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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
«Surpreendentemente, temos achado muitos fragmentos que fizeram parte de edifícios que existiram no castelo entre os séculos V e VII d.C.», revelou hoje à agência Lusa o coordenador científico das escavações, Santiago Macias.
Segundo o arqueólogo, além dos fragmentos das cancelas, foram também descobertos vestígios de pilastras e capitéis, que, «apesar de serem de pequenas dimensões, possuem uma grande importância científica para a história da arquitectura».
Por outro lado, continuou, trata-se de vestígios que, juntamente com outros achados, permitem concluir que o castelo de Moura, sobretudo a zona da alcáçova, «terá tido uma importante ocupação humana durante milhares de anos e em vários períodos da sua história».
Esta é uma das conclusões preliminares das seis campanhas de escavações arqueológicas feitas nos últimos cinco anos no castelo e que vão ser apresentadas terça-feira, às 18:30, na Adega da Mantana, em Moura.
À primeira campanha, realizada como acompanhamento das obras de reabilitação do recinto do castelo promovidas pela autarquia local em 2002, seguiram-se, a partir de 2003, as restantes cinco, integradas num projecto autónomo de investigação científica centrado na alcáçova do castelo.
«Tem sido um trabalho extremamente lento», frisou Santiago Macias, explicando que, «ao contrário de outros locais, onde os níveis da Idade Média estão a 20 ou 30 centímetros do solo, no castelo de Moura os níveis chegam a estar a três e quatro metros de profundidade».
No entanto, salientou, «os trabalhos arqueológicos têm progredido a um bom ritmo e já permitiram escavar e pôr a descoberto várias centenas de metros quadrados na zona da alcáçova».
Neste local, o mais alto do castelo, explicou o arqueólogo, «existe uma série de sedimentos, ou seja, deposições de várias construções que terão sido feitas sucessivamente ao longo dos vários períodos da história do castelo».
Entre elas, destacou, foram achadas e estão a descoberto «estruturas militares dos séculos XVII e XVIII, como casernas e quartéis, que terão sido usados durante e após a Guerra da Restauração da independência portuguesa» (1640-1668).
Mais abaixo, continuou, «já são detectáveis os níveis das construções do século XVI, quando o alcaide (presidente da Câmara) da época residia dentro do castelo».
Além de apresentar as conclusões preliminares e mostrar os principais objectos achados nas escavações, o balanço, salientou Santiago Macias, vai também servir para «explicar às pessoas, de forma acessível, como se faz, que conclusões se podem extrair e qual a importância de uma escavação arqueológica para a valorização e preservação de um monumento».
«É precisamente isto que estamos a fazer no castelo», frisou Santiago Macias, adiantando que as escavações na alcáçova, apoiadas pelo Instituto Português de Arqueologia, vão continuar até 2013, para «tanto quanto possível, deixar à vista testemunhos das várias épocas em que o castelo foi ocupado».
«Em termos arqueológicos, mais do identificar a época ou o período de ocupação mais importante, importa compatibilizar o interesse científico dos achados com as obras de recuperação do castelo», salientou.
Graças ao projecto, salientou, «os vestígios dos vários níveis das diferentes épocas de ocupação do castelo não vão ser destruídos».
«Pelo contrário, vão ser identificados, preservados e ficar à vista para serem apreciados pelos visitantes», disse.
In: Diário Digital / Lusa: 16-07-2007 15:27:00
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A maxila possui 63 centímetros de comprimento e vários dentes, cada um deles com 20 centímetros, pertencentes a um animal de 11 metros de comprimento e duas toneladas, muito idêntico ao "tiranossaurus rex" do Cretácio Superior.
Trata-se do maior dinossauro carnívoro terrestre alguma vez encontrado no mundo, que viveu no Jurássico Superior, uma vez que o crânio a que pertenceria a maxila teria cerca de 158 centímetros, sendo superior a um outro dinossauro da mesma espécie encontrado anteriormente nos Estados Unidos (com 118 centímetros).
