Quarta-feira, 29.08.07
Os primeiros colonos humanos na Europa eram oriundos da Ásia e não da Africa, conforme se pensava até hoje, noticia a National Geographic. Os cientistas trouxeram nova luz sobre o passado do homem depois da análise de mais de 5000 dentes.
Historiadores e cientistas cultivavam a ideia tradicional de que a primeira vaga de colonização europeia – há cerca de dois milhões de anos – se compôs por hominídeos oriundos de África.
Contudo, a análise de mais de 5000 dentes destes hominídeos sugere que foram as vagas de asiáticos representaram um papel ainda maior no continente europeu do que os homens primitivos africanos.
«A Ásia é um importante centro para a especiação», afirmou a cientista espanhola Maria Martinon-Torres, do Centro Nacional de Pesquisa sobre a Evolução Humana de Burgos.
Os pesquisadores consideram também que os hominídeos asiáticos são originários da África, ainda que rapidamente tivessem construído uma linha de evolução própria.
A descoberta sugere que a família hominídea poderá ser muito mais complexa do que anteriormente se pensava. Os primeiros australopitecos e os primeiros Homos chegaram à Europa à cerca de dois milhões de anos atrás e até hoje existiam poucos fósseis dessa época que tornassem possível mapear padrões de evolução e migração.
Martinón-Torres e os seus colegas examinaram então os dados disponíveis – cerca de 5000 dentes de esqueletos australopitecos e homo erectus da Ásia, África e da Europa – e obtiveram preciosas pistas sobre as linhagens genéticas de cada espécie.
Os pesquisadores classificaram cada dente com mais de 50 indicadores como padrão de fissura, tamanho geral e o rácio altura-largura. A forma dos dentes muda pouco ao longo da história e é fortemente influenciada pela genética.
«Nós analisámos todos os cenários de origem dos dentes – as montanhas, vales e cumeeiras – e tudo o mais», afirmou Martinón Torres. Concluiram que os dentes europeus eram mais próximos dos asiáticos do que dos africanos.
Os resultados, no entanto, não descartam a influência africana nos genes europeus: «a descoberta não significa que não houve trocas genéticas entre os continentes», acrescentou a pesquisadora espanhola, «mas enfatiza o facto de que este câmbio poderá ter sido bilateral».
Os cientistas consideram que terá havido um padrão fluido de migrações para a Europa, «lá porque as pessoas saíram da África não significa que não pudessem ter voltado para trás», afirmou.
Outros pesquisadores consideram que o mundo científico deve ser mais cauteloso em relação às interpretações dadas à descoberta.
«O estudo demonstra que o impacto da Ásia na Europa foi mais forte do que da África. Mas os dentes não podem dizer-nos em que direcção e em que altura migraram os nossos antepassados», afirmou Erika Hagelberg, uma especialista em genética da Universidade de Oslo. «Os fósseis dentários são uma forma de estudar as caminhadas dos primeiros homens e ajudam no trabalho de descodificação dos genes actuais.»
(08 Ago 2007). SOL.:http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=49469
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por noticiasdearqueologia às 22:08
Segunda-feira, 27.08.07
A recente descoberta de uma medina islâmica do século X em Cacela-Velha, Algarve, terá sido a gota de água para a autarquia de Vila Real Santo António decidir avançar com a musealização daquela localidade.
Escavações arqueológicas realizadas no Largo da Fortaleza de Cacela-Velha entre Maio e Junho deste ano levaram à descoberta da medina de Qast´alla Darraj, do século X, época controlada pela família berbere dos Banu Daraj.
Um dos membros mais conhecidos da família berbere Banu Daraj foi Ibn Darraj al-Qastalli (958-1030), um poeta e secretário da Chancelaria, e uma das figuras mais emblemáticas da época.
Os trabalhos arqueológicos permitiram também confirmar a existência da habitação do cádi (magistrado que acumula funções religiosas e judiciais) neste importante porto costeiro do Garb al-Andalus.
Durante as escavações foram também identificados sete silos, 5 dos quais de grandes dimensões, constituindo uma raridade arqueológica.
Os novos achados arqueológicos islâmicos, principalmente do período almóada, levaram a que o município de Vila Real de Santo António decidisse iniciar um projecto de «musealização deste importante sítio arqueológico algarvio».
