dia por uma equipa de 20 arqueólogos em Outubro de 2005.
Neste momento, no local que atestava a presença romana durante os séculos I a V, é possível verificar que os acessos à futura superfície comercial são já uma realidade.
"É lamentável o que ali se passou porque se deveria ter optado por uma outra solução, que não fosse simplesmente fazer desaparecer aquele valioso testemunho histórico para dar lugar ao LIDL", acusou António Almeida, presidente da Associação de Defesa do Ambiente de Loures (ADAL), que solicitou à Câmara Municipal o embargo da obra.
Perante a impossibilidade financeira do município, coube à cadeia LIDL custear os 450 mil euros das escavações e da contratação de uma empresa de arqueologia.
Ao JN, fonte da autarquia garantiu que "foram recolhidos os materiais possíveis" e que estes, depois de estudados e catalogados, rumam ao museu concelhio.
"Há toda uma área que não foi escavada e que permanecerá por trabalhar. Quanto ao LIDL, não só suportou os trabalhos de prospecção como o projecto já estava licenciado", disse ao JN a mesma fonte.
Nuno Miguel Ropio (30 Mai 2007). Jornal de Notícias. http://jn.sapo.pt/2007/05/30/pais/superm
O livro «Arte Rupestre en la Cuenca del Guadiana - El Conjunto de Grabados del Molino de Manzánez (Alconchel-Cheles)», da autoria do arqueólogo espanhol Hipólito Collado Giraldo, foi hoje lançado, em Badajoz (Espanha). A edição é da responsabilidade da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA) e consiste no quarto volume da Colecção Memórias d'Odiana, que visa a divulgação dos estudos arqueológicos relacionados com o empreendimento.
«Apesar das gravuras terem sido submersas, o que já sabíamos que iria acontecer, e nada substitua o original, qualquer pessoa, através desta base de dados, pode ter acesso ao desenho, descrição, fotografia e localização no Guadiana de cada um desses exemplares de arte rupestre», frisou.
As gravuras rupestres da margem espanhola do rio Guadiana, concentradas numa área de cerca de um quilómetro, perto do moinho de Manzánez, foram descobertas no Outono de 2000 e estudadas entre Janeiro e Outubro do ano seguinte.
Pouco tempo depois desse achado, já em 2001, foram também encontrados, do lado português do Guadiana, mais exemplares de arte rupestre, dos períodos neolítico e calcolítico, que foram igualmente estudados, tendo sido inventariadas cerca de 200 rochas.
As gravuras na zona espanhola, ainda assim, foram logo consideradas pelos especialistas como um «núcleo fabuloso», tendo António Carlos Silva realçado hoje que, além de se concentraram «numa área muito restrita», têm «grande amplitude cronológica».
«É o mais interessante e estranho, porque temos as gravuras rupestres propriamente ditas, desde o paleolítico superior, passando neolítico e calcolítico, até representações da Idade do Ferro, do período romano e dos séculos XV e XVI», explicou.
Mesmo os moleiros que passaram pelo moinho, «ao longo dos séculos, gravaram nas paredes e nas rochas as suas próprias mensagens, nos mesmos locais onde estavam as gravuras».
«Desde os 20 mil anos antes de Cristo (a.C.) até aos nossos dias, os diversos habitantes foram fazendo gravuras, com objectivos diferentes, mas como se aproveitassem a memória de um local especial», defendeu.
As 5.000 gravuras na margem espanhola do Guadiana, divididas em 570 núcleos, cada um com vários painéis, representam, consoante a época, animais, figuras humanas, cenas da vida dos povos, armas, entre outros motivos.
(27-04-2007). Diário Digital / Lusa
Uma gigantesca e finamente esculpida estátua em mármore do imperador romano Adriano foi reencontrada e retirada em pedaços das ruínas da antiga cidade greco-romana de Sagalassos, no centro-sul da Turquia.
"A estátua era alta, de 4 a 5 metros, e a face é um dos mais belos retratos jamais encontrados do imperador Adriano", disse com euforia e visível emoção o diretor das escavações, o arqueólogo belga Marc Waelkens, da Universidade Católica de Lovanio, na Bélgica.
