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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
No futuro, vai permitir não só o intercâmbio de alunos de ambas as universidades, mas também intensificar o estudo e investigação deste verdadeiro espaço de história viva.
Foi na presença do presidente da Câmara Municipal de Marvão, Vítor Frutuoso, do presidente da Fundação Cidade de Ammaia, Carlos Melancia, e de muitas outras individualidades que, na tarde de quinta-feira, Jorge Araújo, reitor da Universidade de Évora, e Luc Moens, vice-reitor da Universidade de Gent (Bélgica) assinaram o esperado protocolo de colaboração entre as duas instituições de ensino.
Na verdade, este acordo assinalado no Museu da Cidade Romana de Ammaia tem como objectivo fortalecer os laços existentes entre as duas instituições que, nos últimos anos, têm desenvolvido esforços em torno da dinamização do projecto cientifico na Cidade Romana de Ammaia e no qual se insere o projecto da Universidade de Évora, denominado "Radio-Past" que, recentemente, conseguiu um importante financiamento europeu através das "Marie-Curie Actions".
A verdade é que, desde Abril, equipas de toda a Europa estão envolvidas nas novas actividades de investigação no local da antiga cidade que, em pouco tempo, se começou a transformar num centro para a formação e treino de estudantes. Em simultâneo, a Universidade de Évora requisitou os serviços de dois especialistas estrangeiros, Cristina Corsi, da Universidade de Casino e Frank Vermeulen, da Universidade de Gent para que, no futuro, o Centro de Ammaia se torne um local de excelência para testar essas novas tecnologias aplicadas à arqueologia. E foi mesmo Frank Vermeulen que, momentos antes da assinatura do protocolo, promoveu, no auditório do Museu, uma apresentação subordinada aos projectos que já estão a ser desenvolvidos e outros que podem vir a surgir no futuro.
Logo após a assinatura do protocolo de parceira, Jorge Araújo, reitor da Universidade de Évora, fez questão de agradecer o apoio de todos os envolvidos e destacar que esta procura internacional de conhecimentos e tecnologia é fundamental para consubstanciar o trabalho que tem sido desenvolvido na Cidade Romana de Ammaia.
"É extremamente difícil avaliar a complexidade deste projecto sem apoios, frisou o reitor, lembrando que os trabalhos que estão a ser efectuados em Marvão são muito mais do que um projecto científico. Na sua opinião, prende-se também com o desenvolvimento de uma região que, apesar de muito bela, "tem pouca gente, pouco tecido empresarial".
"O turismo pode ser uma resposta para esse desenvolvimento, mas também é necessário encontrar formas de atracção. O património é uma dessas formas, mas a arqueologia pode ser a chave desse sucesso", declarou Jorge Araújo, agradecendo ainda o apoio da autarquia de Marvão que, na sua opi-nião, "tem um presidente que compreende a importância deste projecto".
Já o vice-reitor da Universidade de Gent, Luc Moens, que se mostrou totalmente deliciado com a beleza da nossa região, começou por aplaudir aquilo que considera "um projecto visionário", pelo facto de "revelar o que está debaixo do solo sem ter de o escavar primeiro".
Defendendo que se trata de uma parceria importante, em que "todos vão dar o seu melhor e partilhar conhecimento", o vice-reitor observou que a Ammaia vai tornar-se não só numa "ponte" entre dois países e instituições, mas também de aprendizagem.
Fonte: (3 Nov 2009). Fonte Nova. http://www.jornalfontenova.com/main.asp?p
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