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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
A criação de um centro interpretativo para os achados arqueológicos
descobertos durante as obras do Terreiro do Paço é uma das hipóteses
em estudo para divulgar aquele património, disse o vereador do
Urbanismo na Câmara de Lisboa, Manuel Salgado.
A hipótese foi avançada numa reunião entre o vereador, o presidente do
Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico
(Igespar), o vice-presidente do instituto para a área da arqueologia e
responsáveis da sociedade Frente Tejo, da EPAL e da Simtejo, entidades
envolvidas nas obras que decorrem no Terreiro do Paço.
Na reunião foi decidido o levantamento da interrupção da obra devido à
descoberta de achados arqueológicos, nomeadamente de uma muralha junto
ao Cais do Corpo Santo. "A situação está controlada e nenhum atropelo
foi cometido para não comprometer o calendário da obra", garantiu
Manuel Salgado, referindo o "valor importante" dos achados.
"Não houve destruição de património. Assim que foram detectados
achados foi dado conhecimento ao Igespar, que accionou as medidas
preventivas", afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa,
durante a reunião da Assembleia Municipal que se realizou anteontem.
Diferente é a versão do responsável pela arqueologia náutica e
subaquática do Igespar, Francisco Alves, que revelou ao PÚBLICO, em
declarações anteriores, que houve um avanço das máquinas sobre os
vestígios, previamente registados por desenho e fotografia, "sem
autorização da tutela". Também o presidente do instituto, Elísio
Summavielle, admitiu uma "precipitação" do empreiteiro.
A Assembleia Municipal aprovou uma moção do PSD condenando
"veementemente" as "situações ocorridas" e exigindo do presidente da
câmara "garantias sólidas" de que é capaz de "defender e salvaguardar
o património histórico e arqueológico".
Fonte: (23 Abr 2009). Público.
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