Numa nota informativa da Câmara de Vila Real de Santo António lê-se que a musealização vai estabelecer um protocolo com o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar).
No âmbito do protocolo com o IGESPAR prevê-se continuar, em 2008, com a investigação arqueológica e um estudo e restauro do espólio encontrado.
As escavações foram levadas a cabo pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela e contaram com a colaboração do Igespar, da Direcção Regional da Cultura do Algarve e Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos.
(18 Jul 2007) Diário Digital / Lusa : http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=286716
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por noticiasdearqueologia às 00:35
Segunda-feira, 27.08.07
O paleontólogo Octávio Mateus estará a partir do dia 20 no deserto de Gobi, na Mongólia, e vai tornar-se o primeiro português a seguir as pistas de Roy Chapman Andrews, tido como o verdadeiro Indiana Jones.
Integrado numa equipa de 15 especialistas norte-americanos, japoneses, sul-coreanos, canadianos e mongóis, o investigador do Museu da Lourinhã e da Universidade Nova de Lisboa será o único representante europeu na missão que vai durar 34 dias.
Depois de ter participado em várias expedições em África, Laos, Cambodja, Brasil ou Estados Unidos, o investigador desloca-se pela primeira vez à Mongólia, um dos cinco "Grandes" países quanto à existência de fósseis de dinossauros. Este "top" é ainda composto pelos Estados Unidos, Argentina, China e Canadá.
A Mongólia é uma das áreas mais ricas do mundo em vestígios de dinossauros do Cretácico, período que terminou há aproximadamente 65 milhões de anos, mas em comparação com o período Jurássico, com cerca de 150 milhões de anos, fica atrás de Portugal.
"Queremos encontrar novos esqueletos de espécies conhecidas, mas melhor seria encontrar uma nova espécie. Tenho esperança em encontrar um esqueleto relativamente completo e uma novidade, mas é sempre promissor trabalhar num deserto muito rico em fósseis", disse Octávio Mateus à agência Lusa.
No local onde foi descoberto o velociráptor, também conhecido como ladrão veloz e uma das "estrelas" do livro e filme Parque Jurássico, o português indica como exemplo de descoberta interessante um carnívoro.
O convite para a expedição ao deserto de Gobi - onde a temperatura média anual é de -2,5 graus a +2,8 graus e os valores extremos chegaram a 38 e -43 graus numa região e 33,9 e -47°graus numa outra - aconteceu devido à colaboração de alguns anos do investigador português com a Universidade Metodista do Sul, localizada em Dallas (Texas, Estados Unidos).
"Esta é uma oportunidade de vida que tinha de aceitar. Também será uma honra apoiar um país como a Mongólia, assim como será uma aventura estar num local muito difícil de trabalhar", resumiu o paleontólogo, que já participou na identificação de sete novas espécies.
Para explicar a sua paixão por dinossauros, este português socorre-se de um provérbio que envolve outro tipo de animal: "filho de peixe sabe nadar".
A sua família está desde sempre ligada ao Museu da Lourinhã e o gosto pelos assuntos de história natural levaram-no, há pelo menos 20 anos, a integrar escavações e a seguir a carreira profissional de paleontólogo.
Quanto ao "verdadeiro" Indiana Jones, Roy Chapman Andrews, foi investigador do Museu de História Natural de Nova Iorque, onde começou em 1906 como varredor e assistente no departamento de taxidermia. Em 1934 chegou a director da instituição.
O investigador ficou conhecido com as expedições que levou a cabo no deserto de Gobi, entre 1922 e 1930, onde descobriu por exemplo os primeiros ninhos de ovos de dinossauros.
