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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...



Terça-feira, 31.07.07

Coriscada, Mêda: Descoberto mosaico romano, dos séculos III e IV

 Apesar de ser uma notícia do ano passado, a importância desta descoberta levou-me a registá-la no blog.

Segundo António Sá Coixão, arqueólogo responsável pelas escavações no sítio do Vale do Mouro, o painel foi encontrado numa sala com cerca de seis metros quadrados, que terá pertencido ao administrador do balneário romano descoberto há quatro anos nas imediações da Coriscada. "Deveria ser um indivíduo bastante rico para ter umas termas privadas e um painel destes", destaca.

O mosaico policromado, com um medalhão central onde surgem os deuses Baco e Mercúrio, é quadrado (3,20 metros por 3,20 metros) e parecido com o de Conímbriga, em cores como o branco, cinzento-escuro e claro, avermelhado e rosa. Aliás, a descoberta já foi comunicada aos técnicos do principal sítio arqueológico do período romano em Portugal.

Para Sá Coixão, trata-se de um achado "importantíssimo", até porque "deve ser a primeira vez que se descobre um painel do género em todo o interior do país". O painel que, segundo o arqueólogo, deverá datar de um período entre a segunda metade do século III e a primeira do século IV depois de Cristo, faz parte da área envolvente ao complexo do balneário romano que começou a ser estudado em 2002.

Sá Coixão, que tem orientado as escavações, acredita que o sítio do Vale do Mouro é uma mais-valia para o município "se for rentabilizado turisticamente". Uma opinião partilhada pelo presidente da Câmara da Mêda. João Mourato adianta que "Marialva é visitada mensalmente por mil pessoas e a Coriscada será outro motivo para mais visitas", dado que esta recente descoberta no Vale do Mouro "é de grande valor arqueológico para o concelho e para a região".

O executivo medense esteve recentemente no local e foi unânime em afirmar que valeria a pena investir naquele tipo de trabalhos. As escavações arqueológicas da campanha deste ano, que têm o aval do Instituto Português de Arqueologia (IPA), terminaram há dias e serão retomadas em Julho de 2007, sendo que Sá Coixão está convicto de haver outras salas na mesma zona onde agora foi encontrado o painel.

 

CORDEIRO, Ricardo (sábado, 07 OUT 2006). O Interior.

http://expresso.clix.pt/Actualidade/Interior.aspx?content_id=370182

http://www.diariodaguarda.com/modules.php?p=modload&name=PagEd&file=index&topic_id=3&page_id=423

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por noticiasdearqueologia às 23:53

Domingo, 29.07.07

"Indiana Jones" e as duas rainhas do Egipto antigo

O Egipto antigo já foi uma das paixões dos europeus, numa altura em que aventureiros desenterravam incríveis esplendores das areias do deserto. Mas as descobertas foram escasseando e tornou-se arriscado comprar relíquias pilhadas dos túmulos. Após a descoberta do tesouro de Tutankhamon, em 1922, houve um renovar da imaginação do mundo culto, mas progressivamente a egiptologia regressou aos círculos académicos e às penosas escavações. Até aparecer este homem, Zahi Hawass, com o seu perfil a lembrar o do actor Anthony Quinn e o chapéu à Indiana Jones.
Hawass, de 59 anos, é um dos mais prestigiados egiptólogos do mundo. Mas à frente do Conselho Supremo das Antiguidades do Egipto (CSAE), adquiriu também poder e notoriedade, o que o tornou polémico. Este egípcio, de inconfundível sotaque no inglês fluente, sabe explicar com entusiasmo, ao comum dos mortais, a vertente complexa da extinta civilização egípcia, tão obcecada em preparar os seus mortos para a vida eterna.