O achado foi divulgado hoje pelo Oertijd Museum, um museu localizado em Boxtel, cidade do sul da Holanda, que adquiriu uma réplica do crânio a que corresponderia a maxila encontrada.
A reconstituição desta parte do esqueleto foi efectuada por Aart Wallen, um holandês que colabora com o Museu da Lourinhã na construção de réplicas e que é o pai do jovem Jacob Wallen, que em 2003 fez a descoberta.
«Ambos estavam a fazer prospecção nas arribas do concelho e foi mesmo o filho que encontrou um pequeno vestígio que, ao ser escavado, se revelou como a maxila do crânio de um torvossauro», explicou à Agência Lusa a conservadora do museu, Carla Abreu, mostrando-se satisfeita pelo achado ter sido doado à instituição.
In: Diário Digital / Lusa: 03-07-2007 17:18:19
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Segundo o Ministério da Cultura, os projectos de investigação serão levados a cabo por equipas técnicas de investigadores espanhóis vinculados a departamentos especializados de diversos centros e universidades espanholas.
No caso de Portugal serão apoiados dois projectos, recebendo cada um deles 10.500 euros.
O primeiro refere-se à escavação, estudo e valorização social de Castro dos Ratinhos, em Moura, uma povoação da idade do bronze que esteve na origem da povoação de Guadiana, num projecto conduzido por Luis Berrocal Rangel, da Universidade Autónoma de Madrid.
Será ainda financiado o trabalho «Da Domus Tancinus à Domuns Ecclesia: Evolução e Transformação de um bairro residencial, intramuros na Cidade de Conímbriga, entre a antiguidade e a idade média», um projecto de Jorge López Quiroga, da Universidad Autónoma de Madrid.
In: Diário Digital / Lusa: 02-07-2007 15:40:40
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Especialistas em fortificações abaluartadas vão reunir-se no próximo fim-de-semana em Elvas, numa cimeira internacional para reforçar a candidatura das fortificações raianas a Património Mundial, pela UNESCO, disse hoje à agência Lusa fonte do município.
De acordo com a mesma fonte, as fortificações abaluartadas da zona fronteiriça de Portugal e Espanha vão candidatar-se a Património Mundial, pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), num processo liderado pelo município alentejano de Elvas.
A cimeira internacional de especialistas, que decorre sábado e domingo, é organizada pela Câmara Municipal de Elvas, em colaboração com o Centro de História da Universidade de Lisboa.
Segundo a autarquia, cerca de 20 técnicos e estudiosos de diferentes países vão estar em Elvas durante dois dias para «tomar o pulso ao património monumental» da cidade, numa acção que se integra na candidatura das fortificações de Elvas a Património Mundial.
O programa da iniciativa, cuja sessão de abertura está marcada para sábado às 12:30, no salão nobre do município, inclui várias reuniões de trabalho e visitas às fortificações da cidade.
A vereadora da Câmara de Elvas Elsa Grilo explicou à agência Lusa que existe consenso entre os responsáveis portugueses e espanhóis envolvidos no processo de candidatura a Património Mundial no sentido de ser o concelho alentejano a liderar a candidatura.
As fortificações abaluartadas de Elvas, o maior conjunto no mundo, segundo a autarca, foram incluídas em 2004 na lista indicativa de locais com potencial para serem candidatos a Património Mundial.
Visto que a UNESCO privilegia as candidaturas transnacionais, explicou Elsa Grilo, «a autarquia de Elvas decidiu alterar a sua estratégia».
«Após constatarmos que Espanha tinha na sua lista indicativa uma candidatura nesse âmbito na zona de fronteira da Extremadura espanhola, considerámos que não fazia sentido haver duas candidaturas e passámos, então, a considerar a possibilidade da sua convergência, seguindo o que a UNESCO propõe».
Notícia In: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?se
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