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Campanha na Namíbia concluída até dia 10
A remoção dos vestígios da embarcação portuguesa do século XVI encontrada em Abril na costa da Namíbia - já identificada com segurança como uma nau da Carreira da Índia - terá de ser integral e impreterivelmente concluída até dia 10 por razões de segurança, confirmou ontem ao DN fonte do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).
Em causa, o cordão dunar artificial que protege o local dos achados, já no limite da sua vida útil perante as alterações atmosféricas, normais para a época, que se avizinham no Atlântico Sul. O grosso da carga, já descrito como um dos mais ricos e relevantes alguma vez encontrados no campo da arqueologia subaquática, esse, havia sido já removido na fase inicial da campanha arqueológica, entre os meses de Abril e Maio.
Os trabalhos, que desde o início de Setembro estão a ser acompanhados por uma equipa portuguesa constituída pelos arqueólogos Francisco Alves e Miguel Aleluia - entre vários outros técnicos provenientes da Namíbia, África do Sul, Zimbabwe, Reino Unido e Estados Unidos -, prosseguirão depois também com envolvimento português, nomeadamente ao nível da inventariação, estudo e divulgação dos materiais encontrados na interface costeira de Oranjemund.
Os destroços e carga da nau portuguesa, recorde-se, foram encontrados durante trabalhos de prospecção levados a cabo pela Namdeb, consórcio formado pelo gigante mundial da produção de diamantes - o grupo sul-africano De Beers - e pelo governo namibiano. Segundo a mesma fonte, os custos da operação no local estão a ser suportados pelo consórcio, tendo Portugal assegurado a estadia da sua equipa mediante verbas do Instituto Camões e do Instituto Português para o Desenvolvimento.
Fonte: Maria João Pinto (2 Out 2008). Diário de Notícias.
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