 


 


 
A mais recente campanha mediática de Hawass e do organismo que controla tem a ver com a identificação recente da múmia de uma das figuras míticas da história do Egipto antigo, a rainha Hatshepsut. A identificação recorreu a meios sofisticados e teve uma cobertura televisiva especial. O carismático cientista participa também na busca da múmia de outra rainha, Nefertiti, que seria uma descoberta fenomenal da egiptologia moderna, permitindo resolver alguns mistérios.
Hatshepsut é a confirmação mais recente e envolve uma desilusão: a poderosa rainha era obesa e tinha os dentes estragados, aspectos que não apareciam nas estátuas, afinal representações políticas do poder. A confirmação da identificação da múmia, feita por uma equipa egípcia liderada pelo próprio Hawass, obteve-se através de técnicas sofisticas: tomografia axial computorizada e investigação do ADN. Numa caixa funerária com o nome da rainha foi encontrado o resto de um maxilar (talvez resultante de erro na mumificação) que encaixava na múmia não identificada, (encontrada noutro local e que a equipa supôs pertencer à rainha). O palpite começou a revelar-se certo quando foi feita uma comparação entre o material genético da múmia e de uma avó da monarca, Ahmose-Nefertari, que a colocou na XVIIIª dinastia.
A poderosa rainha, na realidade a primeira mulher que se sabe ter exercido grande poder, teria pouco mais de 50 anos quando morreu.
O novo êxito de Hawass e a forma como foi divulgado, numa operação mediática, junta-se a outra busca, a da mítica Nefertiti. Os documentários sobre estas investigações permitiram financiar equipamentos que abrem caminho a novas descobertas no acervo de múmias por identificar do CSAE. Esta última é uma organização com 30 mil funcionários e vasto poder sobre as relíquias.


NAVES, Luís (Sábado, 28 de Julho de 2007):


http://dn.sapo.pt/2007/07/28/dngente/o_verdadeiro_indiana_jones_e_duas_ra.html

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por noticiasdearqueologia às 15:24

Domingo, 29.07.07

Castelo de Sines: IPPAR aprova abertura de porta lateral na muralha

O Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) aprovou a abertura de uma porta lateral no Castelo de Sines, monumento de Interesse Público datado da primeira metade do século XV, e acompanhou a obra, que fica concluída este fim-de-semana.


 



Trata-se de um "antigo" projecto da Câmara Municipal de Sines (CMS), que o apresentou ao IPPAR em Junho de 2006. O município justifica a obra com a necessidade de "um novo acesso ao castelo", uma vez que no seu interior se realizarem actividades e espectáculos de diversa índole, "necessitando o recinto de uma nova saída que garantisse a segurança".


A obra foi aprovada sob a condição de o IPPAR fazer o acompanhamento arqueológico dos trabalhos.


"No local onde foi criado o novo acesso existe um pano de muralha muito recente e o plano de cartografia mostra que já ali existiram várias portas ao longo dos anos", explicou hoje à agência Lusa Marco Andrade, arquitecto do IPPAR e Chefe da Divisão de Salvaguarda.


Postais e fotografias dos séculos XIX e XX mostram o alçado Nascente do castelo e atestam que este "ruiu completamente nos anos 20 do século passado, ficando aberta uma grande brecha na muralha", disse.


A sua reconstrução foi iniciada nos anos 50 e terminada uma década depois, afiançou o IPPAR.


O instituto aprovou o projecto do município com base nessa documentação, considerando-o, "tanto na tipologia do vão a abrir, como na técnica e materiais utilizados, perfeitamente adequado à intervenção pretendida".


"No fundo, é o reabrir de uma porta virada para o Largo João de Deus, que dará ao local as condições de segurança mínimas, já que, ao que parece, o Festival Músicas do Mundo (FMM) veio para ficar", justificou Marco Andrade.


O técnico garantiu que fica, assim, "resolvido um problema de segurança que o castelo já revelava há muitos anos, sobretudo desde a existência do FMM", que vai na sua nona edição.


Em cada dia de espectáculo, as muralhas albergam no seu interior cerca de seis mil espectadores, servindo ainda o novo acesso, com 2,60 metros de largura e quatro metros de altura, para a entrada e saída de viaturas.


Manuel Coelho, presidente do município, sustenta que "havia uma necessidade inquestionável de realizar esta obra, abrindo um novo acesso no castelo, porque era um risco ter seis mil pessoas no FMM só com uma porta".


Ricardo Pereira defende que esta é também uma forma de "continuar uma tradição secular de realizar eventos no interior do castelo, como provam fotografias do século XIX, que mostram imagens de uma tourada feita no recinto".