PL (6 de Agosto de 2007). Lusa/fim: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/w1q9ADu8vzUADIcUUjmWKQ.html
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por noticiasdearqueologia às 00:32
Segunda-feira, 27.08.07
Uma talha islâmica e vários capitéis visigóticos descobertos em escavações no Castelo de Noudar, em Barrancos, integram o espólio do Museu Municipal de Arqueologia e Etnografia da vila, inaugurado hoje numa antiga casa senhorial. O projecto, em curso “há vários anos” e concluído agora, vai ter em exposição as peças recuperadas, em várias escavações arqueológicas, no Castelo de Noudar, o ex-libris daquele concelho do distrito de Beja, junto à fronteira com Espanha. “O castelo é o monumento mais emblemático de Barrancos e, por isso, todo o espólio que aí tem sido encontrado vai ficar no museu”, explicou Isabel Sabino, vereadora da Cultura do município. O monumento, classificado em 1910, de acordo com dados da Região de Turismo Planície Dourada, “nasceu” como atalaia islâmica e, mais tarde, em 1308, foi edificada a actual fortaleza. A única talha islâmica recuperada do castelo, assim como capitéis visigóticos, ânforas, anéis de ouro e várias cerâmicas, vão estar expostos, a partir de agora, no museu.
Ao mesmo tempo, o equipamento vai também debruçar-se sobre a etnografia e a restante história do concelho de Barrancos, com um “vasto espólio” doado por naturais da terra. “Temos muitas doações e vamos mostrar e dar a conhecer a riqueza cultural dos nossos antepassados”, frisou Isabel Sabino. De entre estas peças, a vereadora destacou, por exemplo, uma colecção de mais de 200 moedas antigas, de “um período bastante longínquo”, doada ao município por um habitante local. O museu foi instalado numa antiga casa senhorial, recuperada a adaptada para o efeito. A inauguração em Agosto foi propositada, uma vez que se trata do mês em que decorrem as festas anuais da vila.
(27 Ago 2007). O Primeiro de Janeiro: http://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=3d3c863285145541d8f603edc805565f
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por noticiasdearqueologia às 00:24
Domingo, 26.08.07
No âmbito da iniciativa espanhola para a valorização do património cultural subaquático, o objectivo era encontrar alguns vestigios arqueológicos e aumentar o volume de documentação sobre a geofísica da baía de Cartagena. No fundo do mar, entre algumas âncoras romanas e dois barcos dos séculos XIX e XX, estava um navio romano do século I a.C. em bom estado de conservação.
"Um barco é uma descoberta pouco frequente, mas é muito importante. Estes barcos preservam muitas vezes as cargas que são muito interessantes em termos arqueológicos", disse Carlos Batata, especialista em arqueologia romana. "Estes navios faziam a ligação comercial entre Roma e a Península Ibérica e permitem conhecer melhor o comércio da altura", disse.
A iniciativa partiu Museu Nacional de Arqueologia Marítima e do Centro de Investigacões Arqueológicas Submarinas e teve o apoio técnico e logístico da Aurora Trust, uma organização norte-americana sem fins lucrativos que ajuda países, instituições e empresas privadas a explorar o oceano e todos os recursos culturais, biológicos e físicos submersos.
O PUBLICO.PT perguntou a Carlos Batata o que se faz com um barco afundado há mais de dois mil anos: "É feita uma escavação como se se estivesse em terra. Faz-se a quadriculagem do espaço e recolhem-se os objectos, identificando as posições. Tiram-se fotografias e desenha-se o barco. Depois pode ser removido e há meios de conservação cá fora, mas a partir daí a deterioração é rápida".
"Em Portugal, os únicos vestígios subaquáticos encontrados foram algumas âncoras nas Berlengas", disse o especialista. "Suspeita-se que haja barcos destes afundados no Tejo porque os pescadores costumam encontrar alguns objectos na zona de Vila Franca de Xira. Ainda não se investigou a fundo, há falta de meios. Estamos a perder coisas únicas que vão sendo destruídas pelas actividades marítimas".
Marta Ferreira dos Reis (24-8-2007). O Público. http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1303122
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por noticiasdearqueologia às 23:59
Quinta-feira, 23.08.07
Doze fósseis de pegadas de dinossauro, encontrados num lago a norte de Espanha, são a primeira evidência científica que comprova que alguns dinossauros conseguiam nadar.
O rasto de 14 metros de comprimento é constituído por seis pares assimétricos de pegadas, cada um com cerca de 50 centímetros de comprimento e 15 de largura. A distância entre cada pegada sugere que este dinossauro dava passos com um intervalo entre os 2,43 e os 2,71 metros, com uma profundidade de 3,2 metros.