Até agora foram retirados, além do magnífico e grande rosto de 70 centímetros, uma perna de um metro e meio e um pé de 80 centímetros. Porém, os arqueólogos belgas estão certos que conseguirão encontrar todos os fragmentos restantes, enterrados após um terremoto no passado.
Primeiramente foi encontrado, no domingo passado, o pé da estátua, que rapidamente chamou a atenção dos arqueólogos, além das dimensões extraordinárias. A sandália que estava esculpida era, sem dúvida, a de um imperador, e pertencia a uma estátua de proporções tais que poderia representar somente um imperador. A partir desta descoberta inicial, os trabalhadores ficaram frenéticos. Primeiro, apareceu a perna e depois, finalmente, o magnífico rosto. Era a face de Adriano, até pela semelhança com outras estátuas do mesmo imperador.
Adriano, que reinou na primeira parte do século II depois de Cristo (117-138), fez na Ásia Menor em 130 Depois de Cristo uma de suas longas viagens pelos territórios periféricos do Império a fim de reforçar as fronteiras externas. Sua viagem na Ásia Menor serviu para reforçar as fronteiras do Império até o Rio Eufrates, consolidando o acesso romano ao Golfo Pérsico, o que o seu antecessor Traiano conseguiu abrir só temporariamente.
É esta a razão pela qual em vários sítios arqueológicos há vários templos, portas e estátuas de Adriano destinados a homenagear a visita do imperador naquelas terras.
Um templo de Adriano está sendo reconstruído na capital turca, Ancara, e um outro templo dedicado ao mesmo imperador será desenterrado logo, graças às escavações na antiga Cyzicus, na cidadezinha de Erdek, na província ocidental turca de Balikesir.
As ruínas greco-romanas de Sagalassos, colocadas em evidência pela primeira vez em 1706 por Paul Lucas, em missão na região de Anatólia pelo Rei Sol, Luigi XIV, foram notadas pelos arqueólogos europeus na metade do século XIX devido aos estudos do inglês William Hamilton, sobretudo pelo teatro que estava praticamente intacto.
Sucessivamente, a fama de Sagalassos foi apagada pelas descobertas em Éfeso e Pérgamo, que prenderam a atenção do mundo. A partir de 1990 começaram os trabalhos de escavação da missão da Universidade Católica de Lovanio, que restaurou recentemente um edifício termal, um Macellum, e um templo dedicado a Adriano e a seu sucessor, Antonino Pio. N: Lucio Leante (10-08-2007). ANSA.
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/r
Uma equipa de antropólogos da Universidade de Granada diz que o canibalismo era habitual em praticamente toda a Europa durante o Neolítico, depois de serem analisadas as marcas que esta prática deixava nos ossos humanos.
Segundo noticia hoje o “El País” online, desde finais de 3000 a 2500 AC, o canibalismo era habitual em toda a zona mediterrânica europeia e na Finlândia.
Miguel Botella, director do Laboratório de Antropologia Física da Universidade de Granada e coordenador da investigação, explica que a carne humana era ingerida depois de ter sido fervida durante três ou quatro horas.
A investigação, que também teve a colaboração de especialistas da Universidade Autónoma do México e do Instituto de Antropologia mexicano, estudou ossos encontrados em lixeiras, misturados com restos de animais que completavam a dieta.
Nos ossos são visíveis as marcas de dentes de homens, mulheres e crianças e as marcas da preparação dos corpos para a ingestão. A análise permitiu identificar “toda a metodologia utilizada”.
Em Granada foram encontrado onze locais onde esta prática era habitual.
Mas o canibalismo também era sistemático no México pré-hispânico e estima-se que faria parte de um ritual. Botello diz que depois dos sacrifícios onde se oferecia o coração das vítimas aos deuses, os corpos eram cozidos e repartidos entre todos os participantes no ritual. “Acontecia como nas actuais touradas, onde depois do ritual, o animal passa a ser carne”.
Botello estudou em Guadalajara, no México, mais de duas mil ferramentas feitas com ossos humanos, desde arpões a instrumentos musicais, o que evidencia uma “indústria artesanal consolidada”. O corpo humano não servia apenas para alimentar esses povos mas também gerou uma indústria do osso, que era considerado “o melhor material para fabricar as ferramentas”.
(12.08.2007) - O Público. http://ultimahora.publico.clix.pt/notic
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