O projecto insere-se numa intenção mais vasta de recuperar o Castelo de Sines, no âmbito do mesmo programa, com uma candidatura já aprovada, que prevê a criação de um pólo arqueológico do Museu Municipal, o restauro da decoração pictórica dos tectos e a construção da Casa de Vasco da Gama.


2007-07-20 - Lusa: http://www.rtp.pt/index.php?article=291601&visual=16 

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por noticiasdearqueologia às 15:09

Quarta-feira, 25.07.07

"Anta da Laginha" (Cardigos, Mação): Escavações de investigadores britânicos e portugueses.


O Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, em parceria com Instituto Politécnico de Tomar e a Universidade de Durham, realizam este mês a escavação da "Anta da Laginha" na freguesia de Cardigos.


Os trabalhos, coordenados pelo Professor Chris Scarre e pelo Professor Luís Oosterbeek integram um projecto coordenado pelo Director do Museu de Mação e pelo Professor inglês Chris Scarre que procuram estudar as origens agro-pastorícias, bem como aspectos económicos e tecnológicos das comunidades antigas.


Segundo disse à Lusa Luís Oosterbeek, director do museu, "o trabalho que está em curso reúne 15 investigadores", entre alunos e professores da Universidade de Durham, Inglaterra, e do Mestrado do Museu de Mação e Politécnico de Tomar.


Luís Oosterbeek disse à Lusa que se pretende "perceber como estas comunidades organizavam o território e entender os seus aspectos simbólicos".


Este projecto, que já vai no segundo ano, é financiado pela Academia Britânica.


Concretamente, o objectivo dos trabalhos que estão a decorrer é a escavação da Anta da Laginha, bem como a prospecção do espaço à sua volta tendo mesmo sido efectuadas sondagens mecânicas.


Um dos aspectos pretendidos, além do interesse arquitectónico, é a identificação de processos antigos de agricultura.


Segundo disse, "este é um monumento megalítico que, tal como a Anta da Foz do Rio Frio, também em Mação, apresenta afinidades norte-alentejanas e cujo estudo está a permitir responder a uma série de questões".


Luís Oosterbeek explicou que, com estes estudos, "já é possível dizer que a Anta da Laginha foi construída no ano 4300 a.c. sendo possível, com o aproximar do fim da escavação, ter uma ideia razoável do que ali existe".


O professor disse à Lusa que "já foram descobertos alguns objectos de valor arqueológico, nomeadamente geométricos (elementos de foice) e um machado de pedra polida assim como alguns objectos de cerâmica sem decoração".


Com o fim desta fase da escavação, que já começou em 2006, há questões que, segundo explicou à Lusa Luiz Oosterbeek vão ficar por responder.


O professor referiu que ainda não se percebeu, por exemplo, "a forma como funcionava o corredor, uma questão que ainda não vai ficar esclarecida este mês".


Nesse sentido, terá lugar uma nova campanha na Primavera de 2008.


O professor adiantou que "os resultados deste trabalho vão ser divulgados no final deste ano" e, após a conclusão destes estudos, "a Anta da Laginha integrará o Roteiro dos Sítios Visitáveis no Concelho de Mação naquele que será um dos nossos novos projectos", no âmbito do museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo.


(25 Jul 2007). Lusa:  http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/VJqaSPQ19FOh750BTnKU2Q.html

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por noticiasdearqueologia às 17:53

Terça-feira, 24.07.07

Descobertos os maiores dentes de mastodonte, conhecidos até hoje


Um grupo de paleontólogos gregos e holandeses descobriu, no norte da Grécia, os dentes de mastodonte mais compridos conhecidos até ao momento, com cinco metros e três milhões de anos de antiguidade, revelou hoje o jornal grego Kathimerini.

Segundo o vespertino grego, os cientistas estimam tratar-se de uma descoberta "de uma importância transcendental para os paleontólogos a nível mundial".


Os dentes do mastodonte, um mamífero pré-histórico e aparentado do elefante, são os dentes mais compridos jamais encontrados, superando o recorde registado no Livro Guiness, que é de 4,39 metros de comprimento.