A equipa de paleontólogos acredita que o nadador é um Terópode, que engloba a grande família dos dinossauros carnívoros, incluindo o Tyrannosaurus rex, que habitou a região há 125 milhões de anos.
Os vestígios de ondulação, existentes na superfície das pegadas, indicam que o dinossauro nadou contra a corrente. “O dinossauro nadava com movimentos alternados das duas patas traseiras” refere o co-autor do estudo, Loic Costeur, do Laboratory for Planetology and Geodynamics da Universidade de Nantes, em França.
“Os movimentos são semelhantes aos usados pelos bípedes modernos, incluindo os pássaros aquáticos” refere o Costeur. Com a ajuda de um computador será possível revelar mais acerca da anatomia e a biomecânica deste dinossauro.
A possibilidade dos dinossauros nadarem foi levantada há vários anos mas, até agora, não existia qualquer evidência que o comprovasse. A descoberta abre caminho a novas investigações.
O estudo, liderado pelo investigador espanhol Ruben Ezcarra, da Fundação para o Patrimonio Paleontologico da La Rioja, será publicado em Junho na revista científica norte-americana "Geology".
In: AFP (15 Ago 2007). O Público: http://www.publico.clix.pt/pesoemedida/noticia.asp?id=1294952
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por noticiasdearqueologia às 23:54
Quinta-feira, 23.08.07
A sociedade ViseuPolis SA adjudicou a empreitada de recuperação e arranjo paisagístico de parte do monumento nacional da Cava de Viriato, orçada em aproximadamente dois milhões de euros. A Cava de Viriato, que há mais de dois mil anos terá albergado legiões romanas em Viseu, é um gigantesco octógono com cerca de 32 hectares, desenhado por uma trincheira de terra batida que seria cercada por um fosso de água.
O objectivo da ViseuPolis SA (que se encontra em liquidação) é, segundo um comunicado hoje divulgado, que a Cava de Viriato, considerada um "expoente máximo da secular história da cidade", volte "a gozar da dignidade que um monumento nacional exige".
A empreitada, adjudicada à empresa Obrecol - Obras e Construções S.A., integra trabalhos de "limpeza e reformulação de parte do talude do monumento, a criação de uma praça entre as ruas do Picadeiro e do Coval e a execução de redes enterradas de infra-estruturas e pavimentação das ruas do Picadeiro, Coval e Plátanos".
A ViseuPolis está convencida de que, após esta intervenção, "este património de Viseu e de Portugal será um novo pólo de atracção na cidade", em articulação com outras intervenções do Programa Polis que já foram finalizadas ou estão para ser lançadas.
São exemplos destas intervenções a reestruturação viária, com a construção do túnel de Viriato finalizado em 2004 que permitiu criar uma nova praça junto à estátua de Viriato, e a instalação de um funicular que ligará a zona da Cava de Viriato ao centro histórico, cuja adjudicação deverá acontecer até ao final do ano.
AMF (23 Ago 2007). Lusa: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/ls2kPDTEZaQ2ah8Y3RxSaQ.html
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por noticiasdearqueologia às 21:42
Quarta-feira, 22.08.07
A cidade primitiva do Templo de Angkor Vat, no Camboja, era três vezes maior do que se supunha, defende uma equipa de arqueólogos internacional que fez sondagens no subsolo através de radares da NASA.
O aglomerado urbano de Angkor, que foi a capital do Império Khmer, estendia-se ao longo de cerca de três mil metros quadrados, superando a cidade de Tikal, da antiga civilização Maia, na Guatemala.
A cidade medieval cambojana tinha capacidade para alimentar uma população de 500 mil pessoas, de acordo com um estudo da equipa de arqueólogos publicado segunda-feira nos Anais da Academia Nacional Norte-Americana das Ciências.
As imagens recolhidas pelos radares da agência espacial dos EUA, que são capazes de penetrar no subsolo, permitiram encontrar vestígios de antigas ruas, canais e bacias.
Com essas imagens e as captadas por avião e os registos topográficos do terreno, os investigadores, naturais do Camboja, França e Austrália, conseguiram descobrir a localização de milhares bacias hidrográficas e 74 templos.
Os arqueólogos concluiram que os canais de água permitiram irrigar culturas de arroz que se estendiam entre 20 a 25 quilómetros para Norte e para Sul de Angkor, tendo confirmado que um desastre ambiental causou o desaparecimento da civilização Khmer no século XIV.
