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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Quinta-feira, 24.05.07

Fortificações de Monsaraz: 21 Maravilhas de Portugal

Considerada uma das mais antigas vilas de Portugal, Monsaraz regista indícios de povoamento desde tempos pré-históricos, sendo inicialmente um castro fortificado. A partir de então foi sendo sucessivamente ocupada até ao período de formação da nacionalidade, sendo conquistada pela primeira vez aos Muçulmanos em 1157.
Voltando ao domínio dos almôadas depois de D. Afonso Henriques ter sido derrotado em Badajoz, a povoação viria a ser reconquistada por D. Sancho II (1232) que a doou à Ordem do Templo.


No entanto, o repovoamento cristão de Monsaraz só iria efectivar-se no reinado de Afonso III, quando o monarca lhe concedeu o primeiro foral, fixando os limites do concelho. Nos anos seguintes foi edificado o núcleo primitivo do castelo, incluindo a torre de menagem, a matriz e o tribunal Gótico, cujo interior alberga o fresco de “O Bom e o Mau Juiz”. Ao longo do século XVI e com a reforma Manuelina do foral, a povoação foi crescendo, instituindo-se localmente uma Irmandade da Misericórdia.



Durante as Guerras de Restauração, devido à proximidade com o Guadiana e a fronteira espanhola, a Coroa mandou edificar uma nova fortaleza em redor da vila, utilizando o sistema franco-holandês, ou de Vauban. O projecto da nova praça de armas foi desenhado pelos engenheiros franceses Nocilau de Langres e Jean Gillot1 e a edificação foi avançando significativamente, apesar de pontuais faltas de verbas.


Embora a planta do Forte de São Bento tivesse sido desenhada em forma estrelada, a morfologia do terreno onde se implanta levou a algumas alterações da planimetria. Com três baluartes, parapeito e uma cortina artificial, estendia-se em torno de toda a povoação, integrando no pano de muralhas a Ermida de São Bento.


A partir do século XIX, quando a sede de concelho foi transferida para Reguengos de Monsaraz, a fortificação ficou votada ao abandono, o que originou que alguns dos seus elementos ruíssem. No entanto, a estrutura muralhada continua a predominar na paisagem urbanística da vila de Monsaraz.


http://www.7maravilhas.sapo.pt/mon08.html
[IPPAR (ESPANCA, 1975)]

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por noticiasdearqueologia às 18:23

Quinta-feira, 24.05.07

Túmulo de Herodes encontrado sem ossos dentro do sarcófago

Equipa de arqueólogos israelitas escavava na região desde 1972. A Universidade Hebraica de Jerusalém anunciou ontem a primeira grande descoberta arqueológica deste século: o túmulo de Herodes, que governou a Judeia sob ocupação romana e assinalado no Novo Testamento como o responsável pela Massacre dos Inocentes. O professor israelita Ehud Netzer, responsável pela equipa de arqueólogos envolvida nestas escavações, assinalou, contudo, que não havia ossos dentro do sarcófago.
O achado arqueológico teve lugar na região conhecida como Herodium, não muito distante de Jerusalém. O túmulo de Herodes era há muitos anos um dos tesouros arqueológicos mais disputados na região. Após mais de 30 anos de investigações, a equipa de Ehud Netzer encontrou finalmente a estrutura fúnebre no topo de um monte entre dois palácios.
Em declarações públicas, Ehud Netzer, que tem assinalado escavações regulares na região desde 1972, confirmou a extrema felicidade que sentiu no momento do achado. "Todos sentem um grande interesse pela Terra Prometida e o túmulo de Herodes faz parte dessa história", afirmou à BBC.



A descoberta partiu da localização de uma antiga escada construída para a procissão fúnebre do rei, detalhadamente descrita há cerca de dois mil anos por um historiador romano. Finalmente localizada, a escada conduziu rapidamente a equipa de arqueólogos à descoberta.
No local foi encontrado um sarcófago em calcário, completamente destruído. Nas suas medidas originais, o sarcófago teria cerca de dois metros e meio de comprimento. O estudo detalhado do achado revelou a ausência de ossos, pensando o professor Netzer que os restos mortais de Herodes terão sido retirados do túmulo, algures entre os anos 66 e 72 d.C, por rebeldes judeus que lutavam contra a ocupação romana.
Uma das razões pelas quais a descoberta do túmulo de Herodes esteve tanto tempo fora do alcance dos arqueólogos deve-se a uma suposição de que a sua localização estivesse, algures, num outro complexo palaciano construído a meio do deserto. O achado revelou, afinal, outro destino final para o rei.


[Notícia publicada pelo Diário de Notícias: Quarta, 9 de Maio de 2007]

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por noticiasdearqueologia às 00:29


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