A espécie de mastodonte ao qual pertencem os gigantescos dentes é denominada de "mammut borsoni" e os seus restos mortais foram encontrados durante escavações realizadas na localidade de Milias.


O comprimento dos dentes, assim como a sua composição, indicam que "se tratava de um macho", afirmou a responsável pelas escavações, Evangelia Tsoukala.



Os paleontólogos estimam que o animal, com 3,5 metros de altura e um peso de cerca de seis toneladas, tenha morrido com entre 25 a 30 anos de idade, embora a média de vida destes animais fosse de 55 anos.


O mastodonte é um mamífero pré-histórico que viveu durante o Plistocénico, tendo desaparecido há cerca de 10 mil anos.


Estes animais herbívoros alimentavam-se de vegetação, tinham cerca de três metros de altura e pesavam sete toneladas.


Os mastodontes distinguem-se dos mamutes pelo formato dos seus dentes, de forma mais cónica e mais adaptados à mastigação de folhas moles.



(24-07-2007) - Lusa: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/NL%2FrNpeY9nOLFR7F0gWicg.html  


Imag.: http://www.webdomus.it/tao/wp-images/mastodonte.png


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por noticiasdearqueologia às 22:58

Terça-feira, 24.07.07

Dinossauros como no Jurassic Park

Afinal, o filme "Jurassic Park", sobre a vida dos dinossauros, não está assim tão afastado daquilo que realmente aconteceu na época jurássica. Um estudo realizado por paleontólogos da Universidade da Califórnia, pelo Museu Nacional de História Natural e pelo Museu Field, divulgado pela revista "Science", revelou que os dinossauros coexistiram com os seus antepassados pelo menos durante 15 ou 20 milhões de anos, antes de se tornarem donos do mundo.
Os cientistas estudaram fósseis descobertos numa pedreira do norte do estado do Novo México, nos Estados Unidos da América, e deitaram por terra a ideia que existia antes sobre a história destes animais. "Até agora, os paleontólogos pensavam que os precursores tinham desaparecido antes do aparecimento dos dinossauros", explica Kevin Padian, professor de biologia da Universidade da Califórnia.


 




Estes animais gigantescos surgiram no período Triássico, há entre 235 e 200 milhões de anos, e dominaram o planeta no período Jurássico, há entre 200 e 120 milhões de anos.
Assim, a conquista do planeta foi menos violenta do que aquilo que se pensou até agora.Randall Irmis, um dos autores da investigação, conta que a descoberta dos ossos de dinossauros (embora não fossem esqueletos completos) foi importante para perceber o "ritmo da mudança", permitindo-lhes concluir que "se houve uma competição entre estes precursores e os dinossauros, esta foi muito prolongada". Na pedreira onde foram encontrados os 1300 espécimes de fósseis de dinossauros, Randall Irmis e Sterling Nesbitt, dois autores do estudo, encontraram também fósseis de antecessores de crocodilos, peixes e anfíbios que existiram há cerca de 215 milhões de anos.
Os cientistas continuam as buscas na área onde encontraram todos estes vestígios e tencionam ainda vir a tirar mais conclusões acerca dos grandes animais.


Helga Costa (24-07-2007). Jornal de notícias. http://jn.sapo.pt/2007/07/24/sociedade_e_vida/dinossauros_como_filme.html


Foto: http://www.cineclub.de/images/2001/jurassic_park1.jpg

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por noticiasdearqueologia às 22:05

Quarta-feira, 18.07.07

Escavações no Castelo de Moura desvendam vestígios antigos.

Fragmentos de cancelas de edifícios religiosos são alguns dos vestígios de peças de arquitectura da antiguidade tardia encontradas em escavações no castelo de Moura, que os arqueólogos acreditam ter sido ocupado em permanência durante milhares de anos.

«Surpreendentemente, temos achado muitos fragmentos que fizeram parte de edifícios que existiram no castelo entre os séculos V e VII d.C.», revelou hoje à agência Lusa o coordenador científico das escavações, Santiago Macias.


Segundo o arqueólogo, além dos fragmentos das cancelas, foram também descobertos vestígios de pilastras e capitéis, que, «apesar de serem de pequenas dimensões, possuem uma grande importância científica para a história da arquitectura».