A sobrepopulação, a desflorestação, a erosão do solo e inundações poderão ter tido consequências nefastas para a população.
O Templo Angkor Vat, que foi candidato às Novas Sete Maravilhas do Mundo, é a principal atracção turística e símbolo do Camboja, sendo o expoente máximo da arquitectura Khmer.
Desde os anos 50 que os investigadores tentavam delimitar a antiga cidade de Angkor mas os trabalhos foram sempre dificultados pela construção de novas urbanizações e explorações agrícolas. Há sete anos, os arqueólogos decidiram pedir apoio à Nasa.
(14 Ago 2007). Lusa / RTP: http://www.rtp.pt/index.php?article=294321&visual=16
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por noticiasdearqueologia às 23:03
Quarta-feira, 22.08.07
A câmara de Santarém realizou uma prospecção arqueológica preventiva para requalificar o jardim da República, recolhendo dez esqueletos de época medieval e uma estela funerária, segundo o arqueólogo da autarquia.
António Matias disse à Agência Lusa que a obra de requalificação do jardim contíguo ao convento de S. Francisco "será acompanhada por arqueólogos" e "avançará sem qualquer problema", acrescentando que os achados remetem para um período entre os séculos XII e XIV.
O arqueólogo afirmou à Lusa que na prospecção, que terminou na segunda-feira, foi encontrada "uma sucessão de três planos de enterramento, depois dos dois primeiros, foram recolhidos mais oito indivíduos" em dois metros quadrados de terreno, explicando que "o mesmo espaço funerário foi sendo utilizado ao longo do tempo".
"Utilizavam a mesma fossa para sepultar mais indivíduos", afirmou António Matias, acrescentando que serão feitas "análises para saber se havia aproveitamento familiar, ou não".
Segundo o arqueólogo, a estela funerária "não tem indicação de idade, mas é da época medieval, apresentando numa face a cruz dos templários e na outra uma estrela de oito pontas", que "identificava uma sepultura de uma criança com idade entre os dois e quatro anos".
O vice-presidente do município disse à Lusa que a "prospecção preventiva já foi dada como concluída" e serviu para "preparar a intervenção" no espaço contíguo, salientando que os achados "não vão condicionar a intervenção" que tem início previsto para Novembro.
Segundo o arqueólogo António Matias, os esqueletos e a estela funerária estão armazenados na reserva do Museu Municipal a aguardar tratamento, lavagem e marcação.
(31 de Jul 2007). Lusa/Fim: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/hFEYhfTK8kFTit1%2FJt66%2FA.html
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por noticiasdearqueologia às 22:54
Quarta-feira, 22.08.07
O Castelo de Penela reabriu sábado, 17, após obras de recuperação e beneficiação, com uma cerimónia em que foi também apresentada a colecção do Museu de Arte Sacra, no interior da fortaleza medieval. As obras de recuperação e beneficiação, desenvolvidas em três fases, visaram melhorar o acolhimento aos visitantes e um melhor aproveitamento do recinto interior da fortificação.
Segundo uma nota da Câmara Municipal de Penela, nesta última fase procedeu-se ao arranjo das vias envolventes e dos percursos pedonais exteriores ao Castelo e ainda de vários espaços do monumento, incluindo a sua iluminação. Foram também feitas intervenções em parte dos panos de muralha exteriores e interiores, colocaram-se portões para controlar a entrada de visitantes e correntes para condicionar o acesso de viaturas e introduziu-se sinalética informativa. A Igreja de S. Miguel foi também recuperada, a nível exterior e interior. A intervenção neste monumento insere-se na componente desconcentrada da Cultura do Programa Operacional da Região Centro - 3.9 do Eixo III. As obras foram realizadas pelo Instituto Português do Património Arquitectó-nico, em colaboração com a autarquia e a Diocese de Coim-bra. Remontando, no mínimo, ao período romano, o Castelo de Penela pertencia à linha defensiva do Mondego na época da "Reconquista Cristã".
(17 Ago 2007). Notícias do Centro. http://www.noticiasdocentro.net/artigo.php?ArtID=1271
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por noticiasdearqueologia às 22:45