Por outro lado, continuou, trata-se de vestígios que, juntamente com outros achados, permitem concluir que o castelo de Moura, sobretudo a zona da alcáçova, «terá tido uma importante ocupação humana durante milhares de anos e em vários períodos da sua história».


Esta é uma das conclusões preliminares das seis campanhas de escavações arqueológicas feitas nos últimos cinco anos no castelo e que vão ser apresentadas terça-feira, às 18:30, na Adega da Mantana, em Moura.


À primeira campanha, realizada como acompanhamento das obras de reabilitação do recinto do castelo promovidas pela autarquia local em 2002, seguiram-se, a partir de 2003, as restantes cinco, integradas num projecto autónomo de investigação científica centrado na alcáçova do castelo.


«Tem sido um trabalho extremamente lento», frisou Santiago Macias, explicando que, «ao contrário de outros locais, onde os níveis da Idade Média estão a 20 ou 30 centímetros do solo, no castelo de Moura os níveis chegam a estar a três e quatro metros de profundidade».


No entanto, salientou, «os trabalhos arqueológicos têm progredido a um bom ritmo e já permitiram escavar e pôr a descoberto várias centenas de metros quadrados na zona da alcáçova».


Neste local, o mais alto do castelo, explicou o arqueólogo, «existe uma série de sedimentos, ou seja, deposições de várias construções que terão sido feitas sucessivamente ao longo dos vários períodos da história do castelo».


Entre elas, destacou, foram achadas e estão a descoberto «estruturas militares dos séculos XVII e XVIII, como casernas e quartéis, que terão sido usados durante e após a Guerra da Restauração da independência portuguesa» (1640-1668).


Mais abaixo, continuou, «já são detectáveis os níveis das construções do século XVI, quando o alcaide (presidente da Câmara) da época residia dentro do castelo».


Além de apresentar as conclusões preliminares e mostrar os principais objectos achados nas escavações, o balanço, salientou Santiago Macias, vai também servir para «explicar às pessoas, de forma acessível, como se faz, que conclusões se podem extrair e qual a importância de uma escavação arqueológica para a valorização e preservação de um monumento».


«É precisamente isto que estamos a fazer no castelo», frisou Santiago Macias, adiantando que as escavações na alcáçova, apoiadas pelo Instituto Português de Arqueologia, vão continuar até 2013, para «tanto quanto possível, deixar à vista testemunhos das várias épocas em que o castelo foi ocupado».


«Em termos arqueológicos, mais do identificar a época ou o período de ocupação mais importante, importa compatibilizar o interesse científico dos achados com as obras de recuperação do castelo», salientou.


Graças ao projecto, salientou, «os vestígios dos vários níveis das diferentes épocas de ocupação do castelo não vão ser destruídos».


«Pelo contrário, vão ser identificados, preservados e ficar à vista para serem apreciados pelos visitantes», disse.


In: Diário Digital / Lusa: 16-07-2007 15:27:00


http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=286334

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por noticiasdearqueologia às 01:47

Quarta-feira, 18.07.07

Museu da Lourinhã mostra fósseis do maior dinossauro carnívoro

O Museu da Lourinhã exporá até ao final do mês a maxila do maior dinossauro carnívoro terrestre conhecido, o torvossauro tanneri, um achado de um jovem holandês que andava a fazer prospecção nas arribas do concelho.

A maxila possui 63 centímetros de comprimento e vários dentes, cada um deles com 20 centímetros, pertencentes a um animal de 11 metros de comprimento e duas toneladas, muito idêntico ao "tiranossaurus rex" do Cretácio Superior.


Trata-se do maior dinossauro carnívoro terrestre alguma vez encontrado no mundo, que viveu no Jurássico Superior, uma vez que o crânio a que pertenceria a maxila teria cerca de 158 centímetros, sendo superior a um outro dinossauro da mesma espécie encontrado anteriormente nos Estados Unidos (com 118 centímetros).


O achado foi divulgado hoje pelo Oertijd Museum, um museu localizado em Boxtel, cidade do sul da Holanda, que adquiriu uma réplica do crânio a que corresponderia a maxila encontrada.


A reconstituição desta parte do esqueleto foi efectuada por Aart Wallen, um holandês que colabora com o Museu da Lourinhã na construção de réplicas e que é o pai do jovem Jacob Wallen, que em 2003 fez a descoberta.


«Ambos estavam a fazer prospecção nas arribas do concelho e foi mesmo o filho que encontrou um pequeno vestígio que, ao ser escavado, se revelou como a maxila do crânio de um torvossauro», explicou à Agência Lusa a conservadora do museu, Carla Abreu, mostrando-se satisfeita pelo achado ter sido doado à instituição.


In: Diário Digital / Lusa: 03-07-2007 17:18:19


http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=284069

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por noticiasdearqueologia às 01:43

Quarta-feira, 18.07.07

Arqueologia: Espanha financia duas escavações em Portugal

O governo espanhol anunciou hoje um pacote de apoio financeiro de 400 mil euros a projectos de investigação arqueológica em 14 países, dois dos quais em Portugal.

Segundo o Ministério da Cultura, os projectos de investigação serão levados a cabo por equipas técnicas de investigadores espanhóis vinculados a departamentos especializados de diversos centros e universidades espanholas.


No caso de Portugal serão apoiados dois projectos, recebendo cada um deles 10.500 euros.


O primeiro refere-se à escavação, estudo e valorização social de Castro dos Ratinhos, em Moura, uma povoação da idade do bronze que esteve na origem da povoação de Guadiana, num projecto conduzido por Luis Berrocal Rangel, da Universidade Autónoma de Madrid.


Será ainda financiado o trabalho «Da Domus Tancinus à Domuns Ecclesia: Evolução e Transformação de um bairro residencial, intramuros na Cidade de Conímbriga, entre a antiguidade e a idade média», um projecto de Jorge López Quiroga, da Universidad Autónoma de Madrid.


In: Diário Digital / Lusa: 02-07-2007 15:40:40


http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=283835

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por noticiasdearqueologia às 01:40

Quarta-feira, 18.07.07

Especialistas em fortificações reunem em Elvas.

Património:

Especialistas em fortificações abaluartadas vão reunir-se no próximo fim-de-semana em Elvas, numa cimeira internacional para reforçar a candidatura das fortificações raianas a Património Mundial, pela UNESCO, disse hoje à agência Lusa fonte do município.


De acordo com a mesma fonte, as fortificações abaluartadas da zona fronteiriça de Portugal e Espanha vão candidatar-se a Património Mundial, pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), num processo liderado pelo município alentejano de Elvas.


A cimeira internacional de especialistas, que decorre sábado e domingo, é organizada pela Câmara Municipal de Elvas, em colaboração com o Centro de História da Universidade de Lisboa.


Segundo a autarquia, cerca de 20 técnicos e estudiosos de diferentes países vão estar em Elvas durante dois dias para «tomar o pulso ao património monumental» da cidade, numa acção que se integra na candidatura das fortificações de Elvas a Património Mundial.


O programa da iniciativa, cuja sessão de abertura está marcada para sábado às 12:30, no salão nobre do município, inclui várias reuniões de trabalho e visitas às fortificações da cidade.


A vereadora da Câmara de Elvas Elsa Grilo explicou à agência Lusa que existe consenso entre os responsáveis portugueses e espanhóis envolvidos no processo de candidatura a Património Mundial no sentido de ser o concelho alentejano a liderar a candidatura.


As fortificações abaluartadas de Elvas, o maior conjunto no mundo, segundo a autarca, foram incluídas em 2004 na lista indicativa de locais com potencial para serem candidatos a Património Mundial.


Visto que a UNESCO privilegia as candidaturas transnacionais, explicou Elsa Grilo, «a autarquia de Elvas decidiu alterar a sua estratégia».


«Após constatarmos que Espanha tinha na sua lista indicativa uma candidatura nesse âmbito na zona de fronteira da Extremadura espanhola, considerámos que não fazia sentido haver duas candidaturas e passámos, então, a considerar a possibilidade da sua convergência, seguindo o que a UNESCO propõe».


Notícia In: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=286469

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por noticiasdearqueologia às 01:31

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